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Chapter 12 - #12 - O que a espreita.

Ver os corpos carbonizados daquelas vítimas, tendo sido mortas em vão, me deixou com um medo tremendo e temente do que estava por vir.

Rika vomitou seu café da manhã ao ver aquilo. Tanto ela e eu não acreditávamos que aquilo tinha sido feito com pessoas inocentes. Nunca me imaginei estar presenciando tal ato primitivo e ao mesmo tempo tão monstruoso.

Assim como nós duas, Sanae também não acreditava que aquilo tinha mesmo acontecido, porém, ela reagiu de forma diferente. Ela estava tremendo de raiva, rangia os dentes enquanto apertava o cabo da espada.

Ela perdeu completamente o controle, então partiu pra cima de todos aqueles que estavam rodeando as duas pessoas carbonizadas numa estaca de madeira, com sua espada em mãos.

Ela empurrou uma mulher contra o chão, deu um chute no rosto de um homem que o fez ser arremessado contra uma coluna de madeira de uma casa e deu um soco no pescoço de um outro homem, o que fez o mesmo cair duro no chão.

Um homem barbudo se aproxima e tenta acalma-la.

(…): Ei, ei, ei! Por favor, acalme-se, nós-

Ela pula em cima dele e da um soco em seu olho. Aquele soco fez escorrer sangue do olho daquele pobre e indefeso homem. Sanae levanta segura o morador pela gola da camisa, o arrasta contra uma parede e o prensa ele lá, ela eleva sua espada perto do pescoço dele e o interroga.

Sanae: Vocês- vocês sabem o que vocês acabaram de fazer?!... Vocês mataram duas pessoas inocentes!! Seus bando de assassinos!!!

(…): Por favor, entenda, garota. Também sentimos por ter que fazer isso, nos dói saber que na verdade elas realmente não eram bruxas, mas era preciso, dentre nós todo mundo é suspeito!

Sanae: Seu desgraçado, isso não te dá o direito de tirar vidas assim, sem mais nem menos!!

(…): Se você está com raiva porque essas pessoas estão morrendo, então mate as bruxas! Só assim pararemos matar nossos iguais.

Sanae: O quê?!

(…): Você é uma caçadora, não é? Então faça o que todo caçador é bom em fazer, matar monstros. Cumpra com seu dever.

Sanae: Ora, seu…

Ela deu um soco no nariz dele, o nariz dele quebrou com o seu soco, o que fez aquele homem apagar no chão, porém, ela não parou por ai e continuou socando o rosto dele sem parar, até sangrar.

As pessoas começam a se desesperar ao ver aquela cena, foi então que resolvi agir avançando nela por trás.

Emília: Venha, sanae! O que essas pessoas fizeram não pode ser desfeito. Nosso objetivo aqui agora outro. Agora vamos!

Puxo sanae pelo braço e a tiro de cima do homem, arrasto ela até a Rika, enquanto ela tentava ferozmente se soltar para voltar a socar aquele homem, começo a buscar uma força que não acessava tinha um tempo para puxar a Sanae, aproveito e pego na mão de Rika, que estava no chão, encarando aquele solo, refletindo sobre o que tinha presenciado com muito temor, então boto de pé, faço com ela o mesmo que estava fazendo com a Sanae, então arrastei as duas para longe dalí.

"Espere!..."

Assim que saímos da vila, uma voz ao longe nos chamou. Olho para trás e vejo um garoto de mais ou menos uns 13 ou 12 anos se aproximando da gente.

Garoto: Moças, esperem! Eu preciso dizer uma coisa! Oof, oof…

Rika enxuga sua boca com a manga de seu uniforme e se aproxima do garoto.

Rika: O que foi, garoto? Fala pra tia.

O garoto se aproxima de Rika, ele parecia estar pouco nervoso porque ele não parava de ficar olhando para os lados ou para trás, então falou em seu ouvido:

Garoto: Meus pais diziam que ouviram sons estranhos vindo de dentro da floresta não muito distante dessa vila.

Ela levanta o rosto e vira as costas pra ele.

Rika: Acho que sei de qual floresta você está falando. Obrigado pela informação. Agora volte correndo pra casa, você precisa cuidar da casa.

Nos retiramos, porém, ele permaneceu ali parado, acenando para nós, com um sorriso bizarro em seu rosto.

Nosso objetivo agora é outro. Nos vimos obrigadas a mudar o rumo de nossa missão principal para caçar essa Bruxa que ta aterrorizando essa vila, e a única informação que temos veio da boca de um garoto de 12 anos. O que nos resta agora é acreditar.

Levamos em conta o que o garoto disse, então fomos passar a noite numa floresta não muito longe daquela vila, a qual Rika sabia como chegar pois tinha um mapa mostrando tudo na redondezas da base sul num raio de 10 quilômetros. Fizemos uma pequena base improvisada no meio da floresta, iríamos ficar de prontidão a noite toda, só esperando a bruxa aparecer para podermos agir.

Começou a chover e a trovejar sem parar, então corremos até uma caverna - porque a nossa humilde base caiu - que tínhamos visto no meio do caminho até onde estávamos, assim que chegamos, Rika e eu observamos que aquela caverna não era tão ruim afinal, então resolvemos fazer nossa base - mais humilde do que a primeira - ali mesmo.

Enquanto Rika e eu estávamos sentadas numa pedra - cada uma em volta de uma fogueira em brasas - Sanae estava inquieta, andando de um lado para o outro, perdida em seus devaneios.

Rika: Ei, Emília, já que não temos muito o que fazer nessa caverna pequena e úmida, que tal falarmos sobre você? Fale sobre sua família, sobre você...

Sanae para e fica de costas pra gente, então diz:

Sanae: Gente, eu não tô me sentindo muito bem, vou dar uma volta.

Me levanto e tento parar ela usando apenas as palavras.

Emilia: Ei, aonde você pensa que está indo?

Sanae: Calada!

Ela deu as costas para mim e saiu da caverna sem dizer mais nada. Fico olhando preocupada para a saída da caverna esperando que ela voltasse.

Rika: Ah! Hum… Você... Quer conversar?

Emília: Você acha que eu fiz certo em intervir a Sanae? Até porque aqueles moradores mataram aquelas duas pessoas sem ter uma prova concreta de que elas eram bruxas.

Rika: Hum… A Sanae não costuma ser impulsiva a esse ponto, porém, isso só prova que ela puxou esse jeito explosivo do nosso pai.

Emília: Você acha que ela vai ficar bem lá fora...?

Rika: Apesar de ser a irmã mais nova, ela é bem mais forte e corajosa do que eu. Ela vai ficar bem.

Emília: Espero que você esteja certa...

Rika: Emília, eu estou curiosa e quero que me conte a verdade. Porque você resolveu se tornar uma caçadora?

Emília: Porque?... Então você notou…

Rika: Qualquer um notaria, a Sanae não notou porque é burra de mais pra notar isso. Mas vai, me conta.

Emília: Bom... No começo era admiração, mas depois de um tempo me fizeram perceber que o verdadeiro motivo de eu almejar querer ser uma caçadora é por vingança.

Rika: Vingança?... O que aconteceu?

Emília: Meus avós foram mortos na minha frente e ser criada sem ajuda de um pai, apenas da Mãe, é uma coisa que realmente mexeu comigo.

Rika: Seu pai também foi morto?

Emília: Eu não sei direito... Talvez sim.

Aconteceu à muitos anos atrás, eu ainda era apenas um bebê na época.

Meu pai fazia parte de uma associação de polícia local, de acordo com o que minha mãe dizia, todos os dias ele voltava tarde. Toda noite eu e meus irmãos ficávamos de joelhos perto da cama e íamos rezar para que a 'Lua' pudesse trazer o nosso pai de volta. Chegou um dia em que as nossas preces não chegaram no meu pai, então ele nunca mais voltou pra casa.

Eu não me lembro de seu rosto, os únicos que se lembram dele são meus irmãos mais velhos. Minha irmã mais velha Amélia, e meu irmão mais velho Marcus. Eles lembram vagamente sobre nosso pai, eu e a mais nova não sabemos praticamente nada sobre como ele era.

A mais nova, Emily, é a única que ainda acredita que nosso pai ainda esteja vivo. Eu também queria acreditar, mas será mais fácil aceitar que ele está morto à muito tempo, do que acreditar que ele esta vivo e nos abandonou.

Emilia: Bem... Depois de ter visto uma criatura ser exterminada na minha frente, eu me decidi, enfim decidi o que eu realmente queria para o meu futuro. Eu iria me tornar uma caçadora, custasse o que for.

Porém, não poderia contar com a enorme parede que era a minha Mãe, que era o meu maior problema para alcançar esse objetivo.

Emília: Quando eu disse a ela que eu queria ser uma caçadora, primeiramente ela gargalhou, então ela negou e disse que eu nunca seria capaz de aceitar isso pra mim, por razões de saúde.

Rika: Entendo. Isso explica muita coisa, então você é mesmo-

Emilia: Sim, eu sou fraca por questões de saúde. Meus ossos são muito frágeis, eu tinha tudo para morrer logo no parto... Mas sobrevivi. Nos meus 9 anos fui no médico, eles disseram que em mais ou menos 1 ano eu morreria. 1 ano se passou desde então, e o que aconteceu? Não só sobrevivi a isso como também meus ossos aparentemente ficaram mais fortes, mais resistentes. Eu aparentemente tinha sido curada.

Na época todos achavam que tinha sido obra da deusa, um milagre da Lua.

Emília: Fui examinada novamente aos meus 10 anos e praticamente a minha cura repentina apontava para duas possibilidades por ter chegado naquela hora. A primeira era que tinha sido um de fato um milagre; A outra é que os médicos erraram ao me analisar 1 ano antes.

Desde então, eu ia ao consultório médico pelo menos uma vez na semana para analisarem a situação que se encontravam os meus ossos.

Emília: Porém, eu não tinha sido completamente curada. O que aconteceu foi que meus ossos simplesmente ficaram mais resistentes, mas ainda são frágeis, mas graças a habilidade de resistência eu me livrei da morte várias vezes. Só que… Mesmo hoje em dia ainda sofro por conta dessa doença, ela ainda suga muito de mim. Porém, como eu disse antes, eu estou "curada", eu teoricamente posso ter uma vida normal, mas como ser uma Caçadora exige mais do meu corpo, isso quase me matou diversas vezes na época do treinamento, levei quase três anos para concluir o teste e-

Rika: Espere, espere! E a sua Mãe? ela não sabe que você está aqui? Tipo… Arriscando sua vida?

Olho para o rosto dela e fico branca e sem reação.

Rika: Não... Você fugiu de casa! Ahahaha!... Eu achava que você fosse uma completa fresca assim que te vi naquela estrada, mas estava enganada. Hahahaha!

Eu caio dura no chão e começo a chorar horrores.

Emilia: Aaaaah!!! Porque você tinha que me lembrar desse detalhe? Bu… Bu… Bu… R- rika, ela vai me matar! O que eu faço?

Rika: Não tenho nada a ver com isso.

Emilia: Você é a responsável por ter me feito relembrar disso. Agora você vai me ajudar. Vamos, me ajude! Por favor!

Começo a puxar ela pela manga do seu uniforme para chamar a atenção dela.

Rika: Porque você simplesmente não marca um dia para visitar sua família?

Me recomponho e começo a compartilhar meus pensamentos com ela em voz alta.

Emilia: Haha! Seria bom poder mostrar pra ela que eu mudei. Mas... Oh, que tal depois dessa missão? Você e a Sanae poderiam vir comigo? Quero mostrar pra ela que fiz amigas de verdade…

Rika: Hum… Por mim, tudo bem. Mas, isso não vai sair de graça.

Emilia: TRATO FEITO.

A conversa seguiu por um bom tempo, até que...

"BAAAASH!!!"

O som da queda de uma enorme árvore ecoou pela floresta. O som parecia ter vindo mais ao centro da floresta, em uma parte da floresta que era tudo fechado, um lugar onde a luz da lua não conseguia iluminar.

Rika: O que foi isso?!

Emilia: Talvez tenha sido uma árvore... - olho para ela espantada - A sanae! Ela ainda está lá fora. Precisamos ir atrás dela!

Rika: Você está certa, vamos lá.

Corremos sem parar em direção ao som de onde o impacto da árvore vinha e encontramos uma enorme e robusta árvore ao chão.

Emilia: Esta árvore... É realmente enorme. Foi sanae que a cortou?

Rika: Talvez. Mas por que ela faria isso? Há algo errado aqui. Eu conheço minha irmã, ela é boba mas não a esse ponto.

Emilia: Isso significa que nós...

Rika: Não estamos sozinhas. - ela ficou extremamente séria de repente - prepare-se para o pior, não sabemos se são apenas bruxas ou algo a mais.

Emília: Certo!

Puxo as espadas da bainha e me boto de guarda, aguardando pelo pior.

Foi nesse momento que uma densa névoa branca aparece em nossa volta e cobre tudo. A área em que estávamos foi completamente coberta por essa névoa misteriosa que nos impedia de enxergar o que havia na nossa frente.

Até que, minha visão começou a ficar distorcida, como se eu tivesse sido dopada. Me sentia fraca, mas, insistia em permanecer de pé.

Olho para o lado e vejo Rika, ela também parecia fraca e cansada. Seja lá o que ou quem esteja fazendo isso conosco, provavelmente fez o mesmo com a Sanae. Eu preciso ficar de pé o máximo de tempo possível.

Rika e eu estávamos de costas uma para outra, fazendo a guarda de nossas reta-guardas, ela olhava para uma direção e eu para outra.

Vejo uma uma figura negra usando vestimentas que pareciam ser usadas por pessoas a mais de um século passado, este ser apareceu para mim em meio a aquela névoa. Pela sua silhueta e tamanho, era uma criança.

Até que, mais uma criança trajando vestes do século passado apareceu em meio a névoa. Porém, de repente a minha visão ficou menos embaçada, então pude ter visão dos rostos daquelas crianças.

Emília: Mas o quê…?

Me espanto ao ver seus rostos.

As crianças tem um rosto mais do que "peculiar", elas tinham o meu e o rosto do Merlin, era exatamente o mesmo rosto de quando éramos crianças, as mesmas dimensões, sem nenhum defeito sequer.

Fico apavorada ao ver aquilo, então tento alertar a Rika chamando pelo seu nome, mas, eu não conseguia falar nada. Algo me impedia de gritar.

A criança que tinha o meu rosto se aproximou de mim com passos largos e pesados. Tento alertar Rika do que estava vendo, dando tapas nas costas dela, mas, eu não conseguia sentir nada na minha retaguarda.

Tento inclinar o rosto para olhar para atrás para saber onde estava Rika. Ao tentar inclinar o rosto, pude sentir uma dor terrível no pescoço, como se estivesse sendo perfurada por 50 facas no pescoço, ou como se estivesse sendo esmagado por dentro.

Emília: Coff! Coff!~

Chegou num ângulo que não conseguia mais inclinar por mais que eu tentasse, então arregalei os olhos e enfim pude ter o mínimo de visão.

Emília: Ouff! Ouff! Ouch!~

Meu coração acelerou e minha respiração estava lerda, sentia que poderia morrer por asfixia a qualquer momento.

Sentir essas dores pioraren ao olhar para trás.

Rika: Me ajude…

Pude ter uma vaga visão de Rika com a voz fraca e trêmula, jogada num chão banhado com seu próprio sangue. Com o rosto arranhado, a perna virada do avesso e as tripas de fora, porém, mesmo no chão, ela ainda estendia a mão para mim, como num sinal desesperador de um pedido de ajuda.

- "Estes são aqueles que trazem o seu futuro."

Pude ouvir essa voz masculina, porém, meio fraca, vindo de várias direções da floresta.

Emília: Quem- coff! Ouff!... Está ai?!

A criança que tinha o meu rosto acelerou o passo e deu um chute na minha perna esquerda que, aparentemente estava presa ao chão, porém, de alguma forma, ela conseguiu fazer um dano mais do que colateral na minha perna.

"Bush!"

O chute foi tão forte que fez minha perna ser desmembrada do resto do meu corpo e ser mandada pra longe. Eu desabo de cara no chão, fazendo meu rosto ficar sujo de lama da chuva e sangue que estavam naquele solo.

Emília: Aaaahhhhn!!! S-socorro…! Ahn… Aaaai!!

A figura infantil de Merlin aparece bem do meu lado, aproxima a mão do meu rosto e crava suas unhas das mãos na minha cabeça até começar a escorrer sangue da superfície do meu crânio.

Emília: Ow! Ouch! P-pare… Por favor…! Ta doendo… Ungh!

Ele tire o meu rosto do chão o levantando, o mesmo pressionou um de seus pés sobre a minha costa e, com a sua outra mão, violentamente puxa o meu braço para trás e começa a tentar arrancar o meu braço na base da força bruta.

"Raaaasg! Crack!"

Primeiro o tecido de pele foi rasgado, logo depois duas costelas são quebradas com aquela perna pressionada nas minhas costas. Pra completar, o principal osso do braço que ligava o braço ao resto do corpo se desprende e, aquela figura que lembrava o Merlin, o joga pra longe.

Emília: Aaaaargh!!… U- urgh! Ah… P-pare… Gusp!

Eu começo a vomitar meu próprio sangue enquanto tentava pedir para que ele parasse

Eu não sentia mais meus braços, nem pernas, só sentia o meu coração parar de bater aos poucos, bem devagar. Naquele momento minha visão escurecer e voltar ao "normal" inúmeras vezes, porém, mesmo com a visão falha, pude ver uma silhueta se aproximando.

Essa silhueta escura não eram daquelas crianças, e sim de um homem adulto. Seria alguém vindo ao meu resgate?

Aquele ser da silhueta escura e distorcida botou sua mão sobre o meu pescoço, me elevou pra cima até me fazer não tocar mais o chão com a minha perna restante.

- "Você é tão fraca, ingênua e inocente..."

Uma voz calma masculina, porém, amedrontadora.

- "Algo obscuro te espera do outro lado."

Emília: Oq- o que?!~

Ele abriu a mão, fechou os dedos Anelar e Mínimo, juntou o dedo Médio e o Indicador - como um sinal de arma, só que com os dois dedos - juntos, apontando para o chão. Ele eleva essa mão um pouco para trás com a intenção óbvia de me perfurar com um golpe usando apenas os dedos.

Tão forte a esse ponto? Mas como?! - perdida em meus pensamentos.

Uma forte vibração emanou de seu braço de ação, aquilo ativou algum instinto protetor meu.

Ele efetua seu ataque contra o meu rosto, na direção do meu olho esquerdo, mas, eu segurei seu braço a tempo com o meu único braço funcional, impedido que ele efetuasse com sucesso o seu ataque.

Ou era para ser isso…

Apesar de eu ter alcançado o seu braço e o segurado com força, ele já tinha atravessado o lado esquerdo do meu crânio com sua mão, deixando um enorme buraco, um estrago.

Ele tira a mão sobre o meu pescoço e me mantém no ar apenas usando a mão que me atravessou para me manter no ar.

Antes que minha visão ficasse ofuscada pelo escuro de minha previsível morte, eu tentei, com a mão, alcançar o seu rosto para tentar esmaga-lo. Tentei fazer isso, mesmo estando completamente acabada, despedaçada, praticamente morta.

Emília: Eu… Hurgh! Ouch!… Te matar!!! Pfft!

Com um sorriso no rosto, eu cuspi sangue em seu rosto, para demonstrar que estava determinada a querer matar ele.

Foi então que tudo escureceu...

Mas, por algum motivo, o coração ainda batia.

Contínua...