Killorn finalmente olhou para a beleza dela. Seus ombros esguios lembravam um cisne, sua pele tão lisa quanto creme, e seus lindos seios se elevavam a cada respiração. Ophelia não era nada menos que uma deusa, e ele um adorador disposto.
"Deixe-me beijá-la, Ophelia," Killorn pediu com uma voz rouca e carregada de desejo, seus olhos preenchidos com um calor intenso.
Na verdade, Killorn não precisava pedir permissão. Ela ainda era sua esposa. Casaram-se diante de uma igreja sagrada e disseram seus votos, mesmo que parecesse que ela foi arrastada até o altar aos gritos e pontapés. Ele se recusou a quebrar os sagrados votos trocados entre eles.
"Apenas um beijo," Killorn murmurou, mas seu tom era muito mais áspero e sombrio. "Serei gentil."
"P-por favor, me trate com carinho," Ophelia murmurou, seu coração pulando do peito. Thump. Thump. Thump. Era tudo o que ela podia ouvir — o som do sangue pulsando em seus ouvidos. Ela estava nervosa, pois seria seu primeiro beijo.
Ophelia lentamente estendeu a mão para ele e ele a segurou com a outra mão. Ele disse que era um beijo, mas ela piscou e estava deitada de costas.
O colchão sob eles era macio e nada parecido com o pesadelo de mais cedo naquela noite.
Killorn a observou. Ela era uma visão a ser contemplada. Seus cabelos dourados estavam espalhados diante dele, seus olhos suaves e ternos, e seu peito amplo se elevava a cada respiração. Apenas o rosto dela já era viciante, sua expressão sedutora, e ele angustiado por não vê-la por dois anos.
Eles ainda não tinham feito nada, mas Killorn já estava duro e persistente.
"Você é tudo o que eu sempre preciso e desejo, Ophelia." Sua voz estava rouca, revelando uma fome que a assustava. Era impossível não ser levado à insanidade quando uma esposa era tão encantadora quanto Ophelia.
A mente de Ophelia se amoleceu. Sua proximidade, suas palavras, seu olhar intenso, ela não conseguia pensar direito. Quando ele inclinou a cabeça, seu hálito fresco lavou o rosto dela, cheirando a menta.
"Apenas um beijo ou...?" Ophelia mal conseguia ouvir a própria voz.
Seu coração disparou de forma anormal, batendo contra o peito. Ela não queria nada mais do que unir seus lábios, mas estava preocupada que acabasse desejando mais. O que ele diria? Seu marido era um homem perigoso com os desejos de uma fera. Ela poderia satisfazê-lo? Ela poderia dar a ele o que ele precisava? O que ele queria?
Antes que Ophelia pudesse se perder em seus devaneios, Killorn pressionou os lábios em sua testa. Ela congelou, os olhos arregalados.
"O-oh..." A mente de Ophelia ficou em branco. Ela se sentia derretida por dentro, seu estômago revirando. Um calor se espalhou por todo o seu corpo. Seus olhos se encheram de água novamente com a emoção avassaladora. Ninguém nunca tinha feito isso por ela.
Ophelia pensou que ele queria algo além disso. Sua boca permaneceu em sua testa, macia e quente, mas marcou um selo dentro dela para sempre.
Ophelia sentiu toda a sua ansiedade derreter. Ela soltou um suspiro trêmulo, agarrando os braços dele para alívio. Fechando os olhos, ela podia sentir palavras ditas entre eles sem serem faladas.
A simples conexão sentida foi mais que um beijo.
"V-você ficará comigo?" Ophelia perguntou fracamente, com medo de que ele a deixasse.
"Por quê?" Killorn rebateu. Sua expressão era amarga e cruel, seu coração se despedaçando no momento. Seus olhos se arregalaram e ela não encontrou nada para dizer a ele.
"E-eu não tenho nada a oferecer a você," Ophelia admitiu, sua garganta apertando. Ela se sentia pequena e desejava cavar um buraco para ser enterrada e nunca vista viva.
Killorn se afastou. "Ophelia, não foi isso que eu quis dizer."
Ophelia foi ferida por sua rejeição. Seus lábios inferiores tremiam e ela tentava ao máximo não mostrar sua dor. Seu peito formigava como se espinhos brotassem de sua pele. Ele estava tanto furioso quanto decepcionado com ela. O que ela poderia dizer ou fazer para consertar seus erros?
"Você me ajudará a me despir?" Ophelia finalmente murmurou, fazendo com que ele virasse a cabeça abruptamente para ela. Havia uma coisa que ela poderia dar a ele por enquanto. Era a única coisa que ela conseguia pensar.
"Você—" Killorn interrompeu-se. Sem aviso, Ophelia tirou o vestido.
Ele prendeu a respiração. Ele olhou para baixo e viu as coxas dela pressionadas intimamente juntas. Ela era dele para tocar. Dele para dar prazer. Ela estava em nada, apenas uma fina camisola que mostrava sua pele nua e roupas íntimas que exibiam suas coxas esguias.
"Venha aqui." Killorn agarrou a bainha de sua camisola e a ajudou a tirá-la pelos braços. Em seguida, abaixou sua roupa íntima. Ela estava molhada. Ele quase a marcou ali mesmo.
Ophelia estremeceu contra o ar exposto, sua pele arrepiada com calafrios. Ela cobriu os seios e tentou esconder a região inferior.
De repente, ele agarrou seus pulsos com força.
"Não se force." O comportamento de Killorn era tão surpreendente quanto neve no verão, sua respiração fresca como menta, mas sua voz rígida como rochas irregulares. Ele percebeu o que ela estava fazendo e estava funcionando.
"Se você não quer, vista suas roupas agora," ele disse roucamente, seus olhos escurecendo a cada segundo.
Tudo o que Killorn sempre quis estava bem na sua frente. A garota que ele só podia observar de longe, o cabelo prateado que ele só podia admirar, mas nunca tocar. Ele ansiava por cada centímetro dela. Ela estava ao alcance agora, mas ele tinha que lembrá-la das consequências. Uma vez que começasse, ele não planejava parar. Não. Ele se recusava.
"Eu quero," Ophelia sussurrou lentamente e deliberadamente, para não gaguejar.
Ophelia entendeu que não importava o que ela fizesse, ele nunca ficaria satisfeito com sua ação. Ele a tranquilizou com suas palavras, mas sua história estava destinada a ser curta e desoladora. Ela já podia sentir isso.
No dia em que Killorn pôs os olhos nela no casamento, Ophelia sabia que ela só o sobrecarregaria.
Killorn era tão esplêndido quanto o sol deslumbrante com o poder de clarear os céus. Ele era tão encantador quanto a lua cheia à qual ela se ajoelhava e orava. Ele brilhava com um brilho que ninguém poderia esconder. Masculino e áspero, ele era o herói de todo menino. Um homem destinado a ter muitos, pois ninguém jamais poderia negar-lhe.
Mesmo que fosse um momento passageiro, mesmo que seu casamento fosse breve, Ophelia queria lembrar. Não haveria um único momento em sua vida em que ela não pensaria nele.
"Estou disposta," Ophelia continuou, apesar do tremor de seu coração e do olhar temeroso dele. Ela esticou os braços para ele e uniu as mãos atrás do pescoço dele. Ele se enrijeceu, apesar do toque leve dela.
"Ophelia," ele gemeu. "Você não tem que se forçar. Levante-se."
"Eu não estou sendo forçada." Os lábios de Ophelia tremiam.
"Você parece que está sob a ameaça de uma faca."
"P-por favor," Ophelia repetiu, olhando para ele desamparadamente. Ela não sabia pelo que estava implorando. Seu perdão para casar com outra? Seu afeto? Seu calor penetrante?
"Ophelia," ele advertiu com uma voz rouca que lhe causou arrepios na espinha. "Mal consigo me conter. Se você quer sair, sugiro que faça isso agora. Quando começarmos, eu não vou parar."