Chereads / A Marca Do Destino / Chapter 6 - Volume I Cap 6: O Despertar de um Poder Desconhecido

Chapter 6 - Volume I Cap 6: O Despertar de um Poder Desconhecido

23 de Junho de 1245, 

Algures numa caverna de uma floresta do Reino Uruzenak.

—Aí! Dói-me todo o corpo.

Jail levanta-se, ainda tendo as pernas cobertas com uma manta de peles.

—Onde estou?

—Já acordaste?

Jail olha para o seu lado direito e vê uma mulher alta, de cabelos compridos lisos de cor prata azulado com alguns tons lilases prata, olhos lilases prata, vestida com um manto preto, vestindo por baixo uma t-shirt branca, rasgada abaixo da linha dos peitos, umas calças de ganga azuis rasgadas 3 centímetros abaixo da virilha, calçada com umas botas de couro azul altas que ficam 10 centímetros abaixo do joelho, com plumas azuis no topo. Que está sentada à frente de uma fogueira com um caldeirão a cozinhar algo.

—Não precisas de te preocupar. Não vou te fazer mal. Se eu quisesse já te teria feito há 10 dias quando te encontrei.

—10 dias? Fiquei inconsciente por 10 dias?

Jail tenta se levantar mas cai no chão, destapa-se e vê em suas pernas fissuras que emitem uma luz amarela dourada fraca.

—O que é isto? O que fizeste com o meu corpo?

—O motivo que eu te trouxe para cá foi por isso.

A mulher se levanta e aproxima-se de Jail.

—O teu corpo não só produz demasiada mana assim como absorve e restaura o que não precisa ser restaurado em pouco tempo. E ao usares magia sem ter controlo na mana que usas, acabou sendo prejudicial para o teu corpo. E com aquela explosão que houve quando estavas no epicentro dela, é incrível que ainda estejas vivo. Mas o motivo de estares vivo foi teres absorvido toda aquela energia da explosão e a tornares tua, o que te fez ficar vivo, como se fosses a reação contínua daquela explosão.

—Como sabes assim tanto sobre mim?

—Digamos que eu tenho um conhecimento largo sobre magia, por isso sei o que tens. E sobre o que aconteceu em Sunspire é porque estava a passar por lá quando vi uma barreira a ser erguida.

—Certo. Espera um momento, deixa-me pensar numa coisa. Eu fiquei inconsciente durante 10 dias?

—Sim.

—O que aconteceu com todos após a explosão? E o que aconteceu durante os 10 dias que estive inconsciente?

—Após a explosão todos ficaram quietos, perderam a audição e a visão durante alguns minutos. A energia emitida pela explosão foi muito grande para ser contida pela barreira que criaste. Ninguém morreu. E toda a área dentro da barreira está completamente dizimada. Tem uma cratera que aparenta ter mais de 100 mil quilômetros de profundidade. A barreira ainda está erguida e está a proteger a área. Só ninguém consegue atravessar a barreira, só objetos materiais conseguem passar, e quando passam ao entrarem são completamente vaporizados.

'Ainda bem que ninguém morreu.'

A mulher dirige-se à panela e apanha uma taça de barro e enche com uma colher, e vai entregar a Jail.

—Come. Estás há 10 dias sem comer. Não te preocupes, não está envenenado.

—Não é isso. Porque trouxeste me até aqui e porque estás a cuidar de mim?

—Trouxeste até aqui para tua proteção e de todos. Atualmente o teu corpo está instável, podes explodir a qualquer momento, causando uma explosão pior que a que conseguiste conter. Então estás aqui para não matares ninguém acidentalmente. E estou a cuidar de ti para que fiques melhor, para assim voltares a viver entre os humanos.

A mulher volta a sentar-se no tronco de madeira.

—Come e descansa por agora. Amanhã vou começar o teu tratamento, e depois começar o teu treino.

—Como assim o meu treino?

—Mesmo que não vás mais explodir. O teu corpo precisa de um fortalecimento melhor para aguentar a tua mana. Pensa desta forma, todos os seres e coisas deste mundo contêm mana, sendo os seres vivos com uma maior quantidade. Onde os corpos são um copo de cristal que aguenta a mana contínua e regulada sem danificar o recipiente, enquanto a ti, o teu corpo é um copo de cristal cheio de fissuras, prestes a cederam pela quantidade excedentária de mana. O que se isso acontecer causará a tua morte.

A mulher apanha uma garrafa de vinho, abre-a e bebe.

—Não te preocupes, com o meu treinamento vai conseguir criar um corpo que aguentará grandes quantidades de mana. 

—C-certo… como é- - -

—Chamo-me Freya, mas vais chamar-me de Mestra.

'Ela por acaso lê-me a mente?'

—Sim… Mestra. O meu nome é Jail Runglardix.