Os policiais montaram uma operação para encontrar Sofí antes que ela pudesse fugir. Enquanto isso, Maya foi levada para uma sala mais segura dentro da delegacia. Um psicólogo foi chamado para conversar com ela, ajudando-a a lidar com o trauma.
— Você foi muito corajosa, Maya. Mas agora precisamos da sua ajuda. Alguma ideia de onde Sofí poderia estar agora? — perguntou o psicólogo.
Maya pensou por um momento antes de responder:
— Eu não vai não sei. Eu atingi sua cabeça com uma pedra, eu pensei que ela já tinha morrido uma hora dessa.
No final do dia, os policiais receberam uma informação crucial: Sofí havia sido vista nas proximidades da delegacia, escondida em um beco. Eles agiram rapidamente, cercando a área. Quando a encontraram, Sofí estava em um estado de confusão e raiva, gritando o nome de Maya.
— Sofí! Acabou! Você precisa de ajuda! — gritou um dos policiais.
Ela tentou resistir, mas foi contida. Enquanto era levada, seus olhos encontraram os de Maya, que observava pela janela da sala segura. Sofí gritou:
— Isso não acabou, Maya! Esse amor não te pertence!
Maya estava com os ombros caídos e o olhar fixo no chão. Apesar de estar cercada por policiais e finalmente em segurança, a sensação de vulnerabilidade ainda não a deixava. Seu corpo tremia, tanto pelo cansaço quanto pelo impacto do que havia enfrentado.
Uma oficial, a sargento Clara, aproximou-se com um copo de água e um tom tranquilizador:
— Maya, sabemos que foi uma noite muito difícil. Há alguém que você gostaria de entrar em conta?
Maya hesitou por um momento, mas então lembrou-se de Orion. Apesar de todas as dúvidas que tinha sobre ele e sua relação com Sofí, ele ainda parecia ser a única pessoa em quem podia liga naquele momento.
— Sim... quero falar com Orion. Posso ligar para ele?
A sargento assentiu e trouxe um telefone fixo. Maya discou os números com dedos trêmulos, esperando ansiosa enquanto o som do toque preenchia o silêncio ao redor.