Ele comentou, enquanto contornava cautelosamente o jorro de água, "Hoje mais cedo o transformador em frente ao seu prédio explodiu bem em cima da minha cabeça. Agora isso. É mesmo uma noite estranha."
"Oh! Bem, a energia elétrica estava estranha o dia todo em meu prédio. Meu secador de cabelos pifou hoje, inclusive."
Então isso explica o frizz do seu cabelo, ele pensou, mas tinha certeza que ela se importava mais com isso do que ele.
"Você tem certeza que nenhum ex namorado rancoroso seu trabalha na companhia de abastecimento?" Ele provocou, mas ficou surpreso pela expressão preocupada dela, até que a cantora disse:
"Bom, eu não sei se tenho fãs trabalhando nessas áreas. Mas isso não seria possível, não é? Digo... Esses acidentes serem obra de um stalker…"
"Não, não. Estou só brincando." Ele afastou a hipótese ridícula com um gesto." Mas quem é que é cheia de si aqui, hein?"
Eles entraram na região onde o restaurante ficava, um bairro de alta classe da capital. Ele percebeu o motoqueiro na scooter de entrega vindo atrás, à uma certa distância. Primeiro imaginou se realmente podia ser que estivessem sendo seguidos, mas a ideia era tão ou mais absurda que a Sra. Nam tivesse um stalker destruindo os serviços públicos de abastecimento apenas para impedir que ela saísse com alguém. Com certeza era somente um motoboy de delivery fazendo seu trabalho.
"Bom, Dr. Kim, sei que você não acredita muito porque não me viu na TV ou nas paradas de sucesso, mas eu tenho fãs fiéis." A cantora pareceu não entender que ele se referia à brincadeira anterior dela, e levar as coisas à sério.
"Até mesmo um fã clube oficial?" Ele perguntou, desafiador. Neste momento tinham parado em mais um sinal vermelho, apesar da intersecção estar totalmente vazia em ambos o sentidos. Pelo seu retrovisor, ele percebeu que o motoqueiro parou na calçada. "Deve estar com problemas. Coitado."
"Não, mas…"
Neste momento o sinal mudou, e Jun Hyeon mudou a marcha, mas ouviu um estalido estranho, e em sequência, o carro todo tremeu estranhamente. As luzes do painel se apagaram, e o carro morreu.
Pensando que tinha sido sua culpa com a embreagem ou algo assim, Kim Jun Hyeon apenas ligou girou a chave de novo, mas o carro pareceu apenas engasgar e não obedeceu o comando, algumas tentativas depois, o médico começou a se preocupar Sua acompanhante perguntou:
"O que foi?"
"Pra ser sincero eu não sei." Ele admitiu, teimosamente tentando mais algumas vezes até perceber que isso não daria. O olhar inquisitivo e curioso de Nam Ye Rim também não o ajudava. Ele apertou todos os botões possíveis em seu painel, mas nada respondia. Jun Hyeon com certeza queria xingar, o que mais faltava para esta noite esquisita dar errado? Que raios aconteceu com meu carro?!
Não acho que é algo que possa ser resolvido no painel, Dr. Kim. A cantora falou, e Kim suspirou fundo, e saiu do carro, fechando a porta mais força do que queria. Não ia adiantar muito chutar o carro, mas essa era sua vontade. Mas a cantora também saiu do carro, deixando sua porta aberta, e indo em direção ao capô. Kim foi até lá também, mas imaginava que não saberia dizer o que poderia estar acontecendo de errado com um carro tão sofisticado. Não havia indicação de erro ou problema anteriormente, e repentinamente, puft! seu carro morre no meio de um encontro.
"Você não precisa sair do carro. Vou dar uma olhada. Se eu não puder resolver, eu vou ligar para o seguro." Ele tentou disfarçar seu tom aborrecido, mas sentiu não ter tido sucesso. Isso realmente tinha deixado o médico aborrecido.
"Não vai abrir o capô e dar uma olhada no que pode ser?"
"Eu vou, mas você pode entrar no carro."
Uhn.. hmpt. Vou entrar, já que ficar aqui parece te deixar mais nervoso." Ela demonstrou seu desagrado. Se virou para voltar a entrar no carro. Ele suspirou novamente, querendo passar as mãos nos cabelos de nervoso, mas resistindo e enfiando as mãos no bolso, ao invés disso. "Ok, o que eu posso fazer a respeito disso? Você pode pegar meu celular por favor?"
Ye Rim se virou com a mão na maçaneta:
O quê? Ele não estava certo se aquela era a expressão dela de ironia e desprezo ou só não tinha ouvido bem seu pedido.
"Melhor ligar para o seguro e também para um táxi. Pode pegar meu celular… Por favor, Srta. Nam?"
Ela assentiu, olhando para ele e, aparentemente, empurrou a porta com toda a força. fechando. Pelo jeito, foi mais do que ela queria, pois arregalou os olhos em surpresa. Naquele momento específico ele não achou graça na piada dela.
Ele tentou abrir o capô do carro, mas não conseguiu, nem mesmo colocando um pouco de força. Interessante, pois ele tinha certeza de ter acionado a abertura antes de sair do carro. Ele abaixou a cabeça, olhando para os próprios pés por um momento. Hoje até mesmo tinha levado um tombo na farmácia. O que mais faltava para ele parecer um completo idiota?
"Srta Nam, pode abrir capô que eu devo ter esquecido, por gentileza?" ele falou para que ela ouvisse, porém sem erguer a cabeça. Precisava se acalmar. Era só uma maldita pane no momento mais inapropriado possível, mas, enfim, este era apenas um não-encontro. Ele sequer deveria se esforçar para impressionar esta garota de verdade.
"Eu faria se pudesse, mas a porta está trancada. Espera...Você não está com a chave?"
Ele ergueu a cabeça, atônito com o que ela tinha acabado de falar.
"Você… trancou a porta?!"