Corvo se movia o mais silenciosamente possível, cada passo cuidadosamente colocado no tapete macio sob seus pés. O quarto estava escuro, banhado por um brilho suave do sol poente, mas ele sabia exatamente onde tudo estava.
O silêncio era confortante, mas também o tornava excessivamente consciente de cada pequeno som que fazia, embora o tapete grosso abafasse bem seus movimentos.
Ele caminhou em direção à cama, seus olhos pousando na forma imóvel de Serafina. Ela estava encolhida, descansando pacificamente. Sua respiração era lenta e estável, seu peito subindo e descendo em um ritmo calmo que acalmava um pouco seus próprios nervos.
Por um breve segundo, Corvo hesitou, inseguro se deveria acordá-la ou deixá-la continuar dormindo. Ele estava ansioso para vê-la, imaginando seus olhos roxos brilhando ao vê-lo. Mas ela parecia tão em paz naquele momento, seu rosto relaxado, lábios ligeiramente entreabertos no sono, que ele não queria perturbá-la.