Lucius fez Layla sentar-se na cadeira e tomou o copo de água dela. Ele acariciou a bochecha dela enquanto sua outra mão permanecia em punho cerrado.
"Desculpe. Eu não queria desabar... assim", ela sussurrou.
"Você não precisa se desculpar", disse Lucius. Tirando o telefone do bolso, ele chamou Roger. "Venha aqui em um minuto." Ele desligou a chamada e colocou o telefone na mesa.
"Vamos jantar", disse Layla, olhando para ele. Seus olhos, aqueles orbes azuis profundos, de algum modo a acalmavam. A tempestade que girava dentro dela se acalmou e ela se sentiu melhor.
"Senhor, estou aqui", disse Roger, trazendo a atenção deles para si.
Layla imaginou o que aconteceria agora porque não tinha planos de contar a ele.
"Por que não fui informado? Quem deu um tapa em Layla? E por que diabos você deixou isso acontecer?" Mais cedo, Lucius tinha visto a marca em sua bochecha e seu sangue ferveu. Ele estava pronto para cortar os dedos da pessoa que levantasse sua mão contra a sua Layla.
"Sinto muito, senhor. Antes que eu pudesse entender—" As palavras de Roger pararam em sua boca enquanto Lucius o pegava pela gola com uma mão.
"Lucius, não fique bravo com ele", Layla levantou-se e caminhou até eles. "Foi minha mãe", ela finalmente revelou a ele.
"Conte-me tudo, Roger!" Lucius disse enquanto o soltava e dava um passo para trás.
Roger começou a narrar o incidente enquanto Layla se sentia mais patética. Ela tinha 22 anos, mas este abuso constante ainda era parte de sua vida. Parecia que ela nunca poderia se libertar das garras de sua família.
"Eu já cortei os laços com ela, Lucius. Eu tenho um plano para responder a eles em sua própria língua", afirmou Layla.
"Ninguém pode levantar uma mão contra minha esposa. Sua mãe cometeu o pior erro de sua vida", disse Lucius. "Roger, prepare o carro... Eu—"
"Estou com fome, Lucius. Vamos jantar primeiro. Eu já falei com minha mãe. Lembre-se do acordo que fizemos. Deixe-me lutar minhas próprias batalhas", pediu Layla, sua voz calma mas firme.
O maxilar de Lucius se apertou por um momento, sua expressão endurecendo. Ele claramente não estava satisfeito, mas queria honrar os desejos de sua esposa por enquanto. Com um aceno discreto, ele sinalizou para Roger deixar a sala. Suas mãos encontraram seu caminho para os braços dela, seu toque ao mesmo tempo possessivo e protetor. "Você pode ter sua vingança, Layla. Mas você não vai me impedir de lidar com as coisas à minha maneira. Lucius De Salvo não perdoa aqueles que se atrevem a machucar sua mulher."
O coração de Layla palpitou com suas palavras. Ela sabia que Lucius era extremamente protetor, mas ouvi-lo a deixava confortada e ligeiramente inquieta. "Eu não vou te impedir", ela sussurrou, sentindo o peso do olhar dele sobre ela.
"Bom", ele disse, seu tom suavizando. "Agora, vamos aproveitar o jantar."
Lucius colocou sua mão na parte baixa de suas costas, guiando-a para a cadeira com uma autoridade natural. Ele puxou a cadeira para ela, e uma vez que ela estava sentada, sentou-se em frente a ela. Momentos depois, um garçom chegou, empurrando um carrinho carregado com uma refeição suntuosa.
A noite passou em silêncio, mas Lucius não pôde deixar de notar quão frequentemente Layla enchia seu copo de vinho. Suas bochechas ficaram mais coradas a cada gole, e embora ele admirasse sua graça, a preocupação começou a invadir sua mente. Ela estava bebendo muito mais do que ele tinha antecipado.
"Layla", disse Lucius gentilmente enquanto ela levantava seu copo mais uma vez, "talvez você tenha bebido vinho suficiente para esta noite." Seus olhos penetravam nos dela com afeição e um aviso.
Ela sorriu para ele, seu olhar ligeiramente turvo. "Só mais um", ela respondeu suavemente, mas havia uma borda desafiadora em seu tom que fez Lucius se perguntar que pensamentos estavam girando por trás daqueles escuros olhos embriagados de vinho.
Quando Layla terminou seu décimo copo, ela se sentiu leve, suas inibições se soltando a cada gole. Encostada na cadeira, seus olhos encontraram Lucius preguiçosamente, e um lento sorriso brincalhão se formou em seus lábios.
"Você me ama?" ela perguntou, sua voz estava baixa e provocante.
Lucius a estudou por um momento antes de responder. "Você está bêbada", ele disse, levantando-se da cadeira, com a intenção de levá-la para casa para que ela pudesse descansar.
Mas antes que ele pudesse ajudá-la a levantar, Layla agarrou sua gravata e puxou-o para mais perto, seus olhos brilhando com travessura. "Você quer dormir comigo? Pra valer?" ela perguntou, seu tom sedutor e provocativo.
Os lábios de Lucius se curvaram em um sorriso maroto, intrigado pela ousadia dela. Ele se inclinou mais perto, seu rosto a centímetros do dela. "Você tem certeza que quer que eu a tenha esta noite, assim?" ele murmurou, sua voz baixa e cheia de diversão. "No seu estado atual?"
Layla riu baixinho, seus dedos deslizando pela bochecha dele. "Eu te disse, não estou bêbada. Só... mais leve", ela sussurrou. Seu toque se tornou mais suave, o polegar acariciando gentilmente sua pele. Seu olhar viajou até seus olhos, e ela sorriu sonhadoramente. "Seus olhos... eles são tão bonitos", ela murmurou, sua respiração quente contra os lábios dele.
O coração de Lucius acelerou levemente com a proximidade, sua vulnerabilidade atraindo-o. Ele podia sentir o doce aroma do vinho em seu hálito, misturando-se com o suave perfume que ela usava. Seus instintos disseram-lhe para recuar, mas seu toque, sua voz, tornavam difícil resistir à atração magnética entre eles.
O aperto de Lucius se apertou quando os lábios de Layla pressionaram os dele, macios e cheios de desejo. Isso o surpreendeu — a intensidade do beijo dela, a maneira como ela se movia contra ele com tanta sensualidade que seu controle vacilou. Por um momento, ele se permitiu sentir o calor entre eles, mas rapidamente recuou, sua respiração instável.
"Por que você não está me beijando de volta?" Layla perguntou, sua voz cheia de confusão. Suas bochechas estavam coradas, um vermelho intenso tanto pelo vinho quanto pela audácia. "Estou fazendo errado?"
Lucius fechou os olhos brevemente, lutando contra o impulso de ceder. Sua mão acariciou sua bochecha, o polegar passando pela pele quente. "Layla, se eu começar... não tem volta. Eu vou arruinar você", ele alertou, sua voz baixa e áspera com paixão mal contida nela. "Então não — não me seduza."
Os olhos de Layla brilharam, seus lábios curvando em um sorriso ousado. "Então apenas me arruine", ela sussurrou, aproximando-se, sua respiração roçando nos lábios dele.