Em Copacabana, o táxi dos jovens bruxos para bem na frente do hotel.
─ VAMOS! ─ Amanda corre, e os outros vão atrás.
─ HEI DONA, O SEU TROCO! ─ o taxista grita com a nota de cem reais na mão, pendurado na janela do carro.
─ FICA COM O TROCO. ─ Alan vira-se e grita.
Quando eles entram no hotel, batem de frente com o Mestre das Sombras caminhando rápido pelo salão central, ele está com a sua maleta na mão.
─ Lá está ele! ─ Amanda apontando o dedo. ─ Maldito, por que roubou o livro do meu pai!?
Alan corre, fica frente a frente com ele e diz…
─ Pensa que vai fugir é?! ─ concentrando-se em seu poder.
─ Saia da minha frente seu moleque. ─ ele coloca o dedo indicador na cara dele.
O Mestre das Sombras está cercado, quando ele olha para o seu lado esquerdo vê Amanda e ao olhar para o seu lado direito vê Soraia, a frente está o Alan.
─ Eu estou com muita pressa! Digam o que querem de mim!
─ Hei vocês, estão perturbando o nosso cliente. Sinto, mas terei de tirá-los do prédio. Vamos saindo, não me obriguem a usar a força. ─ o chefe da segurança do hotel, ele mais parece uma montanha de tantos músculos.
Os seguranças agarram os jovens e o Mestre das Sombras se aproveita para seguir caminhando.
─ Vocês estão loucos? Ele é o assassino que a polícia está procurando, foi ele que arrancou o coração daquelas jovens! ─ Alan fala, enquanto aponta para ele que continua andando inabalado.
─ Hei, espere um pouco. ─ nesse instante o chefe da segurança corre e pega-o pelo braço.
─ SHIIIII… ─ ele joga a maleta que estava em sua mão direita para o alto, em questão de três segundos em câmera lenta ele consegue tocar a testa do segurança que desaba no chão e segurar a maleta antes de cair. ─ Saiam do meu caminho! ─ ele dá o seu recado olhando para todos, porém os seguranças o ignoram, e o cercam rapidamente.
─ Nunca! ─ Alan ameaça a seguir na direção dele, mas ao ver os seguranças cercá-lo, ele recua e observa.
─ O QUE FEZ COM ELE? ─ grita um dos seguranças, verificando a pulsação do seu chefe.
─ Não vai responder, não é? Vamos dar uma lição nele antes da polícia chegar! ─ outro segurança, louco para vingar o seu chefe.
Ao total seis seguranças parrudos estão cercando o Mestre das Sombras, que larga a mala. De repente eles tentam pegá-lo, mas ele usa os seus poderes, salta bem alto e flutua para trás, em quanto faz isso no ar ele lança os dois braços para frente.
─ SHIIITS HÁ. ─ ele causou uma explosão invisível, que gerou um tremendo deslocamento de ar bem no meio dos seguranças, que caíram no chão e ali ficaram.
O Mestre das Sombras cai atrás dos jovens, que se viram e tentam pegá-lo, mas ele usa a mesma técnica e derruba os três no chão. O prédio está em pânico, pois as pessoas que presenciam tudo correm para se esconder com medo, enquanto ele recupera a sua mala e corre para fugir, pois, sabe que em pouco tempo estará cheio de polícias atrás dele.
─ Não posso deixá-lo fugir! ─ Alan levanta-se, pega o chicote que está preso no seu cinto e em questão de segundos, lança-o com toda a força. ─ Ha, te peguei desgraçado! ─ o chicote pega no pé esquerdo dele, quando ele ia saindo do prédio.
Ele cai e nesse momento, enquanto seus cabelos compridos voam, os três jovens puderam ver um sinal no seu pescoço, e isso fez os três lembrarem-se de alguém, bem lá do passado.
─ Não pode ser! ─ os três dizem juntos, dá para ver a surpresa estampada em suas caras.
─ Que droga! ME SOLTA! ─ ele abre a maleta e guarda o livro por debaixo do seu manto, vira-se muito rápido arremessando-a que vai em grandíssima velocidade e atinge o alvo, Alan cai no chão dando folga no chicote, permitindo a fuga dele que sai correndo.
─ Não pode ser o meu pai! ─ Soraia desaba de joelhos no chão. ─ Não, ele está morto… eu vi quando aquele demônio das trevas o matou, pensando estar matando o meu tio!
Enquanto isso Alan e Amanda o perseguem.
─ Vamos ver se conseguem fazer isso! ─ ele salta a avenida principal com a ajuda de seus poderes, enquanto os carros passam em alta velocidade.
─ DROGA! ─ Alan ao ver que o ele fez.
─ Fechou, vamos. ─ Amanda e Alan estão com sorte, pois o sinal fechou em seguida, permitindo que eles não se distanciassem muito.
─ Eu sou muito mais rápido do que você! ─ Alan começa a alcançá-lo. ─ Mais cedo ou mais tarde eu te pego. ─ pensa, enquanto prepara o seu chicote.
─ PEGA ELE ALAN! Nossa! Estou fora de forma. ─ Amanda dá uma parada, pois está sem fôlego.
Alan enfim se aproxima, quando ele estava chegando próximo da água da praia e…
─ Não vou deixar você fugir! HAAAAAAAA. ─ ele arremessa o seu chicote e para, segurando firme, o arremesso foi certeiro e agarrou ele pela cintura.
─ Vou te matar, seu desgraçado! ─ levantou-se rápido e partiu para cima de Alan.
Os dois brigam e Alan vai levando a pior, pois vai sofrendo um soco atrás do outro em grandíssima velocidade, até que não resiste e cai de joelhos.
─ Quem é você garoto? ─ ele pega-o pelo pescoço e o levanta até o alto, em quanto faz a pergunta.
─ Mestre? Por… por quê? ─ está com os olhos cheios de lágrimas.
─ Mestre? Você é da…
─ Nós somos da Omus tio, não lembra mais de nós? ─ Amanda chega por trás dele e agora ele solta Alan, que se junta a ela.
─ NÃO! Eu não sou mais humano. ─ abrindo e deixando cair a parte de cima do seu manto, e o que se vê choca os dois jovens. Em sua barriga existe uma cabeça monstruosa, com uma boca e olhos negros sinistros.
─ Meu Deus! ─ Amanda desvia o olhar.
─ O que é você?! ─ Alan corre e salta, acertando um dragão nos peitos dele. ─ Me dá isso! ─ ele consegue pegar o livro, mas o inimigo segura uma parte enquanto ele puxa a outra.
─ Pai? ─ Soraia chega no local.
─ Droga! SHITS HÁ! ─ ele fica surpreso ao escutar a voz dela e como se não quisesse ser visto, usa o seu poder para derrubar Alan que consegue rasgar o livro, ficando assim com uma metade em mãos.
O Mestre das Sombras parece satisfeito com a sua metade, ele veste o seu manto e corre velozmente até a água da praia, dita um feitiço e traça um círculo em direção a água com o seu dedo indicador. Antes de desaparecer ao pular na água, ele ainda olha nos olhos da sua filha.
─ Era ele mesmo, mas como?! Eu vi com os meus próprios olhos! ─ as lembranças de uma noite sombria e fria vem a sua mente. ─ Lembro-me daquela noite em que meu pai morreu no lugar do meu tio…
Em sua mente ela volta ao passado, no momento exato quando encontrou o seu pai caído no tatame onde costumava dar aula, com uma cavidade enorme no peito, o sangue escorria sem parar nas mãos da garotinha de apenas cinco anos, que tentava estancar o sangramento com as suas mãos pequeninas e delicadas. Ela não parava de gritar:
─ SOCORRO! SOCORRO, ALGUÉM POR FAVOR… Ajude o meu pai! ─ ela chorava muito, quando ele a olha e acariciou o seu rosto, este foi o seu último gesto, uma despedida silenciosa. Depois começou a estrebuchar, parece que ele tenta respirar, mas não consegue achar o ar, como um peixe fora da água. Ela lembra que horas depois ainda viu levarem o corpo dele. ─ Como ele pode estar vivo?! ─ Soraia, nos braços de Alan.
─ Nós vamos descobrir. Eu só preciso encontrar o mestre. Imagina a surpresa ao saber que o seu irmão está vivo! Afinal, ele sempre se culpou pela sua morte. ─ Alan folheando as páginas do livro que ficaram com ele.
─ Meu pai ficará muito feliz ao saber que o tio Bill está vivo, mas ficará triste ao saber que ele está do lado das forças do mal! ─ Amanda se junta aos dois e os abraça também. ─ Ele matou aquelas crianças! Foi ele! ─ desolada, de olhos fechados ao abraça-los, ela balança a sua cabeça.
Muitos banhistas começam a se juntar, alguns deles presenciaram a luta e o misterioso homem desaparecendo na água.
─ Vamos embora agora, temos que encontrá-lo. Ele planeja matar crianças ainda nesta madrugada! ─ Amanda corre ao perceber que as pessoas começam a cercá-los, os outros vão atrás dela.
─ Temos de impedi-lo de qualquer jeito! ─ Alan corre até próximo à pista, ele para um táxi.
─ Meu pai era incapaz de matar uma mosca… ─ ela lembra-se dele, dando aula de Judô na Omus. ─ Aquele demônio deve estar controlando-o, só pode ser isso! ─ Soraia entra no táxi depois de seus amigos, ela chora muito.