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Chapter 52 - A Armadilha

Quando os soldados do Bope atacaram, as pessoas que estavam suspensas caíram no chão e ficaram todas lá desmaiadas.

─ Vem me pegar, vem! ─ Marcos atira, para tentar salvar as vidas dos seus homens que já estão sobre o controle da criatura.

O monstro corre para cima dele, que acaba ficando hipnotizado também e quando o monstro ia matá-lo…

─ HEI, SEU MONSTRO BABACA! ─ a voz do Joshua sai das caixas de sons que foram postas na praça para o evento.

─ Deu certo Joshua, mais uma vez você acertou meu irmão! O som chamou a atenção dele, talvez realmente ele seja sensível ao som. ─ Patrícia, observando a criatura desistir de matar o sargento do Bope, para destruir as caixas de sons enormes que estavam no palco.

Enquanto ele quebrava o palco cheio de fúria, eles pegaram o Marcos e esconderam-se atrás da pista de skate de cimento.

─ Ele está bem pai? ─ Felipe observa os movimentos do monstro com muito medo.

─ Parece drogado, mas está bem. As pupilas estão muito contraídas. ─ Enoque.

─ O que ele faz, se parece com o que alguns peixes abissais fazem. Ele usa a sua luz azulada para atrair os peixes e depois os devora. ─ Joshua assustado.

─ Ele está parado lá, como vamos fugir agora? ─ Felipe sussurra para os outros.

─ Ouçam. ─ Patrícia ouve um som de helicópteros se aproximando.

─ Helicópteros do exército brasileiro! ─ Enoque abrindo um largo sorriso, ao avistar dois helicópteros de combate chegando e sobrevoando em volta da praça.

─ São enormes! ─ Joshua.

─ São helicópteros russos! ─ Amanda.

─ Senhor, como pode ver ele está na mira, basta o comando do general e nós atiramos. ─ um dos pilotos com o dedo no botão preparado.

─ Não há risco para os civis? ─ pergunta o general, que está na base militar assistindo às imagens das câmeras das aeronaves.

─ Não senhor, a criatura está no palanque. Não há civis em um raio de no mínimo dez metros dele. Posso garantir que podemos acertá-lo sem risco para as pessoas.

─ Acabem com ele!

Os quatro mísseis disparados pelos dois helicópteros, atingem em cheio o monstro, causando quatro grandes explosões, uma em cima da outra.

─ Você já era! ─ um dos pilotos ri ao ver que atingiu o alvo.

─ Espere, ele ainda está lá e parece não ter sofrido nenhum arranhão! ─ o general abaixa a cabeça.

─ Gente, precisamos fugir agora! Nem mesmo aquelas armas o destruíram! Se ficarmos aqui parados vamos morrer. ─ Patrícia olhando para os lados tentando ver algum carro que possam usar, já que a van está muito longe deles.

─ Aquele carro de som, podemos atraí-lo com aquilo. ─ Joshua aponta para uma Kombi usada para fazer propagandas no bairro.

─ Desta vez eu acabo com ele. ─ o piloto da primeira aeronave, a da esquerda, está mirando para alvejar a criatura outra vez quando…

O monstro ergue a sua calda dupla e dispara um raio azul que atravessa o helicóptero e o explode imediatamente. Aquelas três luzes que percorrem pelas suas costas, oscilaram bem mais rápido e foram aumentando a sua velocidade até sair o poderoso disparo.

─ Droga, preciso recuar! ─ o piloto da segunda aeronave tenta fugir, mas o monstro atira o seu raio novamente, a partindo ao meio. Ela explode e cai no mesmo instante, matando as pessoas que estavam deitadas no chão, se recuperando do controle mental do monstro.

Ela vira-se para trás lentamente e observa os jovens entrando na Kombi, Joshua vai atrás, sentando ao lado de Felipe.

─ Ele nos viu pai, liga logo esta coisa pelo amor de Deus! ─ Felipe está desesperado.

─ Ah, achei! ─ Enoque pegando as chaves, elas estavam caídas no tapete. Ele então, arranca com o carro.

─ Vamos pai ele está chegando! VAMOS! ─ ele fica apavorado ao ver o monstro correr para matá-los.

─ Temos que seguir na contramão, para lá os carros entupiram a rua. O que vamos fazer agora que aquela coisa está nos seguindo? ─ Enoque vai dirigindo pela Avenida Brigadeiro Lima e Silva, a partir da altura da praça 25 de agosto.

─ Tentar ficar vivos até arrumar um modo de matá-la. ─ Amanda.

─ Vejam, ele está acordando. ─ Joshua.

─ O que aconteceu?! ─ balançando a cabeça, enquanto bota a mão na testa.

─ A criatura hipnotizou você, como fez com os outros e por pouco não o matou também. Graças ao meu irmão você está vivo. ─ Patrícia.

─ Chame o seu superior e avise a ele que a criatura está nos seguindo. ─ Alan, olhando-o pelo retrovisor, dando várias cabeçadas nos carros que vai encontrando na sua frente, os jogando para o alto.

─ Senhor, aquele monstro está nos seguindo, temos que fazer algo e bem rápido!

─ Marcos, acredito que podemos arrumar uma armadilha para ela. O general do comando do leste, está mobilizando todos os tanques de guerra do exército em Deodoro, porem vocês terão de conseguir leva-lo até lá, direto no comando da primeira divisão. ─ o capitão do Bope.

─ Vamos conseguir, só espero que tudo esteja preparado lá quando chegarmos. ─ Marcos.

─ Vou avisar ao general. Cuidado, contamos com vocês! ─ diz antes de desligar.

─ Deixe-me dirigir. ─ Marcos, que estava no carona ao lado de Alan, assume a direção do carro.

─ Acelera, ele está chegando muito perto agora! ─ Felipe, ao ver o monstro encostando no carro.

─ AH, ELE VAI ATACAR! ─ Joshua coloca as duas mãos na cabeça desesperado ao ver o monstro parar e erguer a sua calda dupla, como um escorpião antes de dar o bote.

─ VIRA O CARRO PARA A ESQUERDA AGORAAAA! ─ Patrícia olhou para trás pelo retrovisor e viu ele carregando as caldas de energia.

─ SEGUREM-SE! ─ Marcos vira a direção do carro para a esquerda a toda velocidade.

─ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! ─ todos gritam desesperados, pois o carro por muito pouco não capotou, e se isso acontecesse todos morriam.

O carro vira no instante em que o poderoso raio disparado pelo monstro atinge vários outros carros, que estavam parados na lateral da rua, causando uma grande explosão. Enquanto isso a Kombi vai virando para a esquerda em câmera lenta e quase tomba, chegando a ficar em duas rodas por alguns segundos.

─ Nossa essa foi por muito pouco! ─ Marcos ao olhar pelo retrovisor e ver o estrago que o poder do monstro causou, lá atrás.

─ ACELERA PORRAAAAAA! ─ Felipe novamente se desespera ao ver ele voltar a correr atrás do carro.

─ Só mais um pouco e vamos chegar a Avenida Brasil. Agora é só manter o pé no acelerador. ─ Enoque.

─ Droga! A essa hora?! ─ Patrícia irritada ao ver a Avenida Brasil parada no sentido centro da cidade do Rio de Janeiro.

Eles pegam a pista principal, porem o monstro desce a Avenida Washington Luiz pegando o sentindo centro da cidade, lado oposto do ponto a onde eles têm que levá-lo.

─ Droga! Como vamos atraí-lo agora? ─ Marcos, bate com as duas mãos no volante do carro.

─ É muito azar um engarrafamento na Avenida Brasil a esta hora! ─ Enoque desolado.

─ Deve ter acontecido algum acidente. ─ Amanda.

─ Talvez algum grito bem agudo funcione. ─ Joshua falou olhando para a sua irmã.

─ Aquele grito? ─ olhando para ele.

─ O canto da sereia pode funcionar irmã. ─ Joshua dá um leve sorriso.

─ Me dá o microfone. ─ Patrícia pega-o das mãos de Enoque, que está sentado no meio do banco da frente. ─ Leva o carro até próximo daquela coisa.

─ Ok, lá vamos nós. ─ Marcos contorna e leva o carro na contramão, desta vez, na Avenida Brasil em sentido centro da cidade. Ao chegar próximo do monstro ele vira o carro em sentido Santa Cruz novamente e prepara-se.

─ Aconselho que tapem muito bem os ouvidos! ─ Joshua com as duas mãos tapando os ouvidos e todos fazem o mesmo.

─ AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH… ─ Patrícia grita, um som muito agudo e constante.

A criatura que estava jogando vários carros para o alto com a sua cabeça, vira-se em direção a Kombi. A esta altura todas as pessoas estão abandonando os seus veículos e correndo em várias direções para longe do local.

─ Lá vem ele! ─ Amanda.

─ Parece que ele está furioso. ─ Alan ao ver o monstro mostrar os dentes, como um cão raivoso.

─ SEGUREM-SE TODOS! ─ Marcos acelera a Kombi a toda velocidade, enquanto vê o monstro vindo destruindo tudo pelo seu caminho.

─ Estão reunindo aeronaves lá também! ─ Enoque ao ver diversos jatos das forças armadas sobrevoarem em sentindo campo grande.

─ Veremos o quanto é poderoso o escudo desta coisa! Esta energia tem que ter um limite. ─ Joshua fala enquanto pensa, tentando encontrar uma falha no escudo da criatura.

─ Sim, com certeza o escudo dele mais cedo ou mais tarde, vai começar a enfraquecer. ─ Amanda.

Alguns minutos depois.

─ Preparem-se, estamos descendo o viaduto de Deodoro nesse momento. ─ Marcos fala ao capitão do Bope pelo telefone.

─ Estamos prontos. Atraiam ele até próximo a nossa artilharia, que está no meio da rua, e saiam da frente.

─ Ok capitão.

─ Vamos ter que abandonar o carro bem rápido! ─ Patrícia preocupada ao avistar os tanques de guerra posicionados mais a frente na rua.

─ Preparem-se, teremos pouco tempo para sair e se esconder enquanto ele com certeza, vai destruir a Kombi. Um, dois, três e já. ─ Marcos para o carro, todos descem correndo do veículo e escondem-se.