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Chapter 19 - MAGIA SNIPER

Eun Ha também não estava tendo uma boa noite, perseguindo o casal em uma scooter de entrega.

Não era nada fácil pilotar e mirar no carro, e ela errou o alvo diversas vezes. Inclusive quando acertou uma caixa de visita ao invés do sorridente casal.

Ela planejava pegá-los com o carro parado num sinal, para evitar acidentes maiores. Mas o Dr. Flamingo era um motorista hábil, desviando de todos os buracos que surgiram no seu caminho para furar o pneu de seu carro.

Muito melhor que ela tentando ziguezaguear entre carros apontando uma varinha mágica. Se não fosse uma missão muito séria, ela pensaria que isso parecia muito mais um jogo de videogame maluco onde ela tentava atrapalhar um alvo em movimento à sua frente ao mesmo tempo em que tinha que ganhar a corrida.

Finalmente, ela viu a sorte sorrir para ela quando ele diminuiu a marcha para parar em um sinal vermelho. A rua estava vazia, e seria fácil mirar. Eun Ha resolver descer da moto e fazer isso com os dois pés no chão. Tinha que ser agora, por que eles estavam a cerca de 1km do restaurante bacana onde iam jantar.

Mesmo com o carro se afastando, Eun Ha desceu da scooter, vários metros distante deles, perto de um poste de iluminação pública, e mirou intensamente no modelo caro de carro do Dr. Flamingo. "EEEEEEEE… Vai!"

Ela sentiu a magia desta vez vibrar em seu braço, como todas as vezes em que essa energia estranha que ela não entendia bem resolvia "acontecer" de maneira especial e intensa.

Seu braço inteiro formigou e a magia rodopiou em torno da varinha de condão em forma de caneta, saindo como um raio na direção do veículo.

Não demorou nada e ela viu as luzes traseiras do carro se apagarem. Oh sim! Ela festejou. Ela se agachou atrás da scooter, excitada, se escondendo. 'Omo, omo, eu consegui! Eu consegui!'

Então ela espiou por trás da scooter, e viu que o homem alto saindo do carro, seguido quase que imediatamente por Ye Rim.

Eun Ha então, tapando a própria boca de excitação infantil, lançou uma magia para certificar-se que a porta não abriria mais, mesmo que ele tentasse com a chave. E, antes que Ye Rim voltasse para dentro do carro, fez o mesmo com a porta do lado do passageiro. Sabia que isso tinha estragado o clima do encontro asseio totalmente.

Agora era só esperar Ye Rim chamar um táxi para ir embora enquanto Dr. Flamingo ficava aguardando o guincho. Mas, claro, agora que ela estava em uma boa posição para mirar, bem que ela podia finalizar o médico e fazê-lo nunca mais conseguir olhar na cara de Ye Rim novamente.

"Quem sabe se eu… fizer as calças dele rasgarem, uhn?" Novamente ela tapou a boca sufocando a onda de riso que o pensamento traquinas lhe tirou.Isso seria muito fácil para ela.

Ela somente precisava que ele viesse para a parte traseira do carro. Ela foi se levantando lentamente, medindo seus movimentos, ainda temendo ser avistada pelo casal. Se Ye Rim a visse, e mesmo de longe a reconhecesse, seria o fim.

Parecia que Dr. Kim estava vindo para a parte traseira do carro, e ela se projetou por cima do banco da scooter, sentindo-se praticamente uma sniper, completamente focada em encontrar o melhor momento para atirar sua magia nos fundilhos dele.

Quando ela levantou o braço para fazer a magia concentrar-se na ponta de sua varinha, algo travou seus movimentos. Algo não. Alguém. Alguém que segurava firmemente seu antebraço, a ponto de doer.

Ela olhou por cima do ombro, assustada.

....

Ye Rim levou as duas mãos à boca, entendendo a seriedade do que tinha acontecido. Viu o homem alto levar as mãos a cabeça, e passar pelos cabelos num movimento brusco e nervoso.

"Eu… Eu… Não fui eu!"

Ela imaginava como devia ter parecido para ele, mas para ela, era como se uma lufada forte de vento tivesse soprado e batido a porta com força, sem que ela fosse rápida o bastante para impedir. "Sério!"

Ele tinha abaixado a cabeça novamente, e quando levantou, parecia muito irritado.

Ye Rim ficou intimidada. O que esse homem pode fazer? Ela se perguntou, aflita. Neste momento pensou em Eun Ha e todos os conselhos sobre os sinais do dia. Parecia fatídico que fosse terminar assim. "O que podemos fazer?"

"Bem…" disse ele, num tom duro de quem apenas não queria falar nada naquele momento. Quem sabe você pode ligar para a minha secretária acionar o seguro. E depois pode ligar para um táxi, para casa." Ele apalpou os bolsos traseiros, mesmo sabendo que sua carteira não estava ali, só para se certificar. Estava no painel do carro, junto com seu próprio celular. Eu reembolsarei seu táxi amanhã."

Seria ótimo. Ela quase torceu as mãos antes de falar, sabendo que isso seria a gota d' água no copo de tragédia desta noite. " Mas meu celular… minhas coisas… Estão em cima do banco, dentro do carro."

A expressão no rosto de Jun Hyeon era a epítome da frustração e do esforço para não explodir.

"Eu juro. Eu não bati a porta. Foi o vento." Ye Rim tentou explicar, mas não achava que poderia ser mais convincente que aquilo.

Nesse momento, teve realmente pena do médico. "Escute, estamos muito longe do restaurante? Podíamos ir até lá e pedir para usar o telefone. Mas temos que colocar a sinalização… Será que você não abriu o porta-malas ao invés do capô?" Ela teve alguma esperança.

Ele passou pelo outro lado do carro, aparentemente até mesmo evitando passar perto dela. É sério, não fui eu! Ela resmungou para seus botões, chateada.

Kim Jun Hyeon foi até a parte traseira do carro para verificar, mas não teve sorte. Checou todas as portas. Ele lembrou-se do motoqueiro, quem sabe ele poderia ajudá-los, olhou para trás, mas não o viu mais.

"Será que podemos tentar parar algum carro? Ou quem sabe, como eu disse, irmos à pé até o restaurante?"

"Esqueça isso. O restaurante fica a mais de um quilômetro de onde estamos e eu não vou fazer você andar de salto alto até lá, nem posso te deixar aqui sozinha."

Ye Rim acenou para um carro que passou ao lado deles, mas o carro não parou. Ela se surpreendeu. "Nossa, eu entendo que as pessoas não parem em certos lugares, mas estamos num bairro chique. As pessoas ricas não têm solidariedade!"

Ele deu de ombros, e resmungou: "Com sorte, eles chamarão a polícia."

Ye Rim olhou com interesse para o doutor, mas não comentou nada por hora. Então, riu da situação, mas devia tomar uma atitude. Disse: "Eu não estava animada para sair com você, mas fiquei tentada por causa do musical. É uma pena."

Ela tirou os sapatos, ele olhou com curiosidade enquanto ela fazia isso.

"O que você está fazendo?" Ele falou num tom irritado.

"Eu vou andar até algum lugar para arranjar um telefone. O restaurante ou onde for." Ela deu de ombros, e se virou procurando uma direção propícia para encontrar ajuda.

O médico parou ao seu lado. "Você está certa. Apesar de eu me preocupar com o carro aqui, sem sinalização, vou me preocupar mais com esta mulher louca andando por aí sozinha e descalça à noite. Então vamos. Mas coloque os sapatos. Eu acho que conheço alguém que mora há algumas quadras daqui."

Kim olhou para a casa no alto da colina, há cerca de 300 metros de onde estavam.

"Oras, isso é bom! O que estamos esperando?"