Eles foram derrotados.
A Princesa Komand'r, com seus poderes aumentados de forma não natural pelos Psions, não teve competição, não com todos cansados e já enfraquecidos das lutas anteriores contra as Quimeras e tudo que aconteceu até esse momento, então, facilmente, ela brincou como a comida como um felino, até não brincar mais.
Um por um, a Princesa Dourada derrotou de forma brutal e precisa, como ela foi treinada a fazer, deixando sempre por último sua irmã, agora deitada de costas chão na sua frente sangrando pelo corpo inteiro fazendo força para ficar consciente. Os outros, seus amigos e aliados, estão separados pela enorme ponte de comando da nave mãe, ponte de comando que foi completamente destruída, com buracos enormes feitos pelos seus feixes que atravessaram derretendo o metal, a também sinais de explosões por todo lugar marcando até mesmo o teto, a plataforma onde anteriormente ficava o trono, foi totalmente destruída, e não foi só isso, um dos ataques mais potentes da Komand'r, o que ela usou para derrotar o Primus, atravessou o pior ponto possível na nave atravessando vários andares abaixo até chegar nos sistemas vitais.
Sem oxigênio, todos tiveram que recorrer a máscaras para sobreviver, fora Starfire e sua irmã, capazes de viver nesse ambiente, diferente das pessoas nessa sala, todos os Gordanianos espalhados pela nave tiveram um destino mais cruel, sem máscaras para todos, metade deles não conseguiram escapar usando as naves de fuga e acabaram mortos.
Então, o fim.
Komand'r, estava enrolando, saboreando esse momento com calma, mas também hesitando em acabar com a vida de sua irmã, a uma pequena parte dela que a ainda a vê como família, infelizmente para Starfire, o corpo da sua irmã está sendo imundada por drogas criadas pelo seu próprio sistema para manter seus poderes ativos, cortesia dos Psions, essas drogas estão a deixando num estado eufórico constante, completamente viciante, por isso seus pensamentos foram suprimidos rapidamente dando lugar a euforia sem controle.
Com o pé sobre o peito de sua irmã no chão, Komand'r, segurou o machado de metal enésimo que ela recuperou no decorrer da luta, ela quer a cabeça dela.
Antes dela completar o movimento para conseguir exatamente isso, uma pata de corvo feito de pura energia atingiu em cheio o peito dela a empurrando para o outro lado da sala atravessando a parede e mais depois.
"Traga esse pedaço de carne dourada aqui!" Gritou Lobo, correndo pela sala em alta velocidade e pulando no buraco que Komand'r atravessou a seguindo, ele estava animado.
Os outros que acabaram de chegar usando o teletransporte da Raven, foram pegos de surpresa pela falta de oxigênio no lugar, mas todos tinham mascaras e outros métodos que foram usados rapidamente, depois disso, eles correram na direção dos seus amigos espalhados pela sala, todos eles estavam vivos, mas Kalista e Primus, estão fora da batalha, seus ferimentos são os mais graves, Dick, continua consciente encostado numa parede com uma perna quebrada, do lado dele, Alisand'r, quase não está respirando, todas suas costelas foram quebradas e estão perfurando seus pulmões.
Com um movimento rápido do seu pulso, Raven, jogou para todo mundo poções vermelhas criadas pelo Kírix, mesmo com elas, isso não vai bastar para colocar todos de volta na luta imediatamente, mas vai os estabilizar o bastante até eles receberem um tratamento mais intenso.
Depois que todo mundo tomou ou foi ajudado a tomar as poções, Raven, puxou para sua sombra Primus e Kalista, desaparecendo com eles do campo de batalha, ela ia fazer o mesmo com Dick, mas só um olhar dele, e ela parou antes mesmo de tentar, ele não vai recuar, não enquanto a Starfire, ainda estiver na luta.
"Temos que ir atrás deles e acabar com isso!" Rugiu Charis-Nar, movendo seu enorme e musculoso corpo de forma inquieta, ele ficou muito bravo depois que viu a situação em que seus amigos estavam.
"Não, ela não é mais uma simples Tamaraneana alterada, temos que ter cuidado e agir com inteligência." Comentou Dick, ainda sentado encostado na parede, sua aparência está muito melhor, mesmo estando com o corpo queimado em vários pontos e com a perna ainda se curando, mesmo conversando, ele continua movendo os dedos pelo seu cinto de utilidades, checando o que ele ainda tem.
"Tentamos acertar ela com tudo e não deu em nada, quase estou acreditando que ela conseguiu chegar à divindade." Brincou Alisand'r.
"Nunca vi um deus antes, mas um amigo meu já, e pelo que ele falou, ela está longe disso, não, Komand'r não é invencível, sua força e velocidade não aumentaram muito comparado ou que era antes, apenas seu poder de fogo e sua resistência são o problema." Continuou Dick.
"Sua mente?" Perguntou Raven, olhando para o buraco que ela criou depois de jogar a Komand'r contra a parede.
"Primus tentou isso, a mente dela está mergulhada num grande coquetel de drogas, não vai dar certo."
"Eu digo para bater nela até ela cair, simples assim!" Charis-Nar, voltou a gritar ainda com raiva.
"Calma Nar, não é hora para isso." Felicity, do seu lado, tão brava quanto ele, manteve suas emoções sobre controle e acalmou um pouco seu companheiro.
"Eles estão voltando!" Avisou Raven, enquanto puxava todo mundo para próximo dela com delicadeza, mas rapidamente.
"BLAWWWWW!"
Uma cabeça quicou saindo da explosão a vinte metros do buraco que a Raven criou, a cabeça branca cheia de cabelos rebeldes que fariam inveja a um metaleiro, rolou descontroladamente pelo chão até parar na frente deles, era o Lobo, ele estava com um sorriso enorme no rosto.
"Eu vou me casar com essa mulher!" Ele gritou feliz.
Do buraco que ele foi jogado, Komand'r, ressurgiu andando, mas ela não estava tão divina quanto antes, seu corpo pode ainda estar dourado, mas ela não emana mais seu excesso de energia como antes num halo de luz dourada ao seu redor, a também rachaduras visíveis pela sua pele dourada, como se ela estivesse realmente coberta por ouro solido.
Só sobrou a cabeça do Lobo, mesmo sem seus brinquedos, ele não é um inimigo fácil, a decisão de o trazer para a nave foi recompensada com uma boa notícia, ele sozinho foi capaz de danificar a Princesa Komand'r, mais do que todos os outros até esse momento.
"Psions incompetentes, eles não conseguem manter nem mesmo um animal preso!" Gritou Komand'r, olhando para a cabeça do Lobo, que estava rindo de felicidade.
"HAAAAAAAA!"
A raiva do Charis-Nar, finalmente explodiu, ele avançou com o corpo abaixado e os braços esticados para frente, imenso, como se fosse um touro atrás do seu alvo e a cada pisada que ela dava no chão, ele se rachava ou partia diante seu peso e força, era como um trem em alta velocidade em rota de colisão, trem que fez questão de chutar a cabeça do Lobo, para longe quanto passou por ele.
"Nar, pare agora!" Gritou Felicity, mas era tarde.
Komand'r, apontou sua palma para o trem desgovernado vindo na direção dela e disparou seu Starbolt concentrado. Atingido pelo fluxo de energia, Charis-Nar, ainda conseguiu se manter andando por alguns passos, diminuindo sua velocidade lentamente até parar completamente, um segundo depois, seu enorme corpo foi lançado para trás chegando a dez metros no ar até atingir o solo de costas.
"BLAWWWWWWWWWWW!"
O corpo do gigante está fumaçando muito, como madeira em chamas, ele continuou parado no chão com os braços esticados inconsciente, mas vivo, antes do pior acontecera, Raven, se adiando mais uma vez o cobrindo com sua energia para diminuir o calor para em seguida dar duas poções para ele, depois disso, o removeu do campo de batalha.
"Esse idiota!" Gritou de novo Felicity, agora também quase perdendo controle de sua raiva com seus pelos arrepiados e as garras prontas para cortar Komand'r.
"Quantos faltam!" Perguntou Komand'r, dando alguns passos para frente para perde o equilibrou e quase cair de cara no chão, ela se manteve em pé, mas está claro que algo está errado.
Mesmo algo estando errado, não quer dizer que ela esteja sem recursos, o último movimento dela provou isso.
"São as drogas, elas estão minando o corpo dela, mas continuam mantendo sua força no pico, só que quanto mais ela usa seus poderes…."
"Mais drogas ela produz para se manter ativa, ela está se destruindo." Starfire, acabou o pensamento do Dick, ela pode estar em pé, mas não vai muito longe no seu estado atual.
"Vamos atrasar essa luta, fazer ela dura, só espero que estar viva no fim disso tudo." Riu Alisand'r, se juntando a conversa próxima.
"O que vocês estão esperando aí congelados de medo, venham logo!" Gritou Komand'r do outro lado da sala se aproximando lentamente, realmente achando que seus alvos estão congelados por medo, e não por terem um plano, as drogas correndo no seu sangue estão a deixando cada vez mais instável.
"Raven, você são é a força de ataque principal, mantenha atenção dela em você, vamos dar cobertura, Alisand'r e Felicity, vocês vão pela esquerda e direita, ataquem rápido e ajudem quando precisar, não deixem ela se aproximar demais, a ideia aqui é bater rápido de vários pontos ao mesmo tempo, vamos deixar ela sem um alvo por muito tempo!"
"Eu não vou ficar fora dessa luta!" Gritou Starfire.
"Você não vai, vou deixar a última peça do domino para você." Foi tudo que Dick disse se levantando.
Com a estratégia do seu líder traçada, eles se separaram partindo para o ataque cada uma na sua velocidade.
XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX
Os Citadelianos são loucos.
Não, melhor dizendo, o Complexo-Complexo é louco.
Assim que cai de costas no meio de uma fábrica gerenciada por apenas máquinas depois de um combate intenso contra a Kara Zor-El, vi alguns mísseis se aproximando no horizonte, eram projéteis enormes que a Kryptoniana não deu muita atenção. Não consegui os parar antes do impacto, se tenta-se, Kara, teria me atacado, então recuei, corri usando teleporte para o mais longe possível, mesmo não sabendo que tipo de arma era aquela, mas parece que minha tentativa de não subestimar o inimigo, foi muito abaixo do esperado.
A explosão do impacto não apenas englobou a fábrica, mas também um grande pedaço do deserto, inclusive o campo de batalha, num só golpe, a Cidadela evaporou tudo, e não estou falando apenas dos meus esqueletos, seu próprio povo e equipamento foi pego no meio da explosão.
No final, dois minutos depois do impacto, as areias por quarenta quilômetros em todas as direções ao meu redor foram transformadas em um vidro negro cheio de impurezas, seja lá o que eles usaram, foi tão quente que não houve impacto real, apenas uma alta temperatura surgindo de um segundo para o outro, por isso o ambiente ao meu redor era único, com dunas de vidro ainda incandescente, e no meio do campo de batalha, esqueletos espalhados envolvidos por vidro, alguns até mesmo morreram em pé, como esculturas, fiquei no meio disso tudo e infelizmente, também não consegui escapar do impacto.
A temperatura não era o bastante para queimar meu corpo, mas me senti como se tivesse sido cozinhado de dentro para fora, não houve danos fatais, mesmo assim, houve danos sérios o bastante para me fazer ficar sentado em cima de uma duna de vidro negro olhando para toda essa cena enquanto muita fumaça saia do meu corpo, sou quase como uma chaminé viva.
A Cidadela, não, o Complexo-Complexo, limpou o campo de batalha com um só movimento brusco que também atingiu a Kara, ela não teve danos, mas acabou sendo enterrada alguns quilômetros vidro abaixo, acho que ela ficou confusa, mesmo assim, só tenho mais alguns segundos até ela se mover melhor e vir na minha direção, porque agora, sou o único aqui.
Respirei algumas vezes fundo para relaxar enquanto ficava em super velocidade, atrasando um pouco a chegada da luta para colocar minha cabeça no lugar. Tenho algumas preocupações novas, já que ainda estamos vivos, é possível que o Complexo-Complexo, tente nos apagar de novo, agora com mais facilidade ainda, já que não tem nenhum tropa ao nosso redor, mas bem, isso não os atrapalhou também na primeira vez.
Foco.
Assim que a Kara voltar, as coisas vão acabar rapidamente, tenho que a colocar para dormir e depois disso fugir, tenho que ajudar meus amigos no espaço e acabar com essa estúpida guerra.
Foco.
O problema da super-velocidade, é que minha mente pode ficar nesse modo, esticando os segundos para minutos e até mesmo horas, mas meu corpo não se move dessa forma, minha regeneração trabalha na sua própria velocidade, então mesmo com a mente calma, continuo fumaçando e ferido, preciso parar de economizar.
"TRUMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
A visão de calor da grossura de uma coluna explodiu do chão na vertical como uma torre de luz vermelha abrindo um buraco no vidro grande o bastante para um pequeno exército passar, segundos depois disso desaparecer, Kara, voou para fora do buraco chegando a vinte metros acima do chão, só para se virar na minha direção e mergulhar com os braços esticados na horizontal.
"Επικαλούμαι τη δύναμη του Sisyphus!" {Eu invoco a força de Sísifo!}
Não saio do caminho, em vez disso levanto meus braços agarrando as mãos dela lutando contra a força imensa jogada contra mim.
"TUNTUTMUTMUMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
O chão de vidro se quebrou e meus pés afundaram até meu joelho no chão, mas mantive Kara na horizontal acima de mim, ganhei esse pequeno concurso de força. Claro que ela não parou por aí, seus olhos se iluminaram, e mesmo assim, não sai do caminho.
"Επικαλούμαι το άτρωτο του ποταμού Styx!" {Eu invoco a invulnerabilidade do rio Estige!}
Meu corpo é banhado pela visão de calor, com a vista em vermelho, girei o corpo dela para minha esquerda a fazendo quicar no chão ainda com seus olhos focados e disparando em mim. Quando a soltei, ela parou seus disparos e tentou atingir meu rosto, torci meu corpo para esquerda e depois atingi rapidamente dois socos rápidos nas suas costelas.
Kara, torceu involuntariamente seu corpo na direção contraria dos meus golpes, mas com o rosto ainda frio, girou seu braço querendo cortar minha cabeça fora, abaixei passando por baixo do seu corpo e depois agarrei com as duas mãos seu traje dos dois lados do pescoço, puxei o tecido com ela junto a jogando por cima do meu ombro, e quando ela caio no chão, me joguei em cima dela ainda mantendo os dois Feitiços ativos cobrindo meu corpo com camadas de cores diferentes de energia, mas no meio dessa confusão, com vidro voando para todo lado, isso é quase imperceptível.
No chão, habilidade leva sempre a melhor contra força bruta, acabei finalmente com ela deitada no meu peito com meus braços e pernas a prendendo como um polvo, ela lutou, mas suas costas estavam coladas contra meu peito inutilizando sua visão de calor, mesmo assim, a cada movimento que ela fazia causava um pequeno terremoto no deserto.
Então, lentamente, sussurro as palavras no ouvido dela, que mesmo sem entender, ou até mesmo se importar com isso sendo controlada, ainda tem que escutar cada palavra dita. Fases de um feitiço curto e improvisado, demorou pouco mais do que poucos segundos, mas cada segundo pareceu horas, eu estava literalmente agarrado a uma mulher que tinha força de um terremoto enquanto me concentrava no meu próximo truque de mágica, tudo isso no mesmo momento sem perder a concentração.
Kara, nos últimos segundos, parou de tentar escapar e começou a flutuar me levando com ela tirando minhas costas do chão, mas antes dela ter a chance de ganhar mais altitude e descer contra o chão, meu serviço acabou, soltei ela e aproveitei a altura para escapar com facilidade da nossa proximidade.
Ela deu uma volta completa me atacando com seu corpo me jogando para esquerda, atravessamos algumas dunas de vidro comigo tentando afastar ela de mim, mas claro, não é uma tarefa fácil agora com os Feitiços desativados, tenho que guardar um pouco de energia para o inesperado.
E como uma maldição, o inesperado acontece.
Do horizontal a minha esquerda, vejo uma infinidade de naves gordas e grandes voando lado a lado, elas não precisaram se aproximar mais do que isso, os misseis voaram em linha reta cortando o ar e deixando uma linha branca por onde passavam, e como eles eram rápidos.
Chutei o corpo da Kara para longe de mim esperando a deixar afastada também dessa confusão, afinal, não quero a ferir gravemente, mas os misseis foram rápidos, e estamos falando aqui de mísseis no formato de charutos pontudos do tamanho de ônibus. Desviei de vários deles no ar, mas como sempre Kara, em vez de fazer o mesmo, disparou contra um deles causando uma explosão que atingiu o míssil do seu lado e assim foi e foi.
As explosões pareciam bolhas de sabão feitas de luz roxa, quando elas explodiam, liberavam faíscas roxas do tamanho de modedas que cortavam o ar atingindo o chão, uma dessa pegou meu ombro e o atravessou tanto minha armadura quanto minha carne a deixando carbonizada quando saio do outro lado.
Resultado, gritei de dor e cai na areia, sim, areia, nos movemos para longe o bastante da explosão que criou o deserto de vidro. Caído, não tive muito tempo para pensar, descansar ou gritar de dor, tive que rolar esquivando das faíscas explodindo agora como morteiros ao atingir o solo.
*Passei cerca de dez minutos fugindo de um único disparo, dez minutos foi o bastante para as naves gordas e grandes se aproximarem e formarem um círculo ao nosso redor planando paradas como helicópteros.
Kara, também não estavam melhor do que eu, ela não foi atravessada, mas foi atingida várias vezes seguidas pelas faíscas e explosões, que devem ser dez vezes pior do que isso, e agora, quatro naves acima dela dispararam juntas feixes de energia branco que ao atingir seu corpo, a cobriram inteira, raios trator, isso vai a manter parada por alguns segundos.
{Você está hesitando, e em desvantagem, faça o que deve fazer!} Falou Zagreu, pela minha espada jogado em algum lutar desse deserto.
"Não, ainda posso sair daqui."
{Não, você não pode, veja o que eu vejo!}
Não foi um pedido, e sim uma ordem, ele criou uma conexão entre nos dois compartilhando seus sentidos divinos, ou pelo menos, uma parte focada deles que me levou a milhares de quilômetros acima de nós quase saindo do planeta, onde havia quatro torres do tamanho de prédios de pelo menos quarenta andares flutuando na formação de um círculo, a zona no seu centro, é onde estou.
{Esse é o mundo deles, eles vão evaporar todo esse continente só para acabar com você e ela, mesmo que você sobreviva as naves, é isso que você vai ter que lutar em seguida.}
Ele está certo, não tem como sair daqui sem uma luta, não posso criar um portal para longe ou me teleportar, tem muita interferência no planeta e fora dele, voar para fora era meu caminho de saída, mas agora ele foi selado, mesmo assim.
"Você sabe muito bem o que vai acontecer se eu soltar essa coisa aqui!" Gritei pulando para esquerda e voando próximo ao chão em zigue zague escapando dos disparos dos raios tratores acima de mim.
{Ah, sua bondade com o inimigo e louvável, mas desnecessária nesse momento, está é a hora da raiva e sangue! E se você ainda não percebeu isso por si mesmo, vou escavar aquela raiva escondida que você enterrou!}
Mais uma vez, meus pensamentos são guiados pelo meu irmão divino, ele não assumiu o controle, é como da primeira vez, tenho controle, mas permito ele me guiar para onde devo ir.
A Cidadela não permiti escravos no seu Mundo-Fortaleza, essa é a lei deles, apenas Citadelianos tem a honra de pisar nesse solo que eles consideram sagrados, mas claro, a lei fala de permanência, visitas ainda podem acontecer em momentos únicos, foi isso que descobri quando Zagreu, guiou minha visão, não para o presente, e sim para o passado.
Fui guiado para algo que se parece uma comemoração, uma festa sórdida onde as mulheres foram usadas de formas, que nem quero pensar, Zagreu, me poupou dos detalhes, me dando apenas vislumbres, mesmo assim, vi comemoração após comemoração, centenas delas nos decorrer dos anos, sempre o mesmo, monstros usando mulheres para no final as matar e enterrar no planeta, o grau de crueldade só aumentava, sem sobreviventes, pelo menos achei isso até ver a Kori.
Maldito seja Zagreu, malditos sejam a Cidadela.
Algo enterrado saio, a raiva, queimando minha mente fazendo meu coração bombardear fogo pelo meu corpo aquecendo minha carne, mas tenho controle, não deixo isso me deixar louco, voou de forma mitótica por entre os disparos das naves acima, Kara, conseguiu escapar, desviando assim atenção pelo menos um pouco das naves acima, mas claro, eles não estavam brincando, depois de cinco minutos brincando conosco, deixaram a ideia de tentar nos capturar par traz, e disparam mais misses para baixo, eles realmente vão limpar todo esse continente.
Paro no meio do deserto com cheio de ferrugem e deixo um pouco da minha raiva ser liberada, mas não diretamente, mesmo assim, de qualquer forma, libertar um monstro num mundo de monstros, o quão culpado eu sou?
"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
As bombas atingiram o chão segundos depois envolvendo todo deserto com fogo.
Mesmo seguro, a temperatura passou pela minha defensa deixando o ar em chamas e parado, segundos depois, a tempestade se acalmou revelando destruição com apenas as naves intocadas acima. Kara, foi atingida em cheio, seu corpo se levantou do chão coberto por areia, ela não foi mais longe, meu feitiço fez finalmente afeito em seguida, e a Kryptoniana caio de cara contra o chão desmaiada.
Foi bem simples, Kryptonianos tiram seus dons absorvendo a luz solar, coloquei uma pequena camada de energia ao redor do corpo dela, impedindo que os raios solares sejam absorvidos, tudo que tinha que fazer em seguida, era deixar ela gastar suas reservas, a Cidadela me ajudou nisso. Com essa vitória em mãos, move minha mão sugando o corpo da Kara, para sua sombra, a tirando do que acontece em seguida.
Ela recebeu o dono direto, quanto eu, usei outra coisa na minha defesa.
A enorme serpente medindo quarenta metros de largura e cinco de largura de puro osso sem nenhum carne está enrolada em volta do meu corpo me protegendo, havia um brilho não natural cobrindo todos os ossos dela, não apenas isso, ela está intocada mesmo depois de todo dano que levou, o que não é uma surpresa, afinal ela é o esqueleto do Dragão da Ismênia, criado usando cada pequeno conhecimento que consegui reunir nesses longos anos e todos meus melhores materiais, sangue de ciclope, o corpo de um dragão real e o sangue e cabeça do Titã Menoetius, usado como sacrifício para alimentar essa criatura.
O antigo Dragão da Ismênia torceu seu pescoço e o deixou de lado, me permitindo ver seu crânio achatado, seus dentes são negros, substitui eles, usei os originais para criar os Spartoi, e não foi uma perda, esses dentes podem atravessar qualquer coisa agora. Por fim, seus olhos, globos de pura mana negra brilhantes com um pequeno ponto vermelho no seu centro.
Convoquei um monstro para vingar minha raiva.
As naves acima pararam seu ataque, não os culpo, devo ter os pego de surpresa, isso não vai demorar, então tomo a dianteira.
Fecho um dos meus olhos e murmuro meu feitiço.
Έλα, και γίνε τα μάτια μου!" {Venha, e se torne meus olhos!}
Minha visão fica dividida, agora meus estou vendo o que o Dragão está.
"Vá!"
O Dragão torceu seu corpo dando um bote para frente e para o alto, seu alvo foi a nave acima de mim, seu enorme corpo atravessou facilmente o escudo de energia no centro da nave, e depois ela próprio saindo do chão completamente.
"BLOMMMMMMMMMMM!"
As duas metades da nave explodiram, e em cima dela, o Dragão torceu seu corpo para esquerda abrindo completamente sua boca soltando dela um enorme pedaço de metal que ele arrancou de sua colisão, com a boca ainda aberta, ele disparou um jato de alta pressão negro como piche voou atingido a lateral da nave a esquerda.
"BLOMMMMMMMM!"
Ele não parou, pulando para a próxima nave e para a próxima. Vinte segundos depois dele ser convocado, dez naves estão em chamas e ainda caindo no deserto ao meu redor.
"BLAWWWWWWWWWWWWWWWWWW!"
Naves começaram a cair, e o ataque não parou, a Cidadela, também começou a disparar contra a serpente de ossos, mas suas rajadas de energia eram inúteis, atingindo os ossos sem deixar nenhum dano neles, afinal, todos os ossos da Serpente foram banhados no Rio Estige depois de sua criação, ele não pode ser destruído por meios normais, e só tem um ponto fraco no seu corpo inteiro, um ponto fraco muito bem defendido.
"BLOMMMMMMM!" "BLOMMMMMMMM!" "BLOMMMMMMM!" "BLOMMMMMMM!"
Naves em pedaços em chamas cobertas por ácido negro caíram e caíram ao meu redor explodindo em nuvens de fogo durante o impacto lançando pedaços de metal para todo lado, era caos total, uma guerra em larga escala de destruição, e nesse caos todo, andei calmamente pelas areias até uma nave próxima, lá encontrei sobreviventes, cinco Citadelianos espalhados pelo chão, eles conseguiram se distanciar da nave em chamas vinte metros de distância deles, mesmo escapando com vida, os cinco estavam no chão desacordados e muito feridos.
Toda essa destruição, e eles ainda não vão sofrer como quero, para eles a vida não importa nada, e também não posso me livrar da minha raiva explodindo o Complexo-Complexo, uma AI funcionando num hardware do tamanho de uma cidade, não tem como destruir isso a não ser com um bombardeio orbital, e mesmo assim, isso vai levar tempo, o hardware está quilômetros abaixo do chão.
Mesmo assim, ainda tenho minha raiva, fria e cortante como gelo glacial, maldito seja Zagreu, por colocar tais imagens na minha mente, elas estão lá ainda, cada uma delas.
"Zagreu, me empreste seus dons."
{Vai ser uma honrar.}
Minha espada surgi na minha mão, lamina enterrada no chão, coloco meus braços em cima do pomo dela e sinto a conexão imediatamente, a dor vem em seguida, chifres rasgam minha pele saindo do topo do meu crânio, não me importo com a dor, ela só aumenta minha raiva fria, fecho meus olhos, a consciência divina cósmica imunda meus sentidos.
A consciência comisca junto dos meus sentidos aumentados combinados me dá uma visão ridícula de todo, posso estar aqui no planeta, mas o entendo completamente, também posso escutar meus amigos todos juntos brigando contra a Blackfire, na nave mãe da Cidadela, e tem entendimento o é claro, os segredos do universo próximos da minha mão contidos para minha própria segurança pelo meu irmão divino, afinal, não quero que meu cérebro exploda.
Abro os olhos e vejo o Citadeliano parando de joelhos na minha frente tentando levantar sua arma com dificuldade, mesmo ferido, ele só pensa em me matar. Caminho até ele e segurei seu ombro o deslocando com habilidade do seu ombro, tanta habilidade que não houve dor, ele só soltou a arma no chão.
"Não sei se isso vai funcionar, afinal, sua raça não senti remorso, talvez isso ensine para vocês um pouco dele!"
Coloquei minha palma sobre a testa negra dele e gritei.
"Θεά της εκδίκησης, σας καλώ να εκπληρώσετε την επιθυμία του θύματος, έως ότου επιτευχθεί δικαιοσύνη!"
{Deusa da vingança, peço que cumpra o desejo da vítima, até que a justiça seja feita!}
Uma maldição simples, feita para atormentar a vítima com seus erros convocando os mortos, é simples, mas poderoso, ainda mais com essa raça, afinal, eles são tecnicamente clones, todos eles conectados biologicamente, não estou amaldiçoando apenas uma deles, e sim todos de uma vez.
Magia responde a emoções, se intensificando e até mesmo se desviando do seu propósito original, mas com a ligação entre mim e Zagreu, dou foco ao meu feitiço, usando essa raiva da forma que ela deve, potencializando meu feitiço e também o mantendo na linha.
Minha palma começa a sangrar, o preço pelo feitiço completo, o sinal disso fica aparente quando removo minha mão da testa dela, e dela, fumaça negra sai para o alto tomando a forma rapidamente de uma mulher vestida com uma toga, uma mulher adulta com asas abertas segurando uma adaga e espada em cada mão, a forma de fumaça sorri para mim, um sorriso tomado de felicidade pelo seu trabalho para em seguida se dissipar no ar.
Sobre o som constante de explosões com metal em chamas caindo ao meu redor, acabo de convocar a própria Nêmesis, Deusa Grega da Vingança, se isso vai levar a algo contra esses malditos clones, só o futuro pode dizer.