Caminhando pelo espaço de seu escritório na esperança de acalmar qualquer raiva que ainda lhe restasse - depois de retornar algumas horas atrás - sua mente, no entanto, fazia o oposto da tarefa que lhe fora dada, repetindo a cena da interação entre Arvan e Leonica, acabando por reacender a raiva que ele tão desesperadamente tentava acalmar.
Essas cenas, como se o perseguissem, repetiam-se como peças quebradas de um selo de disco, levando-o à loucura a ponto de ele desejar poder mergulhar a mão em sua cabeça e arrancar aquele cérebro.
Esse prazer, contudo, não lhe foi concedido, deixando as memórias em sua cabeça atormentá-lo de maneiras suficientes para ter o estômago de Gabriel revirando de formas que ele sabia que não deveria, cada vez que pensava sobre a natureza excessivamente amigável de Leonica e Arvan.
Era quase como se... ele estivesse com ciúmes de vê-los juntos.