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Chapter 6 - #6 - O grande dia.

O tão esperado dia do campeonato chegou.

O evento iria ocorrer do outro lado da cidade fortaleza, lá havia um vasto campo verde, com quase nenhuma arvore cercando ou limitando o espaço para uma luta. Vai ser num ponto da cidade fortaleza o qual nunca tinha estive, pois era limitada a conhecer somente os arredores da minha casa e o hospital o qual eu ia anualmente. Ou seja, eu não poderei usar nada a meu favor, pois pra mim é tudo novo.

Ao redor do campo de luta haviam arquibancadas para o público assistir. O mais incrível era que "o público" era composto apenas pelos professores daqueles que estarão sendo avaliados.

Eleanore, Stephen e eu estávamos frente a frente da entrada principal daquele enorme lugar que vai me tornar uma futura caçadora.

É agora ou nunca.

Eleanore: Olha, você precisa entender que todo mundo aqui é perigoso, todo mundo passou pelo mesmo treinamento que você, por isso tome bastante cuidado com todo mundo, ok?

Emília: Certo!

Stephen: Pelo que parece, você é a única participante do sexo feminino na competição. Você pode usar isso como vantagem, eles vão tentar pegar leve por você ser mulher, se aproveite disso.

Emília: Certo!

As duas vezes que concordei com as suas palavras foram com empolgação, pois estava elfórica de demais por finalmente ter conseguido chegar viva nesse lugar.

Stephen: Tenha muito cuidado, Emília. Talvez alguns dos participantes já tenham dominado o Moon light, se o dominaram, você estará em maus lençóis. Espero que comece com um fraquinho.

Emilia: Você deveria estar me incentivando a ir lá e lutar com tudo, mas tudo bem.

Ainda na entrada da arena, pude ver todos os meus adversários passarem por mim indo em direção ao centro do campo de batalha.

Não busco atenção, o que busco é ser a melhor. Mas ver todos esses caras - uns até aparentam serem mais novos do que eu - passarem por mim, sem ao menos me notarem, me fez pensar:

"Sou mesmo apenas mais uma?..."

Eleanore da um tapa na minha nuca e diz: "acorda e vai pro campo, idiota!". Realmente doeu, apesar dela ter mãos pequenas.

Acho que essa é a minha deixa para me posicionar.

Meus adversários estão todos enfileirados no centro do campo, todos olhando para uma direção em específica do campo.

Corri até os mesmos e, me juntei a eles na fila.

Havia um grande palco á nossa frente, em cima desse palco tinha um homem assentado num cadeira feita de ouro puro, como um trono de uma autoridade maior, exemplo: um Rei. Esse homem era grande - tanto em altura e em largura - usava uma armadura de prata, bem no estilo medieval, e também, usava em suas costas uma enorme casaca da pele de um grande urso. Seus eram longos, chegavam até abaixo do pescoço, eles tinham um tom ruivo escuro e eram lisos, tinha uma barba grande e bem tratada, como se ele fosse alguém extremamente importante.

Ele observava cada um de nós com um olhar de desprezo e tédio.

Olhei para o lado e notei que todos os meus oponentes trazem uma única lâmina em suas bainhas para a batalha, o que significa que a espada única é bastante comum, mas, mesmo a arma mais comum é usada por grandes nomes entre os caçadores.

Então eu não posso falhar, se não já era pra mim.

Era tanta pressão por finalmente estar aqui que, me perdi em meus devaneios:

Emília: Vamos, Emília, foram mais de dois longos anos de treinamento contínuo, não será agora que você irar falhar, né? Claro que não! Agora vamos enfrentar nossos adversários com toda a nossa força. Espero que sejam todos bem fraquinhos...

O homem da cadeira dourada se levanta, dois homens rapidamente aparecem fora do palco e correm em direção à aquele homem, levando uma mesa com uma pequena caixa em cima. Os homens com a mesa chegam depressa até aquele senhor e, deixam a mesa em frente a ele. Ele os dispensa acenando para eles, então eles saem fazendo uma saudação formal.

Eu também não entendi nada...

(…): Como já devem saber, é proibido matar. Vocês são livres para usar quaisquer técnicas de batalhas que vocês desejarem usar contra seu inimigo, mas, se isso trouxer uma consequência mortal, você automaticamente é eliminado da partida. A batalha terminará quando um dos oponentes não tiver mais condições para lutar ou quando um dos mesmos pedir para desistir. Todos entenderam?"

Aquele homem explicou com um tom grave para que todos pudéssemos ouvi-lo. Todos respondemos com um: "Sim, senhor!"

O homem bota a mão dentro da caixa e tira dois papéis de lá. Ele abre os papéis e fala bem alto para que todos ouvissem:

(…): Emília Baldric!... Seu oponente será Bellard Blackburn! Boa sorte...

Olhei para o lado para ver quem era esse tal de "Bellard", todos os participantes saem do campo, e só fica um garoto que encarava o chão.

Ele levanta o rosto e olha para o lado, e, me encara com o canto do olho com um certo desprezo.

Bellard: Se você realmente acha que pode me derrotar só porque tem um equipamento diferente do resto de nós aqui, estão você está completamente enganada!

Ele remove a espada de sua bainha e aponta pra mim.

Bellard: Eu tenho um sonho. Vou me tornar forte o suficiente para ultrapassar os maiores pilares entre os caçadores, e não hesitarei em nenhum momento, não medirei esforços para atingir esse objetivo, mesmo que para isso eu tenha que ultrapassar por cima de pessoas do seu tipo.

Apesar de ter um ego gigante, ele tem um objetivo, assim como eu, mas não será ele que me impedirá de proteger o futuro.

Emilia: Idiota, você fala demais!

Ele nem me conhece, como ele ousa falar "do seu tipo" na minha frente?!

Bellard: Prepare-se! Pois farei você se arrepender de ter pelo menos pensado que teria chances de me derrotar.

Emília: Huh?!

Rapidamente retiro as espada da bainha.

Avançamos um no outro, cada um determinado a acertar o outro em pontos vitais.

"GA-KIM!! KIM! FUIIIM!"

Nossas espadas se chocam uma na outra, uma vez e mais outra vez.

Ele se afasta e ataca novamente com um ataque direto no ombro, uso uma das espadas em minha mão para me defender e a outra para ataque.

Mesmo assim, ele reage.

Me aproveito da abertura dele estar focado em se defender das espada e dou um chute no seu estômago, o jogando pra longe.

Ele cai de costas no chão e sente o choque de queda. Ele está no chão, mas, ainda assim ele não aceita desistir.

Ele se levanta com um olhar confiante.

Bellard: Idiota, você realmente acha que pode vencer de mim?! Eu, BELLARD BLACKBURN?!!!

Emilia: Eu nem te conheço.

Ele crava com força a espada no chão.

Um pequeno tremor começou, mas parou, até uma enorme árvore crescer atrás de Bellard.

Emília: Mas o quê… como essa coisa foi parar ai?! Esquece! Preciso continuar.

"Tap, tap, tap, tap!!"

Corro em sua direção novamente para dar o ataque final, para fazer ele desistir de vez.

Mas algo deu muito errado.

Por um instante senti algo agarrar meu pé, me impedindo de continuar correndo. Olho para trás e me espanto que grossas raízes, parecidas com as de árvores, tinha agarrado a minha perna.

Olhei mais afundo para saber de onde se originava a aparição repentina dessas raízes, pois ele é tão real que parecem mesmo raízes de árvore. Chequei a origem da raízes ao ver de onde elas vinham, e percebi que ele vinha justo de uma árvore, a mesma árvore que estava atrás de Bellard, que surgiu do chão depois dele ter cravado sua espada naquele solo de pedra.

Como isso poderia ser possível?! - eu me fiz essa pergunta em minha mente.

Quando desci o olho até o rosto de Bellard, ele estava sorrindo de uma maneira confiante.

Sem pensar duas vezes, eu corto as grossas raízes que estavam a me segurar. Porém, as árvores em volta do campo de batalha se agitaram e incontáveis raízes vieram em minha direção numa velocidade absurda para me agarrar.

Não tive nem tempo de reação, todos os galhos me agarraram pela perna e me arremessaram contra o céu

Os galhos que tinham me soltado no ar, me agarraram novamente e me deixaram de cabeça para baixo. Fico desesperada, pois eu estava usando uma saia e não queria deixar aparecer.

Óbvio.

Bellard: Bobinha, você realmente achou que conseguiria machucar um dominador do Moon Light?... Tisc, tisc, tisc... Só há uma maneira de você sair daí, o que você tem que fazer é: levantar as mão e implorar por misericórdia, só então pensarei se você deve sair viva dessa.

Emilia: Seu pervertido, se eu levantar minhas mãos a minha calcinha vai aparecer!!!

Bellard: Huh!

Ele começa a perder a paciência comigo e, nesse instante, as raízes que tinham agarrado minha perna começaram a apertar cada vez mais, como uma cobra sufocando sua vítima.

Bellard: Diga agora, bem alto que desistiu, ai eu te solto.

Perdida em meus pensamentos:

Emília: Esse pervertido de merda dominou o Moon Light do estilo madeira. Vai se saber o quanto ele sabe controlar essa coisa...

Olho para minhas mãos e percebo que ainda estava segurando as espadas nas mãos.

Emília: Emília burra, burra, burra! É isso... Vou fazer isso, o resto eu farei no impulso.

Solto a saia e, rapidamente, uso as espadas na minha mão para cortar as raízes que estavam segurando a minha perna e que, me deixaram de caneca para baixo. Nem precisou de muito esforço ou força para cortar as raízes, então comecei a cair.

Estava caindo, mesmo assim não perdi o foco e começo a cair reto. Mais e mais raízes aparecem no meu campo de visão para me agarrar.

Emília: Relaxe... Lembre-se de relaxar... Lembre-se de tudo o que você passou… Lembre-se do seu treinamento… Emília... Shhhh…

Ainda caindo e as raízes se aproximavam, parecia que estava tudo acabado, porém, algo dentro de mim é incorporado.

Ainda com os olhos fechados, começo a retalhar com tamanha facilidade todas as raízes de árvores que ele tava usando para me atacar.

Eleanore: Huh?! Mas o quê… Não pode ser…

Stephen: Sim… Estes são os 8%!

Perto do chão, mudo de posição e uso apenas um dos pés para entrar em contato com o chão.

"Booomp!!!"

Som de estrondo.

Eu enfim cai contra o chão, a poeira levantou, cobrindo a área em minha volta. Assim que a poeira abaixou, Bellard e todas as pessoas que estavam assistindo, enfim tiveram noção do que realmente tinha acontecido comigo assim que cai. Eu estava de pé, com um sorriso confiante no rosto, coberta por uma pequena aura laranja, uma aura que lembrava uma chama. Era minha técnica de resistência, enfim ativada.

Bellard: Im… Impossível!!!…

Emilia: "Nada é impossível se você acredita que possa ser possível"... Foi uma amiga que me disse isso uma vez, e ela não costuma errar.

Enquanto eu falava, a aura se dissolvia do meu corpo.

Enquanto isso, nas arquibancadas da arena em que Emília e bellard estavam lutando:

Eleanore: Emília?... VOCÊ CONSEGUE, Emília!!!

Stephen: Meus tímpanos vão explodir assim…

De volta à batalha:

Bellard: Cale a boca, sua VADIA! Chega, cansei de ser uma pessoa legal com você.

Ele gira três vezes a espada no ar, então a crava no chão. Nesse instante, várias grossas raízes de árvores vêm em minha direção com uma intenção assassina.

Tento corta-las, mas não adiantava. Eram muitas de uma só vez, começo a correr das árvores e raízes avançando em mim.

Bellard: Agora você não me escapa! Será esmagada!!!

Os galhos das árvores ficaram mais violentos e mais rápidos.

Estava com uma má impressão sobre tudo isso.

Parei de fugir das árvores e raízes, então parti pra cima dele e, ao mesmo tempo me desviando das raízes grossas de árvore que passavam por mim Alguns passavam por mim e faziam arranhões superficiais, raízes mais finas passavam pelo meu rosto, pernas e braços fazendo cortes superficiais, outro finos chegavam a me agarrar, mas, eles se partiam, pois eu estava imparável.

Bellard: Desgraçada!

Avancei tanto que já estava consideravelmente perto. Aperto o cabo das duas espadas e calculei um possível ataque com um corte duplo.

Já muito próxima a ele, eu efetuo o ataque.

Emilja: Não pense que vai-!

Naquele instante pude sentir algo segurar meu ataque. Olho para minha perna e uma forte raiz me agarrou.

Emilia: Ah!- Oh, de novo não!!!…

O galho me arrasta, eu escorrego e bato a testa no chão. O galho da árvore me arremessa pra cima com uma força absurda, tanto que sentir uma forte dor na costa, por ter quebrado a barreira do som nesse arremesso. Por um breve momento senti como se todos os meus ossos tivessem pulado pra fora do corpo.

Eu poderia ter morrido agora, mas, se não fosse por Stephen e Eleanore, esse seria certamente o meu fim em todos os sentidos.

Emilia: Ok… Vamos lá, Emilia, você só precisa acreditar em si mesma!… Vamos lá!!

Um grosso galho de árvore me segura no ar e me arremessa de uma maneira ridiculamente violenta contra o chão.

"Bash!!!"

Caio de cara no chão e uma parte da arena racha. Mais uma vez toda a poeira ao meu redor levanta cobrindo todo o campo, tampando a visão de todos ali, Fazendo que, todos que estivessem assistindo a luta de longe e de longe, ficassem cegos por aquele momento.

Bellard: É isso!... Isso é porque você... Sua vadia, não voltar a me desafiar... Jamais!

Minha mão surgi da poeira e, agarra fortemente o pé dele.

Bellard: Que porra é essa? Como você ainda está viva?!

Ele chutou minha mão e se afastou com medo.

Belllard: O que está acontecendo aqui?!!

Lentamente me levanto enquanto aos poucos a poeira se dissipava. Enquanto a poeira se dispersava, olhos enfurecidos preenchidos por uma cor alaranjada florescente brilhou em meio a poeira.

Bellard: Não… Mas isso é… Mas como?!…

Enfim, a poeira abaixou, então todos viram o resultado da ação precipitada de Bellard contra mim. Uma aura com uma cor laranja um pouco avermelhada, intensa e incontrolável, ela estava cobrindo todo o meu corpo, como uma chama que me cercava e me cobria.

Meu corpo, que deveria ter sido rasgado em vários pedaços com o impacto, estava inteiro, com apenas alguns arranhões, porém, sã.

Aparentemente, acabei elevando minha habilidade de resistência á outro nível por conta da minha situação, mas nem mesmo eu sabia como tinha feito aquilo.

Comecei a encarar o chão, o ar estava pesado, não sentia minhas pernas e meu coração batia devagar.

"Tap… Tap… Tap… Tap…"

Ando vagamente em direção ao Bellard.

Bellard: Essa garota... O que é essa garota?!

A cada passo que eu dava o chão quebrava - meu pé afundava no chão - meu corpo estava muito pesado ou isso era o peso místico da magia? Ser mais pesado torna mais difícil para que eu permaneça de pé, mas não vou desistir até ele cair diante de mim

Emília: Oof, oof! Ouch!… Ouch!… Oof!

Respiração ofegante.

Emilia: nunca mais... Me chame... De vadia!!!

Bellard: O quê…

A magia de resistência desaparece, no instante que ela sumiu eu corri na direção dele tão rápido que ele nem teve tempo de reação, eu acerto um soco em cheio no seu estômago, o que fez ele gorfar sangue e ser arremessado contra a parede da arena

Bellard foi afundado na parede e desmaiou alí mesmo.

Isso me deu a vitória e eu fui classificada para as Oitavas de final.

Mais tarde, apenas 16 participantes sobraram de mais de 30 que vieram para o campeonato. Eu era impedida de assistir os outros competidores lutarem, isso permitiria que eu tivesse uma vantagem, pois eu saberia o jeito de luta do meu adversário.

Preciso confessar, talvez eu esteja um pouco ansiosa pelos próximos adversários.

Oitavas de final:

Já estamos lutando já tem algum tempo e, tudo o que esse cara sabe fazer é copiar meus movimentos, mesmo que eu esteja usando as duas espadas, ele ainda consegue se safar e ainda por cima, me copiar. Seu nome é Iwadate Yūta, ele é um pouco maior do que eu, então devemos ter mais ou menos a mesma idade. Ele - de alguma forma - sabe copiar todos os meus movimentos, sabe tudo o que vou fazer antes de eu fazer.

Momento desnecessário: 3… 2… 1…

Paro de atacar e grito:

Emilia: Eu dou o bumbum!

Ele também para.

Yūta: Eu copio seus movimentos e não suas falas, garota estúpida.

Apontei uma de minhas espadas para ele.

Emilia: Ei, ei! Do que você me chamou?

Yūta: Lhe chamei de estúpida.

Emília: Sabe, se eu não fosse a protagonista dessa história, seria nessa hora que eu iria me apaixonar por você.

Yūta: Não estamos em um anime shonen, garota estúpida.

Emília: É um shonen!!

Volto a avançar nele, alem de atacar com as espadas, comecei a usar mais as pernas para atacar - que até então, eu não estava usando - ele não previu um dos ataques com as pernas e, isso me deu uma abertura!

Por um breve momento ele ficou com a guarda baixa.

Talvez eu possa acertar um chute e, quando ele estiver no chão, eu o faço desistir da luta.

Emília: Farei isso!

Começo a botar o plano em prática, tento dar outro chute em sua barriga, mas, ele desvia jogando o corpo para trás.

Yūta: Ingênua demais!

Ele chuta minha canela com força e da uma cotovelada na minha testa. Por um breve momento tudo ficou branco e um zumbido me veio em meus ouvidos.

"Zowieee!"

Eu caí dura no chão, não conseguia reagir a nada.

Yūta: Seus mestres não ensinaram que você não pode subestimar seu inimigo?

Ele está certo, eu o subestimei e agora estou nessa situação terrível. Ele tem a vantagem, estou no chão, deslocada, indefesa...

Ele coloca um dos pés sobre a minha cabeça.

Yūta: Desista logo, não seja estúpida e desista.

Ele amassa mais e mais meu rosto no chão com seu pé, chegou até pisotear. Ele chega próximo ao meu ouvido e diz as seguintes palavras:

"Desista! Ou serei obrigado a sumir com seus familiares."

Logo pensei que ele não poderia fazer uma coisa dessas. Ele nem sabe quem sou!

"Você acha mesmo que eu não tenho poder pra isso? Garota estúpida..."

Naquele instante senti como se tivesse sido apunhalada por 100 espadas.

Meu coração apertou.

Até que, algo mais do que inesperado, acontece. Uma pequena rocha cai do céu atingindo com uma força intensa o garoto, o fazendo bater o rosto contra o chão.

E, com uma certa dificuldade e cambaleando um pouco, eu me levanto, mesmo com sangue escorrendo de minha cabeça e boca.

Eleanore: O que acabou de acontecer?!...

O garoto também se levantou e se afastou enquanto sangue também escorria de sua cabeça.

Emilia: Nunca!!... Nunca!!... Jamais!!... Mencione algo relacionado a minha família!!... Não quero ouvir isso!!!... Não vindo dessa sua boca suja de merda!!!

Yūta: Des- Desgraçada!! Não vai sair impune dessa!! De jeito nenhum!!!

Ele começa a correr em minha direção. Eu respiro fundo e deixo que ele venha.

Eleanore: Isso é...

Stephen: Sim!...

Ele manda um ataque direto contra meu rosto com a espada, a intenção do ataque era mais do que assassina

Um sorriso perturbador cresce em meu rosto.

Emilia: Muito lento.

Eu não pretendia me defender ou desviar do ataque, não, eu faria algo a altura. Eu também ataquei.

O ataque foi mirado em sua espada. Meu ataque foi tão intenso que a espada do meu adversário é quebra e, é jogada longe e crava na parede da arena.

Ele estava realmente sem entender o que tinha acabado de acontecer.

"De onde surgiu toda essa minha força e reação?" - eu me fiz essa pergunta várias vezes no meu subconsciente.

Logo em seguida o chuto nas costas e o jogo a uma distância razoável, mas persisti e corro em sua direção. Enquanto avançava nele, um sorriso ainda mais perturbador cresceu em meus lábios.

Eu realmente estava sentindo um prazer imenso naquele momento. Eu queria mata-lo…?

O senhor na cadeira dourada - que nos assistia de longe - se levanta, e intervém com um grito:

(...): Cheeeeega!!!

Mesmo assim, eu não parei e continuei avançando.

Dou um salto pra frente e inclino as espadas para trás, logo depois começo a girar enquanto caio na direção do garoto - que estava jogado no chão, e mal conseguia se levantar.

(...): Alguém pare essa garota!!!

Por um breve momento pude ter uma visão da cabeça daquele garoto sendo cortada pelas minhas espadas.

Entretanto, numa velocidade absurda e sem eu ao menos perceber, Eleanore surge diante de mim e intervém meu ataque, me pegando pela gola da minha blusa e dando na minha canela, me fazendo cair e, nesse instante, ela se aproveitou disso e me arrastou para o outro lado da arena.

Ela me pressionou contra a parede, botou a lâmina da espada dela sobre o meu pescoço e disse:

Eleanore: Você está louca, Emília?!!

Seu olhar transmitia desespero e raiva.

Depois que ela apareceu, eu voltei a ficar sã e consciente das minhas ações.

A batalha terminou, os juízes resolveram dar a vitória para mim.

Eu venci as oitavas, de alguma forma...

Depois de anunciarem que eu era a vencedora, o homem da cadeira dourada disse que todos os participantes mereciam pelo menos 1 hora para descanso.

E assim foi feito.

Fomos todos para um vestiários, cada participante recebeu um quarto separado para reuniões de professor com aluno.

Eu estava com um pouco de medo e receio do que a Eleanore e o Stephen iriam falar pra mim.

No caminho para o vestiário a Eleanore nem me olhou no olho, mas transmitia o ar de alguém furioso. Já o Stephen, calmo como sempre, mal demonstrava uma expressão de preocupação.

Enfim, chegamos no vestiário depois de atravessar um corredor enorme de um silêncio desconfortável. Lá haviam bancos e armários. Não poderia esperar nada de mais e, nem de menos.

Eleanore: Mas que merda foi aquela que você fez?!

Emília: Eeh...

Eleanore: Não me venha com nenhum "eeh"! Você tem noção de que você poderia ter sido expulsa ou até morta se eu não tivesse impedido que você tivesse feito aquela idiotice?!

Abaixei a cabeça de vergonha.

Emília: Sinto muito... Não vai acontecer de novo…

Eleanore: É claro que não vai acontecer de novo!!... Quem sabe o que poderiam ter feito com a gente também por sua culpa! E se eles colocassem a culpa de suas burrices em mim e no Stephen?! Você não tem noção das coisas, Emília?!

Emília: ...

Não sabia nem o que dizer diante da situação.

Eleanore: Você botou todos nós em perigo! Você tem noção disso, Emília?!!

Levanto a cabeça e olho no fundo dos olhos dela com os meus olhos vermelhos de choro.

Emília eu~! Eu sinto muito~!!... Buaaah!

Comecei a chorar sem parar.

Eleanore: Não me venha com choros logo agora, eu não acredito em lágrimas de crocodilo! Não banque a retardada!!

Ela me da um tapa no rosto tão forte que eu vou ao chão ainda aos prantos. Stephen enfim intervém Eleanore de continuar e, a afasta e a arrasta até parede.

Stephen: Eleanore, por favor! Ela errou, mas ela é só uma criança. Ela ainda vai aprender por ela mesma o que é o certo e o errado!

Eleanore: "Criança"?! Me poupe, Stephen! Essa garota já tem 17 anos e faz uma coisa dessas!

Ela ainda com raiva tira o braço de Stephen de cima do ombro dela.

Stephen: Eleanore… Por favor…

E eu estava sentada no chão, inquieta, encostada na parede enquanto as lágrimas escorrem dos meus olhos.

Eleanore: Hum… Certo!...

Apesar de estar furiosa e com uma vontade imensa de me dar mais tapas no rosto, ela fazia aquilo por que me amava, como a minha Sensei e como amiga. Ela sentia que tinha o dever de me proteger, mas ao ver que eu corria perigo de morte, ela ficou alterada.

Depois de uns 10 minutos de um extremo silêncio em cima de uma cadeira, apenas olhando para a cara cabisbaixa de Eleanore com raiva e, o Stephen a usar a magia de Cura em mim.

Eu em uma cadeira e ela na cadeira da frente, até que finalmente alguém resolveu falar alguma coisa e quebrar aquele silêncio desconfortável.

Eleanore: Er… Você teve muita sorte até agora, tenho medo dos dois últimos...

Também fiquei surpresa ao ver que foi ela quem iniciou a conversa e não o Stephen.

Stephen: Hum…? Eh… Na verdade, foi muito azar enfrentar de cara um portador do Moon Light justo em sua primeira luta. Mas, isso prova que você cresceu, Emília.

Com um tom de inquietação, eu digo:

Emilia: Em que sentido... Eu cresci?

Stephen: Eu acho que dá pra dizer isso de todas as maneiras, senhorita. Ainda me lembro de você sentada no topo da montanha, pedindo à Lua para ajudá-la.

Eleanore: Eu acho que a única coisa que cresceu mesmo foi a sua comissária de frente! Antigamente você era meio Despeitada! Uma completa tábua! Gyaahahaha!...

Ela estava rindo...

Emilia: E- Ei! Isso não é engraçado! Huh... Humpf!... Ehehe!

Stephen: Agora vamos ao que interessa. Eu soube que seu próximo oponente está acostumado a resolver tudo com um único ataque, então é provável que ele dê tudo de si no primeiro ataque. É melhor se preparar.

Emília: Cer- Certo!

Acabei gaguejando um pouco.

Eleanore: Hum… Eu tive uma ideia, mas você terá que fazer tudo o que eu disser.

Emilia: Certo!

Eu sorri, sorri de uma maneira como ainda não tinha sorrido a tanto tempo, um sorriso de alegria.

Quartas de finais:

Já estou em campo.

Já estava na arena, tinha uma visão do meu oponente, porém, ele estava um pouco distante, então seu rosto estava embaçado.

Assim como Stephen disse, ele é acostumado a resolver tudo num único golpe e, estando longe, terá mais força de impacto se caso ele também for especialista em velocidade.

Preciso usar essa informação contra ele.

Porém, ao mesmo tempo que eu sei sobre essa "fraqueza" dele, ele também pode saber algum ponto fraco meu.

Preciso evitar isso. Preciso acabar com ele, essa batalha não pode se prolongar.

Ele avança em minha direção com uma velocidade surpreendentemente rápida.

Mas, eu sei como acabar com isso.

Eu corro em direção a ele, jogo uma espada em uma de suas pernas, ele desacelera, entra em contato com o chão e pula para se desviar, com essa abertura dele estar no ar eu acelero o passo, me jogo no chão, arrasto até ele e acerto um chute no pescoço dele.

Com o chute, ele voa pra longe.

"Bash!"

Ele cai.

Eu corro em direção a ele, enquanto ele tentava se levantar, chego nele, o empurro contra o chão com uma das minhas pernas e aponto a espada sobre seu rosto.

Emilia: Eu ganhei.

Ele larga a espada e se rende.

Eu venci as quartas de final.

Essa foi fácil, pois eu sabia sua técnica. Mas, o próximo vai ser mais difícil por que eu não sei nada sobre ele. Tô quase lá, só mais essa luta e então vou conseguir avançar mais um pouco na conquista do meu sonho.

Semi-finais:

Estou nas semi-finais, se eu ganhar essa, só vai sobrar o oponente final e então me tornarei uma caçadora profissional. Eu preciso ganhar.

Farei isso!

O garoto que eu ia enfrentar agora nessa luta se chama: "Natsuo Takeharu". Ele aparenta ser um ou dois anos mais novo do que eu. Ele exibia um ar de confiança, seu jeito de se vestir o faz parecer alguém humilde, pois ele trajava uns trapos por cima de trapos. Ele também aparentemente era conhecido como "Trovão" pois todos nas arquibancadas - os professores dele e outros - gritavam esse nome e eles certamente não estavam falando de mim.

A batalha nem começa e, quando eu percebo, meu oponente estava praticamente bem na minha frente, pronto para fazer o corte.

Como ele chegou até a mim tão rápido? Também não sei, mas preciso fazer alguma coisa.

"Ga-kiiiim!!"

Eu defendo com as duas espadas, mas o impacto me joga pra longe. Paro de rolar no chão ao cravar a espada no chão. Irritada, levantei a cabeça e o encarei com um olhar de desprezo.

Emilia: Então é assim que você luta? Covarde! Se aproveitando do seu oponente distraído?!

Natsuo: Cale a boca!

Guardo minhas espadas na bainha e decido ir pra cima dele na base antiga, com artes maciais, na mão.

Emília: Você não merece.

Finalmente iria por em prática o treinamento de artes marciais que fiz arduamente com Eleanore.

Avanço nele, ele faz o mesmo, mas, não guarda a espada. Ele tenta fazer um ataque direto na altura do meu ombro, me desvio jogando meu corpo pro lado. Me aproveito disso, seguro a mão dele que empunhava a espada e, dou um tremendo de um chute em seu estômago o jogando pra longe e tomando a espada dele pra mim.

"Bash! Boomp!"

Ele se debateu contra o chão, rolou e rolou até parar por perder intensidade do meu golpe. E, então, ele levanta com raiva, determinado a partir com tudo.

Devolvo sua espada arremessando para ele. Ele a junta do chão e se recompõe.

Ele não desiste e volta a atacar com outro ataque direto. Frustada, levantei minha perna o máximo que eu pude e parei seu ataque dando um chute na superfície da espada dele e a fazendo cravar no chão.

Dou um soco em sua orelha, o mesmo apagou por uns segundos, isso fez ele perder o equilíbrio do próprio corpo, ele desabou no chão e bateu a cabeça.

"Pow! Boomp! Crack!"

O chão racha um pouco, fico um pouco incomodada em pensar se ele estava bem, mas, resolvi permanecer no meu lugar. Até que, ele começou a se levantar, sangue começa a escorrer de sua cabeça, nariz e boca.

Ele abre os olhos com uma tremenda fúria, começa a se arrastar até mim, até agarra o meu pé. Fecho o punho diante da situação e, ainda em pé, me agacho e sussurro no seu ouvido:

Emilia: Chegar até a final apenas trapaceando é coisa de um fracassado. Você nem merece o tempo que seus mestres perderam com você! Lute comigo seriamente!! Só então reconhecerei você como oponente.

Natsuo: Você não entenderia!!

Emilia: Eu não entenderia isso?...

Me afasto dele, isso faz o mesmo largar o meu pé. Depois de uns dois minutos inteiros em pé, apenas encarando o moribundo e, recusando a "Vitória" que estavam me oferecendo enquanto ele ainda estava no chão, pois os superiores achavam que ele já tinha chegado em seu fim, que estava impossibilitado, porém, eu não aceitava ganhar dessa forma.

Esperei esses dois minutos inteiros para ter uma luta justa.

Ele enfim levanta e se bota de guarda enquanto apertava com as duas mãos o cabo da sua espada.

"Zoop!"

Eu avanço nele, ele me espera chegar num alcance razoável para o ataque de sua espada me pegar. Já razoavelmente perto, ele faz um corte horizontal.

No entanto, aprendi numa luta hoje que, quanto mais distante o ataque for efetuado com impulso contra o oponente, mais alta é a chance de um corte mais forte pode ser feito.

"Swooish… Kim!"

O choque da minha espada com a dele foi tão intenso que metade da lâmina de sua espada se quebra e o chão em nosso arredor racha. Antes da minha lâmina cortasse o rosto dele, eu já tinha preparado um ataque com a perna.

Dou um chute nele na altura do peito, fazendo a minha lâmina passar por ele e, errando o corte de propósito e o jogando pra longe.

Eleanore: Emília, como você…

Stephen: Ela deve ter conseguido dominar seus 8%…

Emilia: Como eu não entenderia? Passei quase 3 anos me preparando para este dia... Tudo o que faço é para um futuro de paz para todos.

Eu ando em direção a ele e aponto a espada contra o seu rosto.

Emilia: Não será alguém como você que vai me parar. Eu venci.

Natsuo: Admiro suas reais intenções para querer se tornar uma caçadora, mas…

Ele murmura:

Natsuo: Não é só você que quer salvar alguém... todos sonhamos com isso…

Emília: Huh?…

Ele vira o rosto pra mim.

Natsuo: Eu luto por quem amo!!!

Ele segura minha espada pela ponta da lâmina até sua mão começar a sangrar. O mesmo afasta a minha espada apontada pro seu rosto empurrando ela pro lado e, ele se aproveita disso e acerta um soco bem no meu queixo.

"Piff!"

O soco me fez tirar o pé do chão por poucos segundos e então cair de cabeça no chão.

"Uhn?!… Booo! Uuu! Booo! Uuu!"

A platéia sentiu a minha dor ao receber aquele soco no queixo, então começam a vaiar o garoto e pedir para que expulsem ele.

Emília: Urgh!…

Ele não perde tempo e parte pra cima de mim com uma faca que estava escondida na sua bota. Mas, antes que ele pudesse tentar algo, eu rapidamente olhei para o lado e vi uma de minhas espadas. Pego ela e, rapidamente aponto pra cima.

Acabei fechando os olhos de nervosismo.

"Fuiiim…"

Naquele momento, pude sentir e ouvir algo atravessando minha espada. Minha mão estava tremendo, já prevendo o que tinha acontecido pelo peso com que a espada estava naquele momento.

Abri lentamente os olhos e vi aquele jovem garoto jogado diante de mim, com a minha espada atravessada o seu estômago.

Eu acabo soltando a espada, então ele cai do meu lado sem fazer uma reação.

Me desespero, choro e tento gritar por ajuda, mas minha voz não saia ou eu não me ouvia. Não conseguia ouvir nada nem ninguém, apenas um zumbido soar em meus ouvidos.

"Zowieee…"

Me arrastei até ele e fiquei empurrando o mesmo, implorando para que ele acordasse.

Foi quando todos os caçadores que estavam assistindo, correram até mim pra ajudar. Eleanore foi a primeira a chegar. Ela chegou em mim, me tirou de cima do garoto e me arrastou pra longe dele.

Eu jurava que ela me daria uma bronca ou que iria me bater, mas ela só me abraçou. Me abraçou forte, enquanto me apertava com suas mãos trêmulas.

Foi a primeira vez que a Eleanore me abraçou…

Enquanto isso, vários outros caçadores se juntaram e levaram o garoto pra algum lugar longe da arena, com bastante pressa.

Olho para as minhas mãos e elas estavam manchadas de sangue.

Não aguentei, então fui aos prantos. Isso enquanto afundava meu rosto no ombro da Eleanore e abraçava ela com aquelas mãos sujas de sangue.

"O quê foi que eu fiz... ...?"

Eu me fiz essa pergunta várias vezes, por um longo tempo nos meus pensamentos.

O tempo passou, já estava esquecendo e eu ainda estava lá no meio da arena, com a Eleanore sentada ao meu lado.

Emília: O que foi que eu fiz?... Eu... Matei aquele garoto…

Ela passa a mão pela minha cabeça e diz: "Vem cá." então deixo ela me conduzir. Ela botou minha cabeça sobre suas perna e disse:

Eleanore: Ele vai ficar bem.

Emília: Minhas mãos... Estão sujas de sangue...

Eleanore: Emília, isso acontece frequentemente nas lutas. Você vai ter que se acostumar com sangue em suas roupas, agora que você é uma de nós.

Uma de nós?... Mas eu perdi...

Olho para ela e, Eleanore se espanta ao ver meus olhos inchados, vermelhos e cheios de lágrimas. Ela da um sorriso e passa a mão sobre o meu cabelo.

Eleanore: Sim… Uma de nós...

Mais tarde naquele dia anunciaram que, por conta de descuido próprio do Natsuo, não classificaram o meu feito como ato assassino, com isso, eles deram para mim a vitória da luta contra o Natsuo.

Não muito depois eles me mandaram - na verdade exigiram - que eu lutasse contra o finalista. E eu fui.

Eu não queria ir, mas, depois da conversa com Eleanore na arena, eu não conseguia mais dizer uma palavra sequer, por isso não consegui pedir para não lutar.

Entrei na arena e vi que meu oponente era uma pessoa mascarada.

Quando deram início á luta, eu não avancei, permaneci imóvel, encarando o sangue do Natsuo no chão.

Eu caio de joelhos, então volto a chorar.

Depois disso eles deram a vitória ao meu adversário, com a desculpa de que eu não estava em condições para lutar. Então não acharam "justo" ele ter que pagar por isso, só por que eu comecei a chorar na arena.

O pior é que eu tinha uma leve impressão de que isso tudo foi armado para dar a vitória para aquele verme do meu ultimo adversário.

Mas, eles tinham razão. Eu não estava em condições para mais uma luta. Estava abalada e depressiva.

Desisti do meu sonho por uma burrice que eu cometi na arena... Eu sou mesmo uma completa idiota...

Stephen e Eleanore me levaram de volta pro nosso acampamento. Enquanto Stephen fazia a comida e a Eleanore tentava me animar de todas to maneiras, eu ainda não tinha me recuperado completamente do que tinha acontecido mais cedo.

E, provavelmente nunca vou me recuperar.

Não pude concluir o meu sonho, não pude evitar a morte daquele garoto.

Sou uma completa estúpida.

Eleanore: Ei, não fique assim. Essas coisas acontecem... você precisa ser forte.

Com um olhar triste e depressivo, eu encarava a fogueira em brasas na minha frente.

Eleanore: Hum... e- Eu não vou te deixar... Pretendo ser sua Sensei até você se tornar uma caçadora, mesmo que isso demore mais três anos.

Eu ouvi aquelas suas doces e sinceras palavras. Como reação, me aconchego em seu ombro. Enquanto eu descansava em seu ombro, ela corava.

Um tempo se passa, já tinha passado da meia-noite e ainda não tínhamos ido dormir, pois Stephen e Eleanore não paravam de conversar, enquanto eu não queria nem me mexer nem falar nada.

Até que, um som de passos se aproximando, galhos a se partir e as folhas a se agitar puderam ser ouvidos de um ponto específico da floresta. Uma luz aparece sobre as moitas, até que mais e mais luzes surgem.

O sujeito por trás das luzes aparece e algo finalmente rouba minha atenção.

Era ele...

Acompanhado por seus 6 capangas de armadura de aço que também carregavam espadas consigo.

(...): Bom vê-la novamente, Baldric-san.

Aquele velho que se assentava naquela cadeira dourada e que vivia com um olhar de desprezo sempre que eu lutava no campeonato de hoje mais cedo.

O que ele quer comigo... ...?

Contínua...