Chereads / Esse amor não te pertence / Chapter 7 - Capítulo 7

Chapter 7 - Capítulo 7

As luzes da cidade finalmente apareceram no horizonte, pequenas e distantes, mas suficiente. A estrada de terra dava lugar ao asfalto, e o som dos grilos foi substituído pelo eco de seus passos na calada da noite.

Maya avistou uma lanchonete 24 horas. Sua fachada iluminada parecia um farol em meio ao desespero. Com as pernas trémulas e os pulmões em chamas, ela entrou e chamou a atenção dos poucos clientes. Seu estado era lastimável: cabelo desgrenhado, joelhos esfolados e manchas de terra e sangue.

— Você está bem, mocinha? — perguntou um homem sentado no balcão, seus olhos cheios de preocupação.

Maya tentou falar, mas as palavras não saíam. Uma atendente correu para oferecer um copo d'água. Depois de alguns goles, Maya conseguiu murmurar:

— Preciso de ajuda. Tem uma mulher... Ela está me perseguindo. Preciso de uma delegacia.

Os presentes se entreolharam, confusos e alarmados. Um dos clientes pegou o telefone e ligou para a polícia. Minutos depois, uma viatura chegou. Dois policiais desceram e se aproximaram de Maya, que agora estava sentada em uma cadeira, abraçando as próprias pernas.

— Qual o seu nome? — perguntou um dos policiais, uma mulher de voz calma.

— Maya. Maya loren.

— E quem está te perseguindo, Maya? — insistiu o policial.

— Sofí... minha amiga. Ou... ela era minha amiga. Agora quer... quer me machucar.

Os policiais trocaram olhares sérios. Eles ajudaram Maya a entrar na viatura, garantindo que ela estaria segura na delegacia. Maya foi levada para uma sala de espera. Um policial trouxe um cobertor e um copo de café quente. Aos poucos, ela começou a relatar o que havia acontecido, contando sobre os dias de tensão, a obsessão de Sofí por Orion e como tudo culminou na perseguição daquela noite.

— Você está segura agora, Maya. Vamos registrar seu depoimento e procurar essa mulher — disse o policial que a ouviu.

Enquanto isso, outros policiais começavam a traçar um plano para localizar Sofí. O boletim de ocorrência foi registrado, e Maya foi orientada a não sair da delegacia até que fosse considerado seguro. Horas depois, quando Maya finalmente começava a relaxar, um telefone tocou. Um policial atendeu, e sua expressão se tornou grave. Ele desligou e chamou seus colegas.

— Recebemos um relatório de que uma mulher com as características de Sofí foi vista próxima à entrada da cidade. Precisamos agir rápido.

O coração de Maya disparou novamente. Mesmo sob proteção, ela sentia que o perigo estava perto demais. Um dos policiais ficou ao seu lado, garantindo que ela não ficasse sozinha.