─ Que todos os anjos me guiem! ─ ele usa o seu polegar esquerdo para ajudar a mirar e fecha o seu olho direito, o mesmo da lente quebrada. ─ HAAAA! ─ arremessando o seu cetro, que voa em grandíssima velocidade devido ao seu poder mágico.
─ O quê? Argh! ─ Bill é acertado em cheio, bem no meio da sua barriga, naquela cabeça medonha, ele cai de joelhos e solta o pincel.
─ Maldito! Eu sabia que devia ter matado ele ─ o líder da seita corre até Bill, após acionar a alavanca outra vez e fazer o pentagrama ficar reto no chão. Ele pega o pincel e escreve um símbolo copiando do livro das sombras, bem no meio do portal, usando o sangue das cinco garotas que formam o círculo mágico.
─ Obrigado, por me libertar! Me perdoem! ─ ele diz as suas últimas palavras e poucos segundos depois, cai para trás morto.
Joshua está assustado, porque percebe que o portal foi aberto. Ele corre para soltar os seus amigos.
─ Vamos logo, não temos muito tempo! ─ diz Alan, assim que foi retirada a mordaça que estava em sua boca. ─ Belo tiro Joshua!
─ Nossa que nó é esse?! ─ Joshua não consegue desamarrar as cordas, então ele retira as mordaças da sua irmã e de Amanda, depois procura algo cortante em sua volta.
─ Joshua, por que você veio aqui?! Poderíamos todos estar mortos agora, sabia? ─ Patrícia muito emocionada, com os olhos cheios de água.
─ Irmã, não é hora para isso. ─ ele olha nos racks de metal, procurando.
─ Você tinha razão. ─ Enoque em fim desperta.
─ Isso vai servir. ─ ele encontra uma faca velha enferrujada nas prateleiras e foi soltar os seus amigos. Venta muito na sala nesse momento.
─ Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ele já está aqui, vocês não podem sentir o seu poder? ─ Mehdi está prostrando-se diante do pentagrama de ferro.
─ Que louco! ─ soltando Alan primeiro, enquanto olha o líder da seita fazendo reverencias, encostando a testa no chão e olhando para o portal sem parar.
─ Vamos logo Joshua! ─ Alan ajuda-o a soltar os outros.
─ O que diabos ele está fazendo?! ─ Enoque pergunta ao ser solto.
─ Precisamos fugir enquanto é tempo. É tarde demais, o Primeiro Portal foi aberto! ─ Joshua e os outros observam no portal a energia sutil gerada por ele.
─ Pai, eles abriram um portal para outra dimensão, depois que sairmos lhe explicamos tudo. ─ Felipe pega seu pai e o apoia nos ombros, pois ele ainda está meio tonto.
─ Vocês não vão sair com vida, eu vou mandá-lo matar vocês assim que se materializar. ─ após falar ele fecha as portas da sala secreta, com o seu poder mágico.
Todos estão livres e vão indo para cima do líder da seita quando algo muito grande começa a aparecer atrás dele. Os jovens recuam rapidamente, assustados, não esperavam que ele fosse tão grande a ponto de se aproximar do teto altíssimo daquela sala. As tochas se apagam e a criatura começa a se materializar cada vez mais rápido, como se estivesse se transformando em matéria física. Mesmo no escuro, seu corpo parece brilhar uma luz azulada bem suave, igual a seres do abismo do fundo do oceano. Existem ainda três luzes mais fortes que percorrem as suas costas, da cabeça até as suas caldas.
─ Eu acho melhor nós começarmos a correr! ─ Felipe ia virando, quando…
─ Não, fique parado até sabermos o que ele quer é nossa única chance. ─ Alan fala baixo e todos concordam ao ver o monstro todo materializado, balançando as suas duas caldas enormes. O corpo dele lembra um pouco o corpo de um tiranossauro rex.
─ Meu mestre, estes garotos tentaram me impedir de abrir o portal. ─ ele vira-se para os jovens. ─ Eles têm que morrer! ─ apontando, esperando que o monstro ataque.
A criatura mostra seus dentes perfilados como os de um tubarão, igual a um cão furioso e vai se abaixando até próximo ao corpo de Mehdi, de repente abocanha mais da metade do corpo dele e corre com o homem na boca, abrindo um buraco na parede dando uma cabeçada contra ela.
─ Que merda é esta?! ─ Carlos e os outros seguranças não conseguem se quer mostrar reação, ao ver aquela criatura gigante estourar a parede e parar diante deles.
─ Aquilo na boca dessa coisa é um homem? Pelas roupas parece o velho que nós tínhamos que proteger! ─ outro segurança apontando, enquanto ele joga o resto do corpo de Mehdi para o alto e o mesmo cai dentro da sua enorme boca.
─ HUARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRG! ─ o monstro dá um rugido e sai correndo pela rua após derrubar o portão do matadouro.
─ Pessoal, me ajudem aqui. ─ um dos seguranças encontrou o chefe deles, ele está vivo e sendo carregado pelos ombros.
─ Hei, vocês vieram nos salvar? ─ Patrícia pergunta ao chegar até a saída e se deparar com os seguranças armados.
─ Quem são vocês e o que fazem aqui? ─ Marcos pergunta, em quanto seus homens apontam suas armas para todos.
─ Calma, nós não temos nada com isso, só queremos ir embora deste lugar. Nós estávamos presos enquanto estes loucos abriam portais para o Inferno! Nossa! Isso é demais para minha cabeça, se eu não tivesse visto aquilo com meus próprios olhos! ─ o pai de Felipe se senta em um latão velho.
─ Precisamos destruir aquele monstro, de qualquer jeito! Toda a vida na Terra pode depende disso! ─ Alan anda e para bem em frente ao portão, ele liga para alguém enquanto espera os outros.
─ Carlos, vá pegar a van e rápido! Temos que seguir essa coisa.
─ Ok, senhor. ─ ele guarda a arma e sai correndo.
─ Quem vai começar me contando o que está acontecendo? ─ Marcos abre os braços, enquanto olha para todos eles.
Patrícia começa a contar de forma abreviada o que está acontecendo naquele momento.
Alguns minutos depois.
─ Vamos pessoal, o monstro deixou um rastro de destruição lá atrás! ─ Carlos parando a van.
─ Preciso avisar as Forças Armadas! ─ Marcos ligando para alguém, enquanto eles seguem para o carro.
Todos entram na van e seguem o rastro de destruição.
─ Alô capitão, alô…
─ Fala sargento, espero que seja algo muito importante para você me acordar no meio da noite!
─ Em muito breve outros irão incomodá-lo também senhor. Um monstro está a solta nas ruas de Duque de Caxias senhor.
─ Um monstro?! Quantos monstros nós matamos por missão sargento? ─ capitão exaltado.
─ Este tem uns seis metros de altura, mais uns talvez… doze metros de comprimento e se parece muito com um dinossauro.
─ O que você disse?! Me mande uma foto agora desta coisa, se não quiser ser banido imediatamente da corporação! Você está bêbado sargento?! ─ o capitão desliga furioso.
─ É, ele me pediu uma foto do monstro imediatamente.
─ No lugar dele eu faria a mesma coisa. ─ Enoque bate no ombro dele.
─ Ele é muito agressivo, virou quase todos os veículos que encontrou pela frente! ─ Carlos olhando o estrago enquanto dirige a van, muita gente ferida ligando para os familiares e a imprensa.
─ Pela luz que sai do seu corpo, talvez não haja luz de onde ele veio, talvez a claridade o deixe irritado. ─ Joshua pensativo.
─ E agora, para onde ele foi? ─ Carlos ao chegar em um cruzamento.
─ Vejam, vem um homem correndo. ─ Patrícia aponta para calçada da esquerda.
─ Hei você, viu a criatura? ─ Carlos põe a cabeça para fora e pergunta.
─ Aquilo está na praça, matou várias pessoas! Chamem o exército, estamos sendo invadidos por alienígenas! ─ o homem sai correndo.
─ Tenho que enviar uma foto deste monstro ao capitão, só assim ele enviará reforços! ─ diz, enquanto eles partem para a praça 25 de Agosto.
─ Por que ele veio na direção da praça? ─ Amanda olha para o Joshua, que apenas ergue os ombros e as sobrancelhas.
─ Vamos descobrir isso agora. ─ Felipe, ao avistar a praça.
─ Estava acontecendo um show aqui. ─ Patrícia no exato momento em que o carro para e eles descem, o local está cheio de sangue no chão.
─ LÁ ESTÁ ELE. ─ Joshua, apontando para trás do palco montado na praça.
─ Homens, vamos com cuidado talvez consigamos salvar aqueles civis. ─ Marcos segura sua arma na mão direita enquanto pega o seu celular com a esquerda.
A criatura está imóvel sustentando no ar com seus poderes umas 20 pessoas, elas parecem estar hipnotizadas por ele, não demonstrando nenhuma emoção, só ficam olhando como se seus cérebros estivessem dormentes.
─ AGORA HOMENS! ─ Marcos dá as ordens e logo após, liga para o seu chefe. ─ Veja com os seus próprios olhos, nos ajude ou ele vai matar a todos por onde passar. Estamos na praça 25 de Agosto, em Duque de Caxias. ─ ele filma enquanto alguns dos seus homens acabam sendo hipnotizados pelo monstro, apenas ao se aproximarem dele.
─ Puta merda! De onde saiu esta coisa?! Chega, já vi o bastante. ─ o capitão do Bope desliga o celular muito preocupado, depois ele repassou a filmagem para outro número.