Chapter 2 - cap 2

— Não me é estranho está no fundo do poço, está sozinho, solitário, sempre tive uma certa dificuldade de fazer novos amigos, um dia eu me cansei e desisti, mas não foi só de fazer amigos!

"Sete da manhã" Lorenzo se senta na cama ainda sonolento o sol entra pelas frestas da janela que ficava do lado da cama que estava cheio de poeira sem sinal de que tivesse sido aberta nos últimos cinco meses, junto com toda aquela bagunça no quarto fazia parecer que era algum tipo de esconderijo de algum ser mitológico se fosse um pouco mais arrumado, de repente Lorenzo escuta pancadas na porta de seu quarto em seguida uma voz.

— Lorenzo! Abre essa janela! A catinga de mofo do seu quarto já está se espalhando pela casa! Eu já vou para o trabalho! se cuide! Tem frango na geladeira! Tchau.

— Certo mãe! — respondeu Lorenzo com um grito — mofo!? — Lorenzo já havia conseguido se acostumar com o cheiro do mofo e da poeira que estava em seu quarto ao ponto de não senti-lo.

Lorenzo apenas se vira para abrir a janela, então ele começa a tentar abrir a janela mas os ferrolho estava duro por mau terem sido usados quando ele finalmente consegue abrir a janela todo o sol vai em sua cara, ele já havia passado uma semana sem sair do quarto indo apenas para o colégio que era a tarde mas sempre levava uma sombrinha tão escura que até a noite e sua escuridão ficariam com inveja, após o levar o sol direto na cara os olhos de Lorenzo inevitável mentes começam a arder, Lorenzo tenta se proteger do sol colocando as mãos tapando os olhos mas o sol poderoso faz Lorenzo recua rolando na cama mas, acaba caindo no chão o sol cobria a cama com seus raios solares e iluminava o quarto por completo então Lorenzo rola para de baixo da cama onde era escuro, parecendo um vampiro com medo da luz da manhã.

— Bem melhor! — exclamou Lorenzo enquanto olhava para as grades da cama — eu não tinha nada pra fazer hoje? Ah é mesmo tenho que ir no colégio por causa daquela garota, mas quem ela acha que é para sair acusando a primeira pessoa que vê? A eu não vou! Mas se, bem, se eu não for ela vai achar que foi eu, e melhor eu parar de falar sozinho, isso é estranho, se ela me visse eu falando sozinho como eu tô agora ela iria dizer, "que cara estranho! E melhor todo mundo fica longe ele pode ser um maníaco!" Ahhhhh que merda! — "Suspiro profundo" — Ok ok é melhor eu ir.

Então Lorenzo sai de baixo de sua cama coberto por teia de aranha, incomodado com a janela aberta ele a fecha, então logo veste uma roupa para ir no colégio, logo ele sair de casa depois de ter trancado tudo ele parte em direção ao colégio com sua sombrinha tão escura que nem um raio de sol pode passar, mas toda vez que Lorenzo olha para frente o caminho parece se esticar as pessoas parecem olhar para ele, Lorenzo apenas olhas para o chão e continua a caminhar, o caminho parece não ter fim mas ele finalmente chega na escola e ver a Heloísa, aparentemente a sua espera.

— cheguei — disse Lorenzo.

— então você veio, como pode ver só está nos dois por enquanto, a presidente não vai vim, mas o representante da cultura do colégio vem — respondeu Heloísa.

— atá, ei o que qui eu vou fazer? Tipo não sei porra nenhuma seria mas vantajoso me deixa ir pra casa, vai lá.

— E deixa você se safa do que fez ontem? Nem a pau!

— ainda isso? Eu já disse que não fui eu! Qual é! porque diabos eu ia fazer isso?

— e eu sei lá — respondeu Heloísa enquanto olhava para uma pessoa que estava vindo — finalmente! Achava que não vinha.

Se aproximava um cara negro de cabelos raspado com um boné e roupas de quem joga basquete com um sorriso mostrando seus dentes brancos chegou e disse:

— Foi mal, eu estava no treino e quem é ele?

— é o nosso novo secretário ele se meteu em confusão e agora vai ter que nos ajudar por ordem do diretor — respondeu Heloísa — Lorenzo esse e o Pedro, Pedro esse é o Lorenzo.

- Peraí, você é aquele cara que jogou uma bomba de fumaça dentro do banheiro das meninas! Cara aquilo foi top você viu a cara das pessoas sem entender nada? Mano foi muito engraçado — disse Pedro enquanto se controlava para não rir.

— não fui eu… — respondeu Lorenzo.

— sendo ou não o colégio todo acha que foi você — disse Pedro enquanto dava uns tapinhas nas costas de Lorenzo — vamos temos muito o que fazer baixinho.

Só então Lorenzo percebe que e mas baixo que Pedro um palmo e meio e mas baixo que Heloísa meio palmo, então eles entram no colégio e vão para sala pertencente ao Grêmio estudantil, lá havia uma enorme mesa com vários lugares bem no centro também havia dois computadores um armário e algumas caixas espalhadas pelo chão, havia cinco lugares na mesa logo todos os três se acomodam nas cadeiras.

— eae Pedro qual é a sua ideia que você havia falado? — perguntou Heloísa.

— há! E sobre a hora do intervalo nós poderíamos usá-lo para fazer e tipo cada aluno mostra o seu talento como cantar e dançar essas coisas. — respondeu Pedro.

— será que as pessoas vão gostar e querer participar? Tipo isso não depende só da gente — disse Heloísa em total desânimo.

— verdade! Isso pode ser um problema. — disse Pedro.

— posso ir para casa? Eu não tô fazendo nada aqui mesmo. — disse Lorenzo.

— Fica quieto! Já que você não tá fazendo nada, arranjar uma solução para gente! Se conseguir pode ir para casa. — disse Heloísa estressada.

— nossa é tpm? Você parece estressada com um chocolate? — rebateu Lorenzo — e porque vocês não fazem uma pesquisa? Tipo imprimir um folheto com umas perguntas se querem ou não isso no colégio, a maioria vence.

— Gostei, eu vou com ele! — disse Pedro com um sorriso.

— e ele tem razão. — disse Heloísa.

— posso ir embora!? — falou Lorenzo com a mais profunda cara de tédio.

— não! — respondeu Heloísa com um sorriso — nós precisamos de alguém para fazer os folhetos! E eu quero eles bem bonito, aliás você é o nosso secretário e faz tudo de agora em diante.

— o prazo para entregar esses folhetos? — perguntou Lorenzo.

— Amanhã à tarde, porque? — disse Heloísa.

— ok tchau! — disse Lorenzo.

— pra onde você vai? — perguntou Heloísa sem entender — aqui tem computador e impressora para fazer os folhetos.

— Vou pra casa lá eu faço, não se preocupe amanhã eu entrego bye bye! — Lorenzo vai embora deixando Heloísa e Pedro na sala.

— e ele foi embora! — disse Pedro com um sorriso — gostei dele! Ele resolve as coisas fácil vai ser de grande ajuda, bem eu já vou indo! Tchau.

— certo certo, eu vou ficar mas um pouco, tenho que pensar em algo. — disse Heloísa cabisbaixa, antes do Pedro sair ela fala — ei! Você acha que foi ele?

— ele o que?

— que foi ele que jogou aquela bomba no banheiro das meninas?

— Não sei, Tchau!

Heloísa fica sozinha na sala sem ninguém, ela apenas olha para as coisas ainda bagunçada no armário no qual ela não havia tido tempo para ajeitar, mas ela apenas ignora e sai da sala e vai até a sala do diretor mas ao chegar lá ela percebe que não havia ninguém lá, então ela vai em direção ao banheiro e acaba encontrando o diretor sentado em um banco no meio do caminho ele estava tomando um café.

— oi diretor! Eu estava lhe procurando! — disse Heloísa num tom sério — é a respeito do Lorenzo.

— sente-se! O que foi, ele tá dando trabalho? — disse o diretor logo depois de um gole no café.

— não é isso, é meio que, eu não tenho mais certeza se foi ele que fez aquilo.

— como chegou a essa conclusão? — passou o dedo na borda da xícara de café enquanto ficava pensativo.

— ele não parece que iria fazer uma coisa dessas, você não pode tirar ele desse castigo de ter que ficar fazendo parte do Grêmio?

— as aparências enganam minha jovem, por isso ele vai continuar no Grêmio até que seja provado que ele não é culpado — disse o diretor num tom sério e aterrorizante.

— certo, desculpa pelo incómodo Senhor diretor, eu já vou.

Logo depois de Heloísa sair, uma professora que observava tudo de longe vem se aproximando do diretor com um delicado sorriso e um olhar de astúcia, quando ela chega perto do diretor, ele se levanta.

— resolveu dar um tiro às Cegas? — disse a professora.

— não foi eu que atirei, mas se funcionar eu agradeço, as coisas aqui tá por um triz — disse o diretor.

— entendo, nosso barco está querendo afundar por causa de algumas pessoas, mas um apenas não vai resolver esse problema, talvez não seja hora de pedir reforço?

— Vou esperar um pouco mais! — O diretor olhou para o corredor vazio e deu um leve sorriso — vai ser bem difícil convencê-los, mas se ele quiser ele consegue.