"Malditos Trosq!"
Amaldiçoou o General Ph'yzzon, ele não costuma xingar, ainda mais com palavras tão baixas, mas a situação pedi um xingamento em voz alta para todos ouvirem e entenderem que seu General e líder supremo da armada da Aliança, está bravo e odiando cada ação que a Cidadela está realizando no momento, e não precisou de mais do que isso para deixar seus soldados ao seu redor e todos os outros com raiva também.
"General, acabamos de receber mais uma leitura do planeta!" Avisou sua segunda em comando se aproximando da sua cadeira de comando, onde o General estava em pé movendo como um louco as forças aliadas tentando conter a insanidade.
"O que aconteceu?" Uma pequena distração para se acalmar é algo bom nessa situação.
"Parece que a batalha entre o aliado da Princesa e o alvo desconhecido se tornou uma guerra, a Cidadela moveu parte da sua força terrestre contra eles."
Foi fácil detectar o movimento dos dois voando pelo espaço e atravessando qualquer coisa no seu caminho quando isso aconteceu, ainda mais na velocidade que eles estavam e seu destino final sendo o planeta, de certa forma, Kírix, foi um dos poucos que conseguiu colocar os pés naquele planeta, e essa lista é pequena.
"Os aliados da Princesa Koriand'r são impressionantes em poder e sabedoria, mas ele vai acabar sendo enterrado, tem muitos inimigos." A quantidade de números e equipamentos que eles tem acesso no seu mundo natal não são brincadeiras, a única forma de os derrotar, pela análise que foi feita, é com um ataque do alto, se as tropas forem para o chão, a derrota é certa.
"Até agora a batalha que devia ser um contra um virou uma confusão, as defesas da Cidadela estão impedindo leituras mais precisas, mas parece que eles estão causando um caos enorme lá em baixo, dá até vontade de me juntar a eles." Brincou a segunda em comando.
"Você pode ter essa chance se as coisas continuarem nesse ritmo." Falou o General, voltando sua atenção para a batalha acontecendo do lado de fora da sua nave.
Eles conseguiram colocar suas forças numa posição superior defensiva a todos os outros evitando assim mortes pelos movimentos estratégicos da Cidadela, considerados imprudentes por todos, esses movimentos podem ser imprudentes, mas de certa forma também foram bastante efetivos, as forças dos Psions e seus aliados estão sangrando, eles ainda não perderam nenhuma de suas medidas avançadas de ataque ou qualquer nave importante classe nove, mas os danos estão se acumulando, daqui a quatro ou cinco horas de combate, é certeza que eles vão conseguir eliminar oitenta por cento das suas naves, mas antes disso, é certo eles vão recuar, evitando perder toda sua frota e deixar seu império completamente desprotegido.
Só que seus aliados relutantes não pararam com seus movimentos surpresas. Em vez de empurrar as forças dos Psions lentamente para longe do planeta em direção ao cinturão de asteroides como foi planejado antes, eles escolheram continuar no meio, entre o cinturão e o planeta. Até esse ponto, tudo bem, o resultado seria o mesmo que está acontecendo agora, só que demoraria um pouco mais, o problema veio em seguida.
É verdade que essa forma de ataque estava focando quase toda atenção das frotas Psions neles, mas eles começaram a mudar de novo sua formação no espaço, dessa vez lentamente e sem avisar seus "aliados", só agora Ph'yzzon e os outros aliados, perceberam o que estava se tornando o campo de batalha, eram eles que estavam sendo empurrados na direção do cinturão de asteroides, isso tudo por que eles recuaram um pouco para manter uma distância segura para forma seu muro que os separou da loucura a sua frente.
Quando eles ficarem com as costas coladas com os asteroides, a aliança vai ter duas escolhas, partir para o ataque total ignorando suas perdas, ou dar as costas para seu inimigo e recuar em direção aos asteroides, o que significa atravessar eles enquanto são atingidos pelas costas, isso vai custar muito, tanto que essa opção nem mesmo foi pensada por muito tempo, então, eles só tem uma opção de verdade.
"Avise todos, pela minha autoridade como líder supremo militar, ordeno que vamos nos preparar para avançar com tudo, quero atravessar o campo de batalha como uma lança queimando o inimigo no nosso caminho!" Ordenou Ph'yzzon sem escolha, usando sua autoridade como líder militar para dar a ordem final do que se deve ser feito, dessa forma, ignorando as opiniões dos outros líderes.
Ph'yzzon, não deu essa ordem, dessa forma, por ignorância, vaidade, arrogância ou qualquer outro sentimento parecido, na verdade, ele escolheu receber independentemente das represálias que sua ação possa gerar agora e no futuro, tanto no sucesso quanto na derrota.
"General, se o senhor fizer isso, vamos romper completamente nossa aliança com a Cidadela." Falou sua segundo em comando em voz baixa do seu lado enquanto os outros já estavam enviando a ordem para as outras naves.
Não tem como atravessar todo esse campo e batalha sem atirar nas naves aliadas da Cidadela, foi exatamente esse motivo que eles não conseguiram escapar dessa armadilha avançando em vez de recuar, eles logicamente, honraram a aliança, diferente dos seus aliados.
"Eles já fizeram isso desde que começaram a mover suas tropas, pode não ter sido uma traição aberta, mas mesmo assim, é uma traição, e eu não vou ficar apenas olhando até cair na boca da fera na minha frente sabendo muito bem onde ela está!"
Com a ordem dada, vários pedidos de comunicação foram recebidos, o General pode ter dado a ordem, mas ele também pode ser convencido a voltar com sua palavra, o que não vai acontecer.
Mesmo assim, ele virou suas costas para as telas caminhando para a saída e elevador.
"Vai demorar um pouco até sermos empurrados completamente, vamos esperar até o último segundo para os pegar de surpresa, vá fechando nosso muro lentamente, movendo as tropas dos lados para o centro. Enquanto isso, vou receber essas chamadas no meu quarto, vai ser uma conversa séria."
E assim, o General Ph'yzzon, ordenou uma manobra que vai entrar para os livros de história desse sistema, uma manobra tão conhecida, que vai ser ensinada nos livros nas academias militares, agora só basta saber seu final, só assim para sabermos se vai ser um bom exemplo, ou uma manobra que nunca deveria ter sido realizada.
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Lobo, é o melhor no que faz, infelizmente, o que ele faz não era fácil de ser visto por uma pessoa normal, então no momento que as Quimeras perderam sua chave e caíram inutilmente no chão da Nave Arca, como se fossem marionetes que tiveram suas cortas soltas, era de se esperar que não ouve-se algo o que pode-se parar seu avanço sangrento pela nave acabando facilmente com qualquer tipo de defesa montada naquele momento.
Claro, os Psions não estavam impotentes, eles montaram boas defesas no caminho usando não apenas soldados, mas também armas de diferentes tipos, até mesmo biológicas, mas Lobo, não se incomodou com nada disso, e se permitiu ser atingido enquanto avançava, quanto aos que vieram atrás deles, eles tinham suas próprias formas de se defender.
E assim, eles chegaram no centro do núcleo, a fonte de energia da nave, uma esfera de metal com seu centro iluminado por uma forte luz azul bem no centro da sala dos motores, como veias, enormes cabos estão conectados a esfera, estendidos e se perdendo pelas paredes, veias que alimentam toda a nave.
"Deuses de Pedra, esse louco não pode ficar livre." Falou Charis-Nar, olhando para o Lobo, totalmente coberto de sangue, tanto dele quanto dos Psions, parado no meio da sala de motores segurando um braço arrancando e o resto do corpo do Psion na outra como se eles fossem brinquedos.
"Kírix, vai ficar furioso quando souber disso." Comentou Raven, em voz baixa flutuando atrás dos outros olhando para essa cena com nojo.
Podem falar o que quiser sobre o Lobo, a maioria dessas coisas ruins ditas são verdade, mas ele cumpri sua palavra, de certa forma. Como ele prometeu, não houve mortes desnecessárias, na verdade, o Psion que ele está segurando agora está vivo, como muitos que ele deixou pelo caminho, todos eles partidos em pedaços e muito feridos, mas mesmo assim, vivos.
O que era de certa forma desnecessário, afinal, eles estavam querendo explodir essa nave, e isso com certeza, vai levar à perda de vidas, claro, que como heróis com uma moral forte, eles planejaram dar um tempo para eles escaparem.
"Vamos acabar logo com isso, não aguento ficar aqui mais!" Comentou Felicity, ela odiava espaços apertados, e ainda mais o Lobo.
Raven, flutuou passando pelo Lobo, ficando bem de frente para a máquina que alimenta a nave, e só com um movimento de sua mão, ela adicionou uma pequena faísca de energia no interior do motor da nave.
"O que vocês *****, estão fazendo?" Perguntou Lobo, soltando seu brinquedo bruscamente no chão.
"Magia e tecnologia normalmente não se dão muito bem, falando de sua forma mais bruta, é claro." Explicou Raven, para o Lobo, que já parou de prestar atenção e estava agora sentando em cima de um pequeno monte de Psions, que ele derrotou e empilhou para forma um lugar grande o bastante para ele sentar.
Segundos depois que a fagulha entrou no motor, as luzes começaram a piscar em vermelho forte, e um som alto de aviso ecoou pela nave inteira.
"É o sinal de evacuação, deu certo." Charis-Nar, falou olhando para as luzes acima.
"Temos que encontrar uma nave antes delas serem tomadas!" Avisou Felicity, como parte do plano, eles já tinham se localizado na nave e sabiam onde estavam as pequenas naves usadas para evacuação caso fosse preciso.
"Não, temos outro problema." Falou Raven, tocando o chão.
"Como assim?" Perguntou Charis-Nar, sem entender.
"Nossos amigos precisam de ajuda, posso sentir daqui, é algo grave." Explicou Raven, olhando previamente para a parede esquerda para em seguida, voltar sua atenção para o chão, onde ela começou a usar sua energia negra para desenhar um círculo de luz amplo o bastante para caber todos eles ao seu redor.
"Não tem como atravessar a batalha numa nave de evacuação, elas são frágeis." Avisou Felicity.
"Vamos usar magia, um teletransporte." Raven explicou, agora de cabeça baixa, está escrevendo alguns símbolos no chão usando sua energia negra como fosse tinta.
"Achei que vocês não podiam fazer isso." Falou Charis-Nar.
"Não podíamos naquele momento, mas agora estou sentindo eles mais intensamente, é quase como um farol apontando a posição deles, a nave que eles estão também perdeu seus escudos de energia por algum motivo, posso fazer isso, mas temos que ir agora, estamos ficando sem tempo!"
"Bem, não vou negar ajudar meus amigos, vamos nessa."
"Mas, o que fazemos com ele?" Perguntou Felicity, apontando para o Lobo, sentando no seu monte de Psions feridos.
"Se vocês estão indo até aquele pedaço suculento de carne laranja, eu também vou, quero dar a mordida que ela está me devendo, acredita que ela não me pagou? Malditas *********!"
"Vamos levá-lo conosco, querendo ou não, ele é nossa responsabilidade." Decidiu Raven, acabando seu feitiço de teletransporte, mas antes de ir embora, ela saiu do círculo levantando seus dois braços esticados para frente e fechando os olhos.
Sua percepção lentamente englobou toda a nave, ela os encontrou facilmente, todos os Psions feridos que eles deixaram no caminho guiada pela sua dor, muitos deles já estão se movendo na direção das naves de evacuação, mas outros continuam no chão, e seus aliados não vão fazer nada para os ajudar, por isso, cabe a ela fazer isso como heroína, então lentamente, ela levitou os feridos que não podiam se mover os guiando até as naves.
Foi uma demonstração de controle realmente surpreendente, demostrando de forma não chamativa o quanto ela avançou nesses últimos anos de estudos e prática, mas também havia o fato de que seus poderes demoníacos estavam se tornando mais poderosos com o passar do tempo.
A nave é enorme, mas movendo vários de uma só vez para os elevadores, que são muitos, ela conseguiu acabar seu trabalho em apenas dez minutos. Não foi um trabalho seguro até o final, nos últimos minutos, o que ela estava sentindo dos seus amigos ficou mais forte, a fazendo apressar um pouco as coisas esquecendo o cuidado tocando assim um pouco do seu poder total deixando o controle sobre suas emoções escapar apenas um pouco, mas ninguém percebeu sua pele mudando levemente de cor, e também não se importariam com isso tivesse acontecido.
"Pronto. Todos para dentro, agora!" Ela os chamou para o círculo de energia coberto com alguns símbolos ao seu redor.
Todos só estavam esperando, por isso se adiantaram entrando no círculo com cuidado para não pisar nele ou nos desenhos, apenas o Lobo, agiu como se não se importasse, ficando bem atrás da Felicity, assobiando para visão traseira dela, para o seu desprazer, Charis-Nar, colocou sua mão gigante sobre o ombro do Lobo, como um aviso para ele parar com esse desrespeito, mas o Czarniano não se importou como isso e continuou com seu desrespeito.
Antes disso virar algo pior, Raven, cruzou suas pernas flutuando no ar fechando seus olhos, a energia negra os cobriu com o círculo abaixo deles brilhando duas vezes mais, após dizer o encantamento em voz baixa, o Soul-self tomou forma os cobrindo, e uma ave de energia imensa atravessou o metal da nave voando pelo espaço intocada até seu destino.
Quanto a nave Arca, vinte minutos depois que as luzes começaram a piscar, Raven, fez sua mana se agitar ainda mais no morto causando uma explosão de longe, com a fortaleza voadora dos Psions destruída, que até aquele momento estava sendo usada para manter uma posição no campo de batalha espacial, causou um espaço vazio na defesa deles, um espaço aproveitado pela Cidadela de forma imprudente.
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Já vi o caos que um Kryptoniano descontrolado pode causar a uma cidade, mas naquele momento, consegui junto dos meus amigos e aliados deter qualquer dano aos civis próximos, está certo que não posso colocar eles na mesma classe que os civis, afinal, eles são soldados inimigos que estão tentando me matar tanto quanto ela, mas mesmo assim, ver o estrago que a Kara Zor-El está causando me deixou bastante desconfortável.
Confesso, que parte do caos causado ao meu redor também é minha culpa, pelo menos em parte, convoquei todo meu contingente de soldados esqueletos juntos dos meus generais do Submundo, literalmente um exército de mortos apareceu em formação para batalha no deserto, estou falando aqui de dois mil esqueletos armados com boas armas com o bidente de ouro marcando nas suas testas.
O choque entre essa três forças, o exército de mortos, a Cidadela e a Kara, criou uma bela confusão, com os tanques e outras armas de guerra disparando sem parar da traseira do exercido da Cidadela e seus soldados lutando a frente com armas de energia ou físicas, grande parte deles luta a curta distância.
Foi um espetáculo, de certa forma, e para meu choque, a Cidadela e quem está se dando mal.
Kara, em vez de atacar os dois lados como uma louca, pareceu ignorar meus esqueletos atacando apenas a mim ou a Cidadela, isso provavelmente tem a ver com a natureza morta viva deles? Falta de calor corporal? Ou será que isso é devido ao controle do Psion?
Realmente não sei, mas tenho que a salvar logo antes dela colocar fogo nesse deserto inteiro. Não, antes da Cidadela começar a usar as armas grandes, já demos sorte que não a nenhuma nave no ar, todas elas devem estar sendo usadas no espaço, mesmo assim, eles têm poder de fogo o bastante para acabar com esse deserto só com uma bomba.
Bem, aqui estamos então.
Kara Zor-El, está vinte metros acima do chão ereta sobre o campo de batalha disparando sem parar sua visão de calor para baixo cortando o campo de batalha enquanto ela move lentamente sua cabeça criando linhas de fogo no deserto evaporando os Citadelianos, seu feixe era tão grande, que cobria facilmente cinco deles ao mesmo tempo por onde passava.
O Citadelianos disparavam contra ela de longe ou abaixo com suas armas de fóton que não faziam nada contra a sua invulnerabilidade, mas ela tinha que se mover para sair do caminho dos disparos dos tanques mais afastados, mover é um opção, mas normalmente, ela é atingida por eles, caia no chão e se levantava pouco segundos depois para continuar lutando no solo.
Já eu, acabei de atingir a cabeça negra e gorda de um soldado a minha esquerda deixando meus dois Spartoi, esqueletos de dois metros de altura usando armaduras de alta qualidade criadas por mim, pularem no meio de um pequeno esquadrão na minha frente. Feitos usando dentes de dragão, eles eram imensamente resistentes, e foram atingidos várias vezes até agora sem nenhum dano fazendo uma confusão na tropa na minha frente.
Eles não eram os únicos, meus esqueletos estão se jogando contra o inimigo ao meu redor, esses estão sendo destruídos mais facilmente, mas graças ao seu empenho, estão abrindo um espaço para eu poder agir, agora só falta uma boa chance, que se não acontecer logo, vou ter que a criar, e não vai ser bonito.
"BLOMMMMMM!"
Finalmente um dos disparos consegui atingir a Kara bem no peito, ela acabou caindo no chão a minha esquerda enquanto os outros disparos continuavam atingindo mais seus aliados do que meus esqueletos e a nos.
Uma chance, mas falta ganhar um pouco de espaço, não vai ser bonito.
Abaixei meu corpo tocando a areia e conjurando um feitiço.
"Επικαλούμαι τον πόνο του ποταμού Φλεγέθωνα!" {Eu invoco o sofrimento do Rio Flegetonte!}
O efeito do feitiço não veio de mim ou da minha espada como normalmente acontece, em vez disso, brasas luminescentes saíram do portal negro feito de pura energia bem atrás de mim, local onde os esqueletos saíram, um canal direto com o Submundo. Essas brasas foram levadas pelo vento, e seu efeito foi mostrado rapidamente assim que algum delas tocou algum Citadeliano.
"BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!" "BLAW!"
Cada pequena brasa era, na verdade, um pequeno explosivo que incendiou em chamas as armaduras douradas ouro dos soldados Citadelianos, assim como dos meus esqueletos, mas eles não tinham o que queimar e continuaram lutando, imagine ser atacado por esqueletos em chamas armados e equipados com armaduras com seus olhos brilhando, era uma cena digna de um filme de apocalipse.
As brasas não pararam de sair do portal negro medindo dez metros de largura e altura, como uma pequena tempestade de areia brilhante, o canal está aberto, acabei de colocar fogo no deserto inteiro, só que lentamente.
Levantei rapidamente disparando uma Rajada Eldritch limpando o caminho da minha frente o bastante para conseguir uma corrida livre até Kara, que está segurando o pescoço de um soldado com a mão e disparando com seus olhos atravessando seu corpo.
Corri chegando no meu máximo, indo mais rápido que uma bala, ela conseguiu me perceber e reagir, mas estava com as mãos ocupadas e acabou levando o centro do meu escudo contra seu corpo a jogando dois quilômetros a frente.
"BLAWWWWW!"
Antes dela cair de costas no chão, corri atrás dela deixando as faíscas do meu último feitiço explodirem como fogos de artifício ao tocarem na minha armadura iluminando todo lugar já em chamas. Kara, conseguiu controlar seu corpo flutuando na vertical até parar sua queda, depois disso ela ficou na horizontal, bem a tempo de ver a lateral do meu escudo aparecer na direção do seu pescoço. Ela segurou o escudo com os dedos e girou ele para esquerda torcendo meu braço junto com ele, para evitar quebrar meu braço, soltei meu escudo e me joguei contra ela acertando sua bochecha em cheio, mas eu estava mirando o aparelho de controle de mente na sua testa.
Não tive tempo nem espaço para tentar de novo, quatro soldados se aproximaram de nos armados com bastões, os monstros gigantes de pele piche negro vestidos com uma armadura dourada e suas cabeças na forma de cones medindo dois metros de altura e iguais, atacaram com violência ficando no meio de nós.
Antes do combate começar e acabar rapidamente, senti o calor no ar e abaixei.
"Zumm!"
A visão de calor dessa vez foi fina e rápida passando na horizontal feito o ponteiro de um relógio cortando os quatro soldados Citadelianos próximos e muitos outros não muitos distantes junto de alguns esqueletos em batalha. Eu sabia que ela iria fazer agora, por isso conjurei meu escudo e abaixei meu corpo o colocando na minha frente cobrindo quase todo meu corpo.
"BFFFFFFF!"
De forma previsível, ela atacou com a visão de calor usando tudo que tinha, seu feixe de energia vermelho cobriu todo meu corpo coberto pelo escudo queimando areia do deserto e tudo ao meu redor.
Com meus dedos livres tocando areia, e com o escudo me defendendo, entoei o feitiço.
"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
Dos pês da Kara, meu feitiço, uma versão menor do Soul-self da Raven, no formato de um braço gigante, surgiu da areia com os dedos esticados na horizontal empurrando o corpo da Kara, para o alto, bem para o alto, e mesmo no alto, ela girou seu corpo e disparou para baixo perfurando todo o osso do meu braço esqueleto gigante que explodiu como se fosse um balão desaparecendo.
Com ela no alto, disparei na sua direção ignorando tudo abaixo de mim segurando seu corpo pela cintura e a empurrando para cima na diagonal em alta velocidade. A centenas de metros acima do solo, ela retomou o controle agarrando minha armadura e puxando meu corpo na direção dela, ficamos cara a cara, e juntos, começamos a dar socos e mais socos enquanto voamos quase que descontrolados.
Seus socos sempre atingiram minha boca e testa, diferente dela, estou mirando mais na testa onde está o aparelho na forma de tiara que está a controlando, no segundo soco ele ficou completamente amassado, no terceiro, destruído, mas para meu choque, Kara, continuou lutando quando eu estava certo que tinha ganhado.
Após girar no ar, sofrendo soco após soco, com a boca cheia de sangue e alguns dentes soltos dentro dela, me recupero do meu choque colocando a palma da minha mão sobre seu rosto liberando uma rajada a queima-roupa que ela contra-atacou no mesmo momento com sua visão de calor.
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
"TUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
Caímos numa cadeia de montanhas depois de atravessar parte delas com nossos corpos, ela ficou em cima de mim com seu corpo colado ao meu, e com seu olhos vazios e sem emoção, Kara colocou a palma de sua mão sobre meu rosto forçando ele para esquerda segurando meu braço com a outra se erguendo alguns centímetros do meu rosto.
Seus olhos brilharam em vermelho.
Antes dela ter a chance de disparar, fez força para deixar meu corpo intangível atravessando o chão abaixo escapando do seu aperto.
"BLAWWWWWW!"
A visão de calor atingiu o chão duro cavando um buraco de cinco metros até ela parar e se levantar, eu já estou do outro lado dessa pequena montanha no seu pico. Dei uma pausa para pensar e cuspir sangue no chão. Não estou muito ferido, ela só arrancou alguns dentes e quebrou meu crânio, ferimentos menores e nada graveis, mesmo assim, as coisas ficaram mais complicadas agora.
Pensando bem, foi meu erro, sempre presumi que a tiara que ela estava usando era o aparelho depois do que o Psion falou na nave, mas agora Kara, agarrou a parte da frente da tiara amassada e a arrancou da cabeça jogando o pedaço de metal torcido e amassado no chão do seu lado.
Então, se não era a tiara, o que é?
É um inferno de uma pergunta, porque agora pode ser qualquer coisa, desde um implante do tamanho de um chip no seu corpo ou algo invisível sobre sua pele.
Tenho que continuar procurando, e rápido.
Todo esse pensamento durou apenas um segundo, estou em super velocidade agora, desde que essa luta começou não sai desse modo, só assim para acompanhar Kara, acompanhar é a palavra, ela é mais rápido do que eu, mas não estou muito atrás.
Quando o terceiro segundo começou, a luta recomeçou com ela me atacando de frente com os braços abertos voando em direção do meu peito. Não desviei, em vez disso, a recebe com os braços abertos a deixando atingir o centro do meu corpo me arrastando para a direção contraria das montanhas e do campo de batalha que continua em chamas coberto de esqueletos e brasas magicas.
Ela continuou me empurrando por alguns milhares de quilômetros até reduzir um pouco sua velocidade me deixando avançar na sua frente, assim que nos separamos, ela avançou com o punho pronto, foi quando conjurei o meu escudo.
"BLAWWWW!"
Ela atingiu o centro do escudo me jogando para trás avançando no mesmo momento alternando entre os punhos num combo poderoso, mas estava bem para mim, estou feliz em apenas defender, minha intenção agora é nos afastar o máximo possível do campo de batalha, quero ter algum tempo procurando o modo de controle metal sem estar brigando como um exército.
Infelizmente, parece que ela pode ler minha mente, em vez de atacar de frente dessa vez, ela torceu seu corpo vindo pela minha esquerda, defende com sucesso, mas ela continuou mudando a posição no ar tentando atravessar minha defesa, resumindo, agora estamos fazendo o caminho de volta, então, sem escolha, esqueço a defesa e volto a lutar.
Trocamos socos nos chocando no ar sem parar ou recuar, ela estava querendo explodir minha cabeça, já eu, estou procurando e analisando seu corpo de uma forma bruta, era mais difícil de fazer do que parece, acertar ela é como atingir uma parede de metal do Submundo, tirando meu corpo, são meus dedos que mais estão doendo.
Perde a conta quantos minutos ficamos desse jeito até ela me atingir com força posicionada acima de mim, acabei sendo jogado para baixo tão rápido quanto um meteoro.
"BLAWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW!"
Cheirava a produtos químicos fortes e metal, cai no meio da fábrica próxima do deserto onde está acontecendo a batalha. Ela me jogou longe, cai bem no centro atravessando o telhado atingindo uma imensa máquina cheia de braços robóticos, agora paralisados como se tivessem sofrido um curto.
Retirei uma placa de metal enorme sobre meu corpo que deve pesar uma tonelada a jogando a minha esquerda e continuei deitado olhando para o buraco enorme no teto, e abaixo do céu tingido de cor ferrugem a cem quilômetros de distância parada no meio do ar está Kara Zor-El, com seus olhos brilhando pronta para recomeçar de novo.
"É isso, assim que eu voltar para Terra, a primeira coisa que vou fazer é comprar o maior pedaço de Kryptonita que encontrar." Ri dessa brincadeira, mas realmente, acho que vou fazer exatamente isso.
O engraçado, é que isso me deu outra ideia, não é só magia e Kryptonita que enfraquece um Kryptoniano.
Estava pronto para voltar à luta com uma nova ideia na mente quando vi algo se aproximando rápido vindo atrás da Kara. Não era só um objeto, foquei minha super visão nele e vi mais dez voando em paralelo com uma boa distância de espaço entre eles, eram mísseis, a Cidadela parou de brincar.