Uma vez, Stephen me falou sobre o sul do país. Suas descrições do lugar faziam parecer que o sul era uma paz, pelo menos, ao redor da base sul. Porque, segundo ele, se você estiver longe da base, monstros incrivelmente fortes vão começar a aparecer sem parar de todos os lugares, até mesmo de lugares impensáveis eles irão surgir para te atormentar.
Como num processo de Respawm.
Dependente da área que você estiver, variáveis espécies de monstros irão aparecer. Exemplos populares: <
E muitas outras espécies que ele achava desnecessário citar. Como: <
E várias outras espécies.
Mas, infelizmente, ele não me disse especificamente como chegar lá, pois o trem te deixa em uma parte em específica da cidade, enquanto a base fica em outro ponto específico, provavelmente bem distante da estação de trem.
Porém, ele já chegou a citar pontos específicos que eu poderia usar para localizar a base, seguindo a pistas. Segundo o próprio Stephen, a base sul é isolada por montanhas.
Basicamente eu teria que me virar para chegar na base sul.
Quase 1 dia se passou desde que botei os pés nesse trem, fiquei horas e horas apenas olhando as paisagens através da janela, mas, finalmente cheguei em Ibusuki, o lar dos caçadores do sul.
Naquele momento, bastava simplesmente encontrar a base sul. Na minha cabeça eu tinha fé que seria fácil, de acordo com informações que adquiri vagando pelo trem em busca de um guia ou até alguém que me ajudasse com pontos de referência, a base ficaria bem em frente a um enorme lago.
Enfim, saio do trem e já podia sentir o ar do sul do japão. É bem diferente do ar de todo o norte, aqui é bem mais puro e com menos cheiro de sangue fresco.
Boto os pés pra fora da estação de trem e podia, enfim, sentir o sol bater em meu rosto e no meu novo uniforme. Meu novo uniforme não era apenas algo que botei por cima de algo que eu já estava usando, mas sim tudo o que eu vestia foi reestruturado.
O uniforme era um sobretudo Azul Celeste que ia até a altura do joelho. Com um capuz abaixado, que deixava a mostra o tecido interior do sobretudo que era azul escuro, e os botões do sobretudo eram brancos. Porém, o maior detalhe exposto do sobretudo, é as costas. Onde tem estampado com uma cor negra a palavra "Caçadora" em Kanji. A fonte da palavra lembra mais como se tivesse sido escrito com um pincel.
Eu também estava usando um short preto, coberto pelo sobretudo que tinha uma saia que cobria o short inteiro e vinha até um pouco acima dos joelhos. Também estava usando meias pretas que subiam até o joelho, botas escuras e luvas de pano de cor negra.
Outro detalhe que não passava despercebido, era um presente exclusivo pra mim que a Eleanore deixou de baixo do uniforme enquanto estava na caixa. Um longo e listrado cachecol, as cores eram branco e Azul Fantasma.
Você deve estar se perguntando "Pra que diabos tanto azul no uniforme e cachecol?". Então senta ai que eu vou te contar.
À mais de um ano atrás, Eleanore começou a notar bastante na minha aparência. Em especial, nos meus olhos. Ela dizia que meus olhos eram lindos e que eu precisava precisava destacar esse Íris Azul-Escuro que preenche os meus dois olhos. Provavelmente deve ser uma tradição os mestres darem a seus pupilos um uniforme personalizado ao seu gosto.
Sendo uma tradição ou não, sendo uma obrigação ou não, eu amei de todo o coração o uniforme. Pois ele é a prova de que sou uma caçadora.
Depois de sentir a brisa do vento do sul do japão bater em meu rosto, eu dei o primeiro passo pra fora da estação em busca da base sul. Me recusei a usar veículo, queria causar uma boa impressão na base, chegando lá a pé. Ainda no trem eu conclui que se eu chegasse lá num veículo, minha popularidade ia subir de um forma negativa, como se eu fosse uma guerreira fraca, que não consegue nem localizar a sua própria base.
Porém, acabei não pegando nenhuma informação de que direção eu deveria tomar, eu apenas segui um rumo qualquer até parar numa estrada deserta, cercada por planícies.
Tudo o que eu tinha era um mapa de papel gigantesco que roubei na estação de trem e, pra piorar, o mapa é desatualizado.
Vaguei por aquela estrada por horas, até ver ao longe no horizonte duas figuras paradas na beira da estrada, discutindo sobre algo.
Acelero o passo até essas figuras.
Me aproximo mais daquelas duas figuras e percebo serem duas garotas que aparentavam ter mais ou menos a minha idade
Emília: Ei, vocês!... Por favor!…
Grito e aceno para elas enquanto corria na direção delas. Ela escutam meu chamado ao longe, ela viram o rosto e me vêem. Mas, elas estavam tão confusas que mal me notaram.
Provavelmente estão andando à tanto tempo que o cansaço também cansou o cérebro delas.
Pude ter uma visão clara de seus rostos. Elas provavelmente tem sim a mesma idade que eu, se não, um ano à menos ou á mais. As duas são realmente lindas, olhos escuros e a cor do cabelo é castanho escuro, ambas tem a mesma altura a cor de pele que, é um pouquinho mais morena que a minha, enquanto eu sou muito branca, quase uma albina - mas, não sou. Óbvio. - elas tinham a pele branca, porém, não tanto quanto eu. Outro detalhe da aparência delas eram suas sardas na face.
Como se fossem basicamente a mesma pessoa...
Vou resumi melhor: Elas muito provavelmente são gêmeas. Se não, uma nasceu um ano depois que a outra, por isso ambas parecem ser jovens e, com praticamente os mesmos genes da irmã.
Porém, elas não são exatamente iguais. Uma tinha o cabelo curto e usava um óculos grande e redondo. Enquanto a outra tinha o cabelo longo e liso.
Também notei no que elas vestiam.
A de cabelo longo usava uma blusa branca com uma manga longa e, por cima, um macacão jeans longo. E, a de cabelo curto vestia uma blusa preta e uma calça jeans preta, e, mais as botas pretas. Por cima de todo essa cor negra, ela vestia um casaco longo de tricô, ele era listrado, com as cores azul-bebê e rosa claro.
Elas também estavam carregando uma mala enorme de rodinhas.
Porém, deixando tudo o que citei de lado, o detalhe mais chamativo, era que todas as duas carregavam, cada uma, uma espada.
A de cabelo curto carregava nas costas uma bainha que funcionava como uma espécie de mochila, porém, com apenas um compartimento e função, que era: Carregar uma única espada.
Já a de cabelo longo carregava a espada na mão.
Seriam caçadoras do sul?
Emilia: Ei vocês!...
Acenei de novo para elas com outro grito ainda mais alto.
Elas se agitam e correm em minha direção desesperadas aos prantos.
"Menina 1": Finalmente alguém!!
"Menina 2": Por favor nos ajude!!
Chego nelas, boto as mãos sobre o joelho e respiro fundo pelo cansaço de tanto correr.
Emília: Acalmem-se, por favor... Oof, oof! O que aconteceu? Posso ajuda-las?
"Garota 2": Espere! Hmmm... Hum…
Ela me analisou de cima a baixo como se estivesse procurando imperfeições ou algo suspeito, ou simplesmente tentando achar algo para me assaltar.
Emília: Huh?...
"Garota 2": Você também é uma caçadora, não é?
Emília: Eu sou... Sim… Ei, eu preciso muito de ajuda, e vocês chegaram na hora certa. Acabei me perdendo, mas estou procurando a base sul!
Boto as mãos sobre a cintura, sorri e continuei relatando até perguntar:
Emília: Ah… Então, poderiam me ajudar a encontrar a base?
Elas olham confusas uma para a outra e voltam a olhar para mim com aqueles grandes olhos como se tivessem perdido a esperança em mim.
"Garota 1": Hein?
"Garota 2": Hein?... Entendo. Então, você também não sabe como chegar lá, né?
Emília: Ehehe… Não é bem assim, é que... "Também"? "Também"?! Não me diga que vocês também estão perdidas?!
As duas começaram a chorar na minha frente, já dava até pra nadar em suas lágrimas. Depois que pararam de chorar rios de lágrimas, nos sentamos no chão daquela estrada suja e fomos conversar.
Emilia: Err... Seus nomes?
Rika: Eu sou Ichida Rika.
Sanae: E eu sou Ichida Sanae. E você?
Sorrio e comprimento ambas as duas.
Emilia: Meu nome é Emilia, prazer em conhecer vocês.
Sanae: Uwaaaah! você é tão fofinha! Suas roupas são fofas!!
Ela repentinamente começou a apalpar todas as partes desejáveis do meu corpo, ainda por cima babou em mim. Como se fosse um velho pervertido.
Emília: Aaaaaah!!!
Sanae: Ehehe!!…
Ela para com todo aquele assanhamento, então aperta meus ombros com suas pequenas mãos com um sorriso idiota no rosto.
Sanae: Está decidido. Você é minha amiga, vou arranjar um sobretudo também, seremos esquisitas juntas.
Emília: Certo, certo! Faça o que quiser... Heh?! Como assim "esquisita"?! E isso aqui não é só um SOBRETUDO.
Fico nervosa e começo a falar super bem do meu uniforme enquanto, sem que eu notasse, começo a gesticular enquanto bajulava o sobretudo.
Emília: É mais que um simples sobretudo, isso é O SOBRETUDO! Ele é lindo, bonito e estiloso! Não apenas um sobretudo bonito, ele é o meu uniforme. Ele prova que sou uma caçadora. Ele também foi feito aos gostos de minha amada sensei. Fufufu!
Ela começa a fazer sinais de negação com o dedo indicador.
Sanae: Heh…?! Uniforme? Não me disseram nada sobre um suposto uniforme.
Rika surge da costas de sanae, carregando uma mala enorme com ela.
Rika: Isso é porque você é uma cabeça de vento e não prestava atenção em nada que o nosso Sensei falava!
Ela abre a mala e tira um tecido muito parecido com o meu, então ela revela aquele tecido ser na verdade um sobretudo de lã, amarelo clarinho e simples, porém, muito bonito.
Rika: Toma, ta aqui seu uniforme.
Ela entrega para Sanae, então ela tira o macacão e fica quase nua no meio da rua, pois estava de calcinha por de baixo. Então, ela vestiu uma calça branca de lã. Depois de vestir a calça, ela veste o sobretudo dela e abre um enorme sorriso, então ela dar um pulo e dois giros. Nesse meio tempo do pulo dela, deu de se ver a palavra "Çaçadora" escrita em Kanji em suas costas.
Assim como o meu...
Sanae: Viva! Agora seremos esquisitas juntas!!
Emília: Não!!!
Depois de tanta conversa boba, elas me disseram o que eu queria saber… Ou pelo menos algo que deixasse o clima menos idiota.
Rika: Assim que chegamos na final do torneio, nos tornamos caçadoras juntas por que não saíamos de um empate.
Sanae: Então nós, juntas de um amigo novato também, viemos para o sul, sem saber onde ficaca a base. E o nosso amigo, que se chama Fujiwara Eizō, disse que seguiria a estrada para ver se havia algo à frente, já que daqui pra frente há monstros perigosos. Porém, eizō, desde o início da manhã ta sumido e ele ainda não voltou.
Emília: Hummm… Hum!...
Rika: Há relatos de titãs terem sido vistos por essas áreas.
Sanae: Nem diga isso, não queremos enfrentar um titã logo no nosso primeiro dia.
Emilia: Titãs, hein?... Eu ouvi falar desses seres, mas apenas em livros, fotografias e jornais, nunca vi um de perto.
Rika: É por que eles se isolam nas montanhas geladas, e quase nenhum humano vive lá por causa do extremo frio, apenas para pesquisas e estudos.
Sanae: Mas, recentemente alguns caçadores de outras cidades relataram ter visto gigantes nesses territórios.
Rika: Se estivéssemos em uma história Shounen, seria agora que seríamos surpreendidas por um gigante que aparece do nada...
Sanae: NÃO DIGA ISSO!!!
Emilia: Bem, bem, bem... Vocês pretendem esperar a noite toda pelo seu amigo ou vão procurá-lo? Se quiserem, podem vir comigo.
Sanae: Ah, hmm... Tudo bem, vamos seguir a estrada e ver onde vamos acabar.
Rika: Sim. Vamos seguir rumo ao desconhecido e desbravar novos horizontes e, enfrentar os piores tipos de inimigos que…
Nesse momento, um pequeno <
Rika: Ah... Tem exceções.
Então seguimos reto a estrada por mais algumas horas. E, quando menos podíamos perceber, já havia anoitecido. E no meio da calada da noite um <
Emilia: Péssima ideia, péssima ideia!!!
Sanae: NÃO É MINHA CULPA!! Como eu iria saber que aquele era o fundo dele?!!
Rika: EU NÃO QUERO MORRER!!!
Correr; se esconder; correr; correr; despistar; correr e correr mais ainda.
Esse foi um breve resumo da nossa longa noite com aquele titã que estava atrás de nós a noite toda.
Ele literalmente passou a noite toda nos perseguindo, mesmo um novo dia já ter começado, ele ainda insistia em nos procurar freneticamente.
Coitado, deve ta com fome. Eu deveria dizer a ele que meu gosto não é nada bom.
Em pensar que isso só ta acontecendo porque a Sanae inventou de que estava apertada e se escondeu atrás de um grande arbusto e nos fez esperar. Porém, algo mexeu atrás dela o que chamou bastante a sua atenção. Um pequeno morro de pedras, e duas juntas com um formato estranho com um buraco mais estranho ainda, entre aquelas duas "rochas". Curiosa, ela inventou de tapar o buraco no meio das pedras com um galho grosso de árvore com bastante força. Porém, não posso simplesmente jogar a culpa toda em cima dela. Afinal, como ela poderia imaginar que aquele buraco era o buraco daquele titã? Aquilo fez o Titã acordar, o que resulta nesse nosso estado atual e tão deplorável.
E foi como eu disse, nós passamos literalmente a noite toda fugindo do titã, sem nem se quer um devido descanso.
Corremos tanto, pra tantas diferentes direções que, no fim, acabamos voltando pra estrada da qual viemos no começo do dia anterior. Resolvemos parar no meio da estrada para recuperar fôlego. Porém, sem que percebêssemos, o Titã já havia nos alcançado.
Tomamos um tremendo susto e gritamos de uma maneira escandalosa ao ver ele correndo atrás da gente, lá de longe, ainda assim, muito rápido.
Emília: AAAAH!!!
Sanae: AAAAH!!!
Rika: AAAAH!!!
Viramos o rosto para frente e continuamos a correr freneticamente, sem nem hesitar parar para respirar. Até que, eu olho para trás e não vejo o titã em lugar algum, dando a entender que ele tinha desistido de nos perseguir.
Entretanto, uma sombra passa rapidamente por cima de nossas cabeças e vai pra direção que estávamos correndo.
Olho para frente e, no exato momento em que olhei, ocorreu em nossa frente um estrondo.
"Bash!!!"
O titã cai do céu, em pé, na nossa frente.
Paramos, apavoradas, diante dele. Ficamos imóveis e com um olhar de medo e pavor.
Ele eleva os braços contra o céu e dá um soco no chão com as duas mãos. Ele claramente não mirou na gente, porém, o chão se quebra e nós somos jogadas arremessadas um pouco longe e batemos contra o chão.
Emilia: Ugh… Se continuar assim, nós vai morrer e vai ser horrível! Sei do que eles são capazes, vi em Defense On Titan!!!
Sanae: Ok, ok… Tudo na vida na vida passa, até Uva Passa.
Rika: Sanae, pare! Pelo amor da Deusa!
Emília: Eu não quero morrer tão jovem, me salve minha Deusa!!
Eis que do céu, uma luz resplandecente ilumina tudo, quase nos cega e, dessa luz, desce um homem com um machado enorme que, o usa para cortar o titã ao meio.
"Fuiiiim~~"
O titã é dividido em dois e, cada parte cai para um lado. Então, o homem com o machado começa a caminhar em nossa direção.
Ele era um homem alto - ele era o dobro do nosso tamanho - e másculo, o cabelo moicano fino e uma barba grande, tanto a barba tanto o cabelo são escuros. Sem esquecer do maior detalhe, os músculos exageradamente malhados. Como o peito; abdômen; costas; braços e por incrível que pareça, as pernas também entram nessa lista.
Chega a ser bizarro o tanto de músculos que ele tem pra exibir. Ainda por cima, estando sem camisa. Usando apenas um short meio curto como única vestimenta.
Sanae: E- Ei, esse cara por acaso é o...
Rika: Sim, é ele mesmo...
Emilia: Colossus, O grande.
Eleanore já me falou sobre essa figura. Ela me disse que ele chama atenção onde quer que vá, por causa de seu tamanho e jeito incomum. Um homem grande que carrega um machado enorme para todo o canto. E, ele está sempre tentando salvar "Donzelas em perigo". Pelo jeito, não era mentira.
Ela também avisou para eu ficar longe dele...
Colossus: Quem são vocês? Estão todas bem?
Rika: E- Eu sou Ichida Rika e essas duas são Emilia e minha irmã Ichida Sanae... E o senhor por acaso seria o famoso Colossus, estou certa?
Colossus: Certamente sou. O Caçador número 1, colossus é o nome.
Ele faz pose bizarra, forçando os músculos a ficarem pulsando e, apontando o dedo pra cima.
Eu e sanae estávamos nos segurando pra não rir.
Rika: Eh… Bem... Somos todas caçadoras novatas e queríamos saber pra que direção fica a base.
Colossus: Oh! Sim, certo. Eu estava agora mesmo voltando para lá quando vi vocês correndo daquele mero titã. Venham, sigam-me.
E assim seguimos viagem com ele. O trajeto para chegar até a base era completamente diferente do rumo que qualquer uma de nós achávamos que teríamos que pegar. Passamos por diversas paisagens lindas no meio do caminho e muitos cenários diferente e bonitos. Mas, depois de atravessar uma montanha inteira à pé com essas três pessoas, enfim, chegamos.
O lugar que tanto almejei estar frente a frente pelas últimas 30 horas...
A base sul...
O lugar é cercado por montanhas, a base é até bem grande, diversificada e única. Com diferenciais que só se podia ver aqui.
O primeiro diferencial é que a base não fica dentro dos muros da Cidade-Fortaleza da região que, a propósito, é localizado na antiga e grande cidade de Ibusuki. Os muros de Ibusuki ficam até um pouco distantes da base sul, algo em torno de 12 quilômetros, o que leva mais ou menos 2 horas (ou mais) para chegar nos muros de Ibusuki. Porém, existe uma unidade consideravelmente grande de caçadores capacitados o suficiente para o combate que, trabalham lá dentro com os Policiais. Enquanto nós, na base, fazemos a limpa aqui fora.
Mas isso não é o mais importante.
A base sul esta localizada em Kyushu, Kagoshima. - Vou me aprofundar mais na localização - Em Ibusuki, perto do Lago Unagi e bem em frente do enorme e belo, Lago Ikeda.
Depois de atravessar as montanhas e caminhar por milhas e milhas, enfim chegamos.
Diante daquele portão de madeira que, em cima, havia uma faixa dizendo "Bem vindos". Adentro da base com o portão aberto, pude ver várias pessoas, possivelmente outros caçadores assim como eu. Todas as pessoas aparentavam estar felizes e festivas.
Emilia: Que lugar lindo... Tão brilhante e alegre.
Sanae: Ei, qual é a razão para tanta alegria desse povo?
Colossus: Hum… Suponho que seja por causa do festival de boas-vindas para os novatos. E vocês chegaram justo nesse dia, novatas. Bem vindas!
Sanae: Wuaaaah!... Um festival em minha homenagem? Ah, obrigada!
Rika: Eu acho que é uma celebração para todos os novatos, irmã.
Sanae: Eh… O quê?!
Me aproximo do senhor Colossus para me aproveitar e tirar uma dúvida dele.
Emília: Ei, senhor Colossus. Você conhece o caçador chamado "Merlin"?
Colossus: Oh, oh! Se conheço o merlin? Há, há! Ele é o meu maior fã. Ai, ai… Aquele garoto não seria nada sem mim. Há, há!
Sanae: Hum? Estão sentindo esse cheiro??? Cheiro de mentira no ar.
Emilia: Sério?... Bom, Você não parece ser alguém visualmente capacitado para poder ensinar algo a alguém...
Colossus: MAS EU O ENSINEI E TENHO DITO! Você não pode ser contra palavra do seu superior. Mas porque você quer saber sobre ele e não…
Ele respira fundo e...
Colossus: …DE MIM, O NÚMERO 1!
Ele faz outra pose ridícula para se mostrar e exibir os músculos.
Emilia: Err... Por que ele é meu amigo e eu quero falar com ele…
Sanae: O que? Você conhece o senhor do gelo? O meu tio falava muito sobre ele! Como ele é? O que ele come? Quais suas manias? Como ele vive?
Rika: Eu não ligo.
Emilia: Ah… Hmm… Hein, senhor Colosso!... O maioral! por favor me ajude a encontra-lo... - murmuro para mim mesma - eu não acredito que vou falar isso mas… Conto com a sua ajuda, Nii-chan!
Faço uma expressão fofa em seguida falo: "nii-chan" que seria um elogio carinhoso e íntimo, para ele ceder e me ajudar a achar o Merlin.
Colossus: Ugh… Arf! Tudo bem, eu vou leva-la até ele. Mas por favor, não faça mais essa cara "fofa". Isso me dá nos nervos.
Peço para que as irmãs Ichida me esperassem, pois eu queria conversar a sós com o Merlin, elas não pensaram duas vezes e concordam.
Você deve estar se perguntando: "o que diabos a Emília tanto quer falar a sós com o Merlin?" - eu te explico, meu consagrado.
1º - Merlin é o único que conheço nessa base, não posso contar com as irmãs Ichida, elas estavam tão perdidas quanto eu no caminho até aqui. 2º - Ele sendo meu único conhecido, pretendo fazer dele o meu mentor, para que ele me mostre o lugar e seus arredores e, para que me apresente á pessoas importantes, para ter contatos. 3º - Eu mal pude conversar com ele naquela noite. Quero aproveitar que ele vai se tornar o meu mentor para conversar com ele sobre diversas coisas.
No meio do trajeto, passamos por um local com grades, adentro havia um campo de batalha com um solo de pedra. Dentro do campo havia dois novatos batalhando numa luta corpo a corpo. E, ao arredor do campo, haviam pequenas arquibancadas que serviam como o único propósito: o entretenimento da luta bruta. Essas arquibancadas estavam cheias de espectadores desfrutando daqueles jovens.
Continuando...
Andamos tanto que paramos diante de uma espécie de palácio. O lugar é inteiramente branco, com algumas partes que entram em exceção para não exagerar na cor branca, como a cor das janelas e portas, que eram vermelho. O palácio também é enorme, com 3 andares. Ele meio que é dividido pelo centro do palácio, que tem um andar á mais com o teto de formato circular.
Pessoas importantes e caçadores que aparentam serem importantes, entram e saem do lugar.
Uma garota de uniforme militar azul escuro que, estava frente ao portão do palácio fazendo a guarda, se aproxima de nós e tenta nos parar com os olhos fechados e botando sua mão na frente enquanto ela usou um apito como alerta.
(...): Senhor co- colossus! Que prazer em revê-lo. O que o traz…
Ele passa direto pela guarda, a ignorando completamente e entra no palácio sem nem fazer uma reação sequer.
(...): …Aqui... Senhor? Senhor???
Paro diante dela e me desculpo por ele.
Emília: Eu sinto muito! Tenho certeza de que ele não fez isso de propósito.
(...): Ah… Não precisa se desculpar! Não é seu trabalho fazer isso...
Emília: Eh, bem, é que sabe... Ele é meu Senpai (veterano) e os costumes...
Sim, eles mesmo. Os costumes de respeito com seu superior e inferior. No Japão antigo existiam os costumes de respeito ao seu superior - em alguns casos, você tem que ser a sombra dele - no japão antigo, o inferior é chamado de Kouhai e o superior é chamado de Senpai. O seu Senpai também tem o dever de proteger seu Kouhai, e a Kouhai o mesmo. - mas, como disse à um tempo, isso são apenas honoríficos que são usados por poucas pessoas. Eu mesma só uso o "Senpai".
De certa forma…
(...): Sim, sim, entendo.
Ela começa a olhar freneticamente para os lados, como se estivesse procurando alguém. Até ela dizer - "mas ele estava bem aqui..."
Ela estava procurando pelo Colossus que tinha entrado no palácio sem pedir, sem marcar hora ou sem nenhum aviso prévio.
(...): Ah- Aaaahrg! Eles vão me matar por que deixei aquele brutamontes entrar sem avisar de novo! Ai meu emprego…
Emília: Sinto muito!
Fico sem ter o que dizer então entro correndo pra dentro do palácio
(...): Eh… Eeehh?!!! Volte aqui!!! Aaaah!
Alcanço o colossus que estava bem na minha frente, andando calmamente. Assim que o vi, ele estava com os braços para trás sobre a nuca e com um olhar de desinteresse.
Parece que ele nem notou que eu fiquei para trás e seguiu guiando o nada...
Ele continuou me guiando sem dizer uma palavra sequer. Acabei notando que estávamos descendo vários andares por escada - mais do que o suficiente para uma casa subterrânea. - cada andar tinha um pequeno corredor com vários quartos. Até que, chegamos na última escada. A escada deu no último e pequeno corredor com quartos iluminado por poucas lâmpadas florescentes funcionais.
Colossus: Eh… O escritório dele é aquele no final do corredor. Talvez ele esteja um pouco ocupado, mas se você é amiga dele, tenho certeza de que ele não vai se incomodar com a sua presença. Agora, com licença.
Emilia: Muito obrigada. Ehehe...
Ele deu as costas para mim, porém, ele não terminou de falar.
Colossus: Ah… E, caso você seja uma possível espiã e tente algo contra o Merlin, saiba que daqui você não sai viva. Entendeu?
Sentir um forte calafrio passar pelo meu estômago que, quase me fez vomitar o que eu comi mais cedo.
Emília: S- sim…
Ele se dispersa e eu permaneci imóvel até ele sumir subindo as escadas. Depois que ele foi embora, eu cai de joelhos no chão enquanto tentava recuperar o fôlego.
O que foi aquela sensação? Me senti completamente insegura e enjoada quando ele mudou o tom de voz para algo mais amedrontador.
Lentamente me boto de pé, tomando cuidado para não cair de novo no chão, porque, aparentemente, eu ainda estava tonta depois daquelas palavras do senhor Colossus.
Coço a cabeça e fico pensativa, pensando na melhor forma de invadir o escritório dele. Fico vermelha de vergonha e começo a rir um pouco. Paro de rir e caminho até a porta dele.
Paro de rir e vou até a frente da porta dele. Entro na sala e vejo Merlin sentado em uma mesa, ele aparentava estar muito ocupado com toda aquela montanha de papeladas cercando ele. Olho para o lado e vejo uma janela, através dela havia um outro quarto, nele tinha muitos novatos - como eu - treinando. Aparentemente, Merlin é o mestre deles.
Emilia: Er... Merlin?
Ao ouvir minha voz, ele levemente olhou pada cima e me viu.
Merlin: Emilia... Quando você chegou aqui? [...]
Emília: Bem, não foi tão fácil! eu…
A porta abre rapidamente e bate na parede, uma jovem garota com o uniforme de caçadora entra na sala, interrompendo o que eu ia falar.
Caçadora: Senhor Merlin, a senhorita Ockman está exigindo que você vá imediatamente ao escritório dela!
Merlin: Oh, sim! Diga a ela que eu já estou indo.
Caçadora: Sim, senhor!
A garota se despede e sai da sala. Ela agia como se estivesse no exército, falando com seu superior de forma respeitável para não levar bronca.
Ele começa a arrumar rapidamente - meio atrapalhado - as papeladas em cima da mesa e as coloca dentro de várias gavetas atrás da mesa..
Merlin: Nós conversamos depois, Emília. Tenho assuntos importantes a tratar com a Ockman.
Emilia: Espere, eu quero falar com você.
Merlin: Er... Certo. Mas, espere por mim do lado de fora da sala dela, ela não gosta de novatos. Ela mesma diz palavras como: "Odeio quando os novatos respiram o mesmo ar que eu."
Emilia: Certo!
Pela jeito, essa garota… "Ockman" que se diz? Ela aparenta ser bem arrogante e ser superior ao Merlin. Ela deve ser super importante dentro da base. Devo me aproveitar disso para conseguir meu primeiro "contato"?
Corremos para o escritório dessa tal "senhorita Ockman" - Algo me diz que esse sobrenome não é estranho… - Assim que chegarmos, Merlin bate três vezes na porta de madeira. Uma resposta imediata não foi feita, mas, após Merlin ter terminado de bater na porta, podíamos ouvir sons de coisas se quebrando, sons de outras coisas duras caindo e sons de algo grande e pesado sendo arrastado de um lado para o outro.
Merlin: Ta tudo bem ai dentro….? Se quiser, eu posso voltar outra hora…
Até que uma voz feminina pode ser ouvida de dentro do quarto, essa voz gritou:
(…): Ta tudo bem! Só me dê um minuto…
Deu de se ouvir e sentir que tinha algo queimando lá dentro e, o som de um pano ou algo do tipo batendo fortemente contra o chão, como se quisesse apagar esse suposto dogo. Foi ai que tudo ficou em silêncio, até ouvirmos um longo e breve bocejo de alívio vindo desse quarto.
(…): Ahhh… Ufa, ufa! Eh… Será que ele ouviu? Ai minha deusa! Uh, uh… Isso! É bem aqui! Acho que vai dar certo…
Deu de se ouvir tudo claramente tudo o que ela falou, não conseguiu deixar passar nada despercebido.
Merlin: Err… May? Você está bem?…
Passos pesados e apressados se aproximaram da porta a vir do outro lado da porta. Até que, uma jovem com mais ou menos 20 pra 26 anos de idade, alta e magra abre a porta.
May: Não podia chegar numa melhor hora, não é?
Merlin: Calma, May. É que eu…
Essa garota que Merlin chamou "May" olhou por um breve momento nos meus olhos, como se me quisesse longe. Essa garota… Não. Essa mulher avançou no Merlin, o beijando bem na minha frente.
Então eu lembrei de onde o nome "Ockman" era familiar para mim. A "Princesa do Fogo", a garota que Eleanore e Stephen tinha me falado sobre à algum tempo, era essa May.
"May Ockman..."
Ela estava apertando meu Merlin, saboreando o meu Merlin diante de mim.
Eu não sei o por que, mas estou com… raiva... …?
Continua...