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Chapter 9 - 9- Sem bullying com Hinata

Pelas ruas de Konoha, o sol da tarde iluminava a movimentação constante de pessoas e carroças.

O ar estava repleto de conversas, risadas e o tilintar de utensílios das lojas de rua. O cheiro de comida fresca invadia o ambiente, misturando-se com o som do cascalho sendo esmagado sob as rodas de carruagens e os passos apressados dos transeuntes.

Entre a multidão, destacava-se um garoto de apenas 5 anos, caminhando com determinação. Em suas mãos pequenas, ele carregava algumas sacolas de mantimentos. Seu olhar inquieto varria o entorno, como se procurasse por algo ou alguém.

Para quem observasse de longe, poderia parecer que o garoto estivesse perdido, procurando desesperadamente pelos pais. Talvez estivesse nervoso, à beira das lágrimas.

Mas este era o mundo ninja, um lugar onde as crianças aprendem cedo a lutar e sobreviver. Sekiro já não era uma criança comum; aos 5 anos, ele já era independente, e aos 13, ele será um assassino profissional reconhecido por todos.

Ele, na verdade, estava simplesmente à procura de uma loja específica. Os suprimentos em casa estavam acabando, e decidiu sair hoje para fazer a feira do mês.

'Mostre-me a lista de novo,' pensou, seus olhos voltando a percorrer as ruas movimentadas.

Uma voz suave e jovem ressoou em sua mente, clara como se alguém estivesse ao seu lado:

「Arroz, feijão, ovos, leite, açúcar, dois conjuntos de roupas...」

Sekiro sorriu levemente. 'Você é mais útil do que eu imaginava. Quem diria que serviria até como uma lista de compras?'

[Isso é ridículo.] A voz feminina respondeu com um tom de irritação jovial.

[Eu sou muito mais do que isso, sabia? Acredite, poderia fazer coisas que você nem sonha, e você me reduz a anotar mantimentos.]

[Eu poderia transformar um mísero micróbio em uma divindade, eu poderia transforma um verme em um destruidor de universos.]

[Mas não, eu estou aqui, servindo como lista de compras!] Ele grita extravasando toda sua frustração.

'Olha pelo lado bom,' Sekiro retrucou com um sorriso travesso. 'Pelo menos você está sendo útil de verdade pela primeira vez. Isso já é uma grande conquista.'

[Cala a boca!] gritou ela, claramente frustrada. Sekiro soltou uma risada contida, achando graça na reação. Ele adorava provocá-la.

Nos meses desde que a voz da garota havia aparecido em sua vida, os dois desenvolveram uma relação curiosa.

Embora Sekiro tivesse seus preconceitos com os métodos dela, isso era apenas um detalhe. O sistema continuava sendo uma ótima... "pessoa", se assim podia.

Para o sistema, Sekiro era uma fonte constante de frustração. Ele se recusava a seguir as sugestões dela, preferindo aprender e crescer por conta própria. Um desperdício de tempo e esforço, na opinião dela. Mas, por mais que reclamasse, ela não podia deixar de admirar sua teimosia e independência.

De repente, a voz do sistema ecoou parecendo um pouco mais séria do que o normal.

[Mestre! Permissão para emitir uma missão urgente!]

'O que foi agora?' Sekiro franziu a testa, levemente irritado.

[Estou detectando uma situação que precisa da sua atenção. É uma ótima oportunidade para você. No entanto, como foi um evento inesperado, não tive como preparar tudo antecipadamente. Por isso, estou te passando como missão urgente.]

'Que missão? Cadê a notificação?'

A voz dela hesitou antes de continuar, como se lembrasse de algo.

[Você pediu para eu não soltar notificações de repente porque isso te irritava, lembra?]

'Ah, certo. Entendi. Então vai, me conta.'

「Missão urgente」

Um pergaminho vermelho com dragões negros aparecerá na frente de Sekiro.

[Bullying com Hinata: A tão inocente e indefesa princesa Hinata Hyuga está sofrendo bullying de algumas crianças mais velhas nas redondezas, ajude-a.]

Sekiro franziu a testa, dessa vez muito irritado, ele conhece Hinata, para ser mais exato, ela é uma colega de classe.

Na opinião de Sekiro, Hinata é uma garota timida, pura e doce, alguém muito gentil que só vê o melhor das pessoas.

Mas para os outros, ela é apenas uma fracassada, inútil e fracote, uma garota sem alto estima que é facilmente oprimida.

Basicamente, o alvo perfeito para esses valentões idiotas.

「Objetivo: Ache e proteja Hinata dos agressores.

Objetivo secundário: Derrote os agressores.

Objetivo terciário: Certifique-se de que esses agressores nunca mais se aproximem de Hinata.」

「Recompensa: baseada no nível de completude da missão.」

Ao ver o resto da notificação, Sekiro fechou os olhos e respirou fundo, tentando conter sua raiva.

Ao abrir os olhos, a determinação brilharam neles, misturada a um leve toque de hostilidade.

"Me mostre onde ela está", ele ordenou, seu tom era mais firme e calmo do que o normal.

Uma folha em branco apareceu no canto superior direito de sua visão, onde um mapa artesanal começava a se formar. Um triângulo vermelho no centro representava sua posição, e um ponto azul indicava a localização de Hinata, apenas algumas ruas à frente.

Com um passo mais decidido, Sekiro acelerou o ritmo.

Sekiro pode ser uma pessoa reclusa, raramente iniciando uma conversa com alguém ou mantendo uma por muito tempo.

Mas ele valoriza sua amizades, Hinata é sua amiga, e isso torna qualquer pessoa que toque nela, seu inimigo.

...

[Aberração dos olhos = eye freak, eu literalmente pesquisei isso mas foi a única resposta que eu tive.]

Em um canto mais recluso de uma rua, um grupo de crianças cercava uma menina menor, formando um semicírculo ameaçador. As crianças mais velhas exibiam olhares perversos, sorrisos hostis em seus rostos, como se desfrutassem do poder que exerciam sobre a garota encurralada.

"Olha só quem está aqui, a aberração dos olhos!", uma delas provocou, a voz repleta de desprezo.

"A princesa do clã Hyuga que não consegue fazer nada certo!" As risadas ecoaram como lâminas, cortando o silêncio da rua.

A garota, com a cabeça abaixada, tentava se afastar, os olhos lacrimejando.

'Por que eles estão sendo tão cruéis?' pensou, seu coração apertando-se.

"Ah, não chora, aberração dos olhos! Isso só vai fazer você parecer mais patética!", outra criança zombou, cruzando os braços.

As palavras eram como pedras, atingindo-a com força.

'Eu não sou.' Ela tentou se convencer, mas a insegurança continuava a invadir sua mente.

A pressão emocional era quase insuportável. O olhar de Hinata se fixou no chão, onde as pedras pareciam dançar, refletindo a tempestade em seu interior.

Enquanto as risadas continuavam a soar ao seu redor, Hinata desejava apenas desaparecer. Se ao menos pudesse ser invisível, se ao menos ninguém a visse. Eu só queria um lugar seguro...

A impotência a fazia sentir-se presa em um labirinto escuro, sem saída, enquanto os rostos zombeteiros das crianças se tornavam borrões em sua visão turva.

"Ei! Eu estou falando com você!" Umas das crianças empurra Hinata para trás, fazendo ela olhar pra cima.

"Eca, no olhe pra mim com esses olhos, aberração." Outra criança empurra Hinata pra trás.

Eles continuaram assim até que ela encostou as costas na parede e não tinha mais como recuar.

As palavras e as ações das crianças eram muito cruéis para o coração doce e inseguro de Hinata aguentar e ela estava prestes a chorar.

"Oh, ela vai chorar, talvez as lágrimas dela lavem esses olhos estranhos for-"

"Seus olhos parecem tão normais, que tal eu arrancar os deles para conferir?" Uma voz masculina firme ressoou atrás dos garotos mais velhos.

Eles giram surpresos e nervosos com a ameaça, mas o nervosismo some ao olharem para trás e verem que é só uma criança menro que eles.

""Ei! Eu estou falando com você!" Uma das crianças empurrou Hinata para trás, forçando-a a levantar a cabeça com os olhos lacrimejando.

"Eca, não olhe para mim com esses olhos, aberração." Outra criança a empurrou novamente, rindo de forma debochada.

As risadas ecoavam, e Hinata sentiu o cerco das crianças se fechando ao seu redor. Ela continuou a se afastar até que suas costas encostaram na parede, sem mais espaço para recuar. As palavras cruéis e a hostilidade eram demais para seu coração gentil e inseguro. Ela estava prestes a chorar.

"Oh, ela vai chorar, talvez as lágrimas dela lavem esses olhos estranhos for-"

"Seus olhos parecem tão normais… que tal eu arrancar os deles para conferir?" A voz masculina e firme ecoou atrás dos garotos mais velhos, fazendo-os congelar por um instante.

Eles se viraram, surpresos e ligeiramente nervosos, mas logo o nervosismo desapareceu ao verem que era apenas uma criança menor que eles.

"Ei, pirralho, tá querendo bancar o herói? Cai fora antes que sobre pra você."

"É, quem você pensa que é?" Um segundo garoto falou, enquanto o primeiro, o "garoto 1", avançou e tentou empurrar Sekiro.

No instante em que a mão do garoto tocou seu ombro, Sekiro agiu rapidamente. Ele tirou suas mãos, que estavam escondidas atrás das costas, e em um movimento súbito, colocou uma faca de cozinha a centímetros dos olhos do garoto. Com a outra mão, ele agarrou firmemente os cabelos do "garoto 1", puxando sua cabeça para baixo, de modo que seus olhos ficassem na mesma altura.

O "garoto 1" ficou paralisado, seus olhos arregalados enquanto tentava processar o que estava acontecendo. Ele estava prestes a gritar, mas ao olhar nos olhos de Sekiro, algo o fez congelar completamente.

Os olhos de Sekiro brilhavam intensamente na escuridão, como dois faróis amarelos. A íris dourada refletia a luz de maneira hipnotizante, enquanto a pupila negra parecia absorver tudo ao redor. Havia algo predatório e selvagem naquele olhar, como se uma fera estivesse à espreita, pronta para atacar.

Gulp. O garoto engoliu em seco, seu coração batendo acelerado.

"Ei, o que você pensa que está fazendo?" Um dos outros garotos, o "garoto 2", que assistia à cena, se aproximou com raiva, tentando ajudar o amigo. Ele levantou a mão, na tentativa de intimidar Sekiro, mas antes que pudesse tocar nele…

*Splash!* sangue voa e cai nas paredes.

"Ahhh!!! Minha mão!" O "garoto 2" gritou de dor, recuando enquanto segurava sua mão, que agora estava com um corte profundo no meio.

A faca de Sekiro, que antes estava nos olhos do "garoto 1", agora tinha cortado rapidamente o segundo garoto que tentou atacá-lo. O "garoto 1" despertou de seu medo ao ver que a faca não estava nele e tentou fugir, mas não conseguiu; Sekiro ainda o segurava firmemente pelos cabelos.

"Onde pensa que vai?" Sekiro perguntou em um tom sereno e calmo, apertando ainda mais o cabelo do garoto, enquanto o terror começava a se espalhar pelo grupo.

*Gulp* Todos os valentões engoliram em seco, o medo estampado em seus rostos. Como se uma ordem silenciosa tivesse sido dada, eles lentamente abriram caminho para Sekiro passar, sem ousar desafiá-lo.

"Hunf." Sekiro zombava da cara deles, como se estivesse contente por terem reconhecido seus lugares.

Ele caminhou em direção a Hinata, que permanecia encostada na parede, visivelmente abalada. Seus olhos ainda estavam arregalados, refletindo o turbilhão de emoções que experimentava. Ela havia sido cercada, humilhada, e em poucos minutos, viu o perigo real passar diante de seus olhos.

Ao se aproximar, Sekiro, percebendo seu estado de choque, escondeu a faca que ainda segurava atrás das costas, para não assustá-la ainda mais. Seus passos, antes firmes, tornaram-se leves, quase hesitantes, como quem se aproxima de um pássaro assustado. Quando estava próximo o suficiente, ele estendeu a mão para ela, oferecendo não só ajuda, mas também conforto.

"Hinata?" A voz de Sekiro, agora suave, era um contraste completo com a tensão de antes.

Hinata desviou o olhar para sua mão estendida, depois para o rosto de Sekiro. O sorriso gentil dele parecia falso, quase irreal, considerando o que ele acabara de fazer. Ela ainda sentia o eco da ameaça que ele impusera aos valentões, mas algo em seus olhos a tranquilizava.

Aqueles olhos... antes cheios de ferocidade, agora emanavam uma calma protetora que a faziam se sentir segura.

Ela hesitou por um momento, o que parecia uma eternidade, mas finalmente, com uma mão trêmula, segurou a dele.

Assim que seus dedos se entrelaçaram, Sekiro começou a acariciar suavemente a mão dela com o polegar, como se quisesse transmitir toda a segurança que ela precisava naquele instante.

"Vamos?" ele perguntou, sua voz ainda baixa, como se não quisesse assustá-la.

"S-Sim," Hinata respondeu, a voz frágil, mas a confiança crescente em seu tom.

Com delicadeza, Sekiro a guiou para longe do local, mantendo-se ao seu lado, sempre atento, pronto para protegê-la novamente, caso fosse necessário. Enquanto caminhavam, o mundo ao redor parecia se desfazer; só restavam eles dois e a sensação de que, ao menos naquele momento, estavam a salvo.

Porém, antes de sair, Sekiro fez questão de olhar para trás uma última vez.

Seus olhos, que momentos antes expressavam serenidade, agora emanavam uma intensidade sombria, uma ameaça silenciosa.

O brilho hostil que emanava deles era inconfundível, como o olhar de um predador que já escolheu sua presa. O ar ao redor parecia pesar com a tensão que ele criou sem precisar dizer uma palavra.

Os valentões, que antes tentavam parecer corajosos, sentiram o calafrio correr por suas espinhas. Eles trocaram olhares nervosos entre si, incapazes de desviar do olhar de Sekiro, como se aqueles olhos estivessem cravados neles.

O silêncio era sufocante, e naquele instante, todos entenderam a mensagem clara: nunca mais tocar em Hinata, ou teriam que enfrentar algo muito pior.

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