Lyla
O beijo de Nathan me pegou completamente de surpresa.
Mas tudo bem – amigos se beijam o tempo todo. Especialmente aqueles que não se veem há quatro anos.
Inicialmente foi suave, quase como se ele hesitasse, como se precisasse testar as águas, para ter certeza de que não tinha ultrapassado um limite.
Mas então, no instante seguinte, o beijo se aprofundou. O beijo estava cheio de arrependimento, dor, saudade e desejo que eu não sabia de onde vinha. Mas eu fiquei parada, permitindo-lhe.
Sua mão gentilmente repousou na pequena das minhas costas, puxando-me para mais perto. Eu me derreti nele, agarrando instintivamente o tecido de sua camisa para me ancorar. O guarda-chuva havia sido esquecido há tempos e a chuva nos castigava, mas Nathan parecia não perceber.