Chereads / O Despertar: Novo Velho Mundo / Chapter 7 - Seu nome é

Chapter 7 - Seu nome é

Seu nome é

Ela olhou para ele, suspirou alto, e respondeu:

— Por que se importa?

— Bem...

— Look, você ia tomar a culpa por mim, e por isso eu te ajudei. Não estamos devendo nada um ao outro.

— Eu só fiquei intrigado com você.

Eu só fiz uma pergunta. Calma, garota.

— Agora eu estou mais preocupada ainda.

Gabriel quis soltar uma leve risada, mas se segurou.

— Eu não sou nenhum estranho, eu tenho cara de estuprador ou algo do tipo? Digo, você deve ser mais forte que eu. Eu acordei faz menos de um mês.

— Isso explica muito, você deve estar sem grupo também então, certo?

— Não, na verdade, eu tenho um grupo sim.

— Quê? Eu tô aqui faz dois fuckings anos e não arrumei absolutamente ninguém.

Acho que eu realmente devo ficar feliz com minha sorte. As coisas estão melhor do que parece.

— Eu tenho a minha história, se você quiser escutar.

Ela olhou para ele, abriu um sorriso e disse:

— Okay, conte.

Gabriel explicou tudo desde que acordou, a garota, apenas olhou, com um rosto neutro.

— Eu conheço um lugar para você comprar seu malho. — foi a única coisa que ela respondeu sobre tudo.

— Onde?

— Mas eu só conto se você fizer algo em troca.

Bom demais para ser verdade, né? Mas talvez seja uma boa ideia escutar o que ela quer, ela não parece ser alguém ruim.

— O que?

— Eu quero que você me apresente ao seu grupo, eu sou uma guerreira.

— Eu não sou o líder nem nada, não posso garantir que você entre, você sabe, não sabe?

— Sim, eu prestei atenção na sua história, quero falar com Larissa e ver no que dá.

— Okay, temos um acordo. Onde vende o malho?

Ela sorriu, levantando e apertando sua mão, o puxando para levantar também.

A medida que eles se aproximavam do local, Gabriel ficava com mais medo. Atualmente, eles estavam subindo uma ladeira. A mesma ladeira que Gabriel subiu para vender a armadura.

Estava um silêncio estranho após o bom momento que os dois tiveram, as únicas palavras que saíam da boca da garota era: "por aqui".

Eu realmente preciso perguntar o nome dela, cara. - ele pensava o tempo inteiro, mas não tinha coragem. Não deveria ter, estava indo pro local mais assustador que já havia visto, deveria pensar sobre isso, e não sobre o nome de uma garota qualquer. Homens...

E finalmente, de volta ao local em que ele vendeu a armadura. Foi uma coincidência incrível.

Como eu não pensei em perguntar se eles tinham malho? Jesus, agora só quero sair vivo daqui.

Enquanto ela abria a porta da loja, ele começou a finalmente perguntar:

— Ei, qual o seu no... — ela estava começando a virar o rosto, mas ele foi interrompido, e ela chamada.

— Eae, Zoe!

Peter a chamou.

— Fala. — Zoe apressou o passo e foi rápido ao balcão. — Você tem malha aqui, né?

Ao Gabriel chegar do lado dela, Peter o olhou, e respondeu:

—Tenho sim. Você de novo? Está com ela?

— hã... — meio nervoso, Gabriel não soube o que responder, mas rapidamente Zoe o cortou e falou:

— Sim, ele me ajudou com um lance daquela escola.

— Ah sim, vou pegar a malha, fiquem aqui. — Peter falou, dando as costas aos dois.

— Aliás, qual o seu nome?

Eu nem lembrava que ela também não sabia meu nome.

Após um breve delay, Gabriel respondeu:

— Meu nome é Gabriel, Zoe.

— Então, Gabriel, eu espero que você tenha dinheiro aí. Sabe que malho é meio caro, né? Apesar que aqui fica mais barato, umas 8 moedas de prata.

— Ele é seu amigo, não é? Pede um desconto, eu só tenho 6, eu contei antes.

— Eu pensei que seus amigos tinham lhe dado mais, como eles queriam que você comprasse uma malha por 6 moedas?

Merda de ser ladrão, classe cara do caramba, pensei que eu teria mais dinheiro que o normal. Perdi tudo, tô quase no negativo.

— Mas suave, acho que ele faz por 6 para mim. — ela continuou.

— Obrigado, vou tentar fazer a cabeça de Larissa quando chegar a hora.

Peter voltou, com o malho nas mãos, pôs no balcão. Não importa a maneira em que você olhe, era um simples malho, um simples, difícil de encontrar e caro malho.

— Então, eu vou falar sobre aquele negócio com que conversamos agora a pouco com o Peter, rapidinho ok?

— Que negócio? — Peter resmungou.

— Vem cá.

Zoe pulou a bancada de Peter e os dois viraram de costas, com ela falando no ouvido dele. Gabriel não conseguiu escutar nada do que os dois falavam mas sabia sobre o que se tratava, então não se importou.

— Dê suas 6 moedas... — Zoe pulou a bancada voltando — a ele.

— hn. — Fez Gabriel, acenando com a cabeça.

Ele pôs 6 moedas de prata sobre a bancada, e rapidamente Peter as pegou, empurrando um pouco mais o malho, que Gabriel agarrou em seguida.

Quem ele pensa que ele é? Agindo como o tal.

Por mais que não admitisse, ele tinha medo. Quer dizer, qualquer um nessa situação também teria, ele estava num local que desafiava as leis da natureza com sua escuridão a plena tarde, com barulhos esquisitos e onde olhasse havia péssimas visões. Além da aparência assustadora de Peter, ele era alto, mas não aqueles altos magros, ele era alto e musculoso, com cicatrizes na bochecha, testa, e algumas no braço e ombro, provavelmente existem dezenas por dentro de sua regata preta e short de pano, o cheiro de álcool e cigarro também não ajudavam.

— O que foi moleque?

— Vamos, tá esperando convite? — Zoe soltou, chamando com a mão já dá porta, enquanto Gabriel estava paralisado olhando para Peter.

Rapidamente voltou a si mesmo, falando:

— hãm, não é nada, desculpa — Fazendo um legal com a mão, então, virou e foi na direção de Zoe — Tô indo, calma — continuou.

Os dois olharam bem a entrada para as garotas de antes não implicarem.

Pensando bem, eu não perguntei o porquê daquilo tudo, mas eu tenho uma idéia, e provavelmente ela não quer falar sobre. Se ela não tem grupo, não tem onde ficar, nem trabalho. Ela invade esse colégio para ter onde dormir, e os moradores não gostam nem um pouco.

Pelo menos é o que eu acho.

— Tá com medo de quê agora? Vamos, vem logo. — Zoe, já no meio do caminho o chamou.

— De nada! Eu nem fiquei com medo antes, por que você acha isso? — Gabriel apressou o passo.

Eu não tava com medo, oush.

Já estava escuro, eles não passaram pelo relógio, mas com certeza já eram mais de 18:00 horas. Por incrível que pareça, o dia passou rápido para Gabriel, e talvez as "aventuras" de hoje tenham valido mais a pena que goblins.

— O que você tava pensando? — logo antes de abrir a porta para o quarto dos garotos, Gabriel segurou a maçaneta sem abrir após escutar isso. Larissa reclamando.

— Calma, passou e estamos bem, isso que importa.

— O que importa é não nos arriscarmos, e ela se arriscou, ela ultrapassou o limite de magia e caiu no chão. O que ela faria se nós não conseguíssemos protegê-la?

— Pelo menos, espere ela se recuperar, ela está quase inconsciente aqui.

— uffffff. Depois eu vou continuar, Laura. E Gabriel, ainda não chegou?

Ele olhou para trás, levantando ambas sobrancelhas e fazendo careta para Zoe.

Eu nunca vi Larissa irritada desse jeito, nem antes do apagão. As coisas realmente são sérias, e eu ainda não consegui me provar.

— Parece que eu vim no pior momento — Zoe falou baixo.

Gabriel apenas abriu a porta, com Zoe entrando logo após ele.

— Hãm, eae, essa é a Zoe.

— Oi, pessoal.

Sem resposta. Todos estavam estressados, então só observaram. E Gabriel continuou:

— Ela me ajudou a conseguir o malho mais barato, ela quer saber se pode entrar no nosso grupo. Ela é uma guerreira e eu acho que seria uma boa adição.

Todos olharam Zoe por alguns segundos, com expressões desconfiadas no rosto.

Acho que ela não gostou, bom, é o que temos pra hoje.

— Eu... — Antes que Larissa completasse, Zoe interrompeu.

— Eu não espero uma resposta agora. Eu sei que vocês não tem guerreiro, mas não estão desesperados. Eu sou uma desconhecida completa e é difícil acreditar em mim ou minhas habilidades, então eu deixo vocês pensarem o tempo que for preciso, e caso queiram testar minhas habilidades, posso ir com vocês alguma vez. Sei que falar assim não adianta muito, but, juro que sou confiável.

— Está certo. Então, discutirei amanhã sobre você com todos do grupo e lhe dou uma resposta — Larissa respondeu brevemente.

— Ok. Irei me retirar e amanhã às 19:00 estarei aqui.

— Ok.

Zoe deu as costas e estava saindo, no meio do caminho Gabriel tentou seguí-la.

— Gabriel! — Larissa o chamou.

Tanto ele, quanto Zoe olharam rapidamente.

Droga, ela deve estar querendo me dar uma bronca, mas eu realmente quero falar com Zoe agora. - ele olhou para Zoe, depois para Larissa novamente, e então...

— Desculpa Larissa, eu já volto e escuto o que você tem a dizer.

— Mas o quê?!

Que diabos eu tô fazendo?

Eu não sei, só tô surtando.

Vou ser expulso do grupo isso sim.

Ele alcançou rapidamente Zoe, que havia voltado a ir em direção da saída, pois não escutou nada da conversa.

— Hey, pra onde você vai?

— Não sei.

— Olha, eu vou tentar falar com ela...

— Pode parar, I know that look, ela não vai me aceitar. Eu tenho alguma experiência em rejeições

— Você não tem onde dormir, certo? Por isso vinha aqui escondida.

— Sim, e por acaso você vai me arrumar moradia?

— Talvez, eu conheço um cara. O cara que encontrei quando acordei. Era noite então ele me levou para sua casa e me deixou dormir lá, talvez somente um dia ele deixe você também. E amanhã com certeza convencerei Larissa.

— Hurrg, eu não tenho a mínima expectativa para isso, mas eu não tenho nada a perder. E sabendo que você chegou agora no grupo, primeiro você tem que convencê—la a não te expulsar antes de fazer ela me pôr.

— De qualquer jeito, vamos, vou te mostrar o local.

Gabriel a levou a casa de João. Ele ficou com medo de ele não estar em casa, mas assim que bateu na porta ele respondeu rapidamente :

— Eae.

— What a fuck, que que tu quer?

Deu merda talvez, cara muito grosso. Sempre foi assim?

— Tu pode deixar ela dormir aqui só hoje?

— Cara...

— É só hoje, ela é confiável, é alguém que eu conhecia antes do apagão, relaxa. Olha, daqui uns dias vou caçar e te dou algumas moedas, ok?

— Meu Deus, beleza, só essa noite e só essa vez. Não somos amigos, cara.

— Hã, obrigado — Zoe falou.

— Vamos, entre logo, eu já vou dormir.

Ela entrou rapidamente, e deu uma olhada para trás antes de ele fechar a porta, trocando olhares com Gabriel.

Eu só quero ajudá-la porque ela me ajudou, só isso. Não é nada além.

Agora eu preciso voltar ao colégio, e lidar com problemas maiores que isso.