Olhando para seu sistema, experiência foi ganha para a missão bônus da biblioteca dos Lordes, mas ele ainda continuava no nível 2. Restava agora apenas a vingança contra os irmãos Brown, fugir de Valíria, e salvar pessoas de forma direta e indiretamente. Ele pediu para o cocheiro deixar ele um pouco longe de casa e voltou o resto do caminho andando. Quando estava em um beco escuro ele pegou seu manto vermelho do seu inventário e o colocou. Ele então se aproximou de uma casa onde 2 garotos estavam na frente, assim que passou derrubou um saco de moedas de cobre. Os dois garotos viram que algo caiu e um deles foi tentar avisar o homem, mas o outro o interrompeu ao ver o saco de moedas. Logo que eles abriram ela e viram muitas moedas e também um papel que parecia ser uma carta:
{O Sábio Vermelho previu o fim de toda Valíria, chamas vão queimar tudo e apenas os plebeus que tem fé em sua visão vão escapar do fim, precisamos sair da cidade Franca o mais rápido possível assinado: Lobo Malhado}.
Os dois garotos logo ficaram assustados e correram para contar aos seus pais.
Devo ter sido bem sutil… Se eles vão acreditar ou não isso não importa, mas deve ser suficiente para espalhar o boato entre outros plebeus e talvez alguns escutem e realmente escapem do desastre a tempo. Não posso arriscar ser mais agressivo do que isso porque poderia me prejudicar muito.
Não muito longe da casa dos garotos deixei cair uma carta lacrada perto de uma barraca de verduras ela já estava fechada, mas o dono deve encontrar ela amanhã. A mensagem era parecida, só que dessa vez era um amigo avisando o outro para ir embora da cidade enquanto enviava 2 moedas de prata para ajudá-lo com as despesas. O nome do Sábio Vermelho foi citado novamente. Rafael escolheu esse nome para colocar um pouco mais de mistério e misticismo nos boatos que planejava espalhar. Se as coisas saíssem muito do controle e houvesse mais caos não seria ruim, além de já ter seu próprio navio, ele até teria novas formas de usar esse caos a seu favor.
Logo Rafael voltou a sua área residencial quando era quase 10 da noite. Ele parou na casa de Ted com a marmita dele antes de se desculpar pelo atraso e deu algumas instruções para amanhã. Com duas marmitas na mão ele entrou e viu seu pai ainda acordado, ele o cumprimentou e pediu desculpas pelo atraso antes de dar uma das marmitas para o pai e se sentar para comer na mesa junto com ele.
Anurys era um bastardo dos Targaryen e tinha atualmente 42 anos. Com todos os traços do povo valiriano e uma cópia mais velha do próprio Rafael, Anurys sempre viveu uma vida simples e comum desde jovem. Sua mãe, que era uma plebeia o deixou ainda adolescente devido a uma doença e desde então ele se virou sozinho. Mais tarde quando era adulto conheceu uma jovem plebeia que se apaixonou, os dois se casaram e tiveram o pequeno Rafael, mas antes mesmo que o filho tivesse 1 ano e meio, sua mãe fugiu deixando o bebê para trás, foi um golpe terrível para o bondoso e gentil Anurys suportar, sem entender o que tinha feito de errado ele jogou a carta e o dinheiro que ela tinha deixado para Rafael fora, culpando a mulher por sua frieza e se recusando a aceitar qualquer ajuda que ela tenha deixado. Isso porque a carta não explicava o motivo de sua partida. Depois de muito tempo ele se recuperou e hoje pode até dizer que tinha uma vida estável com sua própria loja. Nada muito luxuoso, mas o melhor que a simplicidade poderia oferecer. Ele sempre contava toda a história para o antigo Rafael, mas o garoto tinha raiva do pai por jogar fora o dinheiro que pertencia a ele como uma forma de herança da mãe. Ele nunca disse isso em voz alta para o pai, levando tais pensamentos com ele até o dia em que morreu num beco escuro e frio.
Nada dessa história importava para o atual Rafael, nem a mãe, nem o pai e todo esse relacionamento complicado. Ele era uma pessoa completamente diferente e um homem maduro em cima disso tudo.
Mas ele devia ao antigo Rafael por essa nova oportunidade de vida e iria retribuir salvando seu velho pai do desastre. Ele também esperava que seu antigo corpo na terra tivesse sido ocupado pelo jovem Rafael e tivesse uma nova oportunidade de vida também, mas ele não podia confirmar isso. Havia uma pequena chance dele ter sido Rafael a vida toda, e só recuperou memórias de uma vida passada ao enfrentar a morte, mas ele deixou esses pensamentos de lado e decidiu acreditar que era um nova alma possuindo esse corpo já que era mais fácil e não envolvia tantos sentimentos complicados.
Enfim, vamos ao que é importante aqui, coloco uma sacola de 50 moedas de ouro na mesa e digo ao meu pai sobre um navio indo para Westeros daqui 2 dias. Eu explico que as 14 chamas estão ficando instáveis… É apenas questão de dias antes de tudo ser destruído. E se ele não atender meu pedido eu o colocarei a força num navio. Claro não digo a segunda parte da frase e apenas penso nisso. Meu pai disse que ia pensar nisso. Eu falo para ele que já cuidei dos arranjos envolvendo a loja e para não tentar vendê-la. Também reforço que ele só tem um dia, avisando também das consequências e problemas de outros destinos além de Westeros. Seria muito perigoso para ele ir para outro lugar, mas digo que Pedra do Dragão pode ser um bom lugar para sua nova loja. Ele apenas continua em silêncio ouvindo a última parte e refletindo, eu me despeço enquanto penso que isso tudo foi mais fácil do que imaginei, acredito que as palavras de Omar tiveram um peso maior devido a sua nobreza. Deixo meu pai sozinho e vou para a cama, os dias estão passando rápido e ainda tenho muitas coisas para fazer antes do fim de Valíria.