A porta de metal se abriu sozinha, dentro do quarto, encontro a Ravena, sentada na posição de lótus no chão de frente para a cama da Kori, onde ela está dormindo como uma princesa, parecendo completamente pacifica, à esquerda da cama, Dick, está encostado na parede com os braços cruzados, seu ombro já foi curado a muito tempo.
Meu amigo não ficou nada feliz depois que acordou do seu sono forçado já curado e totalmente descansado, mas até ele não pode negar o quanto precisava disso, ele estava tão cansado, que nem sabia o quanto, então sua raiva não foi tão longe.
Entrei no quarto tirando algumas velas acesas flutuando iluminando o quarto da minha frente e tendo cuidado para não pisar naquelas que estão no chão até ficar em pé do lado da Ravena.
"Tudo está pronto?" Perguntei.
"Remove o controle mental dela, suas memórias também estão todas no lugar, Kori, não sabe o que aconteceu depois que ela perdeu o controle, então esperamos você voltar." Explicou, Ravena.
Dick, se aproximou de nos ficando bem do meu lado, mesmo com os braços cruzados num gesto que pode ser considerado leviano, seus olhos não mentem, assim como seu coração, batendo num ritmo acelerado de apreensão, ele não me engana, muito menos a Ravena, então não a motivo para conter seus sentimentos, mas seu treinamento já está enraizado no seu ser.
"Prontos?" Perguntou Ravena, se levantando do chão, ela também está cansada, percebo.
Ravena, começou a trabalhar logo após acordar do mesmo sono do Dick, e ficou dias seguidos sem dormir, comer ou até mesmo ir ao banheiro presa nesse quarto, era um trabalho que não poderia ser parado, tinha que começar e ir até o fim não importando o quanto tempo demora-se, um humano comum teria morrido, mas ela não é completamente humana, mesmo assim, isso cobrou seu preso, tanto que ela agarrou meu braço para se manter em pé com suas pernas bambas.
Ela moveu seu corpo para frente comigo ajudando tocando com seus dois dedos no centro da testa da Kori, removendo o feitiço que a colocou em sono profundo.
Não foi um foi despertar brusco e rude, na verdade, ela continuou dormindo, até Dick, a chamar. Lentamente, a face da Kori, deixou de ser pacífica, seu rosto tremeu como se ela estivesse entrando num pesadelo.
"Kori." Dick, a chamou gentilmente de novo.
Ela finalmente abriu seus olhos únicos e brilhantes, mas Kori, não se moveu, demorou alguns segundos para ela reorganizar seus pensamentos.
"Para trás!" Ravena, gritou avisando.
Reagi mais rápido que todos assim que vi os sinais do cabelo da Kori, se iluminado com sua energia vermelha, só precisei tocar o ombro do Dick, bem do meu lado, nos teleportando para trás, deixando nossas costas coladas com a porta do outro lado da sala.
"BOMMM!"
A energia sem controle da Kori, explodiu destruindo e pondo fogo na cama onde ela estava, foi mais do que imaginei, a energia em alta temperatura já estava quase nos pegando também, mas dessa vez, a Ravena, conseguiu reagir conjurando sua escuridão que envolveu todo o quarto contendo a explosão e também concentrando o poder da Kori, num só ponto do quarto já completamente destruindo, criando uma esfera de energia brilhante envolvida por pura escuridão, e no centro disso, a Kori, de joelhos no chão chorando.
"Kori!" Gritou Dick, tentando avançar, mas o parei segurando seu braço.
"A Ravena, não vai conseguir te proteger disso!" Avisei, puxando-o de novo para o lado da Ravena.
Sei que ele quer ajudar, mas nessa situação, ele não vai conseguir nada, fui eu quem a Kori, mas feriu durante sua traição involuntária, deve ser eu, quem vai acalmar ela.
Passei com cuidado a Ravena, para o Dick, que a segurou, ela não vai aguentar muito tempo deter a energia da Kori, então me apressei andando pela escuridão do poder dela como se fosse minha casa, por que era, e nisso, entrei na esfera onde minha amiga está contida.
O ar estava tão quente, que está quase se tornando plasma, e mesmo estando envolvida completamente pela escuridão, o metal no chão abaixo dela começou a ficar vermelho. Abaixei puxando a Kori, que estava no chão a colocando contra meu peito, ela está tão abalada, que moveu suas mãos ao redor do meu corpo inconscientemente, me abraçando, mas o choro descontrolado e os gritos de dor continuaram, palavras não vão ajudar em nada aqui.
Com seus cabelos vermelhos brilhando ao redor do meu corpo e o ar em chamas, entrei na mente da minha amiga, foi fácil, nos conhecemos e nós amamos há tanto tempo, que é simples encontrar uma conexão, e dela, enviar o que eu queria.
Não enviei mentalmente palavras, imagens ou memórias, foi mais profundo que isso, um tipo de linguagem única mental, quase como quando dois conhecidos de longa data se olham, e só com um olhar, dizem frases inteiras em silêncio. Foi uma mensagem simples e profunda, resumida com duas certezas.
Você está bem!
Todo mundo está bem!
Ela parou de emanar energia sem controle quase que imediatamente depois disso, a escuridão da Ravena, também recuou nos deixando no chão vermelho abraçados e sozinhos, os outros não podem se aproximar ainda por causa da temperatura, mas posso ver pelo olhar do Dick, que ele não vai esperar por muito tempo.
Kori, não falou nada, apenas ficou me abraçando, escondendo seu rosto no meu peito, mas ela parou de chorar, agora, ela só estava querendo um ombro amigo, então, assim fiquei.
Não estou com medo, quase todos pensariam que a Kori, nunca iria se reerguer depois de tanto trauma sendo exposto e adicionado em tão pouco tempo, mas não tenho medo, minha amiga era feita de uma material muito mais forte do que isso, não vai demorar para ver seu sorriso e sua força nas nossas próximas batalhas, essa dor, só a deixou mais forte, e nisso que acredito e sempre vou acreditar.
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Na ponte de comando da K'Norfka, o maior orgulho da força armada de Tamaran, sobre o comando do direto do General Ph'yzzon, líder militar de todos os exércitos dessa aliança, que está nesse momento olhando sem piscar para janela, a vista era Tamaran, rodeada por naves da aliança, um conjunto não padronizado de vários tamanhos e formas, mais uma vez, reunimos uma frota de peso, tudo que sobrou e conseguimos salvar da armadilha anterior, mais alguns reforços, os membros da aliança realocaram uma parte de suas defesas que ficaram para trás para essa missão, algo muito arriscado.
Do meu lado, estavam meus amigos e também aliados, os Ômega Man, com Primus, Kalista e Felicity, já curados, assim como a montanha de músculos larga, Charis-Nar, o tanque do seu grupo, ele finalmente se juntou à sua equipe mais uma vez. Do meu outro lado, quem chama atenção no momento é a Kori, usando um vestido longo dourado com detalhes brancos com muitas joias douradas, extravagante demais para o gosto dela, tenho certeza disso, mas o momento pedi extravagancia, e ninguém pode negar seu efeito sobre todos.
Nossa mentira deu certo, ninguém percebeu que ela foi controlada mentalmente, mas no decorrer dos dias, todos começaram a ficar muito preocupados com a saúde da Princesa Real e agora única sucessora do trono, já que Blackfire, queimou esse caminho completamente, a única forma dela conseguir chegar ao trono de novo, é por meio do sangue, de qualquer forma, como a medicina é bastante avançada em Tamaran, e a Princesa, não se mostrou por dias, os boatos que ela estava gravemente ferida no seu leito de morte se espalharam rápido, boatos que foram silenciados nesse exato momento.
Subestimei muito o que a presença de uma única pessoa pode fazer na mentalidade de um povo, e agora, vejo que só foi preciso a Kori, para fazer queimar o fogo da vingança, e mesmo sendo uma certeza que todos estão odiando essa parceria com a Cidadela, não se pode negar um sentimento de superioridade por conta disso, afinal, a Cidadela aceitou muito facilmente essa aliança e todos seus termos que foram divulgados para conseguir esse exato efeito.
"General, é o Cientista-Chefe." Avisou Alisand'r, atuando como braço direito do General desde que voltamos.
"Coloque na tela, espero boas notícias antes de partirmos."
A tela holográfica surgiu, grande o bastante para quase cobrir parede a parede na ponte de comando onde estamos, e na imagem, o Cientista-Chefe Galfore, com cabelos totalmente despenteados e cheios de sujeira, assim como sua roupa e face, apareceu como se ele não tivesse tomado banho desde que começou a estudar a Quimera, isso já faz quatro dias.
{General, trago à última atualização, como foi ordenado.} Começou Galfore.
Assim que a batalha começar, vamos nos mover rapidamente pelo território da Cidadela, não pretendemos atacar imediatamente de frente a forças dos Psions, temos agir com inteligência, mas vão ser alguns dias tensos, sem parar para descanso, por isso mesmo, o General, pediu um relatório para agora, já que a pesquisa não vai parar até o último momento.
"Alguma informação nova?" Perguntou Ph'yzzon.
{Infelizmente não, mas conseguimos provar uma teoria, a um link entre essas criações e as naves, mesmo com uma biologia estranha e diferente em cada Quimera, deduzimos que todos eles tem um certo órgão igual que pode receber sinais, achamos que esse órgão, é a antena que eles estão recebendo as ordens das Arcas.}
Não faço ideia de como funciona um link usando um órgão, e também não quero saber, tudo que sei agora com certeza, é que se destruirmos a nave inteira, as quimeras veem abaixo, o que na minha opinião não é uma grande informação.
"Então, como sempre, sem soluções fácies."
Estávamos esperando realmente uma fraqueza, algo fácil, mas o General está correto, nunca temos soluções fácies.
{Lamento não pode ajudar mais do que isso General, mesmo com uma equipe tão diversificada de cientistas trabalhando nisso, o código genético usado para dar liga a essa monstruosidade continua sendo um dos mais complexos que já vi na minha vida, e cada vez que o estudamos mais, mais ele se torna complexo.}
Quatro dias trabalhando e ele não nos deu nenhuma fraqueza clara, infelizmente, mas conseguimos entender o funcionamento das Quimeras, ela funcionam como motores, vão esquentando com o tempo até chegar na sua temperatura máxima e se manter dessa forma, então sua destruição começa lentamente, aumentando assim que ele "aquece".
"Você fez um trabalho magnífico em tão pouco tempo, obrigado Galfore, e por favor continue." Com esse agradecimento, a chamada é cortada pelo General, que sei vira para nós, mais precisamente para Kori, que está agora segurando a mão do Dick, do lado dela, de forma discreta.
"Estamos esperando sua ordem, Princesa Koriand'r!" Ph'yzzon, fez uma reverência, e os soldados ao nosso redor e também os operadores abaixo, antes concentrados na sua tela e agora em pé, também estão prestando reverência.
Portando a esperança de vitória como um símbolo, faz sentido a honra de dar início a essa guerra cair nas mãos da Kori, para o desgosto dela. Para muitos, isso é uma grande honra, infelizmente, minha amiga, não é uma delas.
Algumas telas holograficas se abrem ao nosso redor, os outros líderes da aliança, assim como os país da Kori, todos em silêncio, esperando a ordem.
Usando meus sentidos, vejo ela apertar sutilmente a mão do Dick, que faz o mesmo, um gesto de confiança que dá força para minha amiga larga a mão do seu amante e dar alguns passos para frente passando o General e ficando bem na frente da sua cadeira de comando no meio de todo mundo, sua imagem, está agora sendo transmitida para todas as naves da aliança ao vivo.
Sem hesitar, ela levantou seu braço acima da cabeça com o punho fechado e gritou para todos.
"Para Vitória!"
{Para Vitória!} {Para Vitória!} {Para Vitória!} {Para Vitória!} {Para Vitória!}
Seu grito de batalha foi respondido pelos hologramas dos outros líderes, e isso foi seguido por silêncio, todas as naves, já estão se movendo se afastando do planeta assim como a K'Norfka, que está na frente, somos a ponta da lança dessa vez também, só que agora não vamos preparar uma armadilha, somos literalmente a ponta da lança, os primeiros a atingir o inimigo, aquele na frente liderando os que vem depois, com os Tamaraneanos gostam.
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Próximo do centro do imenso território da Cidadela, um planeta cinza com duas luas estava sendo atacado por uma força imensa de naves Psions e seus aliados. A Cidadela, estava mantendo seu inimigo longe, mas não por muito tempo, a cada segundo passado suas forças reduziam numa velocidade anormal sobre o fogo intenso.
No seu descaso com a própria vida, a Cidadela, ordenou que as naves menores se sacrificassem para causar danos nas naves maiores, então sem hesitar, elas se jogaram contra elas num ataque kamikaze, mas poucos conseguiram causar danos reais, os escudos de energia ao redor das naves defenderam maior parte dos impactos, mas eles eram numerosos, centenas de mosquitos mordendo a presa a enfraquecendo para as naves maiores e estações espaciais de defesa a destruíssem.
Sobre o controle frio e calculista de uma AI, a defesa foi exatamente dessa forma, fria, não se importando com as vidas, e o povo da Cidadela, também não se importou em seguir tais ordens, afinal, eles foram criados para tal coisa, sentiam até mesmo alegria por realizar tais atos, e essa estratégia fria, deu resultados reais empurrando e atrasando o fim, foi então que as grandes armas foram utilizadas, as naves classe nove Bloodstars dos Gordanianos, começaram seu ataque se revelando de trás da formação, seus disparos de energia vermelha atravessaram o vácuo o queimando atingindo primeiro os satélites de defesa os atravessando e continuando seu caminho até atingir o planeta abaixo queimando o ar de sua atmosfera a tingindo de vermelho.
Os Psions deram o golpe final em seguida, eles disparam mísseis que explodiram no vácuo criando estrelas artificiais azuis, esferas que englobavam centenas de uma só vez e desapareciam segundos depois, mas segundos numa esfera de plasma era o bastante para acabar com tudo dentro dela, e assim, coube aos outros aliados limpar o resto da força defensiva, meia hora depois, não havia nenhuma força acima do planeta o defendendo, o deixando indefeso ao que vai acontecer agora.
Do centro da formação, as naves se moveram abrindo um caminho para apenas uma nave gigante e larga portando uma arma de destruição que vai limpar todo o mundo abaixo para que no futuro, seus recursos sejam usufruídos pelos Psions e seus aliados, um mundo inteiro destruído sem nenhuma força para os deter ou mostras qualquer tipo de resistência.
H797, essa é a designação do planeta abaixo dado pela Cidadela, um mundo central que foi escravizado a milhares de gerações, um mundo agrícola, totalmente tomado de plantações cuidadas por escravos, toda essa comida serve para alimentar a máquina de guerra da Cidadela, não havia tecnologia no solo, não a por que, esse mundo serve para gerar comida e nada mais, mesmo assim, ele tem que ser posto em chamas para reduzir os milhões de escravos que cuidam das plantações.
A Nave Arca, como foi nomeada, ficou de frente para o planeta quase tocando sua atmosfera, as portas laterais foram abertas, e a segundos do lançamento, a frota começou a se mover e a Arca recuou enquanto fechava suas aberturas, todos eles detectaram um movimento suspeito no hiperespaço, mas era tarde demais, quatro túneis gigantes surgiram à esquerda do planeta atrás das luas, centenas de naves saíram deles segundos depois, todas elas naves menores que começaram o combate atingindo o ponto fraco na formação atual da frota dos Psions, causando danos sérios.
Dez minutos depois, no tempo da Terra, naves maiores se juntaram à batalha saindo de trás do sol desse sistema solar. Nesse momento os Psions já tinham conseguido mover suas forças para criar uma defesa, mas eles ainda estão longe de algo perfeito, e eles sangraram por isso.
Chegou o momento, a força principal finalmente fez seu movimento no campo de batalha com a K'Norfka na frente guiando o ataque para o centro do poder inimigo, seu alvo, a nave Arca, que começou a se afastar rapidamente assim que a batalha começou. A Nave Arca, era um alvo prioritário, então tanto as naves pequenas quanto as grandes próximas estavam disparando constantemente contra ele, mas sua defesa era robusta, não houve dano nenhum ao seu casto, e como o combate estava acontecendo perto demais, eles não podiam usar todo seu poder de fogo, contando apenas com disparos de energia concentrada e misseis simples para romper essa defesa, mas isso vai acontecer. Os Psions, foram pegos de surpresa e ficaram presos na sua própria defesa, como a Arca, está bem no centro deles, a locomoção para fuga se tornou mil vezes mais complicada com tanto ao seu redor, por isso mesmo, ela tomou outra ação.
A Arca, percebendo que não poderia fugir, avançou sobre fogo até o planeta recuperando seu lugar próximo à atmosfera, as comportas se abriram no teto da enorme nave e misseis foram disparados para cima fazendo um "C" invertido no ar, e no final desse arco, estava o planeta, eles iriam o queimar apenas para criar uma distração dividindo assim a força inimiga os dando vantagem.
Do K'Norfka, duas figuras minúsculas comparadas a imensidão das naves e da batalha acontecendo voaram em alta velocidade sem nenhum equipamento entre todo esse caos desviando e destruindo qualquer nave menor no seu caminho, um deles, tinha chamas vermelhas de energia nos seus longos cabelos iluminando a escuridão, já o outro, estava quase totalmente coberto pela escuridão, visível apenas por um fraco brilho cinza ao redor do seu corpo.
Numa incrível demonstração de poder e velocidade, eles chegaram próximos da atmosfera do planeta um pouco depois que os cinco misseis, ou capsulas, foram disparadas da Arca, depois disso, cada uma deles foi explodida no ar por feixes de energia verdes ou negros disparados pelos dois atacantes, nenhuma capsula conseguiu chegar ao chão, e as Quimeras foram mortas no seu momento mais frágil, quando ainda não foram despertadas.
Com esse trabalho feito, as duas figuras voaram saindo da atmosfera do planeta, e em vez de voltar para a segurança da K'Norfka, eles continuaram voando entre as naves menores as destruindo sem descanso por toda a duração da batalha. Foram seis horas de luta contínua, e por conta dessa coragem, que foi vista por muitas naves aliadas ao seu redor e por aquelas que foram salvas, a chama queimou mais, e não a nada que possa ficar no caminho de um exército cheio de confiança e fome pela vitória.
Depois que a batalha acabou e só destroços foram deixados dos inimigos, eles perceberam que grande vitória foi essa, infelizmente, a Arca conseguiu fugir graças ao sacrifício de vinte e cinco por cento das naves ainda restantes naquele momento, sacrifício involuntário, afinal, todas as naves explodiram no mesmo segundo sobre as ordens do Psion os liderando dentro da Arca, garantindo assim seus segredos e também sua fuga, o que era o mais importante em sua mente distorcida e sem qualquer empatia.
Era uma vitória incompleta sem a Arca, mas eles conseguiram, arrancaram um dos braços do inimigo e também libertaram um planeta inteiro graças ao contrato deles com a Cidadela, mas claro, agora todos sabiam da aliança feita com a Cidadela, isso significa que os Psions, vão tomar uma ação mais drástica.
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Sentada de lado no seu trono de forma relaxada no centro de comando da mais poderosa nave-mãe da Cidadela, está a Princesa Komand'r, com uma bebida verde nas mãos vestida com um longo vestido preto com a frente totalmente aberta. Seu trono, não é o mesmo onde ela torturou o antigo líder dessa nave, aquele e a plataforma onde ele estava foram completamente destruídos pelo ataque da sua irmã tola e usurpadora, mas tudo isso foi refeito aos gostos dela e as custas dos novos aliados, esse novo trono, feito de pedra negra bruta, tinha um enfeite prateado no seu topo no encosto das costas, uma cabeça meio destruída prateada do cyborg suicida que destruiu cinco por cento da sua nova nave. A sala e ponte de comando do trono foi refeita, mas ainda havia muitos danos sendo reparados nesse mesmo momento pelos traidores Gordanianos.
"Minha irmã tola e usurpadora voltou, agora fazendo uma aliança com a Cidadela, quão baixo eles caíram." Zombou Komand'r, sem olhar para o holograma bem na sua frente, ignorando que ela também fez uma aliança com a Cidadela, mas claro, em sua mente distorcida, aquilo não foi uma aliança, apenas um degrau para seu plano glorioso.
{Isso não é um assunto que podemos tratar tão levianamente, tal união, não estava em nossas projeções.}
O holograma, não era humanoide, e sim um réptil de porte pequeno com dez dedos e quatro membros ereto, sua pele verde parecia couro sem pelos e sua boca era alongada para frente como de um jacaré com olhos âmbar quase felinos.
Esse não era um simples Psions, seu mundo não tinha um sistema hierárquico tão sofisticado, aquele no topo e o Cientista-Chefe, vestindo nada incomum, uma toga cinza cobrindo seu corpo inteiro e um monóculo sobre seu olho esquerdo.
"Verdade, isso também não muda nossos planos, já queimamos demais as forças da Cidadela, agora vamos direto para a casa deles."
{O Mundo Natal da Cidadela não é um alvo fácil, ele é mais defendido que nosso mundo, não, ainda não estamos prontos!} Negou o Cientista-Chefe.
O Mundo Natal da Cidadela é uma fortaleza em si, rodeado por um anel de asteroides e uma lua destruída que teve seus restos escavados para criação de outras fortalezas, fora também os outros inúmeros recursos, por isso, esse planeta era conhecido como Mundo-Fortaleza por todos.
Calmamente, a Princesa Komand'r, tomou mais um gole de sua bebida antes de responder.
"Está mais cedo do que o planejado? Está, mas planos mudam, e já conseguimos os enfraquecer o bastante, está na hora."
{Não vejo dessa forma, agora temos que nos preocupar com a Aliança, somando suas tropas com o que a Cidadela ainda tem, nosso trabalho aqui não teve sentido, as projeções não mentem.}
"E suas belas criação descartáveis? Por que não as usamos no espaço também?"
{É mais fácil criar um clone perfeito do que alterar um código genético transformando-o em arma, eles continuam instáveis, batalhar no vácuo só vai adiantar seu tempo limite, e eles também não tem a capacidade de diferenciar aliados dos inimigos, arriscado demais.}
"Então, o que vai fazer, poderoso Cientista-Chefe? Recuar para casa e cancelar sua gloriosa campanha? Ficar conhecido não como aquele que queimou o Império da Cidadela, e sim como o que recuou?" Riu a Princesa, se virando e sentando direito de frente para o holograma com um sorriso selvagem nos lábios.
Não importa a raça, um ser masculino sempre tem o orgulho e o ego como fraqueza, e Komand'r, aprendeu a usar isso muito bem ao seu favor, e assim que é viu os sinais de raiva no rosto do seu aliado, ela sabe que conseguiu.
{Podemos ganhar, isso é verdade, mas são os custos de tal vitória que está desencorajando os outros, eles não vão aceitar esse plano, e seu voto contra, cancela tudo de qualquer forma, não somos criaturas inferiores como vocês, sempre ouvimos a razão.}
"Pode ser verdade, mas a razão, pode ser influenciada com uma boa oferenda, entrem!" Gritou Komand'r, para sua esquerda.
Da esquerda, dez Gordanianos, cinco em cada lado, entraram protegendo o que estava no centro, uma plataforma flutuante com um ser de joelhos acima, seus braços foram presos atrás de suas costas com algemas de metal enésimo, havia outra algema ao redor do seu pescoço presa a plataforma por uma corrente e uma focinheira cobrindo a boca o impedindo de falar.
{Ah sim, o último Czarniano, meus companheiros dariam mundos pela chance de o estudar, já tentamos fazer isso, é claro, mas sem sucesso, como você conseguiu o capturar?} Perguntou o Cientista-Chefe, realmente animado com o Lobo preso, olhando para eles como se esse fato não importasse.
"Com bebida e sedativos o bastante para afogar um planeta, ainda assim ele não ficou fora de si por mais do que alguns segundos, mas foi tempo o bastante." Komand'r, não pode deixar de conter a alegria em sua voz, afinal, mas um inimigo difícil caio sem dificuldade de acordo com seus planos.
{Como falei, qualquer um do meu povo mataria para ter a chance de sintetizar os poderes de bio-replicação e sua suposta imortalidade, sim, esse presente é mais do que o bastante para os meus opostos aceitarem qualquer plano meu.}
"Maravilhoso, vou o enviar para sua nave Arca, ela deve ser mais do que equipada para o conter e para sua pesquisa." Com um gesto de desdém dela, os Gordanianos levaram a plataforma flutuante até uma nave já esperando por eles, não vai demorar muito tempo até ele chegar ao seu destino, depois disso, Lobo, é problema dos Psions, mas claro, ela não quer problemas, tudo está acontecendo exatamente como ela quer, como sempre.
{Enquanto ele não chega, vou rodar mais simulações com o foco numa luta direta, não importando o custo, o Império da Cidadela vai cair pelas minhas mãos!} É assim que a chamada termina, e o holograma desaparece.
Sentada sozinha no seu trono na sala de comando, segundos depois dessa reunião estratégica acabar, a Princesa Komand'r, não precisa mais conter sua alegria, ela começou a rir e rir de forma descontrolada, afinal, sua bela irmã idiota e usurpadora, acabou de ajuda ela mais uma vez, ela não tem aliados, apenas peças para serem usadas, peças mais poderosas que ela, mas não por muito tempo, já que seu objetivo é fazer com os Psions, o mesmo que ela fez com a Cidadela, enfraquecer suas forças, e quando eles estiverem literalmente esgotados e fracos, ela vai agir, e todo Sistema Vega, e não apenas Tamaran, vai estar sobre seu controle.
Seus pais podem ter negado o trono dela, mas isso não importa, por que a Princesa Komand'r, não ficaria satisfeita com apenas um mundo, por que ter apenas um, se ela pode ter todos eles?
Uma Imperatriz, não uma Rainha, esse é seu destino.