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Chapter 50 - A Volta Vitoriosa

No fim, tudo deu certo.

Por sorte, na vila abandonada havia carroças, isso ajudou para que pudéssemos trazer de volta os sobreviventes e os aventureiros. Na hora que eu ajudei a Asura levar todos os corpos para f

"ora da vila, eu retirei o limitador e começar a curar todas aquelas pessoas com a reversão do tempo. Por mais que eu não quisesse usar minha magia, era necessário reviver todos.

As mulheres e crianças que haviam roupas rasgadas e vários hematomas pelo corpo foram curadas e a pele delas voltaram ao normal como se aquele trágico acidente nunca houvesse ocorrido. Os aventureiros que haviam sido apunhalados, estavam todos vivos novamente. Eugene, nossa maior prioridade, estava novo como antes.

Todos estavam nesse momento desacordados, isso ajudou muito a leva-los e curar todos sem que descobrissem minha identidade.

"Que bom que voltou a salvo Greed-san." Ottor disse a mim.

Eu me sentia mal de encará-los novamente. Por conta da minha raiva anteriormente eu sem querer gritei com eles por serem bem teimosos. Mas era bom ver que eles não tinham raiva de mim por conta daquilo.

"Sim, vivemos situações perturbadas ultimamente, será bom voltarmos."

"Claro."

"Desculpe por aquela hora... eu não quis dizer que eram fracos nem nada..."

Ottor deu um pequeno tapa no meu braço.

"Deixa disso Greed-san, sabemos que você só fez isso pela nossa segurança. Agora eu entendo. Você e Asteth-san são muito fortes, se soubéssemos que vocês acabariam com tudo me menos tempo, teríamos deixado desde do começo."

"Não precisa disso, somos fortes, mas todos ajudaram nesta luta. Precisamos esquecer o que aconteceu lá trás e focar nas nossas recompensas de agora."

"Sim."

Esta foi nossa conversa.

Eu ainda me sentia mal por ter mostrado um lado tão ruim meu aquela hora, mas era necessário. O grupo de Silka se dispuseram a ajudar na recuperação dos aventureiros feridos. Asura e eu estávamos naquele momento, sentados em um tronco olhando para todos que trabalhavam.

"Foi tão fácil assim derrotar os goblins?" Disse Asura.

"Pois é... imagino que com que sua força seria o mesmo. Quer dizer, um dia quero ver você lutando e derrotando os inimigos tão facilmente assim como eu. Você vai me mostrar isso não é, Asura?"

"É... talvez, e ei! Use meu nome de aventureira!"

"Esqueci, desculpa."

O clima entre nós estava agradável. Visto de longe, parecia que eu estava sendo mimado por Asura. Já que ela colocava sua cabeça na ombreira da minha armadura, enquanto eu olhava para cima com uma expressão feliz — claramente não visível por conta do elmo em minha cabeça.

"Mais uma missão que voltamos firme e salvos." Eu disse.

"É..."

***

A viagem não era nem um pouco longa, mas decidimos ir lentamente para que a turbulência dentro das carroças não fosse grande o suficiente para acordar os aventureiros.

Eu e Asura estávamos andando a pé já que as carroças estavam cheias de pessoas desacordadas. Mas isso foi bom para recuperarmos o ar tranquilo depois de uma tensa missão. Não fora só isso que havia nos deixado tranquilos. Voltávamos para Sagólia com nenhuma baixa e com todos os sobreviventes. Aquilo era uma vitória certa.

Asura estava andando com as mãos juntas para trás enquanto olhava para o céu vasto e tranquilo. Quando todos foram para a primeira batalha, era de madrugada. Agora o céu estava em seu tom alaranjado mostrando que estava ao entardecer.

"Eu fico me perguntando, será que Tess e Lola estão com saudades." Diz Asura em um tom que só eu possa ouvir.

"Tenho certeza... será que seria interessante levar alguma coisa para elas como um presente?"

"Ah sim, acho que sim."

Mesmo que estivéssemos com a cabeça bem perturbada, nada faria com que não pensássemos em nossas filhas a todo momento. Com a magia de comunicação, eu sempre estava chamando Cássiria para ela me dar um relatório de como estavam e aparentemente tudo estava indo bem.

Fiquei bem preocupado delas ficarem meio tristes enquanto estivéssemos fora. Mas felizmente as duas estavam alegres e determinadas como sempre. Não havia momento em que meu coração não ficava com um alívio tão grande. Imagino que Asura esteja pensando na mesma coisa.

***

"Atchiin!"

"Oh, está resfriada Lola-sama?"

"Não, foi apenas um espirro... ou como diz Aros, acho que alguém está falando de mim."

Lola estava em uma biblioteca naquele momento e ao seu lado estava sua empregada pessoal, Aratoria. Aquela biblioteca ficava dentro do castelo, Lola descobriu poucos meses depois de se mudar para o castelo. Quando ela questionou Aros sobre isso, ele também não sabia que havia uma.

Logo, Aros requisitou uma limpeza para que fosse um espaço especial para Lola. Ela sentia que ele não precisava fazer isso, já que depois que Aros se tornou seu pai, ele estava a mimando tanto que Lola estava ficando envergonhada. No entanto, sem muitas reclamações, Aros basicamente deu o espaço da biblioteca para Lola e aquele era seu canto preferido.

No fundo da biblioteca, as paredes eram na verdade janelas. A parede era basicamente vidro e podia-se ver o outro lado facilmente além de entrar os raios de luz dentro do ambiente. A vista que Lola tinha era o "pequeno" jardim interno que havia no castelo.

Lola olhou para Aratoria que ali ao seu lado estava em pé. Ela pensou que sua empregada ficasse cansada de ficar em pé o tempo todo, mas isso não era verdade. Aratoria ficava de pé o tempo todo ao seu lado para quando Lola tivesse que pedir alguma coisa ela já estaria ali. A sua empregada não ficava tão cansada quanto pensava, ela até fechava os olhos para não mostrar incomodo a Lola.

"Será que Aros está bem?"

"Cássiria-dono conversou com ele agora pouco e Aros-sama disse que completou uma de suas primeiras missões. Eles parecem estar bem."

"Que ótimo, mal vejo a hora deles voltarem."

"Por que não conversa com o clone de seu pai?"

"Bom, ele não é o Aros verdadeiro, então estou poupando conversas desnecessárias, apenas direi algumas coisas quando os dois chegaram. E devo dizer que fiquei impressionada quando descobriu que era um clone lá na sala dele."

"Bem, foi fácil perceber, mas ele ainda tem todo o jeito de Aros-sama que até me confundo as vezes."

"Que interessante, se Aros nunca tivesse me falado eu não saberia."

"Parece que Tess-sama também está com o mesmo problema."

As duas começaram a rir da situação.

A única que havia descoberto que não era Aros lá no castelo foi Aratoria. Do resto dos criados e a população, Aros estava lá no reino cuidando de assuntos importantes. Mesmo que estivesse dando certo, um dia poderia começar a cair o pano e ele seria descoberto. Por isso, Aros e Asura precisavam voltar logo.

***

A surpresa que levamos quando chegamos em Sagólia fora real.

A frente do portão principal, estavam guardas e alguns habitantes esperando a volta de seus aventureiros. Segundo Asura, fora uma cena parecida quando voltei para o castelo depois do incidente. Eu ainda não havia presenciado isso com meus próprios olhos e com certeza queria voltar no tempo e me acordar para ver quando fizeram somente para mim.

Os aventureiros que haviam despertado estavam abraçando seus familiares e amigos na entrada. Os outros que estavam desacordados, foram levados para um centro médico que ficava bem perto. Lá era o local onde ficavam os magos curandeiros mais capacitados. De relance, pude ver o aventureiro que havia quase morrido, abraçando sua filha novamente e aquilo me encheu de alegria. Certamente faria algo parecido com Lola e Tess quando chegasse lá.

Asura e eu nos despedimos do grupo e fomos para a hospedagem.

"Todos voltaram para suas famílias graças a você." Disse Asura.

"A nós, você me ajudou muito. Se você deixar faço todos eles se ajoelharem em sua presença para mostrar quem realmente os salvou."

"Pare com isso."

Asura havia retirado a mascara depois de tanto tempo e eu não conseguia deixar de ficar impressionado pela sua beleza que me encantava a cada dia. Seus cabelos brancos voavam de acordo com o pequeno vento que entrava naquele quarto. Seus olhos carmesins ofuscavam minha visão e seus cílios esbranquiçados davam basicamente a última flechada em meu coração.

"Por que está me encarando tanto?" Diz ela.

"Estou sempre apreciando sua beleza, mas provavelmente nunca percebe."

"Humph... eu sei sim tá?" Ela disse para mim virando seu rosto que ficara vermelho.

Eu retirei meu elmo e inalei aquele ar fresco novamente. Ficar praticamente o dia inteiro com aquela coisa na cabeça fazia o ar circular quente e me fazia transpirar ainda mais. Eu podia sentir meus cabelos negros molhados por conta do suor. Olhei para o teto da hospedagem e vi refleti comigo mesmo o quanto eu já havia visto aquele mesmo pedaço descascado.

De repente, sinto algo agarrar meu pulso. Olho para o lado e Asura havia se levantado e pegado em meu pulso. Seu olhar estava malicioso.

"Hehehe." Ela riu.

Ela me puxou para perto da cama e se jogou. Por falta de equilíbrio que e ela mesmo fez eu ter, cai por cima dela. Meus braços estavam apoiados na cama para obviamente não nos colidirmos um no outro. Meu rosto novamente estava tão perto ao rosto de Asura que nossos rostos ficaram ainda mais avermelhados.

"Parece que você transpirou bastante na batalha."

"Bom, eu sou humano né..." Eu disse claramente estragando o clima.

"Eu também me sinto grudenta de alguma forma... que tal irmos juntos?"

"Hm? Para onde?"

"Para a banheira." Asura me encarou e começou a desabotoar os botões da minha camiseta.

Realmente, aquela hospedagem havia uma banheira. Os funcionários que trabalhavam lá eram responsáveis por deixar um tanque de água coletado de um rio próximo para colocarmos na banheira e tomarmos banho. Mas... tomar junto com Asura? Tomar banho juntamente de outra pessoa? Ainda mais do sexo oposto?

"P-P-Para a banheira?" Eu perguntei de bobo.

"Sim. Qual é, não fica tão envergonhado assim, já ficamos sem roupas uns dias atrás, não é?"

"S-Sim, mas... olha quem fala, você também está envergonhada."

Asura desabotoava os botões da minha camisa, mas não conseguia esconder a vergonha que sentia. Seu rosto estava completamente corado e ela tremia um pouco quando um botão era tirado do outro. Meu coração estava tão acelerado que eu já não podia ouvir mais nada além de Asura.

No fim, realmente fomos para banheira juntos.

A banheira comportava exatamente duas pessoas, fiquei impressionado com isso. Provavelmente em meu apartamento que vivia com minha irmã na vida passada, não caberiam. Lembro de mesmo sendo um tamanho aceitável, eu ainda ficava com os joelhos um pouco dobrados.

"Ah, está tão fresco." Exclamou Asura.

"Pois é... sinto que meu corpo está mais leve."

Mesmo um pouco constrangido com a situação, eu tentei me mostrar relaxado. Asura limpava todas as suas partes suavemente, assim como uma deusa, em seu auge da perfeição. Toda aquela perfeição estava começando a me excitar. Meu coração estava acelerado e eu havia esquecido até mesmo dos problemas anteriores.

Isso era muito diferente.

Eu podia ver cada detalhe da pele clara de Asura. Ela não havia nenhuma mancha ou cicatriz em seu corpo. Sua pele parecia ser suave e frágil, estava tão perfeito que Aros não se importaria nem um pouco em fazer um quadro desta cena.

"Se ficar me encarando muito vou começar a ficar envergonhada." Diz ela.

"Perdão."

De repente o som da água foi mais brutalmente. Da banheira caiu alguns bons litros para fora e o chão já podia-se dizer que estava encharcado. Mas isso não era o pior. Isso apenas aconteceu porque Asura se aproximou mais ainda de mim. Seu rosto estava tão perto, na verdade, seu corpo estava tão próximo do meu que fiquei totalmente corado.

"Mesmo lutando tanto, você não tem nenhuma cicatriz..." Foi o que ela falou.

Mas não fora apenas isso. Asura estendeu seu dedo indicador e começou a passar pela região de meu peito. Seu dedo macio e leve fazia cócegas nas regiões tocadas e aquilo me excitava mais um pouco.

Seus cabelos molhados estavam jogados sobre seu corpo tampando algumas partes que eu gostaria muito de ver. Mesmo quando tivemos aquela noite dias atrás, não reparamos no corpo um do outro. Agora podia ver a pele clara de Asura e o quanto ela me estimulava. Normalmente, pelos meus impulsos como homem, eu senti a vontade de abraça-la.

E assim fiz.

"Oh!" Exclamou ela.

Nossos corpos encostaram um no outro e podíamos sentir o calor do outro. Nos encaramos por um tempo e ficamos mais vermelhos de vergonha do que nunca. Em todos os meus anos de vida, seja da minha vida passada ou dessa vida, eu nunca havia presenciado nada igual.

Como forma de apreciar seu corpo, eu levemente passei minhas mãos que a abraçavam pelo seu corpo. Senti sua pele lisa e frágil na palma de minhas mãos e aquilo era tão gratificante que me dava até um frio na barriga.

"Ohn..." Asura gemeu eroticamente. "Se fizer isso no corpo de uma mulher você pode estimulá-la."

"Me desculpe." Tentei retirar minha mão.

"Mas isso não significa que é algo ruim." Ela colocou minhas mãos de volta em seu corpo esguio.

Nos encaramos por alguns vários instantes enquanto a acariciava levemente. Ela fazia expressões de prazer quando fazia estes gestos mais levemente e demorados. Não era só seu corpo na qual eu estava apaixonado. Seu rosto era tão branco quanto seus cabelos e a neve, era lindo e ainda mais avermelhado me causava uma dor de cabeça.

Nossos rostos se aproximavam cada vez mais. A cada centímetro mais perto o coração de ambos batia mais forte. O claro que já sentíamos pela a aproximação já causava um frio na barriga de um lado bom. Asura começou a fechar os olhos enquanto deixava seus lábios um pouco mais abertos. Inconsequentemente, eu fazia as mesmas coisas.

Até que.

Nossos lábios se tocaram. Eu podia sentir os lábios macios que Asura tinha nos meus. Sua mão direita apoiava em meu peito enquanto mexia seus lábios constantemente. Logo fiz os mesmos procedimentos. Sim, aquele era o meu primeiro beijo depois de muito tempo. E ter realizado aquilo com Asura, era simplesmente sensacional.

Apesar de muito sentimentos de terror envolvidos anteriormente, aquele podia ser considerado um dos melhores dias de nossas vidas. Quando planejei ficar mais próximo de Asura nesta viagem a Sagólia, não sabia que seria nesse nível tão intenso.