Um celular começa a emitir um som alto, pois era o despertador do celular.
No qual estava em cima duma pequena estante de madeira ao lado de uma cama.
— Ah, que coisa, já está na hora de levantar.
Era um adolescente de pele parda, seus cabelos pretos estavam bagunçado, nisso ele se levanta com umas roupas desgastadas por serem velhas, nisso ele pensa.
"Lá vamos nós de novo."
O mesmo após arrumar sua cama de madeira que fica de frente com seu armário, foi abrir sua janela de seu pouco bagunçado quarto no qual logo acima fica seu ar condicionado, para iluminar, assim foi saindo do quarto.
"Pra que vou ligar a luz quarto, se eu posso apenas abrir a janela."
Saindo de lá, ele vê um corredor com diversos quadros de sua familia, mas algo acontece, era um vulto, entretanto, nada se assusta, assim vai até o banheiro pensando, o qual fica ao lado do quarto dele.
"Isso não me assustam mais, nem seu o por que ainda tentam."
Já no banheiro, ele vai pensando enquanto joga água no rosto e se seca com uma pequena toalha, e urina dentro do vazo sanitário.
"Eu tinha medo de vultos, mas agora, se tornou algo muito banal."
Depois disso tudo, ele sai do banheiro com seu rosto seco e vai até a cozinha, no qual fica no final do corredor, que não é grande, mas continua.
"Eu tinha seis anos quando isso começou, os vultos eram assustadores, desde aquele dia isso sempre esteve comigo, mas agora que tenho dezesseis anos isso se tornou tão comum que nem me assusta mais."
Chegando na coisinha, lá estava sua irmã mais velha, na qual parecia uma linda índia, também utilizando uma roupa mais desgastada, os seus belos olhos verdes rapidamente ficaram olhando para os olhos azuis dele.
— Bom dia Lucas, dormiu bem? Pela sua cara de bunda que tá fazendo agora acho que não.
Lucas vai até o balcão da cozinha para fazer o seu café da manhã, no qual é apenas um achocolatado em uma xícara e pão com mortadela, entretanto não deixa de responder sua irmã mais velha.
— Haha, grande piada hein Julia? Mas eu estou bem e dormi bem, o pai e a mãe já foram trabalhar?
Ela que está bebendo um café num xícara, sentada na cadeira que fica de frente com a mesa da cozinha, o qual fica perto da entrada as cozinha, a mesma logo responde forma alegre.
— Eles foram sim, o pai volta lá pelas quatro da tarde.
Já terminado de fazer isso ele comenta.
— A é? Eu nem tinha percebido que já era quinta-feira.
Ela logo vai até ele dizendo.
— Pois é, agora parando para pensar, não falta muito para as férias de inverno.
Lucas já estava indo se sentar para comer seu café da manhã quando diz.
— Pelo menos isso.
Porém pensa.
"sempre é assim, ela sempre fica fazendo piadinhas quando tem a oportunidade, não sei o por quê, mas de vez em quando, eu fico com raiva disso, mas isso não o caso hoje, eu tenho que terminar logo com isso, e ir me arrumar para ir ao colégio."
Já indo para o quarto após ter tomado o achocolatado e comido pão com mortadela, e lavado sua xícara e seu prato, sua irmã logo diz.
— Semana que vem a mãe e o pai, planejam ir ao cemitério para ver ele, não quer ir conosco?
Lucas já na entrada do quarto para.
— E por quê faria isso?
Ela então deixa sua xícara já vazia na pia da cozinha e responde.
— É porque semana que vem vai completar dez anos daquele dia.
Lucas então vai entrando no quarto dizendo.
— Vou pensar, quem sabe eu vá lá com vocês.
Ao fecha a porta do quarto ele logo vai pensando.
"Não sei se devo ir ao cemitério semana que vem, principalmente até ele, pois aquilo ainda me faz ter culpa, mas, calma, aquilo não foi minha culpa, não foi!"
Naquela mesma estante que se tem seu celular, também contém em cima diversos papéis de diagnósticos psicólogos, e todos contendo uma coisa em comum entre eles, que é o paciente possuir um forte trauma de infância.
Assim ele foi se arrumando, e durante isso tudo, Julia após lavar sua xícara vai ao seu quarto se arrumar para o colégio, nisto ela pensa.
"Espero que ele não tente fazer nada idiota semana que vem."
Após todos estarem prontos, eles sabem da casa, e vão até o portão da casa, nisto Julia pergunta a ele.
—Hoje tu tem alguma prova?
O mesmo responde de forma tranquila.
— Não, e por quê do nada essa pergunta?
Ela logo responde, enquanto eles já estavam indo ao colégio.
— Não era nada, só queria ver se meu irmão precisava de ajuda.
Estranhando essa situação ele questiona.
— Você sabe que nunca precisei de tua ajuda para estudar, o que estão querendo fazer comigo dessa vez?
Julia pega de surpresa.
"Droga ele já está suspeitando!"
Dessa forma ela simplesmente responde.
— Na hora tu vai saber.
Ele fica notavelmente desconfiado e comenta de forma pouco séria.
— Se for outro psicólogo não vai funcionar, já me fizeram fazer isso diversas vezes e nunca deu certo.
Ela não responde, mas pensa.
"Melhor não continuar com esse assunto, se não ele logo vai descobrir."
Assim foram andando nas calçadas bem concretadas, nesse trajeto passaram por alguns prédios, diversas casas e lojas, mas ao chegar até a colégio, Julia comenta.
— Então tá, tenha uma boa aula.
Lucas se despede comentando.
— Tu também, vá bem.
Nessa forma ele foi adentrando no colégio, passando pelos grossos muros do mesmo, no qual protege quatro prédios, sendo um deles o ginásio do colégio.
Já os outros três prédios, era para salas de aula e a outra é biblioteca, sala de informática, diretoria, secretaria, salão, laboratório de química, biologia e entre outros, mas não muito longe dele havia uma adolescente que está lhe esperando.
— Lucas!
Ele a olha, e vê essa adolescente bonita de pele branca e longos cabelos pretos, utilizando o uniforme da escola, seus olhos castanhos reluzentes a luz do sol dessa manhã.
A mesma se aproxima até ele, mas o mesmo pouco se importa com isso e apenas continua andando.
"E lá vamos nós de novo."
Ao chegar até ele, a mesma pergunta alegremente.
— Eai Lucas! Como está?
Ele vai tranquilamente ao prédio onde fica sua sala.
— Eu estou bem, e você?
Ela fica mais alegre enquanto o segue.
— Ainda bem que perguntou, eu consegui conversar com o Yuri e consegui conhecê-lo a ir ao clube recreativo perto da minha casa, então ...
Então a interrompe perguntando.
— Tá bem, mas o que está querendo dizer com isso? Quer que vá também é isso?
Pega de surpresa, ela pensa rapidamente.
"Porcaria!"
E responde.
— Bem, é isso mesmo.
Eles já estavam dentro do prédio passando pela multidão no corredor.
— Ok então, eu realmente preciso sair um pouco.
Ela fica mais surpresa ainda com isso.
— Sério? Tu vai mesmo?
Não muito longe da sala, após subir uma escada para o segundo andar, ele responde tranquilamente.
— Eu vou sim, por quê o espanto? Mudou de ideia?
Ela se envergonhada ao ser confrontada com essa pergunta, assim apenas reponde um pouco envergonhada.
— Não é isso, é que fiquei surpresa por querer espontaneamente ir com agente.
Ele olha para cima de forma pensativa
"Realmente, qual foi a última que fez isso?..... foi naquele dia."
De repente ele vê um vulto de uma criança entre a multidão, ele era familiar, diante disso Lucas se assusta, pois estava olhando nos olhos.
A mesma não viu esse vulto, apenas presenciou o susto dele, nisto intervém.
— O que foi Lucas?
O vulto desaparece quando ela o perguntou, perplexo no que viu ele reponde com relativa calma.
— Não foi nada demais.
Confusa perante sua reação, ela se pergunta.
"O que será que o assuntou dessa forma?"
Após pensar, ela comenta.
— Tudo bem então, qualquer coisa eu estou aqui para te ajudar.
Ainda com relativa calma ele diz.
— Tá ok então, não foi nada mesmo.
Entretanto ele pensa de forma pouco calma.
"Os vultos nunca se pareceram com ele, mas se acalma, lembre-se que não foi sua culpa e tudo ficará bem."
Assim ele entra na sala de aula, bem arrumada, com mochilas penduradas nas cadeiras para marcar o lugar, e vendo não há pessoas além deles dois, assim ele vai e se senta na classe do meio da fileira do meio entre as cinco fileiras da sala.
"Eu tenho que ver o motivo que isso aconteceu."
Mas então ela deixa sua mochila azul na cadeira na ponta da mesma fileira dele, e vai até ele dizendo.
— Acho que agora vai ser história, então, tu terminou de fazer a redação sobre a Reforma Protestante?
Já bem mais calmo, Lucas responde.
— Pra mim foi muito fácil fazer isso, mas e tu Ana? Conseguiu fazer?
Nisso ela responde.
— Bem, eu tive que ficar além da meia noite para terminar, pois eu me esqueci de passar a limpo.
Vendo ela responder dessa forma, ele comenta já totalmente calmo.
— Mas isso acontece, todos esquecem de vez em quando de alguma coisa importante.
Assim começa a chegar mais colegas de aula, pois se aproximava do horário de começar a aula, entretanto chega um outro colega, também utilizando o uniforme da escola, de pele branca e cabelos louros, seus olhos azuis se voltavam a Lucas, e com seu rosto amistoso logo o pergunta.
— Eai Lucas, como vai?
Lucas de forma tranquila, responde.
— Eu estou bem, e tu Yuri?
O mesmo responde de forma amigável.
— Também, mas aliás tu vai clube com agente?
Ana interrompe sua fala dizendo.
— Eu já perguntei isso para ele e ele diz que vai..
Yuri fica surpreso.
— Sério mesmo?!
— É verdade sim, dessa vez vou sair voluntariamente de casa.
Ele fica mais surpreso, então comenta alegremente.
— Que bom Lucas, então vou levar umas bolas para agente jogar um pouco se futebol, vôlei ou um basquete.
Nisso Ana fica com entusiasmo e alegria.
— Vamos fazer assim, que tal vocês dois contra eu a Julia no volei de areia?
Lucas pergunta imediatamente ao ouvir isso.
— Espera aí, você chamou minha irmã?
Ana responde alegremente.
— É claro, se não eu não teria chance de vencer vocês, vocês são quase atletas, como eu teria chance de vitória sem ter ajuda da sua irmã?
Lucas logo pensa.
"Então elas conversaram antes dela vir me perguntar, eu realmente devo sair um pouco mais, estou realmente boiando nesse assunto."
Mas de repente, num piscar de olhos diversos vultos aparecem o ao redor dele formando um círculo, e todos o olhando em seu olhos, todavia, também num piscar de olhos, todos desaparecem.
Lucas não se assusta e pensa rápido.
"Tem alguma coisa rolando, normalmente não era pra acontecer isso."
Então o sinal toca, Ana ouvindo isso vai até sua classe dizendo.
— Então tá, depois agente vê isso.
Yuri por sua vez faz o mesmo comentando.
— Se vai ser assim, então vamos sem piedade no final de semana.
Após o período de aulas, o recreio havia chegado, todos saem da sala, menos Lucas, no qual fica olhando para os lados antes de pegar os fones de ouvido e o celular de seu bolso.
"Pra que vou sair se eu posso relaxar na sala."
Entretanto ele ouve uma voz.
— Se lembra de mim?
Ele se assusta imediatamente, pois isso foi enquanto estava concentrado vendo um vídeo de zueira, nisto Lucas pensa.
"O que foi isso?"
Logo ecoa novamente.
— Você tentou me prender.
Se assustando novamente, ele pensa rapidamente.
"Que droga, onde está vindo essa voz?"
Logo se ouve.
— Você não se lembra de mim? Como pode esquecer de mim.
Ele desmaia e ao fechar o olhos ele começa a ver tudo uma escuridão a seu redor, o chão parecia de concreto mas nada se podia ver além de escuridão, mas uma luz misteriosa se acende a cima de, assim uma forte luz branca em cima dele ele pensa.
"Que lugar é esse?"
Entretanto ao pensar ele ouve o que acabou de pensar ecoado por ele mesmo, e surpreendido com isso acaba pensando ainda mais.
"Mas o que? Isso é algum lugar de minha mente? Mas eu nunca estive aqui, será que consigo falar?"
Todavia ao tentar se pronunciar nada saia dele, ele estava sem voz, assim fica um pouco desesperado.
"Como isso é possível?"
De repente aparece alguém saindo das sombras e se revelando em sua luz, após tanto ouvir passos enquanto pensava.
Se alguém era ele mesmo, mas ele criança de forma macabra, trajado com as mesmas roupas daquele dia, o faz se assustar.
"Quem é você?!"
Seus olhos vazios contendo nada mais além de escuridão saindo lágrimas escuras como noite se olham para seus olhos.
— Eu sou aquele que tu esqueceu.
Ainda receoso com tal indivíduo em sua frente.
"Mas o que eu esqueci?"
Ele logo responde.
— Daquele dia, eu sou a materialização de seu trauma, tu me manteve trancado por nove anos, por isso que tu não se lembra desse lugar.
Lucas pensa perante essa situação.
"Nem me lembro com te prendi, como tu escapou?"
Então ele comenta.
— Eu não sou burro em te contar, melhor não saber mesmo, mas eu agora tenho que te alertar de uma coisa.
Confuso ele logo pensa.
"Alertar? Do quê?"
Ele imediatamente responde.
— Eles estão de volta, e vão atrás de você.
Então cinco pares de olhos luminosos surgem do alto daquela escuridão, assim ele fala.
— Eles...
Assustado com isso tudo, Lucas ouve ele comentar ainda mais.
— Caso tenha esquecido, o meu nome é Tel.
Nessa forma ele começa a ouvir uma voz feminina.
— Lucas! Acorde! Essa não.
Assim Tel expressa um pequeno sorriso.
— Acho que é com você.
Lucas abre seus olhos, e vê que ele já estava sendo levado por Yuri e mais o professor para fora da sala.
Ainda não sabendo o que estava acontecendo ele fala— O que está acontecendo?
Todos se alegram, então Yuri que fez o procedimento de levantar suas pernas, pergunta.
— Que bom que acordou Lucas, já estamos te levando para diretoria para chamar seus pais.
Nisso seu professor também pergunta.
— Como está se sentindo Lucas?Eu achava que estava dormindo em minha aula, até que fui checar sua pulsação.
Chegando na direção ele é logo colocado numa cadeira próximo a porta de entrada, o diretor, um homem negro de cabelos grisalhos, pergunta ao professor.
— O que foi com ele?
O professor responde.
— Ele acabou desmaiando dentro da sala, e quando fui dar minha aula eu percebi que ele estava caído na classe, logo pensei que estava dormindo e fui tentar acordá-lo, mas até checar a pulsação do pescoço dele, assim chamei um amigo dele que estava perto dele e levei para cá.
O diretor logo pensa.
"É melhor chamar os pais dele antes que aconteça algo pior."