A criatura continua seguindo na direção da Kombi alucinada, devido ao som que eles deixaram ligado, ele só para de correr ao atingir o carro em cheio com a sua cabeça. Ele arremessa o veículo para o alto e depois dispara com a sua calda dupla, um poderoso raio que a destrói ainda no ar.
─ ATACAR! ─ o general dá o comando.
Todos os tanques de guerra, helicópteros, jatos e soldados que estavam já preparados atiram na coisa sem parar por alguns minutos.
─ Dessa vez, acabamos com ele! ─ o general observando a poeira que começa a baixar.
─ Ele ainda está lá! ─ Joshua mesmo com toda a poeira, sabe que o monstro não morreu, ele aponta com o seu cetro mágico na direção dele.
─ Então nada poderá parar esta coisa? ─ Enoque perplexo.
─ Não é isso, ele está mais fraco agora. Talvez um segundo ataque, ou um terceiro. ─ Joshua olhando fixamente a poeira abaixar.
─ Capitão, aquela coisa ainda está viva! ─ um soldado assustado.
─ DROGAAA! PREPARAR PARA O SEGUNDO ATAQUE! ─ o general, está furioso.
─ Senhor, vamos usar os ASTROS 2? ─ capitão.
─ Sim, ao meu sinal vamos com força total desta vez.
Todo o exército se prepara, os soldados carregam as suas armas, os tanques e os lançadores de mísseis com tecnologia totalmente brasileira, preparam suas miras e aguardam a ordem de disparo.
─ Estão prontos? ─ o general pergunta pelo rádio.
─ Helicópteros, prontos. ─ um dos pilotos das aeronaves, com o dedo no comanche.
─ Tanques, prontos. ─ um dos pilotos dos blindados.
─ Mísseis prontos, alvo marcado. ─ um dos soldados.
─ DISPARAR! ─ o general dá voz de comando e todos os oficiais executam a ordem.
O escudo da criatura está sendo alvejado sem parar pelo exército, quando…
─ Ele me… pegou. ─ Joshua enquanto olhava a criatura ser alvejada pelos lançadores de mísseis, foi pego de repente pelos olhos dele.
O pequeno está flutuando em direção a morte certa, pois o monstro vai matá-lo ou ele será atingido pelos disparos, principalmente dos poderosos foguetes.
─ Avise aos ASTROS para só atirarem outra vez ao meu sinal. Se ele tiver um ponto fraco, os mísseis poderão decidir a nossa sorte! ─ o general dá um murro na mesa.
─ Meu irmão! ─ Patrícia o vê sendo levado pela criatura, ela ia correr para tentar salvá-lo, quando foi atingida na nuca.
─ O que pensa que está fazendo?! ─ Enoque ao ver a jovem ser deitada no chão por Marcos.
─ Eu tenho um plano, assim que o jovem estiver seguro, leve-os para outro lugar longe daqui. ─ ele recarrega a sua arma, pega um colar de granadas e uma corda que estava no jipe do exército, próximo a eles.
─ E você? ─ Felipe, agachado atrás do jipe.
─ Aquele garoto salvou a minha vida, agora eu preciso salvar a dele. Ele é só uma criança e eu… já fiz muita merda nessa vida! ─ Marcos corre com a corda nas mãos, pega um galho no chão e amarra na ponta. Ele se esconde atrás de uma árvore.
─ O quê… minha cabeça. ─ Patrícia levantando-se lentamente.
─ Ele vai tentar salvá-lo. ─ Felipe apontando.
─ Eu vou ajudá-lo. ─ ela ia correr, quando alguém a segura pelo ombro.
─ Não, se você for poderá estar tirando a única chance do seu irmão sobreviver. ─ Enoque ainda a segurando.
─ PRESTEM A ATENÇÃO, EU VOU DESCER O GAROTO E DISTRAIR O MONSTRO. PEGUEM ELE E AFASTEM-SE O MAIS QUE PUDEREM! ─ ele começa a girar a corda como se fosse uma marimba. Nesse momento a segunda onda de disparos do exército termina.
─ OK! ─ Patrícia e Enoque correm, eles se escondem atrás de uma árvore e observam o corpo do Joshua, que vai se aproximando do monstro suspenso no ar pelo seu poder.
Marcos lança a corda que passa bem por cima da cabeça do Joshua, uns três segundos depois ele dá um puxão e o galho desce a toda velocidade, ele então solta um pouco a corda, depois a trava de uma vez e este movimento faz com que ela dê algumas voltas no corpo do garoto.
─ VIRAM? QUEM DISSE QUE SOLTAR PIPAS NÃO DÁ FUTURO! Ah! Ah! Ah! Ah! ─ puxando-o com todas as forças, e atira uma granada de fumaça, próximo ao corpo dele.
─ Prepare-se, ele já te viu! ─ Enoque avisa-o.
─ É AGORA! ─ Marcos corre envolta do monstro indo para trás dele a uma distância segura, se aproveitando da fumaça que ele lançou, enquanto descarrega o seu fuzil.
─ Vamos. ─ Enoque pega o Joshua e leva-o no colo, enquanto Patrícia o segue, observando se a criatura os vê.
─ General, meus homens estão dizendo que os civis estão próximos do alvo. ─ o capitão.
─ Civis só fazem merda! ─ o general pega os binóculos para observar.
O monstro dispara seus raios na tentativa de matar o Marcos, que é o brigado a soltar o seu fuzil e fazer vários rolamentos para escapar, porem o último disparo do monstro explode bem embaixo dos seus pés, jogando-o para longe. Ele já cai desfalecido, totalmente imóvel.
─ Ele nos viu! ─ Patrícia correndo com Enoque, eles estão quase chegando no jipe do exército.
O monstro vira o seu corpo na direção do jipe, como se fosse correr e uma grande explosão ocorre atrás dele, explosão esta, que o fez virar-se novamente para trás e esquecer deles dois.
─ Pensou que eu estava morto não é mesmo?! HAAAAAAAAAAAAAAA! ─ Marcos havia arremessado o colar de granadas bem no traseiro dele que explodiu na sequência, e quando ele se virou novamente, atirou sem parar com o seu fuzil na direção da cara dele. Todos os tiros batem no escudo, assim como todos os disparos do exército bateram e foram repelidos.
─ Capitão, na última explosão causada pelas granadas eu pude ver o brilho do escudo do monstro. Ele tem intensidade diferente na parte traseira, o brilho é um azul bem mais claro que o da parte dianteira superior e das laterais dele. ─ um soldado.
O monstro mata o Marcos com as suas caldas, ele finca as pontas delas no corpo ferido dele, o suspende bem ao alto e abre, rasgando-o ao meio.
─ General, aquele homem não morreu em vão! Ele sem querer nos deu o que possivelmente é o ponto mais vulnerável do monstro… o seu traseiro! ─ o capitão, ergue seu punho enquanto fala.
─ Então vamos entupir o traseiro dele. Avise aos soldados para continuar atirando e passe a mensagem sobre o alvo aos lançadores de mísseis. Ordene o disparo imediatamente, se aquela coisa se mover tudo estará perdido. Temos que matá-lo agora que está mais fraco!
O capitão do exército repassa as ordens por rádio e imediatamente os caminhões dos lançadores de mísseis começam a manobrar dando uma volta a distância na rua de trás, para contornar o seu alvo, enquanto os fuzileiros metralham com tudo a criatura para mantê-la distraída.
Os jovens sobem no jipe e são levados por um soldado, para um local seguro. Todos viram a morte horrível do Marcos, que se arriscou para salvar o Joshua.
Começa o bombardeio no monstro, os poderosos mísseis brasileiros começam a atingir o alvo por uns 15 segundos sem parar até que…
─ O alvo ficou em pedaços, capitão. ─ um soldado que estava se movendo por dentro da fumaça e vendo os restos da criatura.
─ General, o monstro foi destruído! ─ o capitão diz com orgulho.
─ Nossa! Por um momento cheguei a pensar no pior. ─ o general puxa a sua farda para ajeitá-la no corpo.
─ O que faremos agora? ─ o capitão.
─ Manter a área isolada, tem um pessoal dos Estados Unidos vindo para cá, eles vão retirar a coisa e levar para análise na ASA.
─ É! ─ os jovens comemoram, ao verem os pedaços da criatura caindo do céu.
─ Meu irmão, que bom que você está vivo! ─ Patrícia abraça-o bem forte com lagrimas nos olhos.
─ Ele se sacrificou para me salvar! ─ fechando os punhos, olhando as suas mãos enquanto as lagrimas caem.
─ Graças a ele foi descoberto um ponto fraco naquele demônio, eu ouvi pelo rádio de um dos soldados. Se ele não tivesse ido te salvar, talvez todos nós estivéssemos mortos agora! Ele fez o que precisava fazer, não se culpe por isso meu irmão. ─ ela bagunça o cabelo dele.
─ Você ainda não sentiu?! ─ ele está olhando fixamente para o local onde estava o monstro, e a poeira está acabando de baixar no local.
─ Sentiu o quê? ─ ela olha na mesma direção em que o seu irmão está olhando. ─ O que é aquilo Joshua? ─ ao ver o que parece ser alguém agachado em meio aos destroços e restos do monstro.
─ O nosso verdadeiro inimigo! ─ Joshua fica perplexo.
Quando a poeira abaixa, todos podem ver uma nova criatura humanoide que surge agachada bem onde o outro monstro estava.
─ Puta merda! Esta coisa estava dentro do outro?! ─ o general surpreso e de olhos arregalados, enquanto estica o seu bigode com as pontas dos dedos.
─ AFASTEM-SE TODOS! ─ Capitão ordena a seus soldados pelo rádio.