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Chapter 61 - Sala da Justiça.

Sentado na frente da fogueira no centro da minha sala de entrada na minha casa viva, estou esperando algumas salsichas sendo assadas no fogo, a uma taça e garrafa de vinho do meu lado, o meu preferido, comprei várias garrafas dele quando fiz uma pequena visita a Itália, durante minhas férias, ele é meu preferido por ser feito usando uvas naturais, sem nenhum produto químico, algo que meu super paladar agradece.

Se passaram quatro semanas no tempo do Submundo, esses dias foram muito produtivos, e estou quase ponto em prática meu plano para lidar com o Tita.

Menoetius, só de pensar nele, sinto uma certa raiva e um gosto ruim na boca.

Após tanto tempo, mesmo eu não tento uma mente estratégica como a do Batman, consegui bolar um plano para lidar com esse problema, assim como informações sobre ele.

Filho de Jápeto e Climene, o Tita da Raiva, Violência e Mortalidade Humana.

É isso.

Essas são as únicas informações que consegui desenterrar do Menoetius, o cara é um secundário, que foi morto no início da titanomaquia por um simples golpe de Zeus, depois disso, em vez de ser preso no Tártaro, como quase todos os titãs foram, ele de alguma forma acabou sendo colocado na posição de guarda por Hades, e deveria estar fazendo isso até agora.

Sim, eu levei uma surra de um secundário, saber disso, fez maravilhas a minha autoconfiança ao ponto de eu não contar nada do ocorrido para meus amigos, eles provavelmente se voluntariariam para lutar ao meu lado, mas eu quero fazer isso sozinho, isso não quer dizer que não sei aceitar ajuda, eu sei, mas eu realmente quero enfrentar esse teste por mim mesmo.

Depois da nossa luta, ainda lembro de abrir o portal para casa e me arrastar pelo chão até a cama do pequeno hotel onde eu estava. Fiquei de cama por quatro dias me recuperando, e isso, para um semideus com super regeneração, é muita coisa.

Por isso, vou resolver a questão eu mesmo.

A minha comida assou, pego o espeto de metal sobre a fogueira e levo a salsicha para minha boca.

Uma das vantagens de trazer uma casa para o Submundo, um estoque de comida.

Depois de um gole de vinho, volto a pensar no plano.

Mesmo sem informações, sei que Menoetius, não pode me seguir até aqui.

Hades, deu-lhe um posto para defender, e não sendo idiota, ele deve ter colocado algum tipo de contenção para não ter um titã, um dos seus maiores inimigos, vagando por aí fazendo o que quer, não, com certeza deve haver uma contenção, talvez geográfica, restringindo-o num certo espaço no Submundo.

Esse é o maior motivo para minha certeza de poder lidar com essa situação sozinho, já que com ele preso no fim do vale, posso fugir mesmo que meu novo plano de errado.

Ainda pensando nisso, acabei meu café da manhã nada saudável, me levantei e num passe de mágica, os Aurae, invisíveis, limparam e guardaram tudo, deixando o meu pequeno canto na fogueira limpo.

Com isso feito, subi as escadas passando pela biblioteca que estava com a porta aberta, na mesa, vários livros abertos e anotações feitas por mim em páginas de papel espalhadas com alguns até mesmo no chão. Diferente de todos os outros cômodos dessa casa, os Aurae, não foram autorizados a limpar esse, já que meu sistema de pesquisa é realmente dessa forma, uma bagunça.

A Casa, está cheia de livros que nunca vi antes, então para não perder nada, comecei do início, e estou orgulhoso em dizer que acabei a primeira prateleira dela, alguns dias atrás, como os livros focados no básico são algo simples para mim, isso foi rápido, mas também ganhei muito conhecimento que não tinha antes e minha base ficou mais solida, vamos dizer assim.

Não entrei na biblioteca, na maioria das vezes fico a noite e a madrugada nela, quando não estou dormindo, mas mesmo agora sonhando, isso não mudou minha falta de sono, de manhã, passo meu tempo no laboratório, mas antes disso, tomo um banho.

O gigantesco banheiro do meu quarto continuava perfeito com a densa fumaça das águas quentes, minhas roupas sumiram me deixando nu, e depois dou um belo pulo dentro dela.

Por sorte, essa é uma casa magica, porque senão, eu teria imundado meu quarto com isso.

Com os braços abertos em cima da borda feita de mármore branco, fecho meus olhos sentindo o calor da água quente relaxando meus músculos.

É engraçado, essa temperatura não pode me queimar ou aumentar a temperatura do meu corpo, mesmo assim, eu a sinto.

Dessa forma, começo a pensar no meu novo feitiço, algo que estava a um bom tempo incompleto por falta de informação, mas graças a biblioteca, as coisas foram concluídas rapidamente.

Outra grande surpresa que ganhei lendo o básico, foi que eu finalmente vou poder conseguir outros feitiços de cura. Meu talento para magia branca, é quase zero, então imagine minha surpresa ao me deparar com uma magia curativa que não pertence a esse ramo, em vez disso, está no voodoo.

Tudo que aprende com a biblioteca da Zatanna, foi que voodoo é ótimo para amaldiçoar, isso não está errado, mas agora percebo que as informações que ganhei estavam bem limitadas a essa biblioteca, na verdade, a prática do voodoo dá o poder de manipular seres biológicos, de animais pequenos até mesmo plantas, os manipulando como o conjurador quiser, e isso também leva a cura.

Isso, realmente me animou, também me senti bastante culpado por negligenciar esse lado da magia que tenho tanta afinidade, só porque os feitiços que eu tinha acesso eram maldições elevadas que me colocariam em contato com as divindades dessa religião, mas isso mudou agora, tudo que falta no momento são alvos para testar.

Também aprendi algo que realmente pode ser útil como um trunfo, foi um feitiço de invocação, uma invocação demoníaca para ser mais preciso.

Os demônios, são uma das raças mais poderosas do multiverso, quase imortais e invulneráveis, seres que nasceram e respiram a magia.

Encontrei alguns feitiços de invocação na biblioteca na parte básica, e isso me levou para os mais avançados por curiosidade. O problema da invocação, é que o custo para a fazer é quase sempre físico, ou seja, são necessários ingredientes ou sacrifícios, e quanto mais poderoso for o ser invocado, mas vai necessário.

No final, achei uma invocação diferente, que pode invocar um demônio sem uso de itens, esse demônio convocado não vai ser aleatório ou especifico, e sim um semelhante à minha alma, é confuso, então resumindo, o demônio que posso invocar pode ser apenas um imp ou um duque do inferno, só a fazendo para descobrir.

Sendo um semideus, estou confiante em invocar algo poderoso.

Só que tudo tem seu problema, como essa invocação não está ligada as leis da troca equivalente, o demônio não sera escravizado ou obrigado a seguir minhas ordens, claro que todas as invocações demoníacas tentam se livrar do controle enganando seus convocadores ou usando força bruta, só que nesses casos, o invocador tem a vantagem do contrato, eu não vou ter isso.

Eu poderia tentar invocar outros seres, como anjos, sim, isso é possível, mas demônios realmente são mais fácies de lidar, eles sempre vêm facilmente para a invocação não lutando contra ela, esperando a chance de lucrar com isso, e seus pensamentos são mais simples, diferente dos anjos, que na opinião de todos que conheci até agora no mundo mágico, até mesmo da Zatanna, são um bando de babacas.

De qualquer forma, esse é meu novo trunfo, um bem perigoso, que não vou usar, exceto se a situação peça com muita urgência.

Continuando nesse ramo de estudo, acabei encontrando várias formas de aumentar a força dos meus esqueletos, o complicado, é que cada método envolve um excesso de ingredientes ou uma grande perda de tempo.

Por exemplo, o método mais fácil é gravar runas nos esqueletos, elas vão absorver a mana do Submundo, os fortalecendo, mas para conseguir isso, vou ter que gravar essas runas neles todos, um por um.

Demorei cerca de quatro horas em cada um dos dez primeiros, só para ver se isso funcionava, e realmente deu certo, sua força, agilidade, resistência e inteligência aumentaram muito, como meu símbolo ainda está nas suas testas, eles continuaram leais a mim mesmo sendo mais inteligentes agora.

Vou continuar os marcando, mas lentamente, tenho tempo para isso.

Nessa paz, acabei meu banho me secando e conjurando uma roupa simples usando um feitiço comum de conjuração.

"Então Casa, vamos começar de novo o dia." Digo em voz.

Ela responde com um pequeno pulso feliz e animado, a ideia de diversão para ela, é ficar assim, parada num lugar novo, isso mais uma vez me fez pensar quanto tempo ela ficou parada no Sonhar, sem se mover para ficar entediada.

Nossa conexão ficou mais forte no decorrer dos dias, e já consigo traduzir os pulsos mais complexos que ela me dá, não sei como, mas agora quando ela me diz coisas mais complicadas na sua linguagem única, posso entender mais ou menos tudo.

Com isso, alguns mistérios da casa começaram a ser revelados, como o alçapão perto da parede sul na sala de entrada, que simplesmente apareceu quando passei próximo do lugar.

Perguntei a casa o que era aquilo, mas ela não respondeu, e quando abri, tudo que encontrei foi nada.

Literalmente nada, era como ver um buraco escuro sem fundo no chão.

Joguei fogo, lanternas e sinalizadores no buraco, tentando calcular a sua profundidade ou o que havia no escuro.

O resultado?

As chamas se apagaram, as lanternas e sinalizadores caíram tão fundo, que sua luz desapareceu.

Seja lá o quer for esse lugar, ainda não posso o explorar, esse mistério então ficou para mais tarde.

Sai do meu quarto e desci as escadas como sempre faço no início do dia saindo pela porta da frente e ficando de frente para a imensa extensão de terra seca e vazia em cima do pequeno monte onde estou estacionado, na frente da casa, fica a caixa de correio de madeira bem simples.

Antes de começar a fazer minhas coisas, sempre olho ela de manhã esperando uma mensagem e depois vejo como vão às coisas na mina, esperando encontrar algum metal do submundo, infelizmente, só encontro joias e mais ouro, estou ficando cansado de ouro e joias.

Como o tempo aqui passa mais rápido, olhar uma vez por dia é o suficiente para não perde nenhum grande evento que pode estar acontecendo em casa.

Abri a pequena caixa de madeira esperando não encontrar nada como sempre, mas para minha surpresa, havia uma mensagem dessa vez.

Peguei o pequeno papel o mais rápido que podia, o desdobrando.

{Problemas, volte logo.

R.}

Escrito à mão por uma bela letra, o R, é claro que é do Robin.

Se passou poucos dias desde que sai do mundo real, então, algo deve ter dado muito errado para o Robin, pedir minha ajuda.

De qualquer forma, parece que minha expedição vai ter que ser adiada por alguns dias ou semanas.

Antes de partir, dei uma olhada na mina, e sem nenhuma surpresa, nenhum metal do submundo foi minerado, depois voltei para dentro de casa e fechei a porta.

Com um simples pensamento dirigido para Casa, abri de novo a porta da frente, e a vista mudou, de uma terra árida e seca para grama bem aparada com um oceano azul e uma cidade no horizonte, a minha esquerda, a torre no formato de T.

Estava de dia, quase de tarde, clima perfeito, sem nenhum dragão cuspindo fogo ou demônios ceifando vidas, o que sempre é um bom sinal.

Conjuro meu celular e depois o ligando, espero um pouco, e as mensagens aparecem depois dele recuperar seu sinal.

Esse telefone não é um comum comprado em lojas, é algo feito pelo Robin e Batman, todos membros da equipe têm um para casos como esse.

Com uma olhada rápida na tela cheia de notificações, sei que tudo estava bem com minha irmã, o que me relaxou um pouco.

Liguei então para o número seguro do Robin.

A chamada foi conectada segundos depois.

{Você voltou.} Robin, falou um pouco ríspido, conheço ele há muito tempo para saber que essa é a voz de Robin, dele.

"Você chamou." Digo também no mesmo tom.

{Saímos a quase meia hora, e já estamos chegando, então se aprece!}

Algo sério realmente aconteceu.

"Tudo bem, mas o que aconteceu?"

{Terrorismo!}

"Onde vocês estão?" Pergunto sério.

{Na Sala da Justiça, a Mulher Maravilha nos chamou.}

"Cinco segundos." Digo, desligando a ligação.

Guardo meu telefone e dou alguns passos à frente me distanciando da casa.

Dobro meus joelhos enquanto a minha armadura aparecia cobrindo meu corpo.

"BLOMMM!"

Não fui nada controlado ou contido nessa decolagem, fui de um a mil de um momento para outro, quebrando a barreira do som muito acima dos edifícios da cidade no horizonte e saindo da atmosfera da Terra.

Washington Dc, é próximo da cidade, só precisei fazer um arco no espaço e mergulhar sem diminuir a velocidade caindo como uma bala.

Claro, tive que desacelerar ao ficar em cima da cidade, uma bela cidade se deve dizer, bem cuidada, limpa e de aparência segura, faz sentindo ela ser o centro do poder político do país.

Sala da Justiça também é facilmente encontrada, junto dos outros monumentos históricos que a cidade tem, a Sala é um dos pontos quentes dos turistas, e a Liga, até mesmo cobra uma taxa para os adultos que vem visitar as instalações que são abertas ao público, esse dinheiro coletado, é doado para os necessitados, a Liga, se orgulha de ser independente financeiramente.

A dois caminhos, o da esquerda e da direita, os dois levam ao prédio branco com uma fonte bem grande no meio, a cerca de mil pessoas caminhando pelos dois caminhos ou próximos da entrada, tirando fotos, comendo ou apenas conversando.

O prédio, era algo bem artístico, e ele foi projetado pela Diana, e sendo uma princesa de uma civilização com uma forte herança grega, havia sim o toque dela.

Um arco, é como descrevo o prédio, com dois muros nos lados e um arco saindo da direita passando por cima e caindo na esquerda, nesse arco, estava o nome do lugar em dourado e no meio, colunas brancas.

O lugar foi construindo bem atrás do sol, então seu reflexo é perfeitamente refletido no lago quadrado na frente dele.

Essa não é a primeira vez que visito o lugar, já vim como turista numa excursão, algo bem comum para as escolas.

Só que eu nunca acessei as partes internas que o público não podia.

Cheguei aqui rápido, e acabei lembrando agora desse fato, o que significa que não sei como chegar no lugar da reunião.

Parei flutuando muito acima do lugar, longe dos olhos curiosos, e antes de poder pegar meu celular, uma pequena entrada se abre no teto da Sala, um convite.

Desci lentamente até entrar na abertura, e assim que meu corpo inteiro estava dentro, senti minha pele formigar. Proteções magicas, poderosas proteções magicas, foi o que senti agora. Dentro de algo parecido com um poço de elevador, um túnel para baixo prateado com espaço mais que suficiente para um carro passar, desci quatro andares até encontrar uma porta aberta na minha frente.

"Bem-vindo de volta, meu amigo." Kori, me cumprimentou sentando na mesa enorme no meio da sala simples.

Todos meus amigos estão usando seus trajes sentados ao redor ela, e Diana, ficou em pé, de lado da tela na frente da mesa.

"Lamento interromper seu retiro Dio, mas você vai entender do porquê disso daqui a pouco." Falou Diana, usando sua armadura completa sem suas armas.

Só pelo olhar sério dela, sei que as coisas não estavam boas.

"Tudo bem, o trabalho como sempre é mais importante." Falo enquanto ando até a mesa, não me sento, em vez disso, fico em pé do lado do Robin, que está na cadeira de honra na ponta.

Diana, voltou sua atenção então para a tela, que mudou para imagens de uma câmera com uma qualidade péssima, a imagem mostrava um corredor com paredes brancas sem móveis ou imagens, como um hospital. Diana, antes de dar play no vídeo, voltou a falar conosco.

"Para aqueles que não estavam na Terra ou presos de baixo de uma rocha, a algumas horas atrás, dez embaixadas Americanas foram atacadas quase que ao mesmo tempo, todas elas localizadas no continente asiático com foco principal no Japão."

Sim, mas por que estamos aqui?

Não é como se a Liga ou os Titãs, tenham ordens para não impedir atos terroristas em independentemente do país, mas eles nos desencorajam a procurar os responsáveis se não houver seres com super poderes responsáveis por isso.

Se estamos aqui, o segundo ponto aconteceu.

"Como sempre, só nos envolvemos na investigação diretamente se atos como esse envolverem vilões, ainda não sabemos quem foi o responsável, mas o método, vejam por si mesmos o motivo de estarmos aqui." Continuou Diana, dessa vez dando play no vídeo usando um controle remoto.

Mesmo com péssima resolução, se pode ver várias pessoas correndo pelo pequeno corredor desesperadas, um segundo depois, mais um grupo de pessoas passou pelo corredor, mas elas não pareciam desesperadas, e sim, loucas.

O vídeo acabou.

"Eu não intendo." Kid Flash, foi corajoso o bastante para dizer isso numa reunião tão importante.

"Olhem bem para os olhos do segundo grupo." Comentou Diana, voltando o vídeo e dando pause no momento exato.

Sim, lá estava, olhos verdes brilhantes.

"O vírus Maru!" Digo com nojo.

"Sim, a análise feita pela Doutora Victoria October, da A.R.G.U.S, confirmou isso."

Memorias ruins voltaram para mim.

O primeiro massacre que presenciei aconteceu no lugar que era como uma segunda casa para mim, e mesmo após tanto tempo, ainda me lembro do cheiro do sangue e do caos que foi a invasão ao QG da A.R.G.U.S, anos atrás.

"O que é o Vírus Maru?" Perguntou Kori.

Foi Robin, que a respondeu.

"É um tipo de vírus mortal que faz com que a vítima tenha uma sobrecarga de adrenalina assim como atacando uma certa parte do cérebro, prejudicando o raciocínio deixando a pessoa infectada num estado descontrolado e violento, os infectados, vão atacar qualquer um próximo que não está infectado, isso até o coração explodir de tanta adrenalina no sangue."

Kid Flash, nosso especialista científico, foi o segundo a falar.

"Então, como paramos isso? Usando betabloqueadores?"

"Não, isso não funciona, já foi tentado antes, assim como os vários outros medicamentos com efeitos semelhantes." Respondeu Robin.

Todos presentes, finalmente entenderam o perigo desse vírus.

"Sem nenhuma cura?" Perguntou Kaldur.

"A uma." Falei, olhando para Diana.

"Até agora, a única coisa que funcionou como uma cura, foi meu laço." Explicou ela tocando seu laço dourado preso no seu quadril.

"O vírus Maru, é magico?" Kaldur, levantou um bom ponto, e Robin, respondeu mais uma vez.

"Não sabemos, a estrutura química do vírus desaparece rapidamente ao entrar em contato com oxigênio e ele se mistura perfeitamente no sangue do infectado, fora a dificuldade em conseguir pôr as mãos nele, a complexidade dele é assustadora."

Como Diana, é apenas uma pessoa, ela não pode usar seu laço em todos os infectados dispersos por todo continente asiático, isso quer dizer, que se houver mais ataques, ou melhor, quando houver mais ataques, a taxa de mortes vai ser de 99%.

Diana, continuou a reunião.

"Vamos continuar, não podemos ficar presos no que não sabemos, temos muito que fazer."

"O que vamos fazer?" Pergunto.

"Esses ataques miraram solo americano no continente asiático, e está claro para todos, que isso é apenas o início, por isso, a Liga se juntou e começou abrir uma rede para evitar o próximo ataque, e com um pouco de sorte, conseguir uma amostra intocada do vírus para análise."

"Como o vírus foi entregue no ataque?" Robin, perguntou.

"Aerossol, eles usaram uma espece de drone para fazer a entrega, Batman, já está criando formas de os localizar."

"Vamos nos juntar a essa rede também? Ou vamos ficar de fora?" Roy, estava certo em pergunta isso, a Liga, na maioria das vezes nos mantêm longe de eventos tão grandes, e como eles estão usando grande parte do seu contingente para isso, as cidades que eles cuidam vão ficar desprotegidas.

Ninguém aqui quer ficar de fora, mas faríamos isso se for ordenado, já que proteger a cidades também é algo importante.

"Precisamos de vocês, principalmente dos dois!" Diana, apontou para mim e Ravena, que está sentado do meu lado coberto por sua capa e capuz roxos enfeitado com penas em seus ombros.

"Não vejo como magica pode ajudar nisso." Comento, já que essa é única coisa que nos dois temos que os outros não.

"Raven, pode sentir as emoções dos outros, isso vai ser útil para encontrar os responsáveis próximos do próximo local, e você, pode procurar nas memórias dos mortos, isso é melhor ainda do que ela." Explicou ela.

"Eu intendo Kírix, mas não seria melhor o Caçador Marciano do que a Raven?" Perguntou Kid Flash.

"Infelizmente, ele está fora do planeta resolvendo um assunto pessoal em Marte." Respondeu Diana.

"Foram vários ataques em lugares deferentes sendo realizados ao mesmo tempo, estamos lidando com uma organização muito bem organizada e com muitos recursos, concordo que os dois podem ajudar, mas Raven, tem que estar próximo para sentir as emoções, e por isso, temos que saber o local mais provável a ser atacado." Deduziu Aqualad.

"Batman está no caso, ele já deve ter feito uma lista dos prováveis futuros alvos, Raven, provavelmente vai ser colocada no mesmo lugar do primeiro da lista."

"Robin, está certo, com um ataque desse nível, o governo americano não está querendo enviar mais diplomatas para fora do páis por enquanto, provavelmente eles ainda não têm provas para descartar os envolvimentos desses governos no ataque, já que alguns dos países, como a China, tem um relacionamento mais tenso com os Estados Unidos." Concordou Diana.

"Se fosse eu no comando dessa organização, eu provavelmente atacaria o país agora." Sugeriu Starfire, com um rosto sério olhando para a tela.

Às vezes, esqueço que esse rostinho bonito com esse corpo matador foi treinada com seres com a fama no universo de serem Senhores da Guerra.

Robin, colocou os dois cotovelos em cima da mesa e seu queixo em cima delas, olhando para tela por um segundo até dizer.

"Eles vão atacar o senado, não vejo lugar melhor para mandar uma mensagem antigoverno."

"Correto, também vamos dividir o resto da equipe e misturar alguns membros da Liga para cobrir outros pontos, enquanto isso, Kírix vai fazer uma pequena viagem para o Japão, ele teve o maior número de ataques, talvez você tenha mais sorte lá encontre alguma informação útil para nós."

"Quanto tempo até a reunião do senado comece?" Perguntei.

O ataque aconteceu a pouco, mas vai demorar um pouco até que todos os políticos de peso cheguem à capital para fazer uma reunião formal do que fazer sobre o assunto.

"Mais uma hora, duas no máximo." Responde Diana.

Tempo mais que o suficiente para fazer uma viagem ao Japão e voltar.

"Mas tenha cuidado Kírix, por causa dos ataques, os militares colocaram as embaixadas em quarentena, e não queremos outro incidente para agravar as coisas entre os dois países." Avisou Diana.

A maioria dos heróis de grande porte, como a Liga, atua em todos os países, pelo menos tentam, só que sendo a maioria deles nascidos nos Estados Unidos ou atuando aqui, muitos países com relações tensas com América acreditam que esses heróis são controlados pelo governo, sendo assim uma ameaça para eles, isso não é totalmente besteira, a realmente heróis trabalhando diretamente para o governo, como o Capitão Átomo, que é um militar.

"Garanto, não vou ser visto." Dou minha palavra com segurança para Diana.

Posso não ter um treinamento furtivo como Robin, mas as sombras são meu ambiente natural, e elas são perfeitas para esconder qualquer coisa.

"Muito bem, Kírix e Raven, podem já ir se movendo, os outros vão ficar mais alguns minutos comigo, e juntos, vamos separar os grupos." Falou Diana.

Esse foi um gesto legal, a Liga, não simplesmente dividiu nos como queria, e realmente estava querendo nossa opinião nisso, foi um bom gesto aceito por todos.

Raven, se levantou e comigo do seu lado, andamos lentamente até o local aonde cheguei, que já estava aberto.

Por conta das proteções, ela não pode se teleporta.

Lado a lado, demos um passo dento do poço do elevador e flutuamos lentamente para cima.

"Como foi sua viagem?" Perguntou Raven.

"Calma, fique a maioria do tempo em casa, mais precisamente a biblioteca." Provoco um pouco ela.

Raven, fica a maioria do seu tempo dentro do quarto quando não tem nada para fazer com o grupo, um mal necessário para alguém com seus dons, por conta disso, ela encontrou outras coisas para fazer para não ficar entediada, o maior deles é a leitura.

Uma biblioteca cheia de livros únicos, sim, é um forte tentação para ela.

"Você me prometeu livre acesso à biblioteca."

"Você tem livre acesso à biblioteca."

"O que isso vale se não posso ir até onde ela está!" Disse ela com a voz um pouco baixa.

"Que tal assim, após resolvermos essa bagunça, junto da Kori, vamos juntos para o Submundo." Proponho.

Raven, para de subir e olha diretamente nos meus olhos.

"Serio?" Perguntou ela, com os olhos brilhando.

"Promete uma aventura para Kori, e não vejo mal em levar mais uma, mas por favor, você poderia me ajudar a manter ela sobre controle? Você sabe como ela fica quando está animada, parece um criança de oito anos após ingerir uma dose cavalar de açúcar."

Raven, mostra um aqueles sorrisos discretos dela, e volta a seguir subindo comigo acompanhando.

"Tudo bem, prometo não deixar ela se intrometer no seu assunto privado." Falou ela.

Raven, é inteligente, ela já intendeu que tem algo que tenho que quero fazer sozinho, e conhecendo nossa amiga, ela nunca ficaria para trás, a não se que ele seja acorrentada.

O assunto em questão, é claro que é o titã.

"Você vai ficar bem? São muitas emoções." Pergunto em voz baixa.

Todos sabem que a Ravena, pode sentir as emoções das pessoas, mas nenhum deles sabe o quão pesado e perigo isso é para ela, alguém que sempre tem que manter o controle, ainda mais nessa situação, as emoções de uma reunião depois de um ataque terrorista não devem ser fácil digerir.

"Eu vou ficar bem, você sabe muito bem o quão bom é meu autocontrole." Garantiu ela sem dúvida nenhuma em sua voz.

"Isso é verdade, mas leve isso com você, por favor." Peço com a palma da minha mão aberta para ela.

Em cima da minha palma, estava um pequeno rubi vermelho.

Ela usou seus poderes para levitar o rubi da minha mão e o colocar na sua.

"Isso é inteligente." Comentou ela, não olhando para a joia em sim, mas para as pequenas runas gravadas nela.

"Demorei seis horas para gravar runas tão delicadas, quase cheguei no ponto da insanidade." Brinco com isso.

Ela não fala nada, mas guarda o rubi.

E assim, chegamos a abertura que leva para o telhado, no mesmo lugar que entrei.

Não houve despedidas, apenas um aceno de cabeça.

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