Ele não tinha certeza para onde estavam indo. Mas se moveram para um quarto ao lado do de Daniel, se beijando e se acariciando como os lobisomens famintos que eram.
Mas a fome deles só poderia ser saciada por algo além da imaginação. Algo mais do que sentar à mesa de jantar com um prato de bife quente e fumegante na sua frente. Algo... Carnal.
Ao entrar no quarto (Que na verdade era um armário de suprimentos), ele fechou a porta com um movimento rápido do pé, ainda emaranhado em uma sessão quente de amassos com a deusa dos olhos verdes que já estava rasgando sua camisa em pedaços com suas garras.
'Brava... Eu gosto disso!!!'. Ele pensou enquanto puxava o cabelo dela para trás, esmagando seus lábios nos dela novamente, enterrando sua língua em sua boca quando ela ofegou com a rapidez com que ele a tomou.
Ela estremeceu em seu abraço, seus joelhos tremiam de desejo. Sua boca formou um 'o' enquanto ele se inclinava para deixar marcas de chupões ao redor de seu pescoço liso e macio, fazendo a bela perder o controle de seus sentidos.
Tudo, eles faziam às pressas como se não pertencessem àquele lugar e precisassem sair o mais rápido possível.
Barton passava as mãos sobre os quadris dela; várias e várias vezes antes de encontrar o linho de suas calcinhas. Ele não hesitou em arrancá-las do corpo dela, ganhando um guincho excitado de sua garganta.
Ele fez o mesmo com o sutiã dela até que o corpo dela estivesse em toda sua glória diante dele.
O corpo dela era dele naquela noite. Dele para tocar. Dele para sugar. Dele para desbravar. Ela era dele!!!
Na luz fraca que se refletia em seu rosto, ele notou todos os traços dela. Afiados e bem definidos. Ela era uma verdadeira epítome de beleza. Ele não pôde deixar de roubar mais um beijo antes de proceder a levantá-la em seus braços e baixá-la ao chão.
Dora já estava perdida em um mundo só dela. Um mundo de prazer e erotismo. Seus sentidos haviam sido reduzidos a nada, enquanto se entregava a ele de bom grado.
Cada ponto em seu corpo despertava com desejo até ela pulsar, ameaçando explodir.
Ela se debatia e gemia e, de alguma forma, ela encontrou seus dedos entrelaçados em seu cabelo enquanto ele saqueava seu interior com sua língua, enviando espirais de ondas de choque em seu corpo, suas entranhas se contorcendo de excitação.
Ela perdeu a conta de quantas vezes ela explodiu em seu rosto, quantas vezes ele saqueou seu interior, quantas vezes ela esquentou com seu toque, mas tudo isso acabou e logo estavam profundamente adormecidos, abraçados um ao outro em cima dos materiais de limpeza.
Era manhã.
Manhã bem cedo, com todos ainda dormindo profundamente na cama e sem ninguém à vista enquanto Daniel se dirigia ao carro, colocando suas coisas dentro com um grunhido pesado cada vez que as levantava para o porta-malas.
Ele já tinha se despedido ontem e não estava ansioso por outra rodada de abraços e lágrimas novamente.
Uma vez terminado, ele ficou parado, costas e cotovelos apoiados no porta-malas fechado do Hatchback, observando o lugar onde tinha vivido por 12 anos, que nunca realmente parecia como lar, não importa quão duro ele tentasse se acostumar com as pessoas.
Ele suspirou e se afastou, se perguntando onde Barton estava.
Ele queria que saíssem o mais rápido possível antes que ele tivesse que enfrentar todas aquelas mulheres novamente.
Alfa Justin tinha casado com três mulheres antes de encontrar sua companheira, Ciara. Mas antes de Ciara aparecer na cena, ele teve muitos filhos com suas esposas. Surpreendentemente, todas meninas.
Mas uma vez que ele se juntou exclusivamente a Ciara e deu a ela a marca de laço, ele simplesmente não conseguia olhar para outra mulher do mesmo jeito, incluindo suas outras esposas. Então, mais tarde, ele teve um bebê com Tricia e ela teve uma menina também. Essa menina acabou sendo Dora, que mais tarde teve um irmãozinho, Dimitri. Então, não apenas Dora era a filha mais nova do Alfa, ela também era a filha verdadeiramente ligada pelo laço ao Alfa, tornando-a a favorita entre suas outras filhas.
"Você ainda está bravo comigo, não está?" Daniel suspirou enquanto perguntava. Ele deslizou para o assento do passageiro, seu joelho dobrado contra o porta-luvas.
Kelvin ficou mudo.
"Certo então. Pelo menos eu não tenho que ouvir sua voz pelo resto do dia". Daniel murmurou enquanto revirava os olhos.
Dora foi a primeira a acordar. Ela ficou surpresa ao se encontrar nos braços de um homem.
Que não era Daniel!!!
Não... isso não deveria ter acontecido...
Não...
Ela soltou um gás com lágrimas nos olhos quando ela escapou de seu abraço e rapidamente vestiu o tecido frágil que cobria seu biquíni.
Ela mal olhou para o pedaço de homem de cabelos verdes que estava encostado na parede com a mão espalhada no chão enquanto ela deixava o quarto, batendo a porta atrás dela.
Uma vez que ela correu para o seu quarto, cuidadosa para ter certeza de que ninguém a viu saindo do armário de suprimentos, ela caiu contra sua cama, respirando com dificuldade. Ao perceber o que havia feito, ela agarrou alguns perfumes caros em seu criado-mudo e os atirou pelo quarto antes de enterrar seu rosto no travesseiro e gritar nele.
"Você está aqui na hora". Daniel comentou sarcasticamente quando Barton deslizou para o assento do motorista e afivelou seu cinto de segurança.
Daniel fez o mesmo antes de voltar seu olhar para ele novamente.
"Onde você dormiu? Na floresta?!".
Barton bocejou, esfregando a nuca enquanto enfiava a chave na ignição e movimentava habilidosamente a alavanca de câmbio antes de sair da propriedade.
"Uma floresta teria sido melhor". Barton suspirou, bocejando.
Daniel o cutucou.
"Seu velho peido. Você não fez aquilo na piscina, fez?".
"Eu realmente não sei o que aconteceu ontem à noite, Cuz." Seus olhos se estreitaram enquanto ele se forçava a focar na estrada. "Um minuto eu estava a caminho da piscina e então eu esbarrei nesta deusa Tasmaniana de olhos verdes e assim, começamos a nos beijar e nos encontramos no... uh... armário de suprimentos".
"Sério??" Daniel estava divertido. Mas ele fez uma pausa por um momento, tentando se lembrar de quantas garotas tinham olhos verdes na abadia do Alfa. Havia tantas. Resistindo à vontade de pedir mais detalhes sobre ela, ele apenas disse..
"Você deveria deixar eu dirigir. Eu não quero morrer antes de ver a Matilha Ascenção Sombria novamente".
"Este é meu bebê", Barton insinuou sonolento, dando tapinhas no painel. "De jeito nenhum eu vou confiar ele nas suas mãos".
Daniel bufou e se recostou.
"Bem, já que eu vou ser Alfa, eu fico com a propriedade de todos os carros do meu falecido pai".
"Você ainda precisa aprender a DIRIGIR de verdade, certo?".
"O Gamma Nathan pode me ensinar" Daniel incluiu.
"Falando em Gamas", Barton falou, ganhando um olhar de Daniel. "Uma vez que você se torne Alfa, você ganha o direito de escolher um Beta e um Gamma antes de poder fazer quaisquer outras regras na mansão".
"Hm. Não posso apenas nomear alguém para fazer isso".
"Você vai apenas nomear seus oficiais que, por sua vez, vão lidar com algumas questões para você no futuro, as quais você não gostaria de fazer".
"Um… okay" Daniel piscou preguiçosamente. "Eu posso nomear qualquer um, certo?".
"Sim. Qualquer homem".
Daniel olhou para fora da janela pensativo enquanto assentia.
Por um momento, Barton deu uma olhada nele antes de se concentrar na estrada à sua frente.
Ele sorriu.
"Você vai se sair bem. Sem suor, ok?".
Daniel virou, surpreso.
Ele não esperava por aquelas palavras.
Ele conseguiu um sorriso.
"Certo. O... obrigado".
"Agora, sobre aquele armário de suprimentos....". Daniel começou....
Enquanto isso, na matilha dos Ascendentes Sombrios....