Gravação de áudio da Polícia Civil, 18:56 horário de Brasília, 14.8. ....
Sons de passos.
— Muito bem, já entremos no local para investigar.
Mais sons de passos.
— Cara, me lembro quando esse lugar estava funcionando.
— Eu também, eu levava meu filho para cá.
— Ei! Sem distração, vamos logo investigar, ou querem voltar para casa as onze da noite de novo?
— É mesmo, vamos parar de enrolar então, é só isso que temos que fazer hoje.
Sons de passos de metal.
— O que foi isso?
— Não tenho a mínima ideia.
— Não se preocupe deve ser vândalos que entraram aqui sem agente saber e agora estão tentando nos assustar.
— Ei, gente.
— O que foi Rodrigo?
—É o que foi?
— Aquela coisa sempre esteve ali?
— Ali aonde?
— Deixa que eu ilumino.
Sons de metal e respiração forte.
— Aquilo!
— Ah Meu Deus! Bora voltar para as viaturas agora!
Sons alto de passos de metal.
De repente chiados.
Fim da gravação
Chegando na escola ele vai pensando depois de despedir de sua irmã mais velha.
"Como vou fazer isso? Talvez eu tente tomar controle dos meus sonhos, o problema que eu não sei como fazer isso, e também, aquelas criaturas horrendas me dão calafrios, que droga!"
Ana logo o vê na multidão indo para sala, e logo vai até ele, por sua vez o mesmo nem a nota, pois estava ocupado pensando, assim ao chegar nele, a mesma diz de forma alegre.
— Eai Lucas! Como vai?!
Lucas para de pensar ao ouvir ela dizer, e a responde de forma educada.
— Eu estou bem, e tu?
Ela começa a falar com entusiasmo.
— Eu estou tão animada pra manhã, tomará que amanhã não seja muito quente, por causa que na última vez que fui lá num dia de calor, eu acabei ficando com a pele vermelha e o corpo ardendo.
Lucas tenta demonstrar um pouco de animação para ela, mas está focado demais em como romper a conexão que tem com aquelas criaturas, mas tenta disfarçar isso.
— Tomará mesmo, esse calorão parece que tira minha força e fico com vontade de fazer nada.
Ela diz quase dando uma risada.
— Pois é, isso realmente acontece, então não sou a única a sentir quanto a temperatura está alta.
"Eles não podem se envolver nisso de jeito nenhum, é melhor manter isso em segredo mesmo."
Ana nota algo estranho nele e pensa enquanto eles vão chegando na sala de aula.
"Isso está estranho, ele esta agindo de forma suspeita, mas depois aviso a Julia sobre isso para vê se não é só na escola que ele está agindo estranho."
Chegando na sala, eles encontram Yuri no qual ao o vê-lo já foi perguntando.
— Como que tu está? Já está se sentindo melhor?
Ele vai se colocando a mochila na cadeira da classe dele, e se sentando dizendo.
— Eu já estou bem, só precisei descansar um pouco.
Nisso ele vê vultos nas janelas da sala, mas como estava acostumado com isso ele ignora, entretanto ele vê aquela criatura na janela o olhando de forma alegremente bizarra, assim ele se assusta brevemente.
Ana logo pergunta.
— Tudo bem Lucas?
Lucas por sua vez responde.
— Não foi nada, foi apenas eu me lembrando dum pesadelo.
Yuri logo comenta.
— Então tá né, se não tiver se sentindo bem é só ir até o diretor.
— Eu estou bem, não foi nada demais.
Nisto Ana diz.
— Mas qualquer coisa nós estamos aqui para te ajudar.
— Tá, eu realmente não foi nada, não precisem se preocupar com isso, eu estou bem mesmo.
Mas pensa.
"Tá, aquilo foi estranho, do nada aparece ele, será que estão próximos de mim? Ai é complicado, eu tenho que cortar essa conexão o quanto antes."
Dessa forma o sinal toca, porém em vez de ouvir o sinal, Lucas ouve uma voz destorcida.
— Pode tentar fugir quanto quiser, mas você sempre estará sob nosso alcance.
Lucas sabia nesse momento ele estava alucinando, nesta forma ele mantém a compostura frente aos seus amigos não expressa nada, todavia ele tenta se acalmar.
"Ok, isso foi inusitado, mas não fazer nada, se não eles vão ficar mais desconfiados do que já estão, apesar que ... De quem raios é aquela voz?!"
O Tel logo intervém dizendo.
— São eles, e não precisa eu repetir isso, aliás se vier com outra pergunta óbvia com essa, eu nem vou te responder.
Assim toca o sinal do início da aula e rapidamente pensa.
"Mas agora devo pensar depois e me concentrar na aula."
Nisto o foi as aulas e quando chegou o tempo de descanso, Luscas foi retirar o celular até que ouve novamente aquela voz.
— Eu não faria isso se fosse você.
Lucas diante dessa afronta, pensa enquanto vai retirando seu celular do bolso.
"Vocês só são vozes da minha cabeça, provavelmente ainda estão longe de mim."
E assim, um pouco preocupado, ele foi usar o celular, mas perto do fim do tempo de descanso mesmo.
"Talvez isso seja um sinal que eles estão mais próximos de mim, e tão tentando me perturbar fazendo isso, mas de qualquer forma, eu deverei alertar meus pais só quando não puder mais, pois vá que eles os ataquem logo em seguida, ah, que droga hein."
Então após isso o sinal toca e logo chega o professor, entretanto alguém o observa de longe sem que saiba, no qual percebe a expressão preocupada dele, e pensa.
"Interessante."
O tempo havia passado e logo toca o sinal final, nisto a professor, no qual estava dando aula de matemática, diz.
— Bom, até semana que vem, ei! Se lembrem que depois da semana que vem terá prova, então estudem, até mais.
A turma rapidamente foi guardando o material, incluindo Lucas, e quando a professor saia da sala, a turma foi sair, e foram passando pelos corredores do prédio para sair, no meio da multidão, também indo embora, Lucas vai pensando.
"Bem agora que me lembrei que não perguntei quando é e onde é essa budega de clube."
Nessa forma quase chegando no portão ele se encontra com Julia, a qual estava o esperando, chegando lá ela já vai perguntando.
— Como foi a aula irmãozinho?
— Nada demais, aliás você sabe onde fica o clube em que Ana quer curtir o final de semana?
Ela por sua vez fica confusa.
— Que? Ela vai passar o final de semana no clube?!
Eles começam andar de volta para casa conversando, Lucas olha para ela rebatendo o que acabara de dizer.
— Ela já te avisou não é? É bem difícil ela já não ter te avisado, não é?
Confrontada com essa pergunta inusitada, ela responde.
— Não, ela não me avisou de nada eu só estou sabendo disso agora.
O mesmo continua após a ouvir.
— Não precisa mentir, é por causa do jogo de praia, é ?
Ela fica brevemente em silêncio, mas pensa.
"Que coisa, ele está sempre adivinhando isso tudo, também né, depois daquele dia ele ficou cada vez mais desconfiado, o que será que ela falou? Na verdade o hoje em dia se ele estiver interessado, com pouca coisa ele descobre."
Assim responde.
— Na verdade era para ser uma surpresa, para tentar te animar.
Lucas vendo que aparentemente conseguiu faze-la falar, continua.
— Animar do quê?
A mesma responde.
— É que na semana na que vem vai completar dez anos daquele dia, e nós não queríamos que ficasse depressivo novamente, poxa você recém está começando a falar mais com as outras pessoas.
Lucas diante disso ele pensa enquanto fica em silêncio.
"Então eles querem tentar animar, é? Eu não preciso de ajuda deles, estou perfeitamente bem, e afinal, se eles se preocuparem demais comigo, poderão descobrir sobre aqueles seres sem que eu precise falar."
Após pensar nisso, Lucas faz uma nova pergunta a ela.
— Mas afinal, onde é aquele clube?
A mesma esboça uma expressão sorridente e diz.
— Na real, eu também não sei, hehe.
Lucas pessoalmente, não se surpreende com isso e no mesmo momento que a mesma termina de o responder, começa a pensar novamente.
"Por que não estou surpreso com isso?"
Chegando em casa, Lucas de repente ouve uma risada macabra, com se alguém tivesse dando risadas em seu ouvido.
"Mas o quê?"
Ele para olhar para os lados, e nada encontra, nisto estranhando essa ação repentina vindo de seu irmão, Julia vai até ele.
— Ei, Lucas, o que foi?
Lucas passa pelo portão da casa dizendo.
— Não foi nada, e tu tranca o cadeado.
Desconfiada perante no que acabava de ver, ela porém não expressa nada, mas reflete.
"Ele vem andado estranho ultimamente, não que ele já não seja estranho, mas ele está mais estranho que o comum."
Assim ela passa também pelo portão da casa e tranca o cadeado do portão após fecha o mesmo, nesta forma foi para casa.
"Eu tenho que descobrir o que está acontecendo com ele."
O sol já tinha se podo e a noite reinava.
Entretanto Lucas estava acordado para deixar organizada a casa antes do mesmo dormir, e andando no corredor com o regador de plástico nas mãos, ele vai pensando com muito sono.
"Bem, é só regar a hortinha que já poderei ir dormir finalmente."
Ele estava sozinho no momento, pois sua irmã e seus pais estavam em seus quartos dormindo, todavia, havia uma breve sensação estar sendo observado por alguém, o deixa desconfiado.
"Aí tem coisa, essa sensação é estranha, parece que tem alguém me seguindo, mas já olhei pra atrás varias vezes e não tinha ninguém, quem sabe estou alucinando de sono."
Nisso ele ouve de alguma coisa de vidro se quebrando ao cair no chão, isso logo chama sua atenção.
"Que droga, alguma coisa quebrou na coisinha, mas agora está mito tarde, e e estou morrendo de sono, depois eu vejo."
Indo para os fundos para regar a horta, o mesmo acaba ouvindo um som de vento começando a ficar forte.
"E lá vamos nós, mais um temporal de madrugada, na verdade tinha dado no jornal sobre a vinda desse temporal, bem, veio atrasado pois a previsão do tempo tinha dito que seria de tarde, realmente as vezes não para acreditar nessas coisas."
E quando chega o mesmo vê o fundo pouco grande, e toda murada e com cerca elétrica, ali só havia a horta, o qual ocupava quase um quarto do local e um grande pé de mamão.
Mas ele presta atenção no horizonte, no qual o temporal vem vindo cheio de clarões, como se fossem um pisca-pisca, diante disso ele pensa enquanto vê o mesmo chegando.
"Bem, eu não vou precisar regar essa horta."
Assim Lucas vai até um pé de mão, no qual já estava grande e despeja a água que usaria para aquilo somente ali e foi voltando para dentro.
"Melhor para mim, menos trabalho para fazer e mais cedo vou pode ir dormir."
Assim ao entrar dentro novamente na casa, ele sentiu um leve sensação de ter sido perseguido por alguém quando foi indo fechar a porta do fundo.
Porém nada pode parar para refletir sobre essa tal sensação estranha, pois no instante em que foi olhar para o corredor, o mesmo ser estava lá correndo freneticamente atrás dele.
"Meu deus!"
O susto foi tanto, que simplesmente congelou, e foi aí que percebeu que era apenas uma alucinação, devido que ao chegar nela, desapareceu num piscar de olhos,.
"Era uma alucinação?."
Ainda aflito no que viu, ele foi indo guardar o regador para depois dormir, e quando foi finalmente dormir, já fechado a janela, porta e a luz desligada, ele partiu passar a noite no plano mental.
"Eu estou aqui de novo? O que será dessa fez? Tel! Tá aonde?!"
Logo o mesmo aparece em sua frente saindo da escuridão dizendo.
— O que foi? Se lembrou como me prender novamente?
Lucas, confrontado com essa fala de Tel, logo responde pensando.
"você ainda está com essa? Bem, não, eu só vim fazer uma pergunta."
Imediatamente o mesmo se interessa na pergunta que poderia fazer .
— Ah, que interessante, prossiga.
Nessa forma Lucas faz a tal pergunta.
"Você descobriu como cortar essa conexão?"
Ele por sua vez responde francamente.
— Não, mas eu tenho minhas suposições, talvez você deva se lembra daquele dia talvez? Ou ...
Vendo essa reação dele Lucas ficando desconfiado, o interrompe fazendo outra pergunta.
"Ou o quê?"
Surpreendido, Tel se vê confrontando por Lucas e não querendo ter briga com ele, releva.
— Ou você deva ir até aquele local daquele dia novamente para resolver.
Seu cérebro logo começa liberar cortisol em sua corrente sanguínea, só por ter ouvido essa possibilidade de resolução e pensa segurando seu medo.
"Bem, tomará que não seja a solução, eu não quero pisar novamente naquele lugar."
— Pois é, mas se não tiver outra opção, você terá que lidar com eles pessoalmente.
Então Tel termina dizendo enquanto volta para escuridão.
— Se era só isso que tinha a me perguntar então vou indo, aproveite seu sonho.
Nisto o mesmo vê o Tel indo embora.
"Então se isso for a única opção, eu não terei escolha a não ser enfrentar meus medos."
Dessa forma, foi sonhar, entretanto, não sonhou, pois teve um pesadelo.
Lucas estava andando num corredor de um local abandonado, com uma lanterna para poder ver o que tinha nessa quase escuridão , mas o que tinha era apenas um local deixado para apodrecer no esquecimento, todavia, aparentemente foi um hospital.
"Eu estou dormindo? Pois eu não me lembro de ter vindo aqui e isso parece tão real."
O corredor parecia não ter fim, mas depois de muito andar, ele encontra uma porta madeira entre aberta.
"O que será que tem aqui?"
Ao entrar, tudo fica na total escuridão, e silencioso.
Porém ele ouve uma voz de uma criança, como se tivesse cochichando em seu ouvido.
— Acorde.
Ele num piscar de olhos ele acorda se levantando, confuso, o mesmo sai da cama se perguntando enquanto vai até a janela para abri-la.
"O que era aquele lugar e aquela voz?"
Os raio do sol da manhã bate em seu rosto.
"Pelo menos já está de dia."
Após arrumar a cama, mesmo sai do quarto se perguntando.
"Que lugar era aquele? Ele me soa um pouco familiar."