Algum tempo depois dos eventos no templo de Kami-sama, Jayden voava rapidamente pelos céus até sua casa. O vento cortava seu rosto, mas ele mal notava. Seu olhar estava distante, perdido em pensamentos, enquanto suas ações pareciam movidas por puro instinto.
Logo, a silhueta familiar da casa dos Briefs surgiu à vista, trazendo uma pontada de alívio. Ele diminuiu a velocidade, pousando suavemente no quintal. Ao se aproximar, sentiu as presenças das garotas reunidas na sala de estar e decidiu entrar pela porta da frente.
"Cheguei," anunciou casualmente enquanto tirava os sapatos sujos na entrada.
"Oh, Jayzinho, você voltou!" Panchy exclamou com um sorriso caloroso. Ela estava sentada no sofá, saboreando uma fatia de bolo decorado com frutas.
"Oi, Jayden!" as outras três responderam em coro, cada uma ocupada com suas próprias atividades.
Bulma estava mergulhada em uma revista de moda, folheando as páginas com desinteresse, enquanto Tights assistia a uma novela ao lado da mãe, comentando de vez em quando sobre as reviravoltas da trama. Já Chi-Chi estava deitada em um sofá, mexendo distraidamente no celular, parecendo despreocupada.
"Como foram as coisas no templo?" perguntou Chi-Chi, erguendo os olhos da tela. "Pela tempestade dourada que vimos antes, acho que você conseguiu algo grande."
Jayden abriu um sorriso discreto, jogando-se em uma poltrona. "Sim, eu criei minhas próprias esferas do dragão... ou melhor, esferas da serpente."
Tights praticamente saltou do sofá, animada. "Como é que é?! Você tá falando sério?! Rápido, me conta tudo, tudinho, até os menores detalhes!" Ela correu até ele, agarrando um dos braços de Jayden e pressionando-o contra seu peito.
"Hahaha! Calma, Tights!" Jayden riu, tentando desviar o olhar de leve. "Eu vou contar tudo, mas uma coisa de cada vez."
Com um movimento suave, ele se acomodou melhor no sofá. Panchy desligou a TV, Bulma fechou a revista, e até Chi-Chi guardou o celular, curiosa. Todas se reuniram ao redor dele, ansiosas por sua explicação.
"Então, foi assim..." Jayden começou, olhando para cada uma delas. Conforme ele falava, o entusiasmo crescia na sala, cada detalhe da aventura no templo sendo absorvido como se fosse uma história fantástica.
...
"Então você resolveu fazer uma cobra em vez de um dragão? É, eu até que gostei. Tem uma vibe diferente."
"Concordo. Um dragão verde é legal, mas uma cobra vermelha também tem seu charme." Chi-Chi comentou, aparentemente sem notar o duplo sentido em suas palavras.
Jayden arqueou uma sobrancelha, contendo um sorriso. 'Essa garota tem que tomar mais cuidado com o que fala.'
Bulma, por outro lado, cruzou os braços e fez uma expressão pensativa. "Eu só acho meio injusto que Ryūjin seja mais fraco que Shenlong. Quero dizer, Jayden, você pode facilmente limpar o chão com a cara daquele velho, mas a sua criação é menor?"
Jayden deu de ombros, tranquilo. "O tamanho do Dragão Divino está diretamente ligado à quantidade de ki do criador, não à habilidade de combate. Enquanto eu tenho apenas trinta mil de ki, Kami-sama tem noventa mil."
"Você fala como se trinta mil fosse pouco." Chi-Chi comentou, desanimada. "Eu só tenho mil e seiscentos depois de tanto treinar."
Jayden percebeu o desânimo na voz dela. Ele rapidamente a puxou para perto, colocando um braço ao redor de seus ombros e esfregando sua bochecha contra a cabeça dela de forma brincalhona.
"Não fique assim, Chi-Chi. É só uma questão de tempo. Eu treinei por mais tempo e com métodos melhores. Agora que você aprendeu meus truques, vai evoluir bem mais rápido. Quando tiver a minha idade, tenho certeza de que será mais forte do que eu sou agora."
Chi-Chi ficou vermelha, mas sorriu. "Obrigada, Jay... isso significa muito pra mim." Ela se aconchegou ainda mais nos braços dele, aproveitando o momento.
De repente, Bulma apareceu, com uma expressão irritada. "Tá, tá, já chega vocês dois." Ela os separou bruscamente e se sentou entre eles no sofá.
Bulma se inclinou ligeiramente para perto de Jayden, sussurrando de forma discreta: "Não pense que não sabemos o que você está tramando. Lembre-se do acordo."
Chi-Chi lançou um olhar irritado, mas optou por não prolongar o assunto. Ainda assim, seu sorriso sugeria que, apesar de tudo, ela achava que havia valido a pena.
Tentando aliviar a tensão, Panchy interveio com um tom animado. "Mudando de assunto, Jayden, o que você vai fazer com a proposta de Kami-sama? Vai aceitar?"
Todas as garotas se voltaram para ele, curiosas.
Jayden suspirou e deixou-se cair no sofá, com o olhar cansado. "Sinceramente, eu não faço ideia. Essa possibilidade não estava nos meus planos."
"Na minha opinião, você deveria aceitar." Panchy disse com um sorriso singelo e olhos semicerrados. No entanto, de repente, seu rosto ficou levemente avermelhado, e ninguém na sala sabia o que exatamente passava pela mente dela.
"Mas o que é exatamente um 'deus'?" Bulma perguntou, cruzando os braços. "O que tem de especial nisso? Pra mim, Kami-sama só parece um alienígena com habilidades especiais."
"Agora que você mencionou, eu também nunca questionei isso." Jayden coçou a cabeça, pensativo. "Eu só sei que eles são chamados de deuses."
"Eles? Existem mais? Conta pra gente!" Tights insistiu, animada.
"Ah, é verdade. Eu nunca expliquei sobre isso, né? Foi mal, falha minha."
"Conta logo!" Bulma demandou, batendo o pé.
"Ok, ok..." Jayden tossiu de leve, preparando-se para a explicação.
"Pelo que sei, existem níveis diferentes de deuses, e os mais poderosos assumem responsabilidades maiores. Vou explicar na ordem que eu conheço." Jayden começou, olhando para as garotas, que o observavam atentamente.
"Primeiro, temos os deuses planetários, como o nosso Kami-sama. Acho que não preciso explicar muito sobre isso."
As garotas acenaram, aparentemente já familiarizadas com essa parte.
"Acima deles, o único que eu conheço é o Rei Yenma. Ele é o responsável por julgar os mortos e decidir quem vai para o céu ou para o inferno."
"O quê? Então, pós-vida existe mesmo?!" Bulma exclamou, como se tivesse ouvido algo completamente absurdo.
Jayden riu levemente da reação exagerada. "Sim, existe. E não só existe como é um lugar real. Qualquer pessoa com habilidades suficientes pode entrar no além-vida. Lá, você encontrará o inferno, onde os demônios habitam—um ótimo lugar para treinar, por sinal—e o céu, que é onde ficam os anjos e as boas almas. Também serve como prisão para almas muito malignas, condenadas a ouvir a canção dos anjos eternamente."
Após Jayden dizer isso, as garotas ficaram visivelmente abaladas, surpresas com a confirmação do pós-vida.
Saber que você vai para outro lugar depois de morrer, muda completamente o sentido da vida e como você enxerga o mundo.
E sobre duvidar se as palavras dele são verdade? Esse pensamento nem passou pela cabeça delas, está claro que a imagem de Jayden em seus corações já chegou em um nível, que tudo que ele fala é provavelmente verdade.
"Isso é tão… estranho. Tipo, eu não sei nem como reagir a isso." Chi-Chi murmurou, sua expressão uma mistura de choque e fascínio.
"Eu sempre achei que isso fosse coisa de religião. E pensar que o inferno é um lugar real!" Bulma parecia estar repensando sua visão de mundo.
"Agora estou preocupada. Será que vou para o inferno quando morrer?" Tights perguntou, sua voz tingida de uma preocupação genuína.
"Que interessante!" Panchy exclamou, ignorando completamente o clima tenso. "Parece um lugar divertido. Jayzinho~, o que você acha de nos levar para passear lá um dia desses?"
Todos olharam para ela em silêncio absoluto. Enquanto os outros processavam a existência do pós-vida, Panchy parecia estar planejando um tour no inferno.
Jayden deu uma risada, quebrando o silêncio. "Claro, tia Panchy. Quando a oportunidade surgir, eu posso levar a senhora para conhecer."
Enquanto Panchy sorria satisfeita, as outras garotas suspiraram de alívio quando Jayden acrescentou:
"E, para vocês, não se preocupem. Apenas pessoas realmente ruins vão para o inferno. Pessoas comuns ou que cometeram erros menores ainda podem ir para o céu."
Ele pensou consigo mesmo: 'E se depender de mim, eu não vou deixar nenhuma de vocês morrer.'
"Mas voltando ao assunto, acima do Rei Yenma, estão os quatro administradores do universo, os Senhores Kaioh.
Existem quatro deles, cada um responsável por um quadrante (norte, sul, leste, oeste) a terra, está situada no quadrante norte então somos supervisionados pelo Kaioh do norte.
Além disso, existe o Grande Senhor Kaioh, que funciona com um tipo de líder sobre os outros quatros Kaiohs.
Ele é um incompetente, e não tem nenhuma função especifica além de parecer importante, eu nem consideraria ela mas de qualquer forma, ele existe.
Acima deles, temos os Supremos Senhores Kaiohs, que advinha... fazem a mesma merda que os Kiohs normais."
"O que? Então por que toda essa hierarquia idiota? Tem um funcionário (Kaioh) que supervisiona um lugar (quadrante), então eles são subordinados de um cara que não faz nada além de parecer importante (Grande Kaioh) mas não satisfeitos, ainda existe um superior do seu superior que supervisiona o mesmo lugar que você (Supremo Kaioh), para que essa divisão toda então?" Bulma
"Parece mais uma forma de divisão de status sociais e poder político para alimentar o ego deles." Chi-Chi
"Bom... eu meio que, tenho que concordar com vocês kkk. Esse sistema de Kaiohs é realmente inútil.
Os Semhores Kaiohs servem para administrar os universo e assegurar que ele não seja ameaçado, porém quando algo acontece, eles não podem fazer nada por serem fracos.
O Grande Kaioh, como eu disse antes, não serve de para nada, nem deveria existir, ele deveria ter sido apenas um Kaioh comum porém mais forte que os outros, então se deu esse título e aproveita uma vida de luxo sem fazer nada.
Os únicos que tem realmente alguma serventia são os Supremos Senhores Kaiohs, pois eles portam o poder da criação, criando planetas novos e mantendo o universo."
"Espera aí?!!! Está dizendo que eles criaram o universo!!!" Gritou Bulma, aparentemente muito surpresa e indignada.
Bom, ela é uma mulher da ciência então é entendivel ela reagir assim, provavelmente acreditava mais na teoria do Big Bang ou criacionismo religioso.
"Não, exatamente, eles podem criar planetas mas não foram eles que criaram o universo. Eles são mais como "mantedores".
Pense nisso, o universo é um grande jardim, quando uma flor morrer (planeta), eles vão e plantam uma nova flor (planeta novo)."
Tights piscou algumas vezes antes de exclamar: "Você está seriamente comparando um deus da criação com um jardineiro?"
Jayden coçou a nuca, constrangido. "Er... bom, é uma comparação bem fiel, na verdade."
"Eu acabei de ter uma inspiração!" Tights disse, os olhos brilhando de animação. "Imaginem isso: um grupo de cientistas jardineiros que alcançaram o nível de deuses! Agora, eles criam planetas em suas hortas cósmicas..." Ela pegou um caderno do bolso e começou a rabiscar furiosamente, perdida em seus pensamentos.
O grupo ficou em silêncio, observando-a com expressões mistas. Finalmente, Jayden deu de ombros. "Deixa ela no mundinho dela. Vamos continuar."
"Para completar," ele disse, voltando ao tom sério, "existe o Supremo Senhor Kaioh Central. Ele é a principal força da criação do universo. Diferente de sua contraparte inferior, o Grande Kaioh, esse realmente faz jus ao título e faz o trabalho direito."
"Então ele é importante de verdade," Bulma disse, inclinando-se para frente. "O que ele faz? Cria planetas como os outros?"
"Todos os Supremos Senhores Kaioh possuem o poder da criação," Jayden explicou, "mas o Kaioh Central é mais forte e habilidoso. Ele provavelmente cria planetas mais rápido e é, ao que tudo indica, quem treinou os outros quatro Supremos Kaiohs."
"Hmm, faz sentido," Bulma assentiu, parecendo absorver a explicação.
"Tem mais alguma coisa?" Tights perguntou de repente, ainda segurando seu caderno. "Algum tipo de trama inesperada sobre eles?"
Jayden estreitou os olhos, desconfiado. "Você está perguntando isso por curiosidade ou para escrever outra das suas histórias?"
"Quem você pensa que eu sou?" Tights retrucou, ofendida. "Eu nunca faria isso! É óbvio que é para minhas obras! E que outro motivo eu teria, hein?"
Jayden riu. "Kkkk, verdade... Bom, se isso ajuda, todos os Supremos Senhores Kaiohs, exceto o Kaioh do Leste, estão mortos."
"Pera aí, o quê?!" Bulma praticamente gritou.
"C-como assim um deus pode morrer? Eles são deuses! Eles criam planetas!" Chi-Chi disse, claramente atônita.
"Que emocionante!" Tights exclamou, parecendo prestes a explodir de empolgação. "Eu consigo sentir o cheiro do plot twist se desenvolvendo... Uma trama épica de vida ou morte com o destino do universo em jogo!"
"Que pena," Panchy disse, suspirando suavemente. "Eu estava curiosa para saber como eles eram."
Jayden riu novamente. "Bom, isso é tudo que eu vou dizer por agora, o resto não é algo que vocês deveriam se preocupar no momento."
Enquanto Bulma e Chi-Chi ainda tentavam processar a ideia de deuses mortos, Tights já estava novamente imersa em suas anotações, e Panchy parecia estranhamente tranquila, como se a morte de deuses e tudo mais, não fosse de nenhuma importância.
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<2365 palavras>
Eu fiz uma pesquisa séria para fazer esse capítulo e imaginem o quão surpresos eu fiquei quando descobri que existia um Grande Senhor Kaioh.
Esse personagem é tão irrelevante que eu esqueci completamente da existência dele e eu aposto que a maioria de vocês também.
Além disso, teve muitos momento confusos durante as pesquisas, pois atem então, eu acha que os Kaioh eram uma abreviação da raça Kaiohshins, pois isso realmente parece um nome de espécie.
Mas pelo visto, o "shin" no nome é uma referência para deus/divino, e daí veio a tradução de Supremo Senhor Kaioh, na verdade os dois são o mesmo título.
Além disso, por estarem todos mortos exceto o Kaiohshin do Leste, fica difícil montar uma hierarquia completa, você acaba esquecendo que naverdade existiam 5 deles (norte, sul, leste, oeste e central) porém Majin Buu matou quase todos.
Eu acho que nós outros universos, os 5 Kaiohshins deles ainda estamos vivos e funcionais, e aqueles em específico que sempre aparecem como seres de igual com o deus da destruição, são os Kaiohshins Centrais.
Faz sentido não é? É dito que o Deus da destruição é igualmente importante ao Deus da criação, porém somente um deles parece deter toda essa importância.