Patrícia e Joshua riem enquanto descem na magnífica cidade que fica entre o estreito daquela enorme montanha.
Ao chegarem na cidade, muitos moradores já os esperavam, pois, avistaram eles antes, quando se aproximavam.
─ Vocês são anjos! Realmente é o fim do reinado do imperador. ─ um morador.
─ Eles vieram nos salvar, vieram ajudar ao jovem César! ─ diz outro cidadão com aparência demoníaca, chifre pequeno na cabeça, pele vermelha e calda comprida.
Todos fazem reverência e cada vez mais vão chegando moradores naquele local, que é a maior área plana que há.
─ Qual é o nome desta cidade? ─ Patrícia pergunta a uma criança demônio.
─ Esta é a Fortaleza de Pedra.
─ É uma bela fortaleza! ─ ela fica encantada ao olhar o lugar, suas estatuas, cada detalhe cravado diretamente na rocha daquela montanha e seus vários níveis com escadas, levando de um ponto ao outro. Há também os detalhes em madeira, como as pontes enormes que levam para o outro lado da montanha, que também é parte da cidade.
─ Ela foi construída para resistir aos ataques das criaturas gigantes do Inferno. ─ uma pessoa bem velha, parece ser o ancião da cidade.
─ Precisamos que fiquem com ele até que possamos voltar. ─ Patrícia mostra o seu irmão ao ancião.
─ Sem problemas, vamos acolher ele o melhor possível, somos um povo pacífico e ficamos felizes em ajudar os anjos da libertação.
─ Temos uma missão na Terra, quando a terminarmos voltaremos. ─ ela aperta a mão do ancião que parece não estar acostumado com este cumprimento, pois fica sem jeito e muito sem graça.
─ Minha irmã tome muito cuidado, a única chance de vocês é atacar ele de forma combinada, um defendendo o outro e atacando juntos. Deve haver algum feitiço que vocês possam usar… ─ Joshua leva a sua irmã e o seu amigo, para longe dos moradores da cidade, com as duas mãos na cabeça desesperado, tenta lembrar do melhor feitiço para usar contra o inimigo.
─ O que acha do Canto da Sereia? ─ ela pergunta.
─ Ótimo, mas se funcionar, vocês terão somente alguns segundos. ─ Joshua.
─ Em alguns segundos eu arranco a cabeça dele! ─ Felipe fala com muito ódio, enquanto fecha o seu punho direito.
─ Arrancar a cabeça dele Felipe, suponho que não é o bastante, Joshua o explodiu inteiro e o seu corpo juntou-se novamente em pouquíssimo tempo! ─ ela lembra-se novamente do momento em que o monstro foi destruído, pelo seu irmão.
─ Não podemos matá-lo, então como vamos salvar a Terra? ─ Felipe preocupado.
─ Após arrancar a sua cabeça, talvez congelar as partes do seu corpo a uma temperatura abaixo de zero. Tenho certeza que esta pode ser a nossa melhor opção! Não temos tempo para pensar em nada melhor do que isso. ─ Joshua olha para a sua irmã e o seu amigo.
─ Aonde vamos sepultá-lo, no Polo Norte? ─ Patrícia olhando para os dois.
─ Será frio o bastante? ─ Felipe.
─ Na Terra não minha irmã, em Plutão. ─ ele olha bem nos olhos dela.
─ Com certeza é o único lugar onde ele ficará preso por toda a eternidade! ─ Felipe concorda com ele.
─ Vamos atraí-lo para a Terra, eu uso o Canto da Sereia e você arranca a cabeça dele. ─ eles apertam as mãos.
─ Logo após isso pegamos a cabeça e o corpo, voamos a toda velocidade para Plutão. Chegando lá, lançamos cada parte em um lado do planeta para que fiquem separadas. Sabem como é, não é? Depois de tudo isso que passamos não vamos dar sorte para o azar, não é mesmo?! ─ Felipe.
─ Temos pouco tempo, vocês precisam ir, a Terra conta com vocês dois agora! ─ Joshua os abraça bem apertado.
─ Cuidem bem dele. ─ Patrícia se despede dos moradores da cidade e voa a toda velocidade seguida por Felipe.
Os dois poderosos arcanjos transmutados, atravessam o portal que os leva direto para a lua.
─ Ainda bem que o meu irmão não entrou nesse portal! ─ Patrícia, ao chegar na lua e ver Premonar bem ao longe, olhando o magnífico portal se abrir cada vez mais no espaço.
Na Terra toda a população está olhando para o céu, a ASA está divulgando imagens do que eles chamam de fenômeno misterioso. Cada vez que os jornais de televisão entram no ar é para anunciar as novas dimensões em que se encontra o fenômeno.
Em toda a América Latina, que é o lado do planeta onde se abre o portal no espaço, as pessoas olham assustadas para o céu observando o fenômeno crescer. Muitos estão filmando e observam com as suas máquinas fotográficas e smartphones. Enquanto isso, as forças armadas estão de prontidão em todos os países. Aeronaves do exército passam a todo o momento monitorando o espaço aéreo. Muitos afirmam que se trata de uma invasão alienígena, que em breve eles estarão descendo na Terra, alguns dizem que chegou a hora do primeiro contato.
A população pobre começa a saquear os supermercados e lojas, a polícia tem grandes dificuldades para conter o povo, o efetivo da polícia usa a força, bombas de gás e alguns até atiram na população, mas a massa só vai embora quando limpa todas as prateleiras. Muitos estão formando grupos e tocando o terror nas ruas, alguns canalhas estão aproveitando para destruir as cidades com pretextos de que os governos esconderam a verdade da população e que eles estão seguros em algum lugar secreto enquanto o povo está nas ruas.
Na lua.
─ Como vamos atraí-lo para a Terra sem nos arriscar? ─ Patrícia.
─ Que tal passarmos próximo a ele, a toda velocidade o xingando? Se fizermos isso de carro com a polícia na Terra, eles vão atrás na hora!
─ Porque não, pode dar certo. ─ ela voa a toda velocidade na direção dele.
─ Ok, lá vamos nós. ─ ele vê Patrícia a sua frente passando bem próximo ao inimigo que estava de costas para eles.
─ OTÁRIO! ─ ela grita ao passar em alta velocidade por ele.
─ DUVIDO PEGAR A GENTE, SEU BUNDÃO! ─ ele passa raspando nele.
─ O que é otário? Estes moleques, o que estão tramando?!
─ Lá vem ele! ─ Felipe acelera com medo e passa a sua amiga.
─ Está funcionando. ─ ela também dispara em direção ao Brasil, já dá para ela ver o imenso país se aproximando.
─ Vou matá-los, como matei aquele outro. ─ falando na mente deles dois.
─ Terá que me pegar primeiro! ─ Felipe está com muito medo e voa com toda a velocidade que consegue.
─ Você quase matou o meu irmão seu desgraçado! ─ ela vai voando em direção ao Rio de Janeiro, seguida por Felipe de perto, eles estão voando nas alturas das nuvens.
Em quanto isso na base central das forças armadas do Brasil.
─ General, a ASA nos enviou estas imagens. Acabamos de pegá-los nos radares e nossos melhores pilotos estão próximos ao local. ─ um soldado observa a cara do seu general, aguardando as ordens.
─ Aquele monstro parece seguir dois anjos. Precisamos ajudá-los! Ordene ao nosso primeiro esquadrão de caças Gripen, quero todas as aeronaves seguindo para o local e alvejando o monstro. Avise-os para não acertarem os seres brancos alados. ─ o general dá o comando e o seu capitão repassa as informações aos pilotos das aeronaves.
─ General, o senhor acredita em Céu e Inferno? ─ o capitão pergunta após repassar as ordens.
─ Capitão, sou de uma família cristã. Isto tudo está escrito na bíblia, agora foquem na cobertura do combate, precisamos de imagens.
─ Você disse quase? ─ Premonar usa os seus poderes e gera uma poderosa barreira na frente dos dois arcanjos, que se chocam e não conseguem quebrá-la.
─ Eu não quero morrer aqui! ─ Felipe de costas na barreira como um rato acuado.
─ Não podemos nos entregar, fique pronto! ─ Patrícia energiza o seu corpo, que se enche de um brilho esverdeado fluorescente.
─ Eu destruí aquele corpo, a transmutação foi quebrada! ─ Premonar se aproxima e energiza o seu corpo com a sua poderosa energia vermelha.
─ Você quebrou a transmutação, mas não ficou lá para matá-lo, graças a isso estamos aqui para destruí-lo! Você cometeu um grave erro em deixá-lo vivo! ─ Patrícia.
─ Ele é só um garoto, sem a transmutação ele não pode nada contra mim! Assim como vocês! MORRAM! ─ ele solta do seu corpo, várias esferas de energia que vão circulando os corpos dos jovens a uma determinada distância.
─ Fuja Felipe! ─ diz ela, ao perceber que está paralisada pelo poder do inimigo, suspensa pelo pescoço.
─ Se é tão fácil… argh… por que você mesma não foge?! ─ ele também está sendo suspenso pelo pescoço.
Premonar os suspende a distância, com as suas mãos, como se estivesse na frente deles.
─ Já avistamos o alvo, Delta Um, ataque pelo flanco esquerdo eu e o Alfa Zero vamos atacá-lo de frente. ─ o general dá as ordens e imediatamente o bombardeio começa, tiros de metralhadoras e mísseis são disparadas.
─ General, ele vai fugir pelo flanco direito! ─ um dos pilotos.
─ A ideia é essa, temos ordens para ajudar os dois anjos. Eles podem ser a nossa única esperança. Concentrem-se no alvo, façam ele voar para longe deles para que possam se recuperar.