Como de costume, seu pai usava seu circlete de ouro e estava sentado no magnífico trono no centro da sala. O trono era esculpido em madeira antiga e decorado com padrões intricados de filigrana dourada. Contudo, a superfície retratava uma cena de guerra; o massacre de humanos e monstros e suas respectivas espécies, seus ancestrais antes deles. Não era apenas um trono de poder, mas de morte. O trono da morte que ele desejava. Seu direito de nascença. Seu trono.
Ele o chamava.
Como deveria.
O trono era encantado, então somente as linhagens reais podiam sentar-se nele, por isso as linhagens eram reverenciadas. Sua ascendência é abençoada pelos deuses e as Fadas jamais poderiam se levantar contra isso. Astária sem um herdeiro era tão boa quanto morta. Assim, em tempos de guerra, enquanto o rei fada lutava, as Fadas protegiam o príncipe, ou neste caso os príncipes, com suas vidas. A linhagem real deve ser preservada.