CAPÍTULO 2
ROUBO DO CORAÇÃO DE BRONZE
Ainda confuso com tudo que havia acontecido, conversei com o diretor da Academia. Ele confirmou que Evelyn seria minha parceira. Antes de sairmos, ela grudou no meu braço como se fôssemos amigos íntimos.
Do lado de fora, avistamos Roger apontando para uma cabana.
– Ali, estão invadindo aquela cabana! – disse ele, com um sorriso estranho.
Meu coração disparou.
– Mestra! – gritei, correndo em direção à cabana.
Ao entrar, encontrei minha mestra, Octavia, no chão, gravemente ferida. Um homem estranho estava ao lado dela, segurando o Coração de Bronze – uma peça lendária.
– O que você fez com minha mestra?! – gritei, avançando contra ele.
O homem sorriu friamente, mirando um laser em minha direção com a ajuda do Coração de Bronze.
Reagi instintivamente, chutando uma mesa e desviando o feixe. Peguei uma faca e corri em sua direção, mas ele sacou uma espada, me forçando a desviar com um deslize. Contra-ataquei com um chute que o fez recuar.
Ele tentou me acertar novamente, mas tudo que atingiu foi um clone de vapor. Eu já estava atrás dele. Com um chute poderoso, o joguei pela janela.
Evelyn entrou correndo, usando sua magia de cura para tratar os ferimentos de Octavia.
– Nada disso teria acontecido se você não brincasse de inventor – disse Roger, com desdém.
Antes que eu pudesse responder, Evelyn gritou:
– Não foi culpa dele!
Abaixei a cabeça, sentindo a culpa pesar.
– É minha culpa, sim – murmurei, com lágrimas nos olhos.
Octavia abriu os olhos e, com um sorriso fraco, disse:
– Chegou tarde, idiota.
Depois, me surpreendeu com um beijo na bochecha. Evelyn fez bico, irritada, mas logo todos rimos da situação.
Naquela noite, enquanto cuidávamos de Octavia, Roger tentou aliviar o clima.
– Mandou bem naquele chute, Eliot.
– Obrigado. Mas... vou atrás deles.
Roger riu, como se já soubesse.
Na manhã seguinte, estava pronto para partir. Evelyn e Roger estavam na porta, prontos para me acompanhar.
– Achou que iria sem a gente, plebeu? – disse Roger, com um sorriso sarcástico.
Sorri, sentindo uma onda de determinação.
– Vamos nessa! – respondi.
E assim, nosso trio partiu em uma jornada épica atrás do Coração de Bronze.