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Chapter 20 - Capítulo 20: O Labirinto Elétrico e Metálico

O grupo chegou à entrada da masmorra ao amanhecer, quando o céu ainda carregava tons alaranjados misturados com o azul crescente do dia. À frente deles, a entrada do Labirinto Elétrico e Metálico exalava uma energia que os fazia hesitar por um momento. Enormes raízes metálicas se entrelaçavam nas pedras antigas da entrada, pulsando com descargas elétricas que serpenteavam no ar, iluminando o ambiente com flashes intermitentes de luz azul.

Alastor, com sua espada negra em mãos, avançou até o arco de entrada, onde runas cintilavam em uma sequência rítmica, como um código místico que desafiava sua compreensão. Ele estreitou os olhos e tentou decifrá-las enquanto sentia o peso da tensão no ar. Azriel, um pouco atrás, segurava sua espada mágica com as mãos trêmulas, olhando para o chão em busca de coragem.

"Bem-vindos ao Labirinto Elétrico e Metálico," anunciou Astra, flutuando ao lado de Alastor. Sua voz tinha um tom grave que não deixava dúvidas sobre o perigo à frente. "Essa é uma das masmorras mais desafiadoras desta região. Aqui, até os erros mais simples podem ser fatais."

Alastor inspirou profundamente, absorvendo a gravidade da situação. Ele olhou para seus companheiros. Erina, sempre serena, ajustava as adagas em sua cintura. Sorya estava de pé com postura confiante, pronta para erguer suas barreiras protetoras a qualquer momento. Azriel parecia inseguro, mas determinado a provar seu valor.

Antes de entrarem, o grupo encontrou um bando de aventureiros cambaleando para fora da masmorra. Eram cinco, todos com expressões de exaustão e terror. As roupas e armaduras deles estavam chamuscadas e rasgadas. Um dos guerreiros tinha a armadura parcialmente derretida, enquanto outro carregava um aliado inconsciente sobre os ombros.

"Vocês não deveriam entrar," disse uma mulher de cabelos curtos e olhos cheios de desespero. Sua voz estava tremida, mas sincera. "O oitavo andar... quase nos aniquilou. As criaturas são rápidas, resistentes e usam ataques em área devastadores. Apenas conseguimos sair porque nosso mago usou um pergaminho de teleporte de emergência."

Alastor franziu a testa. "Que tipo de criaturas encontramos lá?"

"Constructos metálicos," respondeu ela. "Eles absorvem magia e liberam descargas elétricas letais. Quanto mais descemos, mais poderosos eles ficam. E... há algo mais no final, algo que nem conseguimos ver."

A descrição provocou calafrios em Azriel, mas Erina deu um passo à frente. "Eles eram fortes, mas não invencíveis," disse ela, sua voz calma mas firme. "Nós somos mais experientes. Podemos superar isso."

Embora as palavras de Erina tivessem o objetivo de inspirar confiança, Alastor não conseguiu ignorar completamente o aviso. Ele virou-se para o grupo. "Fiquem atentos. Cada movimento dentro dessa masmorra precisará ser calculado. Não subestimem este lugar."

Ao atravessar o arco da entrada, uma onda de energia elétrica atravessou o corpo de cada um deles. Era como se a masmorra estivesse testando sua resistência física e mental desde o início. Azriel cambaleou, mas Sorya imediatamente ativou um pequeno escudo mágico para protegê-lo.

O primeiro andar revelou-se um salão vasto e opressor. Paredes de metal brilhavam com runas pulsantes que emitiam faíscas de energia. No chão, pequenos roedores metálicos moviam-se em bandos organizados, com olhos brilhantes que relampejavam ameaçadoramente.

"Essas criaturas podem parecer insignificantes," alertou Astra, sobrevoando o salão, "mas atacam em grupos e liberam descargas elétricas devastadoras. Não deixem que se aproximem."

Os roedores atacaram em massa, rápidos e coordenados. Alastor avançou para enfrentá-los, ativando Trevas Crescentes, uma habilidade que amplificava o dano com base no número de inimigos atingidos. Com um único golpe em arco de sua espada negra, uma onda de energia sombria se espalhou, atingindo vários roedores e criando uma explosão que os desativou.

"Isso foi incrível!" exclamou Azriel, tentando conter sua empolgação enquanto mantinha a guarda alta.

Erina desapareceu nas sombras, surgindo atrás de um grupo de roedores e destruindo os núcleos de energia com golpes precisos de suas adagas. Enquanto isso, Sorya permaneceu na retaguarda, erguendo barreiras protetoras para repelir os ataques elétricos que se aproximavam.

Alastor, percebendo um grupo maior se aproximando, invocou Correntes Sombrias. As correntes emergiram do chão, serpenteando pelo ar antes de prender os roedores em seus lugares. Um brilho sombrio percorreu as correntes, destruindo os inimigos presos.

Após meia hora de combate intenso, o grupo finalmente limpou o andar. Estavam cansados, mas intactos.

O segundo andar era completamente diferente. Um vasto salão repleto de espelhos metálicos refletia imagens distorcidas do grupo, criando uma sensação desconfortável de estarem sendo observados. O som de engrenagens ecoava ao longe, como um aviso de que algo estava prestes a acontecer.

"Esses espelhos não são apenas decorativos," disse Erina, ajoelhando-se para examinar o chão. "Eles são armadilhas. Refletem ataques mágicos e distorcem os movimentos."

Golems metálicos começaram a emergir dos espelhos. Eles absorviam ataques diretos e os devolviam com o dobro da força. Alastor tentou um ataque frontal, mas foi imediatamente forçado a recuar quando sua própria energia foi refletida de volta.

"Eles nos obrigam a pensar fora da caixa," disse ele, enquanto usava Passo Sombrio para se reposicionar. A habilidade de teletransporte em curtas distâncias permitiu que ele escapasse de uma armadilha quase fatal.

Erina e Sorya combinaram suas habilidades para destruir os espelhos. Erina lançou suas adagas, atingindo os pontos fracos das estruturas, enquanto Sorya usava suas barreiras para refletir os ataques dos golems de volta para os espelhos.

Alastor aproveitou o caos para ativar Despertar Sombrio, uma habilidade que aumentava temporariamente seus atributos. Ele usou o aumento de velocidade e força para se mover rapidamente pelo campo de batalha, desferindo golpes precisos nos golems enfraquecidos.

Finalmente, com paciência e estratégia, o grupo atravessou o salão e chegou à saída para o terceiro andar.

Antes de avançarem, Alastor sugeriu que descansassem. O grupo montou um pequeno acampamento improvisado perto da entrada do terceiro andar. Sorya usou seus feitiços de cura para tratar pequenos ferimentos, enquanto Erina inspecionava suas armas e Azriel afiava sua espada.

"Você está pronto para o que está por vir?" perguntou Sorya a Alastor.

Ele fechou os olhos por um momento, sentindo a energia opressiva da masmorra ao redor. "Não sei se estou completamente pronto," admitiu, "mas não vou parar agora. Temos um objetivo, e não podemos falhar."

Astra pousou suavemente em seu ombro, sua voz carregada de urgência. "Você está se saindo bem, mas o verdadeiro teste ainda está à frente. Confie em seus instintos e nas habilidades que você desenvolveu."

Alastor olhou para seus companheiros. Apesar do cansaço, viu determinação em seus olhos. Ele sabia que estavam prontos para o próximo desafio, mesmo que o caminho fosse incerto.