Chapter 9 - 9 ª Parte

Há momentos na vida que devemos olhar para o céu e dizer graças a Deus, mas há momentos na vida que queremos apenas atirar alguém pela sacada.

Eu nesse momento estava tentada a atirar minha mãe e a minha tia pela sacada enquanto eu me faço de a Egípcia. Mas a única coisa que eu podia fazer nesse momento era sorrir e falar Amei, Gostei, Esse não.

—Até parece que eu vou casar! —Digo logo depois de minha mãe ter me mostrando o 10º vestido e ter achado que ele não era digno para ser usado numa data tão importante como meu aniversário.

Vejo minha mãe deixar o vestido cair de suas mãos e minha tia se virar para mim com seus olhos arregalados como se estivesse com medo de algo.

—Vira essa boca para lá, guria! —Ela me diz enquanto se senta do meu lado me fazendo ter que deslizar para o lado. —Tu não sabes como é a vida de casada, é uma merda!

Ela fala com uma maturidade que até surpreende, olho para minha tia com os olhos a fritare-la. Ela me olha e dá um sorrisinho de lado como se estivesse tentada a contar um pequeno segredo.

—Mais se você se casar com seu vizinho gostoso tenho certeza que sua vida de casada será tão divertida que você vai até esquecer da gente! —Ela me diz e logo depois dá um pequeno sorriso safado como se estivesse pensando em algo pervertido.

—Cala a boca, Carla! — Minha mãe diz enquanto joga um vestido rosa na minha tia.

—O que? Eu disse a verdade, aquele moço é muito gostoso. Não é porque sou casada que to morta. — Minha tia diz enquanto tira o vestido rosa de cima de si e joga de volta para a minha mãe que o pega e o descarta na pilha de vestido que foram negados por nós três. —Dalila é sortuda, porque ela tem como alma gêmea esse cara gostoso.

Olho para minha tia e fico tentada a dizer para ela que não era bem verdade. Asula ainda não me amava como era para ser. O coração dele ainda não era meu e por isso ainda não podíamos dizer que éramos almas gêmeas.

—Por favor, Dalila sai dessa bad e volta para cá! —Minha mãe me diz enquanto se senta do lado da minha tia a fazendo quase me joga para fora do sofá. —Asula ainda não se deu conta que te ama, mais qualquer pessoa pode ver que ele está sentindo algo por você então para de ficar aí se sentindo a coitada da história e vá escrever a história de vocês dois.

Abro a boca para falar algo mais o olhar afiado da minha mãe me faz fechar rapidamente como se eu nem tivesse aberto.

—Se você for falar que eu daria uma ótima autora de livro de autoajuda, juro por tudo que é mais sagrado que empurro sua tia e a faço cair em cima de você, Dalila! —Minha mãe me diz com sua voz fria como o inverno me fazendo apenas erguer os braços como se estivesse me rendendo.

—Mais você daria uma ótima autora de livro de autoajuda, Cassandra! —Minha tia diz fazendo com que minha mãe a olhe com seu melhor olhar e de um pequeno sorriso de lado.

Engulo em seco sabendo que a qualquer momento minha mãe vai pular em cima da minha tia com tudo e eu apenas terei que me fazer de a Egípcia enquanto ela mata a minha tia.

—Verdade! —Ela diz com a mão esquerda embaixo do queixo e com o olhar para o nada. —Eu poderia fazer muito dinheiro vendendo meus conselhos.

—E não se esqueça de stalkear as pessoas! —Digo com um pequeno sorriso para minha tia que apenas arregala os olhos enquanto se volta para minha tia.

—Você stalkeou o Asula? —Minha tia pergunta enquanto uma moça surge na nossa frente com um vestido vermelho rendado na barra.

—Eu não stalkei ele, eu mandei alguém fazer isso por mim! —Ela diz com um pequeno sorriso nos lábios enquanto observa o vestido que a moça mostra para minha mãe que apenas inclina a mão para o lado dispensando o vestido e fazendo eu e a moça suspirarem de cansaço.

—Mas não seria a mesma coisa? Tipo você pagou alguém para stalkear o Asula na cara dura! —Minha tia diz enquanto minha mãe apenas olha para as unhas pintadas de vermelho a procura de alguma falha que ela pudesse usar como desculpa para fugir do assunto.

—Ora essa, se eu não fizesse isso, você acha que Dalila faria algo? Por favor, Carla sabemos que Dalila iria fugir no primeiro momento e eu não quero minha filha na forma de um pássaro para o resto da vida então eu fui mais rápida e mandei stalkea-lo!

—Tá, mais não precisava humilhar também, né mãe? —Pergunto enquanto olho para ela.

Nos duas ficamos nos olhando enquanto que minha tia vendo que a qualquer momento uma de nos duas iriamos nos matar ali na frente dela, apenas pegou o celular e começou a mexer no instragram.... Eu tenho uma tia moderna.

—O que acham desse daqui? — A moça que antes via com um vestido em mãos, ele era diferente e parecia me chamar.

—É esse! —Digo me levantando do sofá e pegando o vestido das mãos da moça que apenas suspira aliviada por teremos encontrando o vestido depois de quase 4 horas naquela loja.

Assim que eu o pego em mãos consigo sentir sua textura e posso sentir que é aquele vestido. É com aquele vestido que descerei as escadas da minha casa e receberei os convidados com um sorriso nos lábios por ter o vestido certo para o momento em que eu irei brilhar mais do que a estrela de Natal.

—Ok, vamos levar esse mesmo! —Minha mãe diz enquanto se levanta do sofá acompanhada da minha tia que apenas se vira para o espelho e tira uma selfie...

Tenho certeza que é para o instragram dela.

—Graças a Deus! —Ouço a moça do meu lado sussurra me fazendo virar para ela e com um pequeno sorriso nos lábios a deixar envergonhada pelo simples fato de que eu a ouvir falar.

Eu tinha o vestido. Tinha a comida. Tinha as músicas selecionadas. Tinha a lista de convidados então porque eu to parada na porta da minha casa com a sacola em mãos e com a boca aberta?

Simples, Asula e seus dois pais estavam sentados no sofá branco da sala tomando café acompanhados de meu pai que conversava animado com os dois homens mais velhos. Engulo em seco porque eu sei que assim que eu sair da frente de minha mãe, ela vai colocar seu sorriso de Cleópatra nos lábios e com os olhos de Ciclope vai caminhar até meu pai.

—Porque estacou aí criatura? —Ouço minha mãe me falar enquanto que fica a dar pequenos pulos como se estivesse tentado olhar por cima da minha cabeça. —Dalila, se não vai andar sai da frente!

Se eu sair da frente minha mãe vai fazer o que ela sabe fazer de melhor...Planejar um assassinato.

Ou seja, tenho dó dos pais do Asula.

—Não vai sair da frente criatura? —Minha mãe me pergunta enquanto ainda me encontro parada ali na porta de casa com os quatro homens me olhando. —Dalila, juro por tudo que é mais Sagrado que se você não sair da minha frente eu vou te atirar com tudo para dentro de casa! —Minha mãe me diz enquanto me empurra para frente.

Eu tropeço em meus próprios pés enquanto sou jogada para frente pela minha própria mãe.

— Para que tanta violência, Cassandra? —Minha tia pergunta.