Algumas semanas depois, Miguel estava sentado atrás de sua mesa em seu escritório, revisando uma pilha de documentos. Seu foco estava afiado como sempre, o ar ao seu redor pesado com autoridade. Uma batida suave na porta interrompeu sua concentração.
"Entre," ele disse, seu tom seco.
Sua assistente pessoal entrou. Ela era eficiente e profissional, sempre garantindo que tudo corresse bem para ele. Mas hoje, havia uma hesitação em seus olhos que chamou a atenção de Miguel.
"Senhor," ela começou, segurando um tablet. "Há uma senhora no saguão pedindo para vê-lo."
Miguel ergueu uma sobrancelha. "Não me recordo de ter agendado reuniões. Quem é ela?"
Ela hesitou. "Ela diz que se chama Nelly."
Ao ouvir o nome, a expressão de Miguel endureceu. Ele se inclinou para trás na cadeira, cruzando os braços sobre o peito.
"Nelly," ele repetiu, sua voz fria. "O que ela quer?"
"Ela não disse," respondeu sua assistente, sua voz cautelosa. "Mas ela insistiu que é urgente."