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Chapter 27 - Recompensa merecida

As pessoas ficaram atordoadas, ensinar tudo que sabiam em um mês? Que tipo de locura era essa? Mas não falaram nada pelo medo que havia sentido momentos atrás. Turg e Fhari se entre olharam e quando iriam falar algo a voz dele os cortou.

"Mas antes disso."

Com passos rápidos ele passou pelos dois a frente e chegou no grupo de pessoas. Suas mãos se moveram rapidamente e ele atingiu seus dedos nas cabeças de cada um deles o que fez com que eles caíssem no chão e sentirem um grande dor.

Ele novamente deu passos rápidos e voltou ao local onde estava. Para a todos ali era como se ele tivesse desaparecido e aparecido na frente dele, mas para Turg e Fhari ele havia se movido muito rapidamente, como se o vento o estivesse empurrando para frente. Claro eles não sabia da técnica do passo do vento então acreditaram que era magia.

"Agora podem ir, amanhã assim que o sol nascer estejam todos aqui. Vão."

Sem perde tempo as pessoas se afastaram, algumas se ajudando a andar. Assim que todos saíram Vantru se virou para Grio, o estado dele era lamentável, mas ele trouxe isso a si mesmo no final quando abaixou a guarda.

"Você subestimou de mais seus oponentes. Hmm, tome isso."

Uma pequena esfera de carne estava na mão de Vantru estendida para Grio. Grio estava envergonhado por seu estado atual e ate se queixaria, mas havia entendido que isso não valia de nada para com essa pessoa. Quando ele viu a carne seus olhos mostravam duvida.

"Você encontrou um gargalo em seu avanço! Se ficar nesse estado vai apenas me atrasar e perdera utilidade. Seu quisesse te matar já o teria feito."

Ouvido essas palavras frias Grio não teve como não engolir em seco e aceitar os fatos. Com um passo a frente ele mordeu a bola de carne e comeu ela rapidamente.

(Só isso!? não sint-)

Antes mesmo que seus pensamentos finalizassem uma onda de energia tomou conta dele, era como se seu corpo estivesse e chamas de dentro para fora. Ele caiu no chão ofegando, sua visão começou a embaçar, mas isso foi somente até Vantru colocar um dedo em sua testa. Uma sensação de calma tomou conta dele.

"Concentre sua mana no ponto central da energia e circule ele a cada respiração."

Grio até tentaria falar algo mais a energia em seu corpo era como um incêndio então ele seguiu o que lhe foi dito. Sua mana se focou no ponto central da sensação guiada pela mana de Vantru. Era como se lá tivesse uma grande rocha.

Sua mana rodou e começou a quebra essa rocha, logo sua mana começou a aumentar de maneira astronómica. Quanto mais ele focava mais essa rocha interna diminuía e sua energia crescia. Sem que ele se quer notasse a energia em excesso guiada por Vantru curou suas feridas.

Sua pata perdida e olho começaram a crescer de forma lenta mais constante, sua pelagem ganha cor e começou a ter novo tom, um amarelo esbranquiçado.

Ele estava evoluído, de uma maneira forçada por Vantru mais era uma evolução. Enquanto isso acontecei Vantru observava atentamente as mudanças de seu núcleo, agora maior e com cores extras, a mesma da mudança de seu pelo, mas nada de gerar uma camada extra como ele estava esperando, era como um núcleo de ji mais de forma inferior.

O que Vantru estava fazendo era de certa forma ajuda-lo cultivar, mas ele não estava disposta a ensinar ninguém a se tornar um praticante Ji ou caminha nesse caminho sem ter confiança nessa pessoa. Tudo que ele fez foi guiar a energia e esperava que Grio fizesse o resto, se ele conseguisse era a sorte dele.

Algum tempo depois Grio estava fazendo aquilo sem ajuda e Vantru pode se focar nos itens que a mulher, Fhari, o trouxe. O dinheiro não lhe chamava atenção, mas seria útil até ele sair desse mundo. As gemas não tinham nada de mais a não ser sua beleza.

Os livros e pergaminhos de Turg estavam lá, mas sem entender a língua ele não poderia fazer muita coisa. Porem, os mapas ainda poderiam ser lidos de certa forma, ao abrir um mapa ele viu vários pontos marcados assim como linhas demarcadas de uma cor diferente. Cada ponto era como uma coroa, talvez fosse a capital, e existiam três elas, uma ao norte, alem da floresta e duas ao leste.

(Devo evitar as capitais! Não quero que nenhum especialista me detecte. No fim devo ir até o velho Gui, talvez ele possa me ajudar. Ainda tem as informações dos bandidos. Aquele tal professor de Turg deve ser um mago bem forte, sua magia me fez ficar em guarda alta.)

Seus pensamentos rodavam, mas nunca saiam do mesmo ponto, ele teria que se fortalecer! Se fizesse um avanço o julgamento divino cairia sobre ele e atualmente não havia como sobreviver então tudo que poderia fazer era buscar meios externos de fortalecimento.

Alheio a todos esses pensamentos o grupo de pessoas que se afastou pode respirar mais tranquilamente agora, mas seus corpos não paravam de tremer. Todos estavam em uma das casa grandes, o local de controle da cidade e casa de Turg, para ficarem todos juntos.

Turg estava com um rosto sombrio, ele havia perdido dois itens muito preciosos e um deles tinha sido destruído. Em contra parte Fhari estava rangendo os dentes encostada na parede. Os dois sabiam que de alguma forma não poderiam usar magia e sempre que tentavam sentiam uma dor aguda pelo corpo todo.

No momento em que seus olhos se cruzaram ele andaram para o andar de cima, subiram uma escada e chegaram a uma sala com camas uma em cada canto, esquerdo e direito. Sem dizer uma palavra ambos entraram e se sentaram nas camas. Nesse momento seus ferimentos já tinham sido tratados por um dos pouco médicos que tinham e que sobreviveu, mas isso não tirou o desconforto de Turg pela falta de um braço.

"Desde quando tinha aquilo?"

As palavras frias de Fhari não eram realmente de irritação, mas como um simples questionamento, mas devido a situação soava quase uma ameaça. Turg suspirou e olhou para ela cabisbaixo.

"Foi um... presente. Quando me despedi do professor a décadas a trás, antes mesmo de me unir ao grupo e por isso que mantive segredo... mas nunca esperava revelar assim..."

"Então era assim que você mantinha suas coisas organizadas e tinha os documentos sempre prontos! Poderia ter dito, já trabalhos juntos por quatro anos!"

"Eu sei... mas o valor de tal item e demais! Se alguém soubesse e vazasse com certeza outros grupos viriam até nós!"

Fhari iria falar algo mais parou, tudo que ele disse era verdade e no fim ela só queria extravasar sua frustração em alguém. Depois de alguns instantes ambos pareciam envelhecer, seus olhos estavam fundos e o cansaço pesava em suas mentes.

Ambos se jogaram nas camas que estavam sentados.

"Acha que conseguiremos sair dessa?"

"não sei. Se eu pudesse contatar o professor talvez, mas agora não tenho certeza."

"O que acha que ele é de verdade? O modo com ele age e sua força não são algo que caberia em alguém tão jovem!"

"Não tenho certeza, mas acho que algum demónio! Ele deve ter possuído o corpo e tomado controle."

Fhari riu amargamente, essa foi uma das poucos vez em sua vida de crime que se arrependeu de ter se tornado uma criminosa. A vida era simples desde que não pisassem nos pés de alguém maior e ficassem de tocai, mas quem diria que as coisas acabariam assim por conta de uma única pessoa comento um erro.

"Maldita Quiria! Se apenas tivesse feito as coisas direito!"

Turg ignorou as maldições que ela estava fazendo e se concentrou no que faria da em diante. Sua vida e morte estavam nas mãos de um ser demoníaco e ele não esperava que fosse realmente os libertar quando eles fizessem o trabalho.

Alem disso ele não podia deixar de ficar incomodado com o tempo, apenas um mês para ensinar tudo que sabem. Isso era um tempo ridículo não importava o quanto pensava nisso. Mesmo ele levou anos para aprender sobre magia, isso quando ele já tinha mais de vinte anos e era letrado.

(Ele não deve ser invencível! Ele evitou muitos ataques e mesmo no final não acho que pode evitar ser ferido. O problema e que não podemos usar magia! Ninguém pode e sair parecer ser impossível, terei que pensar em um jeito nesses mês!)

Com determinação reforçada ele caiu no sono, mas nunca deixou de pensar no que faria para escapar das garras que o prendiam. No fim tudo que podia era torcer e pensar em um jeito nesse tempo que tinham.

A noite que foi banhada em sangue acabou de maneira abrupta assim como começou, o silencio da noite engoliu tudo era como se a cidade tivesse ficado vazia. Mas, nas casas mais adentro da cidade, nos andares inferiores, um homem corpulento de rosto quadrado, cabelo ralo e usando apenas uma calça amarela.

Ele se levantou e tentou olhar pela minúscula janela gradeada da cela. Tudo que viu foi a quietude, antes ele tinha visto movimentação, mas parecia que tudo tinha se acalmado. Contudo, ele tinha uma sensação estranha.

"Arg, vai dormi Jone... não deve ser nada, talvez eles conseguiram capturar mais alguns para vender de escravos."

O homem magro da cela falou com ele. Jone sorriu e se abaixou perto da parede no canto mais escuro e começou a força seu estômago a vomitar. Isso atraiu o homem magro, Farlei.

"Porra você tem?"

"D-desculpe, acho que passei mal..."

"Desde que não se cague que nem o maldito do Rofi não tem problema, mas tente manter no canto!"

Jone assentiu e em alguns minutos ele parou e se deitou apoiado na parede com um item minusco em suas mãos. Era uma bolinha cristalina, quando a viu seu sorriso aumentou ele guardou ela dentro de sua calça.

(E quase hora de começar. Não me importo mais de fingir! Vou dar o fora daqui!")