Diante de tantos cadáveres Davos não sabia o que fazer, para ele aquilo parecia só um pesadelo do qual ele queria muito acordar.
– Mãe, Alice, Nãooooo.
Davos corre desesperadamente em meio a corpos destroçados e madeira queimada.
Quando finalmente chega onde deveria ser sua casa havia somente uma pilha de cinzas e dois corpos carbônizados.
– Nãooooooooooo.
Davos chora em desespero enquanto segura os corpos bem perto dele, pois um dia aquelas foram sua irmã querida com um sorriso radiante e sua mãe a mulher mais linda, sábia e amorosa que ele conheceu.
Num surto de desespero Davos começa a bater no próprio rosto para tentar acordar.
– Vamos, acordaaaa, mãeeee eu consegui muita coisa pra gente, a gente iria ter um jantar suntuoso hoje, eu ia comprar aquele vestido que a Alice tanto queria e finalmente eu poderia ajudar você mãe com as despesas.
Durante seu choro e alto flagelo nada adiantou, aquele horror era real.
Depois de alguns minutos sobre extremo estresse finalmente ele perde as forças e fica ajoelhado enfrente aos corpos.
– @#$%&
Davos escuta uma voz ao longe em tom de escárnio.
Quando ele se levanta vê três grandes homens de pele verde escura com mais de 2,5 metros de altura portando algumas peças de armadura e peles de animais.
Os três cavalgavam calmamente em seus lobos de pelo marrom enquanto riam alegremente diante do massacre.
Davos perde a calma quando vê a cabeça de um habitante da vila presa na cela de um dos orcs.
Ele corre raivosamente em direção ao trio, dando alguns passos em direção a eles, mas uma dor latente interrompe sua marcha, quando olha para baixo, havia uma flecha perfurando sua coxa.
– Haaaaaa.
Ele grita de dor, parecia que seu sofrimento alegrava os terriveis orcs, pois podia se ouvir muitos risos e palavras com tom de escárnio.
Davos tenta tirar a flecha, mas isso só faz o sangue escorrer ainda mais de sua ferida.
O jovem sem poder reagir fica parado esperando seu fim.
Cada orc portava uma arma diferente o da esquerda usava um arco longo, o do meio portava dois machados e o da direita carregava uma lança.
O orc carregando o arco se aproxima, olha para Davos e com um sorriso cruel, ele move a mão para que o jovem corra.
– Seu filho da puta sádico, eu não irei satisfazer seu gosto imbecil, ME MATA LOGO.
Davos grita em pleno pulmão.
– Guh.
Logo em seguida outra dor pousa em seu corpo, só que agora na sua barriga.
Davos perde as forças muito rápido e logo se vê ali deitado no chão a espera da morte.
O orc com a lança se aproxima e aponta sua arma para o pescoço do jovem.
Davos fecha os olhos á espera do fim.
– Me desculpa pai, seu filho é um inútil, nada pude fazer pela mamãe e pela pobre Alice.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto Davos espera o fim daquela dor sem fim.
~Barulho de metal colidindo~
Assim que tudo fica em silêncio um som de tintilar de metal lhe chama a atenção.
Quando o jovem resolve olhar, havia um quarto orc este montado em um lobo de pelos negros e olhos vermelhos, ele segurava um cajado na mão direita, esse mesmo instrumento foi o que parou a lança de arrancar sua cabeça.
– %$#@&.
O quarto orc que tinha uma longa barba fala algo e os três no mesmo intante bufam de raiva e partem como se contra a vontate deles.
– &@%#%$.
O orc fala algo e desce de seu lobo, ele retira da sela um saco de couro cheio de um líquido, então retira a rolha e enche uma tigela de barro com o líquido que era viscoso e com uma cor que mudava de verde para azul.
Ele calmamente aproxima a tigela do rosto do rapaz, mas Davos se recusa a beber.
~ Som de tapa~
O orc sem muita paciência da lhe um tapa no rosto e quando o jovem estava prestes a desmaiar ele coloca a tigela na sua boca e o força a beber o líquido.
Após ingerir o líquido Davos começa a perder a consciência enquanto o velho orc olhava para ele com olhos ambiciosos.