Naberius caminhando pelo pátio ao encontro de sua irmã parecia não querer ir até ela, mas ao ver ela escorada na coluna perto do para peito, o fez parar de caminhar, a lembrança da imagem dela matando Alexandre naquele mesmo dia mais cedo eram quentes em sua memória.
A agonia e o sentimento de desaparecer era em seu peito muito grande, mas Mel logo ao ver ele, decidiu ir também ao seu encontro evitando de esperar, o que não era comum para rainhas fazerem, ainda mais para Mel.
Ela não mantinha um contado no olhar e seus braços estavam cruzados no peito, ela olhava para os lados e sua voz estavam mais calma é baixa, sendo totalmente diferente de antes, e como sempre ela nunca tinha guardas por perto, devido as sombras, pessoas treinadas chamadas de corvos e pássaros que se ocultavam no ambiente, uma frase que sempre levavam como lema da família, enquanto houver sombras estaremos protegidos.
Ao se aproximar Mel parecia inquieta enquanto Naberius parecia estar mais abalado e submisso.
Mel: "Eu não imagina toda a dor que passou, eu sei que é difícil, agora entendo o motivo de ter feito tudo aquilo."
Naberius: "Entender não vai aliviar o fardo das minhas ações."
Mel: "Eu queria dizer que me reuni com o papai, e tomei uma decisão de ajudar a conversar com a chefe do conselho para depois falar com a imperatriz."
Naberius: "O que mudou, ontem mesmo você estava irada e indiferente comigo?"
Mel: "não me intérprete mal, eu ainda não o perdôo por suas ações, só estou dizendo que tenho uma visão melhor a respeito dos fatos."
Naberius: "Por favor deixe isso, apenas entre eu, você e o meu pai."
Mel: "sabe que isso não é possível, será importante que seja sincero com a imperatriz, a verdade é que ela precisa mais do que todos da sua resposta até porque ela gostou muito de você e nutriu tal sentimento por longo tempo."
Naberius: "O que quer que eu diga? Que fiz o que fiz porque fui violado e depois segui um caminho de vingança tomando decisões estúpidas?"
Mel: "E o que queria fazer?"
Naberius: "Enterrar tudo isso, apenas entregar o culpado dos assassinatos que assombrou por anos a população e a reputação da guarda do reino."
Mel: "Então é assim? Acha que repetir o que fez e o melhor caminho?"
Naberius: "como assim repetir?"
Mel: "Esse lance de se isolar e não pedir ajudar achar que tudo se resolve sozinho!"
Naberius: "E qual o problema disso!"
Mel: "Você não vê o que causou? E como enviar uma mensagem indireta a todos, tipo, nossa eu sou muito inteligente, não preciso de ajuda e nem de apóio, pode deixar que resolvo tudo sozinho."
Naberius: "Nao e bem assim!"
Mel: "Mas é o que parece!"
Naberius: "A decisão e sua, eu já estou a mercê a muito tempo."
Mel: "Serio? eu nem percebi que está todo destruído. Aliás por qual motivo queria aquele homem vivo sendo que já tinha provas o suficiente para incriminar ele?"
Naberius: "E difícil explicar!"
Mel: "Porque, não sou inteligente o suficiente? Pois até o dia que fugiu daqui, você que era o queridinho de receber a coroação o legado da rainha da construção e não eu."
Naberius: "ja viu um criminoso assim antes?... Talvez tivesse mais eram tão pequenos que era imperceptível ou crimes não conectados."
Mel: "E o que isto tem haver em manter ele vivo e ainda por cima queimando sua reputação?"
Naberius: "Queriamos entender como ele pensava e se comportava, para termos mais noção de suas motivações afim de evitar ou caso ocorresse outro semelhante por aí, acharmos com mais facilidade e menos tempo."
Mel: "Resumindo, queriam ele como uma cobaia, é isso?"
Naberius: "Exato."
Mel: "De todo o modo, não faz sentido manter alguém que é um veneno a você, até pelo fator de que você e ainda por algum milagre um príncipe, e carrega o sobrenome da mamãe a rainha fundadora da construção, então isso não tá na sua ossada pois afeta a mim também e aos nossos irmãos."
Naberius: "Eles ainda não querem me ver né?"
Mel: "Acho que será importante você revelar a eles a verdade, mais essa decisão e sua, eu não vou aceitar mentiras entre nós, porém não vou tentar apaziguar o que você causou."