Mel saiu da presença de Naberius mantendo-se ereta com cabeça erguida, seu semblante sério se manteve até a saída da casa, em frente da casa havia um beco, que tinha uma enorme sombra obscura a frente.
Mel ficou encarando o beco apesar de nada estar alí aparentemente, então ela começou a dialogar sem ninguém por perto.
"Quero que mantenha os olhos nele e não o perca de vista, me relate qualquer movimento ou ação dele imediatamente."
Ao falar isso ela pós a mão no bolso de sua calça é tirou uma moeda triangular de ouro, e lançou no beco no meio do escuro.
Mas a moeda não soou caindo no chão, então no meio da sombra um garoto saiu se revelando, o que parecia não haver ninguém naquele lugar. Era o mesmo garoto que havia tocado o sino e visto Naberius do telhado de longe.
O garoto respondeu: "Que assim seja!" E Mel confirmou falando o mesmo, então ele novamente se ocultou nas sombras e Mel seguiu para uma carruagem velha quase aos pedaços nada de realeza que a aguardava na esquina daquela quadra.
Quando Mel entrou e se sentou dentro da carruagem, deixou sua postura imponente e empoderada, para algo mais desleixado, porém no seu olhar parecia triste e preocupada.
Naquele mesmo momento Vitória abraçava seu travesseiro enquanto caía aos prantos chorando, sua empregada tentava a confortar trazendo chá e apóio, dizendo.
"Ele não merece sua dor, você é melhor que isso!"
Mais nós pensamentos da imperatriz havia um peso enorme de julgamento. "Como eu fui tola, eu fui ingênua em acreditar e gostaria tanto dele, como não pude perceber?"
Mel por outro lado, naquele mesmo dia estava em sua banheira abraçada em suas pernas com a água quase mergulhando seu rosto, seu olhar fixo no nada, parecia muito pensativa e distante de tudo, que nem sequer notou que a água já havia perdido temperatura a muito tempo.
Naberius estava fumando olhando a porta de seu quarto arrebentada, até que escutou passos fortes vindo até o quarto dele. Um oficial se apresentou trazendo uma carta do conselho real, com o selo da antiga rainha da cura, agora atual chefe do conselho.
"O senhor foi chamado para uma apresentação urgente no conselho real dentro do castelo, a ordem veio pela chefe do conselho da imperatriz, Berenice. Devo alertar que o não comparecimento será punido por prisão de seis meses a três anos."
O guarda se manteve na porta com o papel estendido para que Naberius pudesse pegar, não fazendo esforço algum obrigou Naberius se levantar e ir pegar o pergaminho.
Procurador: "Peço que assine esse papel, alegando que recebeu a intimação."
Naberius o olhou fixamente, mas acabou assinando, o procurador não se demostrava nenhum pouco intimidado.
Enquanto Mel ainda permancia na banheira pensativa, a janela do seu quarto teve uma batida de mão três vezes. Mel estava no castelo, praticamente no andar mais alto da torre.
"Novidades?" Perguntou ela.
Uma sombra apareceu se mantendo de costas do lado de fora da janela, era a voz de um homem.
"Rainha, devo informar que ele se moveu, acreditamos que ele tenha planos para essa madrugada até ao amanhecer."