{Afria}
Não importa o quanto Afria bebesse de sua xícara, a quantidade de chá dentro nunca reduzia.
Era estranho, mas não indesejado. Focar nesse objeto, colocar toda sua atenção nessa simples tarefa de levantar a xícara até seus lábios e sorver dela, era o suficiente para evitar ouvir os gritos por ajuda em suas memórias.
Então, contente, Afria continuou bebendo, até que aquela estrangeira apareceu de canto de olho e caminhou em direção à mesa.
Entretanto, ela não se sentou.
[Uma visita rápida, suponho.]
Afastada do chá em suas mãos, os olhos de Afria caíram sobre a estranha.
Afria não pôde evitar de se perguntar quantos amantes essa garota tinha em seu mundo. Talvez os padrões fossem diferentes de onde ela vinha, mas aos olhos de Afria, ela possuía o tipo de beleza transitória que se esperaria ver apenas em sonhos. Toda vez que seus olhos pousavam na guerreira, Afria queria nada mais do que se levantar e levá-la.