Uma semana parecia muito tempo para alguns e pouco para outros, mas para os praticantes de Ji isso não era nada de mais. Vantru aprendeu e forçou eles a ensinarem tudo que podiam nesse tempo e percebeu que estavam perdendo cada vez mais tempo com eles.
No fim tudo que conseguiu foi informações sobre o continente e magias superficiais. Ao menos ele aprendeu que existiam academias magicas pelos reinos assim como muitas raças que existiam. Elfos e humanos eram a maioria nos três reinos, mas existiam outras raças ao longo do continente, uma de delas era os orcs que estão alem da grande floresta e não parecem se importar com os outros reinos e outra eram os goblins, pequenos patifes que vivem em comunidades pequenas mais negociam de vez em quando com vilas e cidades.
Para a alegria dele existia uma ração conhecida como Kemo, eles tinham certos traços bestiais e viviam nas terras no extremo sul. Contudo eram raros nessa região e seus traços ferais eram se comparados ao dele.
Outro ponto que descobriu foi a entristecia de grupos mercenários e de aventureiros. O primeiro fazia o que se esperava, mas o segundo chamou sua atenção por um segundo antes de eles contarem que eles só matam monstros e trabalham como seguranças e guarda costas.
Era dececionante que alguém se chamava de aventureiro e não explorava o desconhecido, no fim eram apenas mercenários com outro nome. Ele deixou de lado isso e agora podia estudar por si mesmo o documentos de Turg.
Graças a isso ele pode aprender que o sistema de níveis era como Adra disse, mas existia muito mais. As duas primeiras círculos eram o começo, mas a partir do terceiro era que alguém era realmente considerado aceitável, contudo nada dizia qual era o limite ou se havia um.
O proprio Turg pouco sabia. Seu mestre, que ele evitou muito fortemente em falar o nome, mas no fim falou, Gurgo, era alguém de quinto circulo quando o ensinou décadas atrás. Isso até acalmou um pouco Vantru, a ideia de lidar com alguém assim agora não era algo que ele queria.
Enquanto seu tempo de estudos constante continuavam Grio permanecia parado no mesmo lugar. A aura dele mudou bastante, agora era carregada de estalos elétricos, sua calda havia se tornado com uma lamina curta e afiada, seu corpo cresceu e estava com diversas cristais que brotavam dele.
(Ainda não evoluiu. Ele parece estar alcançando o que eles chamam de quarto circulo! Se ele der mais um passo a frente e se entrar no quinto terei que barrar seu avanço!)
A frieza nos olhos de Vantru eram como fio de uma espada. Nesse momento tudo que ele menos queria era que um servo de índole duvidosa ficasse forte de mais e saísse do controle.
Ele formou alguns selos com as mãos e ele pousaram na testa de Grio, eles formaram um símbolo de uma estrela de três pontas e sumiu no corpo dele. Era uma matriz restritiva, caso o pior acontecesse.
Vantru soltou um suspiro e voltou a ler os pergaminhos. Seu tempo aqui assim como a utilidade das pessoas parecia ter se tornado cada vez mais banal.
Em contra partida Turg mal conseguia dormir nesses últimos dias, sua mente rodava em busca de uma solução. Ele havia evitado, mas não podia segurar para sempre suas informações, mas sobre a pressão do garoto sua mente tremia.
Em apenas uma semana sua utilidade estava se tornando cada vez menos visível e com a personalidade que ele tinha, ao menos imaginava que o garoto tinha, o mínimo que ele esperava era ser morto em menos de três semanas.
Ele suspirou e esfregou seus olhos cheios de olheiras. Sem magia, sem um braço, sem itens mágicos, isso o lembrava amargamente quando era um jovem imaturo e encontrou seu professor. Rapidamente ele sacudiu a cabeça, mesmo que ele não tivesse poder agora não significava que não lutaria para viver.
(Mesmo que eu possa morrer, prefiro tentar lutar! Se ao menos pudesse mandar uma mensagem para o centro pedindo ajuda... o carregamento era até o fim do mês, se não houver transporte eles enviaram alguém! E isso se conseguirmos durar até la eles vão enviar alguem!)
Um brilho determinado surgiu nos olhos dele enquanto aperta papeis sobre a mesa. Turg se levantou da mesa pegou alguns papeis e caminhou até a porta. Fhari estava encostada na parede, assim como ele seus olhos eram fundos de dormir mal, ambos caminharam juntos para fora da casa e foram se encontrar com Fior.
Em outro lugar alheio a essa situação estava um homem forte preso em uma cela com outros dois. Jone mastigava a comida enquanto olhava para fora, desse dia a mesma pessoa trouxe a comida, mas ela estava estranha. Aquela pessoa tinha olheiras e agia de forma desanimada.
Ele olhou isso, mas logo esqueceu disso. Algo que ele notou era a comida, ela era simples mais simples que o abtual. Para ele isso era um sinal de que quem o fez ou não sabia cozinha direito ou faltavam materiais e talvez animo.
Internamente ele sorriu e esperou no canto da cela. O tempo passava de forma tediosa entre aquelas paredes e tirando os dois companheiros desprezíveis dele nenhum outro barulho podia ser ouvido.
"Eu lhe digo: eles vão nos vender! Não notou que estão nos alimentando cada dia pior?!"
"Cala a boca Farlei! Se fossem vender você seria para trabalho braçal assim como o Jone ali1"
O homem que se achava bonito, Rofi, era o mesmo que defecou em si mesmo quando um garoto o olhou a cerca de uma semana. Ele sempre se gabava por ser de uma família que já foi nobre, mas do que isso importava agora?
Jone olhou para eles, ele havia aguentado esses malditos por muito tempo desde que se fingiu de perdido e foi capturado. Ele não gostava nenhum pouco de Rofi. Seus olhos se voltaram para a janela e o sol se pondo.
(Foda-se! Vou sair daqui. Já faz mais de três meses que estou tentando despistar os agentes do Reino, e graças a onda de monstros meu rastro já deve ter se perdido!)
Jone pegou uma pequena esfera que estava guardada em suas roupas, ela brilhava levemente em vermelho e assim que ele colocou próximo ao colar de controle em seu pescoço ele brilhou.
O colar se soltou e caiu no chão atraindo a atenção dos outros dois. Ambos olharam como se não conseguissem acreditar naquilo. Jone por sua vez passou a mão pelo pescoço e moveu o pescoço enquanto se movia para a porta da cela.
Ele sorriu e moveu sua mão enquanto conjurava uma magia, uma emanação ventos atingiu contra as grades e elas cortaram em uma forma circular. Ele olhou para aquilo e ficou irritado, mesmo que tenha esperado tanto tempo sua mana não havia sido totalmente restaurada nem suas feridas feridas internas curadas.
(Que merda! Ao menos devo ser capaz de cuidar de qualquer um aqui, duvido que tenha alguém de quinto ou sexto circulo aqui.)
Ele andou um passo para fora da cela e logo atrás um barulho o fez o olhar para trás. Rofi tentou sair da cela e uma descarga elétrica o fez gemer de dor enquanto caia no chão. Essa era outra função do colar de controle, se demarcado um local ao qual não poderiam sair então não sairiam sem ordem.
"Co-como você fez isso Jone? E he, que tal ajudo os amigos aqui?!"
Falei falou com um olhar suplicante para Jone, que por sua vez apenas olhou de canto para ele e Rofi que se levantava ofegante do chão. De repente algo surgiu em sua mente, ele sorriu levemente e moveu a pequena esfera para perto deles com sua magia.
"Use isso. Apenas aproxime do colar e não perca tempo."
Farlei iria pegar a esfera, mas Rofi foi mais rápido e agarrou ela com um olhar furioso. Farlei se afastou um pouco enquanto Rofi colocava a esfera no colar e ele se soltava de seu pescoço, sem nem se importa ele jogou a esfera para trás.
Jone não mostrou nada em seu rosto alem de indiferença enquanto ia até o corredor e subia as escadas.
"Ei espera ai Jone! Que tal me ajudar? Tenho certeza que meus parentes te pagariam bem por me levar até eles!"
Rofi falava de forma presunçosa, mas aquilo caiu em ouvidos desinteressados. Em contra partida Farlei apareceu logo atrás sem o colar e entregou a esfera para Jone, ele tinha um sorriso sem jeito no rosto enquanto sussurrava.
"Apenas concorde ou ele vai ficar fazendo barulho o tempo todo e não sairemos daqui!"
Ele olhou para ambos e assentiu enquanto subia as escadas ambos seguiram atrás. Jone se aproximou da porta com muito cuidado e tentou abri-la, mas estava trancada. Ele colocou seu ouvido sobre a porta e tentou ouvir, mas nada surgiu em sua audição.
(Sem guardas! Isso e com certeza suspeito. Hmm, vamos lá!)
Ele colocou sua mão sobre a maçaneta e fez uma conjuração. Partículas de água se formaram e sua mão e entraram na fechadura, sem perde um instante ele fez outra conjuração e a agua se tornou gelo e inflou dentro da fechadura.
Com um empurrão forte ele quebrou o trinco e abriu a porta. A sala de guarda estava vazia, sem sinal de alguém estando ali a algum tempo, poeira estava se acumulando na mesa e prateleira.
"Ehh, não tem ninguém, que estranho!"
Rofi falou com sua voz irritante, mas foi ignorado por Jone que andou rapidamente para janela. La fora ele via uma cidade deserta,não havia ninguém na ruas, nem se quer pássaros voando nos telhados mais ao longe ele viu uma casa relativamente destruída também.
(Que merda aconteceu aqui? Não foram os cavaleiro ou magos desse reino ou não teriam nos deixado aqui. Um grupo rival ou uma briga interna?)
Ele sacudiu sua cabeça e foi até a porta. Seus pensamentos nesse momento eram para fugir e não se envolver em qualquer besteira que tenha acontecido, mas seus pensamentos foram atrapalhados pelo barulho dos outros dois revirando o posto de guarda.
"Não tem nada aqui! Nem armas ou armaduras, sem uma roupa decente!"
"Bem, não esperava que deixassem isso aqui. Vai que presos escapam... ne?"
"Cala a boca Farlei! Vamos sair daqui logo, Jone para onde?"
Jone se virou para eles e deu de ombros quando saiu pela porta sem falar nada. Seus passos foram rápidos e ele conjurou outra magia, o vento rodou pelo seu corpo e ganhou velocidade. Os outros dois ficaram com as bocas abertas e começaram a correr atrás dele.
Jone estava voando baixo pelas ruas já escurecendo, mas ele pensou melhor e voou um pouco mais alto. Quando chegou a altura um pouco acima das casas viu que uma parte da cidade estava arrasada, mas não perdeu tempo quando voltou a voar e passou pelas barricada dela.
Quando ele passou uma sensação estranha passou por ele, como se ele tivesse passado por uma cortina de água. Mesmo assim ele não parou.
Em outro lugar, no meio de um quarto vazio Vantru estava lendo um pergaminho quando sua mente foi abalada.
"Alguém passou pela formação da matriz fantasma!"
Com um impulso monstruoso ele pulou contra a parede, seu punho destruiu a madeira e fez um buraco pelo qual ele investiu pelas ruas.