Seu cheiro ainda é o mesmo.
Mas ele tá completamente diferente de antes...
Emilia: É você!!
Estava diante daquele que tinha sumido por tantos anos.
Você mudou bastante...
Merlin...
Merlin: Você mudou muito, Emília.
Tais palavras acompanhadas de um belo sorriso.
Aquele sorriso... Ainda é o mesmo de antes, o mesmo tímido e sincero sorriso.
Emília: Eu... Mas como?
Apesar de o ter reconhecido um pouco por sua voz, sorriso e os traços, ele já não era o mesmo Merlin que um dia conheci.
A cor de seu cabelo costumava ser preto por naturalidade, então por que agora é branco como a neve? E os olhos? Estão completamente vermelhos como sangue!
Ele também aparenta ser mais maduro do que eu...
Como ele foi ficar assim?
Emilia: Mas... Como você... O que aconteceu com você? A última vez que ouvi falar de você foi à anos, os seus pais disseram que você desapareceu na mesma noite em que... Coff, coff! Bom, você sabe.
Merlin: Bem, agora você terá a resposta.
Ele se senta num tijolo daquela ruína que estávamos próximos e finalmente contou toda a verdade.
Merlin: Eu fugi de casa para não colocar ninguém em risco. Quando eles descobrissem que eu tinha uma família, os monstros iriam atrás deles.
Emília: Os monstros? Por que eles iriam atrás da sua família?
Merlin: Entenda de uma coisa, Emília...
Ele olhou para o céu e continuou.
Merlin: Para você se tornar uma Caçadora profissional, você vai precisar abrir mão de muita coisa. Isso inclui: Família, amigos, amantes, tudo...
Corei ao ouvir "amantes".
Merlin: Tudo para mantê-los seguros.
Emília: Por quê? Por que simplesmente não posso ter os dois? Não posso seguir o meu sonho e ao mesmo tempo ser uma boa filha?!
Ele aperta a própria máscara e a esmaga.
Merlin: Você não entende! Se eu pudesse, eu teria feito o mesmo... A única forma de você ser uma boa filha e uma caçadora é renunciando todos os laços parentescos, para manter todos a salvo de uma futura guerra.
Emília: Mas... Eu não entendo…
Ele solta máscara e ela cai no chão.
Merlin: A verdade é que "eles" são monstros vingativos. Se você matar um, nascem 8. Esses 8, se eles te reconhecerem, você será caçada, quando eles descobrirem quem é a sua família, na primeira oportunidade eles acham um jeito de invadir a Cidade fortaleza e caçam a sua família.
Emília: Isso é-
Merlin: Terrível? Não não não... Eu ainda nem cheguei na pior parte.
Ele olha para o chão e fecha a mão com raiva.
Merlin: se sua família for sequestrada, eles não irão mata-los, sua família será torturada da pior maneira possível.
Meus olhos arregalam.
Merlin: exemplo de casos que já foram confirmados durante algumas de minhas missões: estrangulamento; incinerações; tortura e...
Ele vira o rosto e olha para mim, mas não nos meus olhos, mas para as minhas mãos.
Merlin: eles te humilham de formas terríveis. Como: Lhe transformar em uma empregada sexual. Você terá sorte se acabar sendo uma empregada sexual particular de apenas uma criatura, geralmente a empregada é de todos do bando. E dependendo da espécie, a garota pode morrer ainda antes de parir os genes da criatura dentro dessa garota. E isso tudo é feito com mulheres...
Ele olha para a própria mão um tanto trêmula.
Merlin: Agora com homens são casos ainda piores. Exemplos: fazem eles comer comida sem parar, até explodir ou morrer engasgados; ou, eles te deixam ficar sem comer e dormir, uma morte lenta e dolorosa; cortavam os dedos dos pés e mãos, tiravam fora o pênis e davam o resto do corpo para os recém nascidos devorarem; alguma tribos demoníacas utilizam a técnica "O garfo dos hereges"; enfiavam lanças enormes em seus ânus e as faziam varar na boca.
Seu olhar muda, ele instantaneamente se entristeceu ainda mais, mas continuou.
Merlin: Um método de tortura aplicado para ambos, tanto homens tanto mulheres que assassinaram membros da espécie deles, teria uma punição ainda pior.
Uma lágrima escorre de seu rosto enquanto ele falava.
Merlin: eles aplicam todas esses métodos que mencionei, porém, quando você estiver prestes a morrer, eles aplicam a melhor cura possível em você, e quando você estiver recuperado, ele repetem tudo de novo. Te fazem passar pela tortura de novo, e de novo, e de novo, e de novo… E por ai vai...
Ele respira fundo.
Merlin: Aah... Eles precisam pagar por tudo que nos fizeram, todas as espécies, sem deixar faltar uma.
Ele termina.
Merlin: Esses e muitos outros meios de tortura que prefiro não mencionar para não lhe fazer vomitar nesse pobre chão.
Emília: Isso… Isso é terrível...
Merlin: Eu nunca disse que a vida de um caçador é bonita.
Emilia: Mas por que você não me disse nada... Naquela época…?
Merlin: Porque eu sabia que você iria querer vim junto.
Emilia: Bom, isso não é totalmente verdade!... Você sabe o quão preocupada eu estava? Você sabia que me culpei por meses por causa do seu desaparecimento?
Merlin: Eu sei disso e me arrependo. Mas, fiz tudo isso para te proteger, proteger a minha e a sua família.
Emília: Então porque você não ta tentando me impedir agora?
Ele volta a sorrir.
Merlin: Porque esse é o seu sonho!
Depois de uma conversa sombria como aquela, o seu sorriso me alegrou, então conversamos por mais algumas horas naquela noite gelada.
Merlin: Bem, bem, bem! Espero que você esteja pronta para amanhã.
Emilia: Preparada pra quê?
Merlin: Eu não te disse? A partir de amanhã, você vai passar a treinar pesado. A partir de amanhã o verdadeiro treinamento vai começar.
Emília: Aaaaahhhrrr nãaao!!!...
Mais um teste... Quantos mais terei que fazer?
Não tinha onde dormir, então dormir num pequeno e vasti campo verde alí perto, peguei uma folha quase do meu tamanho e a usei para me embrulhar.
Na manhã seguinte acordei bem cedo para o próximo teste. Quando me levantei, olhei para o lado e vi uma grande caixa preta. Pego ela e percebo que não está na chave, averiguo mais a caixa e vejo um bilhete preso nela, na carta estava escrito: "para: Emília." pego e, abro a mala. Dentro haviam duas Katanas 'O tanto imperiais' encaixadas em suas bainhas pretas com detalhes dourados, o guarda-mão tinha um formato que lembrava muito uma flor de lótus, o cabo era normal, o que destacava era um laço vermelho em cada cabo.
Emília: Uuaaaaahh!! Elas são lindas!
Fiquei uns dez minutos seguidos só abraçando e admirando minhas espadas.
Paro de apreciar as minhas espadas. Olho ao meu arredor e percebo que aqueles três já tinham saído. Coloquei as espadas de volta na bainha e as encaixei na minha cintura com um cinto de pano e deixo a caixa jogada no chão. Então finalmente saio a procura daqueles três.
Depois de alguns minutos caminhando pela floresta, finalmente os encontrei perto de uma enorme queda d'água.
Os lados da queda d'água haviam enormes paredes de pedra e, embaixo, um belo rio raso e transparente, com pedras no meio do rio. Enormes árvores verdes cercavam o lugar, deixando ainda mais belo.
Merlin: Ei, você veio! eu pensei que você nunca chegaria. Ha! Ha! Ha!
Ele me avistou e acenou para mim, enquanto eu admirava todo o lugar.
Emilia: Huh? Ah!… Como achou que eu deveria ter começado a procura-los?
Merlin: Bem, você veio. Enfim, eu não sei se eles já se apresentaram, mas esses são Eleanore e Stephen.
Eleanore: Bom dia, galinha matriarca.
Stephen: Você dormiu bem, senhorita?
Agora posso ver bem melhor suas aparências.
O "Meu salvador" era um homem branco, alto e magro, seu cabelo é bem curto e sua cor é castanho claro.
Já a "Baixinha", ela é baixa, pálida e magra, tem os olhos grandes e o cabelo preto com as pontas pintadas de roxo, sem franja. Não parecia em nada com uma criança, apesar de ter a aparência jovial e o quase sofrer de nanismo pelo tamanho: 1,53m, ainda assim, ela passava um ar de superioridade.
Ambos tinham tirado seus ponches e, deixado apenas a roupa que estava por de baixo e, os dois usavam sobretudos. O Stephen usava um sobretudo roxo escuro, com detalhes verdes escuro.
E, a Eleanore usava um sobretudo Lilás e alguns detalhes como nas mangas e na Vermelho cereja. E um cinto preto que passava entre sua cintura.
Emilia: Bom dia!... Sim, obrigada pela preocupação!... E qual é o teste?
Merlin: Você terá que abrir a cachoeira.
Emília: ah! Sim, certo!
Puxo uma de minhas espadas da bainha e olho para a queda d'água.
Se bem que...
Emília: Ei, ei! O que foi que você disse?
Com um sorriso no rosto, Stephen toma a dianteira na resposta.
Stephen: Abra a cachoeira!
Emilia: O que?! Como assim abrir a cachoeira??? Quem vocês pensam que eu sou eu, hein?! COMO EU FAREI ISSO?!
Stephen: Com a espada, senhorita.
Eleanore: É óbvio.
Emilia: Mas isso é impossível!!
Eleanore cruza os braços e diz:
Eleanore: Será impossível se você acredita ser impossível. Nesse mundo, quando mais determinado você estiver, quanto maior a adrenalina, mais forte você será.
Ela estava olhando nos fundos dos meus olhos quando disse isso, ela descruza os braços e se afasta, ela saiu de perto e se sentou numa grande pedra que emergia do rio próxima de onde eu estava.
Emília: Eh?...
Depois que ela disse aquelas palavras, eu me incentivei e comecei a balançar uma das espadas que ganhei, incansavelmente a cachoeira.
Infelizmente, nada adiantou. Quanto mais eu tentava, mais meu desejo de ser uma caçadora desaparecia. Porém, sempre que eu recordava as palavras daquela garota e do jeito que ela me olhou...
Acho que ela acredita no meu potencial, tanto quanto eu mesma. Então, eu não vou desistir, mesmo que pra isso eu fique meses apenas balançando a espada contra o vento na esperança de cortar essa maldita cachoeira.
E eu falei sério.
Dois anos se passaram desde então.
E, muitas coisas aconteceram nesse meio tempo.
Uns 3 dias depois de ter começado meu treinamento na cachoeira, Eleanore me convidou para ir até a minha casa. No meio do caminho, eu disse que o resto era comigo.
Escrevi uma carta para a minha Mãe, na carta dizia: "Bom dia, querida Mamãe. Sei que deve estar preocupada, mas eu estou bem. Porém, eu não posso mais viver sendo sufocada dentro dos muros, preciso ser livre. Isso não é um adeus. Com amor, Emilia". Usei a janela aberta do meu quarto, entrei e deixei a carta em cima do meu travesseiro e fui embora.
Com certeza isso não é um adeus, eu pretendo voltar. E voltarei carregando nas mãos a cabeça do principal monstro por trás dessas guerras.
Aconteceu um outro evento inusitado pouco depois.
Semanas depois de ter me despedido de minha Mãe, Merlin também teve que se despedir, pois foi chamado para as missões no sul do japão, desde então nunca mais voltou.
Seus camaradas Caçadores também não sabiam nada sobre quando ele ia voltar. Mas, se ele aparecer, darei um soco nele, disso eu tenho certeza.
Os únicos que restaram foram Eleanore e Stephen, eu fiz um forte vínculo com eles. A propósito, eu e Eleanore agora somos grandes amigas! Acho que da até pra considerar que somos melhores-
"SPLASH!!!"
Um balde cheio de água cai sobre a minha cabeça, me encharcando toda e me acordando desesperada.
Eleanore: Acorde, galinha matriarca.
Emilia: AAAHH!!! Blé! Blé!... Sonhei que estava tomando banho.
Stephen: Não sonhou errado. Ehehe...
Minha rotina diária era caçar alguns animais que viviam dentro da floresta. Sim, basicamente me tornei uma caçadora estilo antigo. Eu sou obrigada a passar por isso, pois, dependendo da missão que eu pegar, irei passar por diversos desafios, não só desafios de força, mas também teria que lidar com a fome.
Como me acostumei? Bem, faz tanto tempo que me acostumei em comer carne de animal ser ter um bom preparo antes que acabei me acostumando. Só me lembro que meu estômago demorou semanas para se acostumar com o alimento.
De segunda á sexta eu treino combate corpo a corpo com a Eleanore.
Eleanore: Agora faça como eu te ensinei.
Emília: Certo!
Eleanore: Venha.
Avancei rapidamente, com o corpo jogado um pouco para baixo. Arrasto a mão no chão e levanto poeira contra o rosto dela.
Ela usa a mão para evitar que a poeira pegasse em seus olhos, enquanto ela se defende, eu mando um ataque direto com a espada contra o rosto dela, porém, ela se desvia jogando facilmente o rosto pro lado, me fazendo passar direto. Ela se aproveita dessa rápida abertura e, efetua uma joelhada do meio do meu estômago o que me fez ser arremessada 4 metros de distância dela.
Emília: Ouch!…
Eu rolei no chão, paro ao cravar as mãos no chão.
Eleanore: Muito afobada para uma garota da sua idade.
Emília: Oof, oof! De novo!
Eleanore: Me faça o favor? Dessa vez faça direito.
Tiro a mão do cabo da espada, então avanço novamente nela. Passei as duas mãos no chão, levantei e acumulei poeira e, joguei uma poeira da minha mão contra o rosto dela, mas, novamente ela defende com a mão, jogo poeira de novo contra o seu rosto mas ela defende. Porém, foi nesse momento que ela usou os dois braços para se defender que eu vi uma abertura.
Pulo contra ela e, uso uma joelhada para acertar seu rosto, mas novamente ela defende usando os dois braços. Uma leve onda de choque passou pela minha perna.
Emília: Te peguei.
Como ela se defendeu de um dos meus pés, uso o outro que estava de apoio para acertar seu rosto, e consigo. Com isso eu me afastei dela.
Puxei as duas espadas, cravo as mesmas no chão, então começo a correr em círculo em volta de Eleanore, as espadas no chão levantou uma parede de poeira, o que tampou a visão dela.e aproveitei dessa vantagem dela estar cega momentaneamente, para arremessar minhas duas espadas contra ela, cada uma vindo de uma direção diferente, para o trabalho de defesa dela seja menos eficiente.
Ao arremessar as mesmas, eu mesma me joguei pra dentro dessa parede de poeira com um pulo. Uso as mãos para tampar os olhos da poeira, abro os olhos novamente e não vejo ninguém onde deveria estar a Eleanore.
Porém, uma mão aparece por de baixo da poeira e agarra minha perna.
Emília: Huh?
Essa mão rapidamente me puxou pra direção de onde eu vim e sou jogada de costa contra o chão.
Emília: Aaaah!!
Sinto um peso sobre o meu peito, quando abro os olhos, Eleanore estava com o joelho sobre o meu peito e com a espada apontada para o meu pescoço.
Com um olhar confiante, ela disse:
Eleanore: Com essa são 579 vitórias consecutivas.
Emília: Argh! De novo!
Ela demonstra um sorriso sublime em seu rosto, meio escondido, mas ainda era um sorriso gentil, como se ela estivesse feliz em me treinar.
Esse estilo de luta que apresentei foi ensinado a mim pela Eleanore, ela disse que sou fraca e desleixada, por isso ela tinha que me ensinar técnica de luta fácil de se aprender, algo adequado para mim.
E, para terminar, nos sábados e domingos eu ia até a cachoeira para corta-la.
Ou pelo menos tentar corta-la.
Nesses dois anos meu cabelo cresceu bastante, vivia espalhado e bagunçado, tinha dias que eu nem tomava banho de tão focada que eu estava, e eu não cortei um fio desse meu cabelo, eu me recusava a corta-lo antes de eu partir ao meio a cachoeira.
Eu também aprendi muitas noutras coisas, por exemplo: A técnica de batalha "Gokan no shūtoku" (五感の習得) uma tradução literária seria: Maestria dos cinco sentidos. Essa técnica, se posta em prática, permite que todos os sentidos do usuário aumentem.
Audição: Sua audição é melhorada em 20 vezes, podendo até mesmo ouvir algo pequeno cortar o vento.
Olfato: O cheiro das coisas fica mais forte. Podendo até mesmo sentir o cheiro de algo forte a vários quilômetros de distância.
Paladar: Na primeira mordida o usuário é capaz de analisar em 2 segundos se algo está envenenado ou não
Tato: Mesmo sem nem ter te tocado, os pelos do corpo, mais em específico: Cabelo. Se arrepiam, o tempo de reação do usuário para tudo é aumentado em 10 vezes.
Visão: Consegue ver objetos do tamanho humano a vários e vários quilômetros de distância, sem nenhuma perda de foco.
Tudo melhora.
Para alcançar e dominar essa técnica, é preciso passar por um teste de resistência e força super rigoroso.
Por exemplo: Meditar por um dia inteiro, ou até mesmo por várias semanas; Meditar de baixo da cachoeira, enquanto a forte água cai sobre sua cabeça.
E outros tipos de testes…
Porém, não é qualquer um que domina essa técnica. Existem poucos relatos de pessoas que dominaram pelo menos 50%, esse número de relatos não passa de 5, isso em toda a história. Reza a lenda que, o único ser capaz de dominar essa técnica em seus 100% é a Deusa Lua, mas isso não é uma certeza, é apenas um mito.
Pessoas fracas de mente e corpo como eu no máximo passarão a vida toda tentando, mas não irão dominar nem 8% da técnica. O "8%" é o auge que posso alcançar.
Gokan no shūtoku, se dominada por mim, meus golpes serão mais pesados. Ou seja, se caso eu aplique um ataque certeiro, posso matar meu adversário sem muito esforço.
No entanto, o domínio só é alcançado por aqueles que são mestres em relaxar e, eu não sou boa nisso, a única hora do dia que relaxo é quando durmo. Porém, eu fazia de tudo para passar por esses testes para aprender essa técnica, por mais que não seja do meu perfil.
Depois de treinar com Eleanore, eu fui pra cachoeira para outra tentativa falha de cortar aquele maldito projeto fracassado de torneira mundial que é essa queda d'água.
Eu balançava a espada contra a direção da cachoeira umas 200 vezes por dia, mas nada acontecia, inclusive hoje.
Meu braço já estava completamente dolorido. Parecia até que meu braço poderia cair a qualquer momento.
Desabo de joelhos no chão daquele rio raso e encaro o céu azul. Até que, após várias e várias tentativas sem resultado, ela voltou a aparecer para mim como um brilho verde.
Aquela mesma entidade mágica com um tamanho minúsculo que cabia na palma da mão e das asas pequenas e transparentes.
Aquela Fada de antes que, aliás, apareceu uma vez e depois desapareceu por tanto tempo. O que traz ela aqui?
Emilia: Você de novo! Quem é você?...
Itu: Eu sou Itu, itu Sternbrand, a princesa das fadas e, vim aqui para ajudá-la, Emília.
Emilia: Por que você quer me ajudar?
Itu: Itu percebeu que você quer se tornar uma caçadora, não é?
Emilia: Sim... Mas isso é problema meu e não seu. Agora saia, somos inimigas no fim das contas.
Itu: Espere!... Itu sabe que pode ser útil... Itu sente isso! Permita Itu ajudar Emília.
Emília: hum... Certo, faça sua mágica, monstro.
Itu: Itu gosta de Emília, pois a ingenuidade de Emilia encanta Itu e, é por isso que Itu quer ajudar Emília a alcançar seus objetivos.
Emília: O quê?
Naquele momento eu definitivamente não estava entendendo absolutamente nada do que ela quis dizer.
Até que, um brilho mágico passa sobre mim. Nesse momento pude sentir uma breve coceira nas minhas bochechas rosadas.
Algo mudou?
Eu realmente não sei, mas eu preciso ver para crer. Por algum motivo sem lógica, eu me sentia mais forte
Então me virei em direção á cachoeira, puxei a segunda espada na bainha e balancei as duas espadas com força na direção da cachoeira.
"Bash, bash!…"
E, como num passe de mágica, a cachoeira se partiu, eu dividi a cachoeira. Fiz do impossível ser possível.
Meus pés estavam tremendo e, ao longe, vinham Stephen e Eleanore correndo alegremente até mim.
Emília: Eu- Não, nós conseguimos…
Itu: Não, Emilia, você conseguiu. Isso é tudo porquê Emília queria. Basta querer.
A fada novamente desaparece do nada assim como apareceu.
Não sei se a verei novamente, mas gostaria que "ele" estivesse aqui para me ver…
Ao longe da floresta, com vista para a cachoeira, acima das montanhas estava Merlin. Assistindo a cachoeira se dividir ao meio.
Um sorriso sincero e de orgulho cresce em seu rosto.
Continua...