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Chapter 57 - De Volta Para o Submundo (1/4).

Estou no momento dentro da minha nova casa, sentando no sofá no primeiro andar após chegar da minha patrulha, já faz uma semana desde que me despedi da Vanessa, nos encontramos no café de costume e a conversa aconteceu comigo falando a maioria do tempo dos perigos que podem ou não acontecer com ela durante sua viagem, até mesmo pedi um roteiro dela, já que seu objetivo era seguir alguns shows que vão acontecer, ela tinha uma boa lista de vários hotéis espalhados pela Inglaterra aonde ela, seu namorado e amigos vão se hospedar.

Nenhum deles é grande coisa, mas eram seguros e tinha boas avaliações.

Também fiz uma coisa que me doeu muito, pedi para o único que eu conheço no país, Constantine, para ficar de olho nela caso seus destinos se cruzassem, já que o maior show da banda que eles estão seguindo vai acontecer na cidade em que ele vive.

Ele aceitou, mas não antes de gritar palavras comigo por minutos, relatando a visita que Diana, fez-lhe a pouco tempo para minha diversão.

Quando a Vanessa, pelas mensagens que ela me enviou e fotos postadas na sua rede social, tudo está indo às mil maravilhas para ela, então, finalmente, acho que está na hora de ir fazer minha própria viagem.

Esses dias foram gastos de duas formas, um, eu cobri o máximo de turnos de patrulha de todos na Torre, pagando o que eu devia e cobrindo os que vou perde nas duas semanas que vou ficar longe, era esse o programado.

Tudo estava acontecendo perfeitamente, sem nenhuma invasão alienígena ou armagedon prestes a acontecer para atrasar minha viagem, fora, um pequeno evento que aconteceu um dia depois da minha volta.

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"Você está namorando a filha do Deathstroke!" Gritou Dick para mim chocado cuspindo sua comida para todo lado.

"HaHaHaHaHaHa!!!!"

Ao som das risadas de Roy, todos meus amigos reunidos na cozinha durante o café da manhã foram informados da minha pequena aventura sexual com a Rose.

Esse maldito, esperou o momento perfeito para revelar isso, quando a poeira do meu desaparecimento abaixou, e todos podiam dar toda atenção para isso.

"Não estamos namorando, só passamos algum tempo juntos, nada mais." Explico para Robin, enquanto bebia meu café de cabeça baixa, temendo o olhar de alguns das pessoas presentes aqui.

"Você dormiu com a filho do Deathstroke!" Foi a vez do Wally gritar, ele não parecia surpreso, e sim com inveja.

É melhor ignorar ele.

"HaHaHaHaHaHa!!!!"

"Meu amigo, isso é um evento de grande importância, você usou proteção?" Perguntou Kaldur, o mais centrado de nós no ápice do seu momento Pai.

"HaHaHaHaHaHa!!!!"

"Em nome de todos os deuses." Suspiro em voz baixa morrendo de vergonha.

"Deveríamos dar uma festa agora ou mais tarde?" Perguntou Kori, chamando atenção de todos e parando a risada de Roy.

"Festa?" Perguntei para ela sem entender de onde isso saio.

"Isso é normal no meu planeta, a primeira vez é algo que se deve comemorar, é um grande rito de passagem que envolve um relato detalhado do acontecido na frente das famílias." Explicou ela normalmente.

Silêncio.

"HaHaHaHaHaHa!!!!" Roy, voltou a rir acordando todos, que também começaram a rir.

"Isso nunca, vai acontecer!" Gritei com Kori.

"Temos que nos preocupar é com ele, Dio literalmente se trancou numa caixa com outra mulher para a conquistar, que tipo de pessoa faz isso." Comentou Wally, me dando um olhar bem forçado de nojo que não enganou ninguém.

"Vamos Wally, você só está com inveja, você é o único de nos que ainda não, teve contato com uma mulher." Dick, falou as últimas palavras o mais cuidadoso possível.

"HaHaHaHaHaHa!!!!" A risada do Roy dessa vez não foi para mim, e sim para Wally, que quase deslizou para baixo da mesa com vergonha.

"Você é impressionante Wally, nem mesmo a família real de Tamaran consegui se manter casto por tanto tempo." Falou Kori, com admiração para nosso amigo velocista.

Os Tamaranianos, são um povo bem aberto para a sexualidade, mas isso não quer dizer que eles são um povo promiscuo, é o contrário disso, na verdade, eles demoram bastante para escolher um amante para se relacionarem, lutando contra seus instintos, claro, que se a busca demorar demais, eles se entregam aos seus instintos.

"Não acho que o Wally está sem uma companhia feminina por não se decidir, Kori." Dick, dá o último golpe mortal em Wally.

"HaHaHaHaHaHa!!!!"

Compreensivelmente, Wally fugiu usando sua super velocidade para longe de nós.

"Roy, se você não parar de rir agora, eu vou te jogar num lugar bem desagradável!" Dou meu ultimato para ele, que o leva a sério e fecha a boca.

Então, o silêncio voltou a reinar na sala, mas ainda havia uma pessoa que não se manifestou e ficou olhando seu celular desde que a conversa começou de cabeça baixa, Ravena.

Até que ela o colocou na mesa e olhou para mim.

"Pronto, eu acabei." Falou ela.

"Acabou o quê?" Perguntei confuso.

"De avisar Diana e Vanessa é claro, elas são uma parte importante da sua vida, e merecem saber de um evento tão importante." Ela falou essas palavras com a mesma calma que ela tem em qualquer situação, mas, todas essas palavras calmas e faladas sem qualquer expressão estavam pingando veneno.

Antes do Roy rir, não querendo cumprir minha promessa a ele, saio da mesa e vou para minha casa o mais rápido possível.

No mesmo dia, recebi uma ligação de Steve, ele falou que Diana, estava muito nervosa e não sabia como lidar com isso e pediu para ele ajudar, assim, ele me deu a "conversa" atrasada sobre a vida e os cuidados que se deve ter ao lidar com uma dama.

Nunca na minha vida antes senti tanta vergonha, se eu tivesse um rank, esse momento estaria no top 1 com certeza, ele ficou lá, até a ligação da Vanessa chegar.

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Não adianta pensar sobre essa vergonha agora, vamos voltar para o que interessa.

Aonde parei mesmo?

Ah, verdade.

Dois, tentei fazer amizade com minha Casa.

Realmente, funcionou.

Ela está na minha cabeça, mas não possuiu o raciocinou para falar comigo diretamente, ela me entende perfeitamente, e já consegui ter acesso a algumas coisas que ela tem a oferecer.

Uma dessa funções é a criação de cômodos, e a primeira coisa que criei nela foi um cofre, aonde coloquei os meus pertences mais valiosos, o cofre, está escondida pela casa sem ter uma entrada como a torre de pesquisa, aparecendo apenas quando eu pedir aonde eu quiser.

A segunda coisa, foi meio que por acaso, durante o jantar, fiquei pensando profundamente numa forma de comunicação caso eu consiga mover a casa de lugar, então, a casa leu minha mente e se adiantou criando uma caixa de correio na frente dela, era bem simples, um pedaço de tronco sustentando uma pequena caixa de madeira, mas assim que uma carta ou qualquer coisa era colocada dentro dela, ela aparecia na Casa, mais precisamente onde eu estive-se na casa. Agora, a equipe pode me chamar só colocando um pequeno bilhete.

Outra coisa legal, é que também passei a sentir o humor da casa.

Ela realmente está feliz por estar simplesmente parada na frente da Torre, para ela, isso é uma aventura.

Eu sentiria o mesmo após passar séculos preso no Sonhar tendo Caim, como meu dono.

Também consegui mover a Casa, da entrada para os fundos da Torre e de volta.

É quase como um movimento espacial, não senti literalmente nada, e a Casa, não mostrou nenhum sinal de ter sofrido qualquer dano ao fazer isso.

Também descobrir coisas novas, por exemplo, a Casa também pode mudar o clima ligeiramente no local em que ela está. Estamos falando aqui de convocar nevoa, ou causar uma pequena chuva e talvez no futuro, convocar raios.

Não tenho muito controle sobre isso no momento, mas estou trabalhando nisso.

A Casa também gostou bastante dos Aurae, de certa forma eles são parecidos, então foi uma integração perfeita, mas como a Casa se limpa sozinha, os Aurae só estão responsáveis por minhas refeições e outras pequenas coisas.

O último ponto, seria testar suas defesas físicas e místicas, só que eu realmente desisti de tentar isso assim que essa ideia veio a mim, porquê? Por que a casa está viva, eu não poderia atacar ela apenas para ver se ela é resistente.

Não sei se ela pode sentir dor, mas não vai ser eu que vou tentar descobrir isso a força.

"Acho que chegou a hora." Digo sozinho me levantando já vestido com minha armadura e nova capa/golem.

Andei calmamente até a entrada e sai pela porta. Como era noite, as coisas estavam bem tranquilas e a casa também estava bem iluminada.

Não andei muito longe para fora da casa, saquei minha espada e me preparei.

Άνοιξε, διατάζω! "Abra, Eu ordeno!"

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"Claro que não deu certo!" Grito com raiva ainda segurando minha espada.

Não houve nenhum movimento ou até mesmo um traço de mana no ar, o portal foi completamente destruído.

Tirei alguns minutos para acalmar minha raiva, esse portal deu muito trabalho para ser criado no tempo, e agora ele está completamente perdido, eu já sabia que isso era uma possibilidade, mas estava esperando o melhor.

Até fiquei um pouco feliz por ter colocado o portal na minha espada, a explosão de um portal é algo bem poderoso, se a espada não fosse feita do metal do submundo ao se eu tivesse colocado o portal em qualquer outro item, ele teria explodido em vez de conter a explosão, no pior dos casos, a Torre vieira abaixo, talvez até mesmo a ilha inteira.

"Tudo bem, opção número dois." Viro-me e olho para a Casa com a porta da frente ainda aberta.

Entrei de volta nela fechando a porta e fui andando lentamente até a fogueira acessa no centro da sala de entrada.

O fogo, nunca se apagou desde que cheguei aqui.

Sentei na frente do fogo, e olhando para chamas, tentei conversa com a Casa.

Conversa é a palavra errada para isso, já que a Casa não pode falar, e toda sua comunicação é completamente diferente de qualquer coisa que um humano usa para se comunicar, mas a conexão é forte, e a Casa, gentil como ela é, me responde.

As chamas na minha frente se intensificam, tomando forma criando uma imagem no fogo, não havia detalhes na imagem, mas reconheci perfeitamente a muralha dos portões do Submundo, lugar próximo de onde está minha base.

Mais uma vez, a imagem muda, para o local da minha base, e com uma confirmação mental, as chamas voltaram ao normal e tudo ficou silencioso.

Sabendo o que poderia ser isso, usei o movimento das sombras aparecendo na frente da porta de entrada e a abri.

Sim, a Casa me levou para o Submundo.

Sem nenhum grande movimentou ou confusão, um teleporte suave e perfeito.

Saio da varando e piso no chão negro do Submundo, me deleitando com a energia desse lugar que entra no meu corpo atravessando minhas veias e sendo bombeada pelo meu coração.

Sim, eu amo esse lugar.

A Casa do Mistério também gostou de estar aqui, ela só está me dando sentimentos de alegria e curiosidade por estar num lugar novo.

"Vamos ver como estão as instalações." Digo olhando ao redor.

O local que escolhi para montar minha pequena base, fica em cima de uma colina simples de dez metros de altura com uma caverna de rocha cinza surgindo no topo ao meu lado. Desse ponto, tenho uma visão perfeita dos meus arredores, aonde só tem campos e mais campos de grama selvagem branca no horizonte e chão seco ao meu redor.

Esse lugar foi escolhido pensando na localização defensiva, mas também foi pensado para obter recursos.

A caverna que fica na minha esquerda, não é muito grande, apenas uma construção irregular de rocha parecendo uma boca de quatro metros de altura e dez de largura, usei esse lugar como minha casa e também como mina.

Na caverna de rocha escura só havia três coisas, uma delas é uma construção improvisada de cama, feita de folhas e outras coisas que coletei no caminho, do outro lado da caverna, está uma pilha de rochas uma em cima da outra do tamanho deu uma montanha, era uma pilha brilhante.

A pilha chegava a quase metade da altura do teto da caverna, quase seis metros, e ela brilhava com as esmeraldas, rubis, diamantes e ouro, todos eles misturados com terra coletada do buraco cavado no chão ao norte da caverna.

Se tudo isso for colocado para vender na Terra, eu com certeza ganharia meu primeiro milhão, mas para não chamar muita atenção, é melhor fazer isso aos poucos deixando toda essa riqueza ficar acumulada numa caverna como se fosse lixo.

Toda essa riqueza, está sendo minerada por eles.

Um deles, sai do buraco no chão.

Era um esqueleto branco com olhos brilhando em cinza e vermelho, ele estava segurando nas mãos um amontoado de pedras e rocha, riquezas que ele levou até a pilha e o jogou no chão para depois dar meia volta e refazer seu caminho.

"Pare." Digo em voz alta.

O esqueleto, obedeceu a meu comando parando imediatamente.

"Velha aqui." Ordeno mais uma vez.

O esqueleto caminho na sua velocidade normal e para de frente para mim. Levo minha mão para sua testa, aonde entalhado no seu crânio está um bidente dourado, era o símbolo de Hades, mas também o símbolo que escolhi para controlar completamente esse esqueleto.

Diferente dos que eu invoco, esse nasceu no submundo, e assim que o capturei, precisei de um símbolo de comando, como eu não sou muito bom em inventar coisas do nada, e sem vontade para pensar mais sobre isso, escolhi o símbolo dele, e o símbolo que também sou bastante conhecido na Terra, já que ele está literalmente na frente da minha armadura.

Esse é um dos conhecimentos que ganhei do mago vampiro que matei, esse símbolo também é conhecido como símbolo do escravo, algo que dá comando completo para aquele que o gravou em você, mas ele também limita o raciocínio se for usado em seres inteligentes, claro, que nunca vou usar isso em uma pessoa, só estou usando nesses esqueletos por que eles foram bastante agressivos comigo e não possuem uma grande inteligência.

Tenho o controle agora de quatro desses esqueletos. Eles trabalham bem e são incansáveis, o problema que não são muito inteligentes, por isso demorou muito para conseguir fazer eles entenderam a diferença de joias comuns para uma pilha de terra sem valor, mas sua força é algo impressionante ao ponto deles conseguirem cavar essa pequena mina só com seus braços sem nenhum equipamento.

Checo os encantamentos no símbolo dourado feito de ouro puro, um ótimo metal condutor e também muito barato, e depois o deixo voltar para seu trabalho.

Caminho lentamente para a parte de trás da pequena montanha de riquezas procurando o local aonde indiquei para os esqueletos colocarem o verdadeiro tesouro.

Eu realmente não estava esperando encontrar nada, a raridade desse metal bastante alta, mas para minha surpresa e alegria, havia um pedaço de rocha no chão do tamanho de uma bola de futebol, saindo da sua lateral, um pequeno ponto de metal negro.

O Metal do Submundo, foi assim que o chamei já que não havia registros sobre ele. A procura e escavação tem como objetivo encontrar esse metal, as riquezas atrás de mim só são prêmios secundários, já que arranjar elas é extremamente fácil nesse lugar.

Pego a rocha com a mão e a esfarelo deixando apenas um pequeno pedaço de metal do tamanho de um dedo nas minhas mãos sujas.

Ele ainda é tão negro como a noite e mais frio que o ouro ao toque, mas não tão brilhante quanto minha espada, é a forja que dá o brilho a ele.

Esse é um metal único, se eu fosse o comparar com qualquer coisa que tenho conhecimento, seria com o Uru da Marvel Comics, como ele, o metal do submundo é perfeito para ser moldado por magia, ficando mais poderoso com ela, é realmente assustador o quão fácil é colocar encantamentos nele, tão fácil, que até mesmo um aprendiz como eu consegui construir um amuleto de defesa para Vanessa sem muito trabalho.

Naquele tempo, eu não sabia que seria tão difícil encontrar esse material, aquela pequena quantidade foi a única que encontrei até hoje. Não me arrependo de fazer aquele amuleto para Vanessa, mas sim de não ter tentando criar algo ainda melhor.

O ectoplasma, minha energia cinza, cobre toda minha mão e o pedaço de metal negro desaparece dela, seguro agora em outro lugar.

Já tenho algumas ideias de como o usar, e agora que a casa está aqui com meus equipamentos dentro dela, posso fazer isso aqui mesmo, e já que o tempo passa mais devagar aqui que no mundo comum, vou ter tempo para completar esse projeto antes de voltar.

Saio da caverno e ando na direção da minha casa, só para parar para olhar bem o sul, aonde de longe, posso ver claramente a muralha dos portões do reino de Hades, que se estende de uma ponta a outra cortando esse reino como uma linha num mapa.

Só de pensar naquele lugar, relembro quando conheci o cachorro e na confusão que uma deusa criou para mim.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxUm Ano Antes xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Saio do portal no exato lugar que deixei esse reino da última vez logo depois da minha luta contra as harpias, próximo das belas árvores brancas e de frente para os portões do reino de Hades.

Esse lugar tem uma visão incrível da muralha e os portões do reino, construída usando uma formação rochosa com uma altura que não posso calcular olhando de longe. No chão uma fila de almas, todas agrupadas uma atrás da outra andado em sincronia em direção das portas gigantes.

Esse é meu destino.

Corre o mais rápido que podia em paralelo com as almas, sempre prestando atenção as torres acima da muralha, aonde meus inimigos antigos estavam me esperando da última vez, dessa vez, elas estão vazias.

Eu vim com objetivos claros a esse reino, não estando tão perdido como da primeira vez.

Primeiro, vou cruzar esse portão e encontrar um lugar para armar uma pequena base, um lugar seguro para onde sempre posso voltar.

Segundo, quero encontrar minha irmã, se isso for possível, tenho uma dúvida sobre o que aconteceu durante minha luta contra o mago vampiro. No último segundo, foi ajudado por alguém que não posso sentir ou ver, e essa situação cai diretamente no que ela pode fazer facilmente com seus fantasmas.

Essa situação ficou sem explicação por bastante tempo, já que no depois que a batalha acabou e as coisas se acalmaram, eu fui forçado a refletir sobre tudo que aconteceu, meu estado mental ficou um pouco alterado, ainda bem que agora, com ajuda da Canario Negro, estou melhorando, e até mesmo estou viajando pelo mundo.

De qualquer forma, quero saber quem ou o que me protegeu, mas sei muito bem que encontrar minha irmã deusa sem que ela queira ser encontrada é quase impossível, por isso, nem mesmo vou tentar voltar para onde nos encontramos pela primeira vez, vou escolher depender da sorte para resolver esse pequeno mistério.

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Não demorou na minha velocidade máxima para chegar até os portões da muralha, e de frente para eles, nunca me senti tão pequeno.

As muralhas de entrada para o reino de Hades, foram construídas sobre uma formação natural, ou a formação natural foi construída para ser uma muralha, de qualquer forma, o tamanho dessa coisa não é menor que uma pequena montanha, e os portões negros são feitos de uma rocha irregular, crespa e sem polimento.

Não havia detalhes nas portas abertas, nenhuma decoração, era bruta, fria, emanando uma sensação de ser intransponível.

Mas isso não é a única que está me deixando de queixo caído, a visão do interior do portão é muito mais impressionante.

Diferente do chão comum de terra ou pedra que pisei antes de atravessar o portão, dentro dele o chão é feito de mármore preto, com algumas colunas espalhadas dos lados, e com uma maior no centro, nela, havia uma corrente presa, uma longa corrente do mesmo metal que minha espada foi feita, preto brilhante, essa longa corrente caio no chão e se dividia em três, cada uma presa a uma cabeça do mesmo ser.

Com cinco metros de altura deitado no chão, possuindo um corpo musculoso, largo, de pelo negro, suas cabeças, estavam no chão, em silêncio, cada uma olhando para uma direção diferente com seus olhos vermelhos como fogo se movendo sem parar, seus dentes estavam amostra, pontudos como espadas e eu podia ver muito bem um pequeno brilho das chamas dormentes nas gargantas deles, por fim, uma cobra, o rabo da criatura é um cobra-real negra do tamanho de uma jiboia grossa como um tronco, ela estava em pé de prontidão movendo sua cabeça para esquerda e direita enquanto colocava sua língua para fora vigiando as costas dele.

Sem pontos fracos, um perfeito cão de guarda.

Cérbero.

O Cão de guarda de Hades, é como ele é conhecido.

Ele não se importa em nada com minha presença, o proposito dele é evitar que as almas fujam do dominou do seu mestre, todos são muito bem-vindos a entrar, é exatamente por isso que as almas continuam andando na sua fila gigantesca, mas mesmo sabendo que o cão não vai os atacar, elas agora estão evitando se aproximar do Cérbero, que está no centro na frente da entrada.

Mesmo daqui na entrada do portão, posso ver muito bem o novo destino das almas, era uma montanha branca ao norte, no topo dela estava um templo no estilo grego brilhando em branco.

Se as coisas aqui funcionarem como a mitologia explicou, lá deve ser local aonde as almas vão ser julgadas pelos juízes do Submundo, seres que antes eram mortais, seres que não quero encontrar.

Então, sobre olhar do monstro ancestral na minha frente, ando calmamente pela esquerda do Cérbero, sem tirar os olhos dele.

Ele não tentou nada, mas ficou de olho em mim, e ficou cada vez mais difícil ignorar o cheiro dele, já que eu estava me aproximando para poder pegar à esquerda na muralha. Sim, o Cérbero fedia a puro enxofre, e todos que sentiram esse cheiro, sabem muito bem o quão ruim ele é, agora imagine sentir isso mil vezes mais forte com super sentidos.

Finalmente, fiquei de frente para o caminho da esquerda, um caminho que escolhe aleatoriamente, e finalmente, comecei a me afastar cada vez mais andando agora para trás sem tirar o olho da cabeça da esquerda do Cérbero.

Vinte minutos depois andando assim, finalmente me senti a vontade para virar de costas para a criatura.

Sim, é a segunda vez que senti uma sensação de perigo e poder assim, a primeira veio da minha luta contra Caim, claro, eu encontrei um deus antes, mas eles mesmo emanando poder, nunca emanaram mais intenções para mim, então não foram momentos tão tensos como esse. Agora, sei que assim que eu tentar sair pelos portões, ele vai me atacar com tudo, por sorte, não preciso sair do portão para sair do Submundo.

Agora livre dessa influência, olho para o caminho na minha frente.

Por que escolhe esse caminho sem saber nada?

Por que ele pareceu mais receptivo que o outro.

Sim, na minha frente estava uma terra rica, com direito a grama verde, montanhas cobertas de neve no horizonte e um céu azul com nuvens brancas.

Era um bom lugar, que se estende por milhares de quilômetros.

Mas toda essa beleza estava do outro lado do rio, um rio nada bonito.

O riu cruzava toda a extensão dos campos a frente, como uma barreira natural, diferente dos outros rios que encontrei nesse lugar, esse não parecia ser tão, imponente, mas isso é apenas uma ilusão criada por sua natureza.

Era um rio calmo, de águas brancas como o leite, mas sem cheiro, na verdade, o rio nem mesmo fazia barulho. É algo intocado sem mudança, que pode ou não pode estar ali, era essa a sensação que o Rio Lethe me dava.

Sabendo muito bem que ele pode limpar qualquer memória ou traço de uma pessoa com apenas uma de suas gotas, dou alguns passos para trás com medo.

Sim, medo.

Não temo lutar contra monstros ou até mesmo a morte, já que sei muito bem o que vai acontecer comigo se isso acontecer, mas, o que sempre me deu medo é a ideia de se perder.

Se me perguntassem na minha outra vida qual seria a forma de morrer que mais tenho medo, eu responderia sem pensar duas vezes a doença de Parkinson, ou qualquer outra que me tirasse minhas memórias.

Sim, prefiro morrer queimando sendo eu mesmo do que sem lembrar o nome da pessoa que amei.

Tudo que é uma pessoa, está nas suas memórias, sem elas, é o mesmo que apagar essa pessoa, foi com essa ideia na minha mente que criei o feitiço que "apaga" tudo, ele foi baseado nesse rio.

Durante esse pensamento, quatro almas, sendo dois homens e duas mulheres, acalçaram esse lugar e sem pensar duas vezes se jogaram no rio.

Sendo seres sem peso, eles não causaram nenhuma pertubação nas águas brancas, foi como se eles tivessem sido engolidos por ela.

O desaparecimento no rio não durou muito, segundos depois, os quatro saíram do outro lado do leito do rio se arrastando com grande dificuldade, não por estarem cansados ou feridos, mas sim porque eles pareciam não saber andar, outra surpresa, é que agora elas não eram mais almas e sim feitos de carne e osso, todos usando togas brancas e com olhares perdidos e inocentes nos rostos, olhando para tudo ao seu redor e até mesmo para eles mesmo como se fosse a primeira vez contemplando qualquer imagem, por que era realmente a primeira vez agora.

Juntando essa imagem com o que sei de mitologia, sei agora que a bela paisagem na minha frente são os Campos de Asphodel.

Esse é o lugar aonde as almas que não foram nem boas e nem más são colocadas depois do julgamento e do seu banho no Rio Lethe, uma versão do muito melhor do purgatório cristão, aqui elas vão ficar vivendo em paz sem nenhum dano, como criaturas novas e puras.

Não é um castigo tão ruim se pensar dessa forma.

Afasto-me um pouco das novas almas do outro lado, e tomo distancia para saltar o rio, tomo distancia mais do que preciso não querendo arriscar, e só após garantir isso, pulo para o outro lado caindo vinte metros do leito do rio acabando com a grama no chão.

Não vou tentar nem mesmo pegar um gota do rio para estudar, é muito perigoso, se as águas sequer tocarem minha pele, vou estar perdido, então é melhor deixar para depois.

Do outro lado do leito, dou uma olhada melhor, esse lugar é calmo e perfeito para cumprir um dos meus objetivos, vou criar minha base em algum lugar aqui, e como ele é pacifico, vou facilmente cruzar ele até encontrar meu novo destino.

Foi um grande golpe de sorte encontrar esse lugar, e animado dessa forma, comecei a procurar um lugar perfeito para criar uma pequena base para mim.

Como eu fui inocente.