[Pov: Chi-Chi]
Em algum lugar no vasto quintal da casa dos Briefs, uma pequena clareira em meio às árvores, sem ninguém para interferir no momento.
Somente eu e ele, como deveria ser desde o início.
"Você está pronta?" Ele perguntou, em uma pose de combate descontraída e relaxada.
Seus olhos brilhavam com confiança, mirados intensamente apenas em mim, o que fez eu me sentir estranha no bom sentido.
Embora estivesse prestes a lutar, e eu fosse seu oponente, a voz dele carregava um carinho natural por mim, e isso me deixava tão feliz.
"Pronta." Eu respondi, tentando parecer mais determinada do que realmente me sentia.
A adrenalina estava começando a subir, tanto por animação quanto por estar enfrentando alguém tão mais forte que eu.
"Então aqui vou eu." Ele disse com um sorriso descontraído, e logo depois, ele desapareceu.
!
Eu não consegui nem reagir direito. A única coisa que senti foi um arrepio na espinha, e, instintivamente, cruzei meus bracos na frente do peito.
Bam!
O soco dele acertou meus braços com força, mais do que um humano normal seria capaz de exercer, principalmente alguém do tamanho dele.
O impacto foi tão violento que fui projetada vários metros para trás, e só parei depois de bater contra o chão algumas vezes. Não tinha tempo para me recuperar. Imediatamente, me empurrei para o ar e me reposicionei, tentando disfarçar o cansaço.
"Minha vez!" Eu gritei, tentando recobrar meu foco. Ele não continuou pressionando, como de costume.
Eu não perderia essa chance. Concentrei meu ki na perna direita e, com um impulso rápido, reapareci na frente dele. Fixei meu pé esquerdo no chão com força e, com um movimento rápido, desferi um soco direto para seu peito.
Puff~
"Aih!" Eu gemi de dor. Minha mão latejava depois de acertá-lo com toda a força que consegui reunir, e, para minha surpresa, ele nem sequer se moveu. Parecia que havia acertado uma parede de aço.
'Do que ele é feito?!' pensei, sentindo uma mistura de frustração e admiração.
Mas nem tive tempo de refletir. Antes que eu pudesse dar outro passo, ele me atacou novamente com uma rasteira ágil, me desestabilizando completamente. Depois, com um chute preciso, fui arremessada para longe.
'Eu ainda não terminei!' Com a mente focada e os dentes apertados, me levantei rapidamente, minha determinação aumentando ainda mais.
"Isso mesmo, Chi-Chi! Use tudo o que você tem, não é porque estamos treinando que eu vou pegar leve com você." Ele disse, com aquela expressão de sempre: calma, confiável, divertido.
Mas ele estava se desviando de todos os meus golpes com tanta facilidade. Ele dava um simples passo para trás, ou se curvava levemente para o lado, como se nada do que eu estivesse fazendo fosse de fato uma ameaça.
'Mentiroso,' pensei, sentindo a frustração crescer dentro de mim, como uma chama prestes a explodir. 'Você está se segurando desde o início!'
"Você não vai me vencer assim!" Eu gritei, com os dentes apertados, e me joguei para frente, mais uma vez.
Meu corpo se moveu com velocidade, os músculos trabalhando ao máximo. Eu me afastei com um pulo ágil, e assim como ele me ensinou, acumulei o ki na ponta do dedo indicador, alonguei levemente a mão, dando forma a uma pequena esfera afiada, torci-a com força, fazendo-a girar em espiral, uma pressão crescente se formando.
"Piercing Bullet!" Eu gritei, e a energia fluiu em torno da minha mão. A adrenalina tomou conta de mim. Era a primeira vez que eu usava essa técnica em combate real.
A bala de ki disparou como um raio, mais rápido do que qualquer projétil que já vi, rotacionando com tal velocidade que parecia impossível de evitar. Ela tinha um poder perfurante capaz de atravessar as defesas mais resistentes.
Mas, em um instante, ele inclinou o corpo para o lado, deixando o projétil passar ao lado dele.
"Foi muito lento..." A voz dele chegou aos meus ouvidos com um tom quase entediado.
O impacto da minha técnica foi tão fraco que a bala apenas fez um pequeno buraco no tronco de uma árvore atrás dele. Nada! Nem a árvore foi destruída!
"Fraco..." Ele continuou, como se estivesse desdenhando, e eu senti meu coração apertar.
E, antes que eu pudesse reagir, ele se moveu mais uma vez. Sua voz, vinda de um lugar inesperado, cortou o ar com diversão.
"Previsível." Eu arregalei os olhos e, sem hesitar, dei um chute giratório para trás, esperando pegar sua presença.
Mas no exato momento em que minha perna se moveu, ele a pegou com facilidade, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
"Chi-Chi, você ainda continua muito impulsiva," disse ele, me segurando com um olhar carinhoso. "Você sabe que algo assim não é o certo a se fazer. Deveria ter se afastado."
Aquelas palavras... Esse tom de voz doce e educado, esse sorriso perfeito... Tudo nele parecia tão... perfeito.
Ele tinha esse jeito de me tratar com carinho, como se tudo que eu fizesse fosse digno de compreensão. E, no fundo, eu gostava disso..
Eu gostava do modo como ele olhava para mim. Eu passaria horas apenas observando seu sorriso e ainda estaria feliz, sabendo que era um sorriso direcionado a mim.
Mas, antes que eu pudesse terminar esse pensamento que me deixava tão confusa, ele empurrou minha perna contra meu corpo, me forçando a perder o equilíbrio e cair para trás.
Bam
Cai de bunda no chão, antes que eu pudesse me recompor, senti um golpe forte no plexo solar, um chute tão poderoso que tirou o ar dos meus pulmões.
"Inspira... Cof! Cof! Cof!" Eu tentei recuperar o fôlego, mas a dor me impedia de respirar direito.
"Você está bem?" Ele perguntou, com um tom preocupado, enquanto se ajoelhava perto de mim. "Desculpe, eu não queria..."
Bam!
Com o que restava de energia em meu corpo, dei um soco com toda a força que pude reunir, acertei o queixo dele, e vi a cabeça dele se mover para trás, fazendo-o dar alguns passos para trás, atordoado.
"Não... cof... não me subestime." Eu falei, ainda com dificuldade para respirar, a dor pulsando no meu peito, mas com a determinação ardendo em meus olhos.
"Aih, você me pegou," ele disse, massageando o queixo, e, pela primeira vez, parecia genuinamente surpreso. "Isso doeu de verdade."
Ver ele sentir dor fez meu peito apertar. Eu me sentia culpada, mas ao mesmo tempo, uma sensação estranha de orgulho crescia dentro de mim. Eu realmente havia acertado um golpe dele.
Mas, então, o sorriso dele mudou. Ele olhou para mim, seus olhos agora mais sérios, mais intensos. O clima entre nós havia mudado.
"Bom..." Ele disse, com um tom grave que fez meu estômago se revirar. "Já que você quer ser levada a sério, acho que posso aumentar uma nota."
Eu senti uma onda de apreensão percorrer meu corpo, e, antes que eu pudesse reagir, eu vi um brilho de eletricidade surgir em seus punhos.
Bzzz! Bzzz! Zap! Zap! Zap!
A eletricidade dançou entre os dedos dele, o som do poder se acumulando vibrando no ar. Ele me deu um sorriso, aquele sorriso que eu tanto adorava, mas que agora tinha algo mais sombrio por trás.
'Isso vai doer.' Pensei.
...
"Você aguentou 28 minutos," ele disse, abaixado ao meu lado. Sua voz era calma e despreocupada.
"Dois a mais do que antes. Conseguiu acertar sete golpes normais e até um significativo no meu queixo... Mas também levou mais de 100 porradas. Ainda dá para melhorar."
"Eu não sinto nada..." murmurei, minha voz saindo arrastada e pesada. Meu corpo estava esparramado no chão, dolorido demais para sequer tentar me mover.
"Hehe, tá tudo bem," ele respondeu, o tom gentil, como se aquilo fosse apenas mais um treino. "Isso é só o efeito colateral dos golpes elétricos. Daqui a pouco passa."
Antes que eu pudesse protestar, senti sua mão pousar na minha cabeça, dando leves tapinhas, como se eu fosse uma garotinha precisando de consolo.
Meu peito se apertou. Aquele gesto... fazia meu coração disparar, era tão bom, tão confortável, mas não da maneira que eu queria. Era carinho, mas não o tipo de carinho que eu desejava.
'Não! Isso é coisa de criança!'
Arregalei os olhos e, com um movimento brusco, afastei a mão dele da minha cabeça. Ignorei a dor que gritou em meu corpo e me forcei a encará-lo, meu rosto queimando de raiva.
"Pare de dar tapinhas na minha cabeça! Eu não sou mais uma criança!" Minha voz saiu mais alta e áspera do que eu esperava, mas eu não me importei.
Ele piscou, surpreso, antes de sorrir de maneira descontraída, como se minha explosão não tivesse significado nada para ele.
"Desculpe," ele disse, o tom carregado de provocação. "Mas, no meu coração, você sempre será minha princesinha."
"Princesinha?!" exclamei, sentindo o sangue ferver em minhas veias. Meu rosto queimava de frustração, e meus punhos se fecharam instintivamente.
Ele parecia se divertir com minha reação, o que só tornava as coisas piores.
"Eu não quero ser sua princesinha!" gritei, minha voz embargada por uma mistura de raiva e tristeza que eu não conseguia controlar.
"Ah, Chi-Chi..." Ele tentou se aproximar, mas eu levantei a mão para detê-lo.
"Não!" Eu me levantei de repente, ignorando a dor lancinante que percorreu meu corpo como uma corrente elétrica.
Dei um passo, determinada a me afastar, mas minhas pernas cederam sob o peso do cansaço e das dores.
"Chi-Chi, você não deveria se esforçar assim..." Ele se aproximou, preocupado, mas eu o ignorei.
"Eu... não preciso da sua ajuda!" exclamei, tentando novamente dar outro passo. Meu orgulho berrava dentro de mim, mesmo enquanto meu corpo gritava para parar.
Minhas pernas tremeram e, antes que eu pudesse evitar, desabei no chão. A terra fria contra minha pele era um lembrete cruel da minha fragilidade naquele momento.
O silêncio que se seguiu foi desconfortável, pesado. Eu sentia o olhar dele sobre mim, mas me recusei a encará-lo.
"Chi-Chi... você está bem?" Sua voz, normalmente firme e energética, agora era suave, carregada de preocupação.
Minha garganta apertou. Eu sabia que ele não estava com raiva, mesmo depois de eu ter gritado com ele. Ele nunca ficava. E provavelmente ainda me olhava com aquele mesmo afeto que me fazia sentir tão confusa.
"Chi-Chi, olha pra mim..." Sua voz era baixa, quase um sussurro, mas carregava um peso gentil que fazia meu coração apertar.
Eu virei ainda mais o rosto, teimosa. Não era raiva o que eu sentia agora, era algo mais profundo e difícil de nomear. Aquele tom gentil dele dissipava qualquer ressentimento, mas também fazia crescer uma sensação de vulnerabilidade que eu odiava.
"Chi-Chi, olha pra mim... por favor." Dessa vez, sua voz estava ainda mais suave, como se ele estivesse tentando alcançar algo dentro de mim que eu mesma não conseguia tocar.
Eu senti sua respiração perto do meu pescoço, quente e reconfortante, enquanto sua mão repousava suavemente nas minhas costas.
Aquela proximidade me deixou ainda mais confusa. Meu coração batia forte, misturando felicidade e constrangimento. Ele se importava comigo, eu sabia disso. Mas, ao mesmo tempo, isso só fazia meu orgulho ferido doer mais.
Sem conseguir mais resistir, virei o rosto lentamente e olhei para ele. Minhas bochechas estavam quentes, meus olhos ardendo de lágrimas que eu tentei, sem sucesso, segurar.
"Oh, Chi-Chi..." Ele olhou para mim, e sua expressão mudou. Eu vi algo no rosto dele, uma dor silenciosa, como se ele sentisse minha tristeza junto comigo.
Ele falou meu nome novamente, mas não disse mais nada. Em vez disso, abriu os braços e se inclinou um pouco para frente, um convite silencioso.
Eu nem pensei no que estava fazendo. Antes que pudesse me conter, me joguei em seus braços, enterrando o rosto contra seu peito.
Ele me abraçou de volta, com firmeza, mas também com uma suavidade que parecia dizer que ele nunca me deixaria cair. Seus braços fortes me cercaram, e, por um momento, eu senti como se estivesse exatamente onde deveria estar.
"Hick... hick..." Eu comecei a chorar, soluçando baixinho. Não sabia exatamente o porquê. Meus pensamentos eram um turbilhão de emoções conflitantes, e nada fazia sentido naquele momento.
'Por que eu estou chorando? Eu me sinto culpada... mas eu não fiz nada de errado. Então por que dói tanto?'
Ele não disse nada. Não tentou me consolar com palavras. Apenas ficou ali, me abraçando com força, deixando-me extravasar. Sua camisa ficou molhada com minhas lágrimas, mas ele não parecia se importar.
Eu me senti pequena, frágil, mas ao mesmo tempo amada. Como se, naquele momento, todo o peso da minha frustração e orgulho tivesse sido substituído pela certeza de que ele estava ali para mim.
...
Alguns minutos se passaram, e eu finalmente parei de chorar, mas o silêncio entre nós continuou. Não era desconfortável, pelo contrário, havia algo reconfortante na presença dele.
A única coisa que mudou foi nossa posição. Agora, ele estava sentado encostado em uma árvore, e eu reclinada contra ele, seus braços envolvendo minha cintura em um abraço protetor.
À nossa frente, o pôr do sol pintava o céu com tons de laranja e rosa, um espetáculo magnífico que parecia distante, pois minha mente estava longe de apreciá-lo.
"Quer falar sobre o que aconteceu agora?" ele perguntou, a calma em sua voz combinando com o momento. Seus braços apertaram levemente minha cintura, como se quisesse me dar força.
Eu hesitei, mordendo o lábio. Era difícil. Esse tipo de coisa era algo que eu talvez só contasse para minha mãe, mas ele merecia uma explicação.
"Eu... não gosto quando você me trata como criança," confessei, minha voz baixa e hesitante. "Faz eu me sentir insegura."
"Mas por quê?" Ele inclinou a cabeça, seu tom genuinamente curioso. "Você é uma garota forte e determinada. Não tem motivo para se sentir assim."
Eu abaixei os olhos, minhas mãos apertando a bainha da minha roupa. Cada palavra que eu dizia fazia a vergonha e a vulnerabilidade dentro de mim crescerem.
"Porque... eu não tenho nada pra te dar," admiti finalmente. Minha garganta apertava, e embora eu quisesse chorar de novo, parecia que as lágrimas tinham acabado.
Ele franziu a testa. "Como assim?"
"Bulma," comecei, minha voz cheia de frustração e tristeza. "Ela é inteligente e bonita. Tem aquele cabelo azul exótico, é uma das maiores gênias do mundo, com pernas longas e atraentes, peito bem desenvolvido, e uma cintura fina."
Ele abriu a boca para falar algo, mas eu continuei antes que ele pudesse interromper.
"Tights é ainda melhor. Ela parece uma modelo, com aquele jeito confiante, sempre usando roupas curtas e estilosas que não deixam nada para a imaginação. E sem falar que as duas são suas amigas de infância."
Eu respirei fundo, a lista continuava. "E Panchy... ela é madura, experiente, e... bem, vamos ser honestos, ela tem aqueles grandes peitos quicantes e aquela bunda gorda e perfeita que você adora olhar."
"Eu não-"
"Não tente negar," cortei, olhando diretamente para ele. "Eu já te peguei olhando pra ela várias vezes. Você não é muito bom em esconder isso. E ela também não ajuda, andando pela casa quase que sensualisando pra você!"
Eu desviei o olhar, minha voz se quebrando. "O que eu tô tentando dizer é... eu não tenho nada de especial. Não sou bonita como a Tights, nem inteligente como a Bulma, nem madura como a Panchy."
Senti um nó na garganta. "A única coisa que eu tenho é a minha força. E mesmo isso não importa, porque você é muito mais forte do que eu. E pior... eu só sou forte assim por sua causa. Sem você, eu não sou nada."
Ele permaneceu em silêncio, e isso só fez o peso das minhas palavras parecer ainda maior.
"Eu sou apenas uma criança," murmurei, quase inaudível. "Como eu poderia competir pelo seu amor com elas..."
O clima ficou tenso. Eu podia sentir a seriedade no ar, como se minhas palavras estivessem ecoando dentro dele. Permaneci em silêncio, esperando por sua resposta, enquanto meu coração batia dolorosamente forte no peito.
"Isso é verdade... você é uma criança."
As palavras dele acertaram meu coração como faca, era uma dor excruciante mas não fisicamente, meu rosto contorceu segurando as lágrimas que mais uma vez ameaçavam a cair.
"Mas isso não significa que você não é incrível e especial para mim." Ele disse uma voz ainda mais gentil e amorosa do que antes, trazendo sua cabeça para perto de mim e falando baixinho no meu ouvido.
"Você tem uma personalidade direta, não se importa de demonstrar seus sentimentos abertamente.
Você é forte, disciplinada e determinada, disposta a fazer tudo para conseguir o que quer.
Mas você também é uma linda, frágil e jovem garota. Alguém com muito espaço para desenvolvimento. Eu tenho certeza que quando você crescer, você será tão bonita quantos as outras."
Lágrimas começaram a escorrer, mas dessa vez de alívio e felicidade.
Eu sentia seu braço direita deixar minha cintura, ele encostou sua mão no meu queixo e o empurrou levemente para que eu olhasse para ele.
"Chi-Chi, você sabe que eu não sou uma pessoa boa."
"Impossível, você-"
"Eu sou um lixo, eu roubei o coração de quatro lindas mulheres ao mesmo tempo e não tenho coragem de tonar responsabilidade por nenhuma delas.
Eu sou um homem, se dependesse de mim, eu ficava com todas aí mesmo tempo, eu iria provar cada uma de vocês e fazer várias coisas pervertidas toda hora."
Como se quisesse provar o seu ponto, a mão direita dele começou a subir, passando pelo meu úmido exposto e chegando até meus pequenos peitos em desenvolvimento, escondidos apenas por um croped.
Com firmeza, ele apertou.
"Uhn~" Eu gemi.
'Tão bom, tão gostoso.' Pensei, minha mente em chamas, ansiando por mais dessa sensação.
Mas antes que eu pudesse apreciar mais de seu aperto, ele parou, e colocou suas mãos de volta em minha cintura.
"Não... por favor, continue... eu..."
"Você é uma criança..."
As palavras dele me acertaram novamente, eu fiquei abalada e triste e tentei abaixar minha cabeça, mas a mão dele no meu queixo não deixava, me forçando a ophara para ele.
"Chi-Chi, eu sei que você gosta de mim, eu também gosto de você, muito mesmo. Mas não podemos, é perigoso, seu corpo não vai aguentar esse tipo de coisa."
"Desculpa... hick... é tudo culpa minha..." Eu comecei a chorar.
"Não diga isso, a culpa é minha por ser um lixo, e tomar o coração de uma garota tão doce e inocente como você."
Ele repousou sua testa contra a minha, nosos rostos a centímetros de distância, eu podia sentir seu calor contra mim, era tão bom.
"Mas sabe... tem uma coisa que eu posso fazer..."
"... O que?" Perguntei, enxugando as lágrimas
"Isso..." Ele disse, enquanto aproximava ainda mais o seu rosto do meu.
Eu senti seus lábios tocarem os meus, tão de repente que minha mente ficou em branco.
'Ele me beijou!'
Meus olhos se arregalaram em surpresa, meu coração disparando como nunca antes. Mas o choque logo desapareceu, substituído por uma sensação avassaladora de calor e emoção.
Minha mente era um turbilhão, incapaz de formar qualquer pensamento coerente. Então, parei de tentar pensar. Apenas fechei os olhos e decidi me entregar ao momento.
Seus lábios eram quentes e macios, transmitindo uma ternura que eu nunca havia experimentado antes. Era como se o tempo tivesse parado, deixando apenas nós dois naquele pequeno mundo.
Meu corpo relaxou contra o dele, enquanto minhas mãos instintivamente subiam para segurar sua camisa, como se eu temesse que aquele instante acabasse. A proximidade era tão intensa que eu podia sentir a batida do coração dele em sincronia com a minha.
Quando ele finalmente se afastou, apenas alguns centímetros, nossos olhares se encontraram. Sua expressão era suave, quase cautelosa, como se estivesse esperando minha reação.
Eu toquei meus lábios com os dedos, ainda sentindo o calor daquele beijo. Meu rosto estava quente, e as palavras pareciam ter desaparecido da minha mente.
"Esse foi... meu primeiro beijo..." murmurei, ainda um pouco atordoada pelo momento.
Ele me olhou nos olhos, e vi paixão e felicidade transbordando em seu olhar. Seu sorriso, ao mesmo tempo contente e travesso, me fez sentir algo ainda mais forte. Ele se aproximou um pouco mais, sua voz suave e cheia de carinho:
"É mesmo? Que coincidência... foi o meu primeiro beijo também."
Eu senti uma onda de alegria me invadir, ainda mais forte do que a sensação do beijo em si. Era como se um peso tivesse sido retirado de meus ombros. Aquela sensação de conquista me envolveu com uma pureza que só aumentou meu amor por ele.
'Não foi a Bulma, Tights ou Panchy... eu fui a primeira. Ele me beijou primeiro.'
"Hihihi~ nosso primeiro beijo~" Eu falei, quase sem pensar, com uma voz aguda e boba. Eu sabia que meu rosto devia estar ruborizado, mas não me importava.
Eu não sabia por quanto tempo ficamos ali, mas eu sabia que estava desfrutando de cada segundo daquela sensação única. Repetir aquela frase me fazia sentir como se o tempo tivesse parado, e o mundo fosse só nosso.
"Esse vai ser nosso segredinho, ok? Eu não quero magoar ninguém." Ele disse, seu sorriso mais suave, mas com um toque de preocupação.
Naquele momento, uma sensação de frustração começou a surgir em mim. Mesmo agora, ele ainda pensava nas outras. Mas eu respirei fundo. Hoje era o meu dia, o nosso dia. E nada iria estragar isso.
Decidi agir de acordo com meus sentimentos, sem me preocupar com mais nada.
"Tudo bem, mas... se quiser que eu fique calada, vai ter que me fazer~" disse, com um tom travesso, tentando dar uma leveza à situação.
Ele sorriu, seu olhar se tornando ainda mais intenso, mas também cheio de diversão. "Oh, eu gosto de onde isso está indo, então, o que eu devo fazer para calar sua boca, MINHA princesa?" Ele disse, se aproximando ainda mais, com os lábios roçando suavemente nos meus.
Sem hesitar, eu entrelacei nossas mãos, com a outra acariciando seu rosto suavemente. "Assim..." respondi, antes de novamente unir nossos lábios.
A sensação foi doce, profunda e cheia de significado. Cada beijo que se seguiu era mais intenso, mais carregado de emoção, e eu sentia meu coração bater descontrolado em meu peito.
Era como se o mundo tivesse desaparecido ao nosso redor, nada mais importava. Só restávamos nós dois, em silêncio, compartilhando um momento que nenhum de nós jamais esqueceria.
________________________________
<3800 palavras
Gostaram do capítulo, eu me esforcei bastante para fazer, não sei se ficou bom pois não tenho experiência nisso, eu mesmo nunca namorei antes.
Eu vou tentar fazer mais capítulos desse estilo, talvez não sobre romance das personagens femininas, mas um capítulo descontraído é irrelevante para a trama principal, que vocês podem pular e não afetará em nada.