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Chapter 25 - 25. A Biblioteca

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Malva piscou, a biblioteca estava pouco iluminada. Os raios do sol se esgueiravam pelas cortinas grossas, mas não era o suficiente para clarear o espaço ou qualquer coisa, na verdade. Ela apertou os olhos e sentiu uma leve brisa.

Ela olhou para cima e viu a biblioteca bem iluminada. Uma quantidade razoável de velas tinha sido acesa, embora ela pudesse dizer que não eram todas. Sua boca se abriu, "O que você...? Como?"

Jael passou a mão pelos cabelos novamente. "Não aja tão surpresa. Você deveria saber quão rápidos podemos ser."

"Eu sei, só... Eu nunca vi em ação até agora." Ela deu uma olhada rápida nele mas logo desviou o olhar.

Jael ergueu uma sobrancelha, mas não disse mais nada.

No silêncio, ela ergueu a cabeça para olhar a biblioteca e não pôde evitar que seu queixo caísse. O espaço era grande, ela tinha estado dentro da biblioteca do castelo só algumas vezes e achava que era enorme. No entanto, esta biblioteca era pelo menos o dobro do tamanho.

Havia tantas prateleiras segurando tantos livros. Ela esticou o pescoço tentando ver até o topo. "O que eu faria para chegar ao topo?" Ela perguntou distraidamente.

"Há uma escada, mas ela não é para você usar." Sua voz soou firme.

"Por quê?" Malva explodiu com um olhar confuso.

"Apenas não a use."

"Isso significa que não posso ler os livros aqui?" Malva perguntou enquanto torcia os dedos, a ordem a deixou inquieta.

Jael franziu a testa, "Como você chegou a essa conclusão com o que eu disse?"

"Você acabou de dizer para não usar a escada. Eu não consigo alcançar além do terceiro espaço nas prateleiras e só consigo chegar à terceira se ficar na ponta dos pés."

"Preocupe-se com a quarta prateleira quando terminar de ler todos os livros na primeira, segunda e terceira prateleiras. Não importa o quão rápido você leia, precisaria de pelo menos um mês."

Malva abriu a boca para argumentar, mas rapidamente a fechou. Livros eram caros, e o fato de que ele estava permitindo que ela entrasse em uma biblioteca tão grande e lhe desse acesso a alguns livros era mais do que ela já tinha conseguido no castelo.

Todos os anos que ela passou no castelo ela nunca foi autorizada na biblioteca até começar a brincar de princesa e mesmo assim não era permitido ficar na biblioteca por mais de uma hora.

"O que?" Jael perguntou a ela quando o silêncio se prolongou.

"Ah, bem. E se eu terminar em menos de um mês?"

Ele ergueu uma sobrancelha e caminhou mais perto. Os olhos de Malva se arregalaram e ela rapidamente desviou o olhar para o chão. Estava usando toda sua força de vontade para não dar um passo para trás e sabia que não era por medo.

"Você está disposta a apostar nisso?"

"Hã? O quê?" Malva piscou, mas não levantou a cabeça. Não havia como ela fazer isso e com a cabeça baixa ela ainda podia ver parte do torso dele com muita clareza, em sua opinião. Os abdominais definidos a faziam pensar em uma estrada esburacada. Ela se perguntou se seria desconfortável deitar sobre eles.

Malva balançou a cabeça vigorosamente diante do pensamento inacreditável que cruzou sua mente. Ela deve estar privada de sono. Seu rosto esquentou e ela levou as mãos ao rosto na tentativa de esfriá-lo.

Por que em nome dos deuses ele não vestiu uma camisa?

Jael deu um passo à frente e fechou o espaço já apertado entre eles. Malva não pensou, seu corpo retrocedeu instintivamente. Jael não parou, deu outro passo à frente, e ela deu um passo para trás.

Ele deu um passo e ela tentou dar um passo para trás, mas então ela percebeu que estava de costas para a prateleira e não havia espaço para se mover. Ela deu um leve grito de surpresa, mas mesmo assim manteve a cabeça baixa.

"Eu disse," Jael começou a dizer. Ele moveu um dedo embaixo do queixo dela e lentamente levantou sua cabeça. "Você está disposta a apostar nisso?"

Malva piscou, ela estava ruborizada da cabeça aos pés. O dedo dele era frio contra seu queixo, mas de algum modo o calor que irradiava dele era quente o suficiente para queimar.

Seus olhos azuis a encaravam intensamente como se ele pudesse ver dentro de sua alma. Não ajudava que ele fosse bonito. Cílios tão longos que ela não achava que era legal para um homem, mesmo que ele fosse um vampiro, ter aquela quantidade de cílios.

Seu nariz era afiado e perfeitamente moldado. Sua mandíbula tinha a mesma nitidez. Malva poderia olhar para ele para sempre, mas eram os lábios dele que a chamavam. Era a única pele com cor, rosa. Não ajudava que naquele momento ele escolheu lambe-los.

Malva fechou os olhos, mas ainda podia ver claramente os lábios dele. Eram um pouco cheios, mas não tão cheios quanto os dela. Ela se lembrou da textura e corou furiosamente com a memória.

Ela lentamente acenou com a cabeça, o silêncio e o espaço fechado estavam deixando-a maluca. Em vez de responder, ela estava olhando para ele. Mal podia se lembrar do que era a pergunta já que ele a tinha cativado com apenas um toque.

"Você tem medo de mim?" Ele perguntou e os olhos de Malva se abriram rapidamente.

Ele ainda a encarava e como sempre sua expressão era indecifrável. "Sim," ela respondeu e desviou o olhar dos olhos dele.

"Por quê? Fiz algo para assustá-la?"

Malva rapidamente se afastou para o lado, seu coração batia mais rápido do que ela podia suportar. Ele não foi atrás dela e ela agradeceu por isso, ela precisava de um momento para respirar e acalmar os nervos.

Ela levou as mãos ao peito e esperava que isso a ajudasse a se acalmar mais rápido. Ela não conseguia explicar o que sentia, mas agora estava certa de que toda vez que ele a tocava, ela queria tocá-lo de volta, embora estivesse com medo dele.

"Sou tão assustador assim?"

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