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Chapter 5 - Uma vida de escravidão.

Davos se sentia tonto e podia ver de relance varias imagens passarem pelo seus olhos enquanto recobrava levemente a consciência e logo desmaiava novamente.

Cenas de vilas em chamas, corpos estripados, gritos de sofrimento, foram algumas das coisas que ele conseguiu captar de relance.

Quando finalmente ele conseguiu recobrar a consciência o jovem percebeu que estava deitado no chão sobre um monte de palha seca, ele então calmamente analisa o entorno tentando por fim entender onde estava.

Pelo o que ele pode perceber, Davos estava dentro de uma grande caverna, pois podia-se ver que tanto o teto como as paredes eram de pedra, num canto da sala sobre mesas de madeira e prateleiras ele viu vários frascos com liquidos de cores estranhas, alguns contendo partes humanas, outros partes de animais.

Havia também grandes estantes com livros e pergaminhos enrolados em uma parede a sua esquerda, quando focou mais sua visão sobre um feixe de luz, ele pode ver que havia uma saída a sua direita.

Quando Davos criou coragem para se levantar, ele percebe que não havia mais dor, as feridas haviam sumido.

~ Barulho de passos~

Um frio corre por seu corpo, pois bem ao seu lado numa parede mal iluminada entre as estantes de livros e os vidros estranhos estava o orc, de pé olhando para ele pacientemente, o mesmo que havia lhe apagado, estava passando a mão sobre a longa barba calmamente, ele caminha em direção ao jovem e diferente dos outros orcs seu corpo não tinha muitos músculos.

– @#$%@!.

O orc tenta se comunicar com Davos, mas ele não consegue entender uma única se quer palavra.

Vendo a confusão do jovem o orc se aproxima enquanto levanta a mão direita, sua palma começa a brilhar e Davos fica atordoado.

Sem que ele note a mão do orc toca sua cabeça e uma onda de dor colapsa sua mente, parecia que Davos tinha colocado sua cabeça em água fervente, sem que ele repare seu corpo estava caindo dando vários espasmos enquanto seus olhos reviravam de dor.

Na cabeça de Davos um onda de informações começou a se formar, dialetos que ele nunca tinha sequer ouvido, mas a cada segundo que se passava ele compreendia cada vez mais, no final ele entende que agora conhecia duas novas línguas assim como suas escritas, uma era a lingua nativa dos orcs a outra era uma lingua muito antiga e complexa, suas palavras carregavam um tipo de poder ancestral, ela era conhecida como a linguagem Viron.

– Acho que agora você pode me entender, não é garoto ?.

O velho orc fala enquanto se senta em um banco mantendo seus olhos no rapaz esperando sua reação.

– Seu desgraçado, juro que irei me vingar pelo o que vocês fizeram a minha vila, não irei parar até que eu mesmo extermine todos vocês.

Assim que uma resolução vem a sua mente Davos explode em pura raiva.

(Pensa que só porque me ajudou a entendê-lo, acha mesmo que vou ficar grato a você, nem que me jogue em água fervente eu iria me curvar a vocês).

Os pensamentos de Davos rolavam soltos.

– Você não entende, não é ?, apartir de agora você me pertence, agora você será o que eu falar para você ser.

Com uma cara de raiva o orc fala com uma voz gutural.

– Apartir de agora você não terá um nome e será minha cobaia de estudo.

Enquanto o velho fala ele pega um colar de sua bolsa, caminha lentamente em direção ao jovem.

– Não.

Davos tenta fugir, mas uma força invisível cai sobre seus ombros e lhe mantém prensado ao chão.

Assim que ele percebe o velho já tinha colocado em seu pescoço o colar de contas vermelhas ao mesmo instante um formigamento percorre todo o seu corpo.

– Apartir de agora, você nunca mais deve me desrespeitar de novo.

O orc fala com um sorriso diabólico.

Davos entende o terror que lhe aguarda nas mãos deste monstro de pele verde.