Magnus não estava tendo um bom dia, ontem ele pensou que hoje faria um grande lucro com o bastardo de Lorde Léo, apenas para hoje ser levado ao desespero. Levantado cedo de sua cama por sua gerente e braço direito com notícias terríveis trazidas por seus espiões. Ele até agora estava com o estômago embrulhado e não tinha conseguido comer nada ainda.
Não só seu maior rival Kulan fechou um acordo com Madame Rosa vermelha comprando 1/4 dos negócios dela na cidade, como seu irmão Kuzar tinha fechado um acordo secreto de expansão com Lorde Léo sobre desenvolvimento de novas terras. O fato de ele nem ter sido considerado como uma opção nesses dois acordos o deixou extremamente irritado a ponto de querer matar algumas pessoas para liberar sua raiva.
O pior de tudo é que ele nem podia fazer mais nada. O acordo de Madame Rosa já foi fechado e ela nem aceitou receber uma visita sua, apenas enviando uma mensagem dizendo já ter o suficiente que precisava para seus negócios. Quanto a Lorde Léo ele já tinha algum acordo secreto com Kuzar e era tarde demais para investir nessas terras. Enquanto ele refletia no que fazer sua gerente disse:
"Chefe e o terceiro irmão de Lorde Léo? Não seria bom se aliar a ele?"
—COM QUE PROPÓSITO? Após seu grito ele também bateu na mesa com raiva.
"BANG!"
A mulher se escolheu de medo tentando entender o que fez de errado para irritar ainda mais seu chefe. Antes que ele dissesse:
—Pense um pouco antes de falar bobagens, não só seu terceiro irmão tem menos poder que ele, mas como eu ganharia algo nessa nova terra me aliando a ele? Eu apenas tornaria Lorde Léo meu inimigo!
A mulher finalmente percebeu seu erro e ficou em silêncio, nessa hora alguém bateu na porta da cabine de Magnus e ela aproveitou para voltar a ler seu livro sentando o mais longe possível de seu chefe.
"Chefe, Rafael e Omar Velaryon estão aqui para ver você"
Nessa hora uma ideia finalmente passou pela mente de Magnus, se ele pudesse convencer o filho de Lorde Léo a investir em seu nome na nova terra, ele não poderia também colocar suas mãos numa fatia do lugar? Essa era uma ideia brilhante e sua última chance de não ser enfraquecido na triarquia do crime valiriano. Ele mandou eles entrarem e então esperou pacientemente.
Logo o rosto familiar de ontem acompanhado por um novo cuja apenas descrição ele ouviu falar entraram em sua sala e se sentaram após sua permissão.
Rafael foi o primeiro a falar depois de se sentar e ele ouviu em silêncio enquanto pensava como abordar o assunto com o garoto Velaryon.
"Senhor Magnus bom dia, obrigado por nos receber novamente, como solicitado por você ontem eu trouxe meu sócio Omar Velaryon. Porém, alguns acontecimentos ontem fizeram com que nosso acordo anterior não fosse mais necessário."
Levanto uma sobrancelha, penso, e respondo rapidamente:
—Se o acordo não é mais necessário porque vocês ainda vieram aqui?
"Claro que temos um novo negócio, veja bem ontem meu amigo aqui recebeu uma pequena herança de seu pai Lorde Léo Velaryon, graças a isso não precisamos mais de dinheiro para abastecimento do nosso navio e decidimos nos aventurar em outros negócios já que temos algumas moedas sobrando."
Magnus ficou chocado com o rumo da conversa, estava indo diretamente para onde ele queria. Além disso ele captou o que Rafael queria dizer com "herança" se ele não estiver errado, Lorde Léo pode ter finalmente reconhecido seu filho bastardo. Isso deixava tudo ainda mais fácil e ele atacou enquanto Rafael tinha feito uma pequena pausa e disse:
—Você está falando da nova ilha que Lorde Léo está desenvolvendo?
Após fazer sua pergunta, Rafael pareceu chocado, mas o pirralho soube disfarçar rapidamente, se ele o grande Magnus não fosse um ancião na arte da trapaça ele poderia não ter visto sua rápida mudança de expressão, mas isso confirmou sua hipótese, a surpresa de Rafael foi meramente por causa da minha capacidade de obter informações tão rapidamente. O garoto então olhou para o Jovem Velaryon que acenou para ele.
"Então você soube sobre a ida de Lorde Léo ao banco ontem. Já que você parece saber sobre isso e tem mais experiência em negócios vamos ouvir seu plano."
Magnus abriu um grande sorriso, tudo fluiu ainda melhor do que ele planejou, e os garotos vieram em sua porta para conseguir fundos para a nova colônia.
Então ele prosseguiu:
—Estou disposto a investir 800 moedas de ouro na nova colônia. Dessa quantidade de dinheiro preciso que pelo menos 3 estabelecimentos sejam criados em meu nome na ilha. Um desses preciso que esteja no porto principal da ilha e seja o maior possível, os demais podem ser em qualquer local que vocês conseguirem, usem 500 moedas nisso. As 300 restantes vocês podem usar em seus próprios investimentos na ilha, e só precisam me pagar 400 moedas quando seus negócios começarem a terem lucros. Que tal? Parece bom para vocês? Eu decidi diminuir os juros esperando que com essa parceria possamos nos tornar bons amigos e trabalharmos juntos em outros negócios no futuro...
Termino usando meu olhar mais amigável possível enquanto dou um sorriso sincero. Minha gerente finalmente me olha por cima do livro que ela esteve se escondendo atrás o tempo todo antes de olhar para ver a reação dos dois convidados. Rafael novamente olha para Omar e ele acena novamente. Eu quase comemoro em voz alta, mas me seguro ainda. Preciso deixar que eles pensem que este é apenas um negócio comum para mim.
"Temos um acordo então Senhor Magnus, mas devo lembrá-lo que estamos indo para Asshai nos próximos meses então deixaremos esses negócios sobre a supervisão do mordomo Tom, você pode pedir relatórios sobre isso a cada algumas semanas."
—Velho Tom é o braço direito de Lorde Léo, não há problemas da minha parte com esse arranjo. Cecília prepare os documentos!
Enquanto digo a gerente para preparar a papelada vou até o cofre e uso uma sacola de pano para colocar 8 barras de ouro emitidas pelo próprio Banco valiriano. Deixo eles conferirem todas as barras, antes de assinarem todos os documentos que minha gerente preparou. No final antes de saírem dou as mãos e cumprimento os dois jovens me despedindo deles e desejando boa sorte na viagem.
Quando volto ao meu lugar nem preciso pedir antes que Cecília me traga o vinho mais caro da minha coleção e me da os parabéns:
"Chefe você foi incrível, como esperado de você. Não só reverteu a situação como também se colocou numa situação ainda melhor que seus rivais!"
O sorriso coquete de Cecília me elogiando me deixou ainda mais orgulhoso por minha negociação bem sucedida. Meu estômago que estava ruim melhorou e a fome por outro tipo de carne também. Enquanto eu olhava as curvas de Cecília disse a ela para chamar suas duas irmãs e também me trazerem um suntuoso café da manhã, o dia mal havia começado e parecia perfeito para iniciar uma festa.
***
Enquanto Magnus se esbaldava fazendo uma festa, os dois jovens carregando um saco pesado de ouro foram até a carruagem que ainda aguardava eles. Assim que entraram dentro dela risadas altas podiam ser ouvidas e mesmo após longos 10 minutos elas ainda continuavam.