Após a confusão no bar, o grupo seguiu viagem para a próxima cidade, conhecida como Labirint City. Assim que chegaram, a peculiaridade do lugar ficou evidente: labirintos por toda parte, desde as ruas até as construções, como se tudo ali fosse projetado para confundir.
Eliot não demorou a demonstrar cansaço. Ele se jogou no chão, exausto.
– Quando é que vamos ter um barco?! – gritou, repetidamente, batendo os punhos contra o solo.
– Deixe de ser infantil, plebeu. – Roger respondeu, desviando o olhar com desprezo.
Evelyn, por sua vez, achou a cena engraçada e deixou escapar um sorriso enquanto se deitava ao lado.
*"Ele parece uma criança mimada",* pensou, achando a situação curiosamente fofa.
Enquanto o grupo tentava se organizar para conseguir um barco, um par de olhos espreitava Eliot à distância. Era Mari, uma jovem pirata que os estava seguindo desde o incidente no bar. Apesar do disfarce, seu interesse em Eliot era óbvio.
O grupo foi até uma farmácia local para comprar remédios essenciais para tratar os ferimentos acumulados nas últimas batalhas. A cidade, apesar de parecer um enorme labirinto, exibia tecnologia avançada, misturando máquinas modernas com arquitetura futurista.
– Pronto, pessoal, comprei tudo que precisava!– anunciou Evelyn, carregando uma bolsa visivelmente pesada. Ela lançou um olhar para Eliot, esperando que ele se oferecesse para ajudar.
– Precisa de ajuda? – perguntou Roger, sem perceber que ela queria outra pessoa.
– Não é você! – murmurou Evelyn, irritada, desviando o olhar. Quando Roger se virou, acabou escorregando e, por reflexo, caiu nos braços de Eliot, que o segurou firme.
– Está machucado?– perguntou Eliot, tentando disfarçar um riso.
– Eita clichezinho, hein, plebeu? – provocou Roger, rindo da própria situação.
Evelyn e Eliot trocaram um olhar de cumplicidade e, mesmo irritados, riram da cena. Enquanto isso, Mari observava tudo à distância, sentindo uma pontada de ciúmes.
Depois de mais algumas horas de caminhada, o grupo decidiu acampar para passar a noite. Eliot e Roger, tentando passar o tempo, começaram uma partida de "Joker e Pó" – um jogo típico da região.
– Joker... pó! – exclamaram, jogando engrenagens ao mesmo tempo.
– Plebeu imundo! – disse Roger, irritado ao perder. Eliot comemorava como se fosse uma grande vitória.
Já era meia-noite quando os dois decidiram descansar. Porém, enquanto o grupo dormia, uma organização misteriosa preparava seu próximo movimento. Reunidos em um galpão, um dos caçadores de recompensas, Nairó, membro dos lendários Sete Cavaleiros do Apocalipse, discutia um plano com seus subordinados.
– Então, Osvaldo, conseguiu o que pedi?– perguntou Nairó, sua voz rouca ecoando na sala.
– Sim, mas tenho uma condição. – Osvaldo sorriu maliciosamente.
– E qual seria? – questionou um dos homens, já intrigado.
– Quero Eliot morto. – Osvaldo declarou, sem hesitar.
Logo, um grupo de assassinos foi enviado para eliminar Eliot. No entanto, Mari, que havia permanecido nas sombras, interveio antes que pudessem atacá-lo. Com habilidades impressionantes, derrotou os inimigos com facilidade. Temendo pela segurança de Eliot, decidiu sequestrá-lo temporariamente para protegê-lo até que o perigo passasse.
Na cabana onde o grupo dormia, Evelyn acordou sentindo falta de algo. Ao notar que Eliot não estava em seu lugar, correu para fora em pânico. Encontrou Roger olhando para um mapa.
– Eliot! Onde ele está?!– perguntou, desesperada.
– Foi sequestrado.– Roger respondeu, indiferente, ainda analisando o mapa.
Evelyn sentiu o sangue ferver.
– E você está calmo assim?! Que tipo de amigo é você?! – gritou, antes de dar um cascudo na cabeça de Roger.
– Ei, se preocupe menos comigo e mais com quem deveria! Quem está em perigo é o sequestrado, não eu! – Roger disse, tentando aliviar a situação.
– Idiota! – Evelyn murmurou, ainda vermelha de raiva e pronta para cuspir fogo.
Com o mapa em mãos, Roger e Evelyn começaram a traçar o caminho para resgatar Eliot. Mesmo irritada, Evelyn estava determinada a trazer seu amigo de volta, enquanto Roger parecia mais preocupado em evitar outro cascudo.