Aaron jamais conseguia se imaginar sendo tão gentil. Três dias cuidando de uma mulher. Uma estranha. Uma estranha grávida. Ninguém na família esperava que ele tivesse compaixão ou simpatia. Para todos eles, ela era uma esposa fugitiva perseguida por seu marido abusivo. Mas sua pele não apresentava marcas. Nem mesmo um corte. Quem era o marido? Quem era o pai? Era tudo o que ele queria saber.
E no quarto dia, Aaron obteve sua resposta. Quando o crepúsculo se fundiu à aurora, o céu ainda em um azul marinho pálido, e densas nuvens cobriam as estrelas, Aaron acordou. Ele realizou seu dever matinal sem um servo, pois sempre achou estranho que outro tivesse que lavar seu rosto e vesti-lo quando ele tinha um corpo perfeitamente funcional. Ele deixou seu quarto no mesmo momento em que os mordomos e empregadas começaram a se movimentar pelos corredores. Seus pais provavelmente acordariam em breve.
